Cadê você,  Bernadette?

Cadê você, Bernadette? Maria Semple




Resenhas - Cadê Você, Bernadette?


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Nah 05/09/2015

Preciso aprender a não ter expectativa nenhuma antes de começar um livro.
Quando decidi que este seria o próximo livro da minha lista de leitura não sabia nada a respeito dele, nem a sinopse li. Julguei mesmo o livro pela capa (que está linda, btw).
Acredito que criei essa expectativa assim que comecei a ler, a capa era linda, o formato é um dos meus favoritos, praticamente todo em e-mail e notas e aquela coisa de saber que a Bernadette sumiu mas sem saber como, quando, onde e por que e querer entender tudo é muito legal mas acabei não gostando tanto do livro quanto eu achei que iria.

O enredo do livro, num geral, é bom. Só que a autora poderia ter, no meu ponto de vista, explorado melhor. Algumas vezes ela deu muita ênfase em algumas coisas, que até eram importante para perceber o porque Bernadette sumiu mas mais irritaram do que qualquer outra coisa.
O bom de como a história se desenrola é que você percebe que cada cada moeda tem dois lados e que o ponto de vista de um personagem pode interferir na forma como você se envolve com o livro e com os personagens.
“A verdade é complicada. Não há como uma pessoa saber tudo sobre outra pessoa.”
Quanto a Bernadette, ela é uma pessoa com uma personalidade praticamente tirada do tumblr e do twitter: Com fobias sociais e reclamona porém, criativa, divertida e genial. Eu acreditava que eu tinha problemas com pessoas e todo tipo de situação que precisa de interação social mas ó Bernadette, o premio é seu, linda. (Se eu tivesse condições financeiras pra levar a vida igual a ela, eu provavelmente iria)
Pra mim o ponto alto do livro mesmo foi a Bernadette que é amazing, como pessoa e como mãe.

[...] opinião completa só lá no blog

site: http://www.oicomoassim.com/2015/08/cade-voce-bernadette-maria-semple.html
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Ilana 25/07/2015

Resenha - Cadê você, Bernadette ?

Cadê você Bernadette ? É um livro incrível que é narrado por uma garota de 15 anos, Bee, mas que tem muitos emails compilados que ela recebe para poder descobrir onde a mãe dela - Bernadette - está. Bernadette é uma ex arquiteta de 50 anos que é vista pelos habitantes de Seatle como uma pessoa antissocial e grosseira. De fato, ela não gosta muito das pessoas - também, com o nível de pessoas a que somos apresentados no começo do livro, é até dificil não ser. - do seu bairro e reclama de um monte de coisas. Inclusive da cidade em que mora.

Só que Bernadette não é aquele tipo de pessoa que reclama de tudo somente por reclamar, na maioria das vezes ela tem razão, como quando fala de Audrey Griffin e das Moscas de Galer Street. Se formos nos basearmos pela sinopse dos livros, nem começá-lo seria possível. Porque a sinopse não diz absolutamente nada do que vai acontecer, dá um resumo muito batido de uma história incrível que vai acontecendo ao longo do livro.

Bem, existem muitas coisas sobre o livro que eu quero falar e acho que não vou conseguir falar de tudo, então vou me focar nos pontos mais importantes. Bernadette e a filha, Bee, tem uma ligação maravilhosa, são mãe e filha como poucas são por ai. Ela é casada com Elgie trabalha na Microsoft. Mas Elgie está descontente com a esposa dele e uma das ações dele no livro (uma não, várias, Elgie pisa muito na bola), faz com que Bernadette suma do mapa.

O livro tem seu toque cômico, mas também consegue deixar as pessoas indignadas, eu fiquei, com a superficialidade das relações de algumas pessoas, a maneira como Audrey tratava dos problemas delas era tão ou mais infantil quanto uma criança de 5 anos e, em alguns casos, Bernadette devolvia no mesmo nível. Não vou mentir, se houvesse uma Audrey Griffin na minha vida eu teria perdido a paciência com ela assim que a primeira frase saísse da boca dela. Mas na maioria dos casos Bernadette age tranquilamente, de uma maneira que faz com que Audrey se enraive ainda mais.

Não chega a ser um spoiler, por isso vou falar, acho que a coisa que Audrey mais queria até certo ponto do livro, era apenas ser o centro das atenções. Ser uma mãe perfeita, uma colaborado para o colégio em que o filho estudava e uma boa esposa. Mas aos poucos vamos notando que todos tem problemas e ela não é uma exceção a regra. E isso a torna mais humana, não faz com que eu goste dela de cara, só comecei a gostar da Audrey a partir de certo ponto do livro.

Ela não é o maior problema, existe uma coisa chamada Soo-Lin que eu chamo de Sonsa-Lin que chega para me enlouquecer no livro e me fazer xingar horrores. Nunca falei tão mal de dois personagens aqui em casa quanto falei dessas duas, minha mãe ouviu bastante a cada nova peripécia delas eu ia me queixar para minha mãe.

Bem o livro é sobre uma viagem que Bee quer fazer para a Antártida, algo que Bernadette quer fazer com a família, mas não sabe se essa coisa/fobia ou sei lá o quê, que ela sente de não ficar perto das pessoas, vai ajudá-la. Eu acho Bernadette genial, gosto de como ela age, gosto dessa personagem que é tão inusitada, que é uma boa mãe e que tenta fazer tudo para agradar a filha.

Acho que eu abri o ano com um livro maravilhoso e espero continuar no mesmo ritmo, com livros tão bons quanto. Espero que leiam o livro e que opinem sobre ele, é bom saber, quem já leu, diz o que achou... Espero que gostem!

site: http://aescritorasonhadora.blogspot.com/2014/01/resenha-cade-voce-bernadette.html
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Ana Paula 07/07/2015

Diferente de um jeito bom.
Eu não conhecia nem o livro e nem a escritora, a norte-americana Maria Semple que antes de estrear na ficção, escreveu para séries de TV de sucesso como Mad About You. Confiei na escolha da Juliana, que nunca erra, e comecei a leitura.

O livro conta a vida de uma família americana que se mudou para Seatlle. O pai é um badalado funcionário da Microsoft, responsável pelo maior projeto da empresa. Vive mergulhado no trabalho, com pouco tempo para a esposa e a filha. Bee, está com 15 anos e terminando o colégio. Com seu boletim somente com notas máximas, ela cobra uma promessa dos pais e pede para viajar com eles para a Antártida. A mãe Bernadette não gosta nem um pouco da ideia, mas não tem como recusar o pedido da filha. Bernadette é o tipo antissocial na cidade e principalmente no colégio da filha. Galer Street é o tipo de colégio que vive da interação social entre os pais e Bernadette nem desce do carro quando leva a filha ao colégio para evitar o encontro com outras mães, que ela apelidou de "mosquinhas da Galer". Seu maior tormento é a vizinha, Audrey, uma das "mosquinhas" e seus confrontos são constantes.

Bernadette tem horror a interações sociais, usa uma assistente virtual indiana para resolver (ou criar?) seus problemas, dos mais simples como reservas em restaurantes até a tão indesejada viagem à Antártida.
Na véspera da viagem, Bernadette desaparece misteriosamente, sem deixar rastro e Bee parece ser a única que não se conforma com o ocorrido e faz de tudo para reencontrar a mãe.

Posso dizer que é um leitura fora do convencional. A história é contada por meio de reproduções de correspondências trocadas entre os diversos personagens (no final este formato vai ter uma explicação). Entre as trocas de mensagens, há os relatos de Bee. Esta troca de mensagens é estranha no início, mas é por meio dela que vamos conhecendo um a um dos personagens e a história vai se desenrolando. Demorei um pouco para engrenar... e Bernadette, na verdade, demora um pouco para desaparecer! Quando li a sinopse pensei que o livro seria sobre a busca da filha pela mãe, mas na verdade isso só acontece depois da metade do livro.

Acho que a história fala um pouco de tudo o que acontece na vida moderna: muito trabalho, pouco tempo, abandono de carreira, mães dedicadas, pessoas depressivas, relacionamento superficiais e por ai vai.

Quando eu comecei, não tinha a certeza de que ia gostar do livro, mas a história, contada com pitadas de humor e de um jeito leve, vai conquistando aos poucos até você precisar terminar para saber o que acontece!


site: www.estante-da-ana.blogspot.com.br
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Renata (@renatac.arruda) 03/07/2015

Ótima leitura de fim de semana
Maria Semple é roteirista de TV ("Arrested Development", por exemplo) e este seu primeiro livro é divertido e mirabolante como uma série. A estrutura segue as influências dos romances modernos; aqui a narrativa é toda costurada por bilhetes, e-mails, reportagens, transcrição de palestras que vão ganhando sentido aos poucos e fazendo a descobrir a história de Bernadette e seu sumiço. E o melhor: todas as personagens principais são mulheres. Ótima leitura de fim de semana.

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Maria 18/05/2015

Chato demais
(Não vou repetir a sinopse "oficial" do livro, isso é desnecessário).
A maior parte do livro é escrita em forma de troca de e-mails e cartas. No começo, isso confunde um pouco, mas com o tempo vc se acostuma. Mesmo adaptada ao formado, não deixei de achar extremamente entediante. É interessante observar as críticas aos clichês americanos de comunidade, grupos de apoio, as sigla do VCV...consegui captar as ironias e as limitações intelectuais dos personagens. Bernadette é uma figura às vezes interessante, às vezes irritante, em virtude das suas manias excêntricas. Achei q havia algo de muito impactante em seu passado para justificar seu comportamento, um segredo obscuro, talvez, e q a história ficaria interessante a partir daí. Ledo engano. Tudo continuou chato como antes. Minha única motivação em ler até o fim foi não deixar o livro inacabado.
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Dea Jocys 28/04/2015

Achei o livro muito divertido! Alguns personagens se destacam mais do que a própria protagonista, o enredo é muito bom, mas achei que o final foi um pouco decepcionante, levando em consideração toda a história que foi criada ao redor do desaparecimento da Bernadete. Mas, de verdade, somente as últimas 10 páginas que não seguiram o restante do livro. Uma narrativa leve, que te envolve ao ponto de você começar a viver um pouco da realidade da Bernadete, da Bee e dos demais personagens. Vale muito a pena para relaxar depois de uma leitura mais pesada. Recomendo! E quero muito ver Cate Blanchet nesse filme, seria perfeito!!!!
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augustomw 04/03/2015

Gosto da Quebra-cabeças...
"Você já ouviu falar que o cérebro tem um mecanismos de compensação?" Sentença do livro Cadê você Bernadette? de Maria Semple, traduz a agonia da personagem central deste romance leve. Interessante ver a consequência da perda das obras realizadas por um gênio sobre o próprio criador. Daí, o sentido da sentença acima. A idéias da loucura confundida com a tentativa de superação de perdas da grande obra por parte de um gênio (neste caso a Bernadette). Tudo isso, é claro, é uma interpretação mais singular sob uma história leve e divertida contada como um quebra-cabeça na forma de várias mensagens e e-mails que funcionam com as peças desse jogo. Recomendo
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isa25 22/01/2015

Ótimo para descontrair
Decidi ler 'Cadê Você, Bernadette?' após ler uma resenha falando muito bem sobre ele.
Bee é uma menina pequena para sua idade, devido à complicações que sofreu quando nasceu. Após mostrar o boletim mais-que-perfeito aos pais, pede uma viagem em família para a Antártida e, para sua surpresa, eles aceitam.
Bernadette Fox, com sua fobia de sair e socializar com pessoas, contrata uma assistente virtual da Índia para ajudá-la nas tarefas do dia a dia, como comprar roupas, reservar mesas em restaurantes. Resumindo, sua vida depende dela.
A narrativa é alternada entre o ponto de vista de Bee e os documentos e e-mails, em ordem cronologica dos acontecimentos. Isso nos ajuda a conhecer melhor outros personagem, como o pai de Bee, a vizinha dramática, a assistente administrativa Soo-Lin, e principalmente Bernadette e seu passado.
Na visão de Bee, a mãe é simplesmente a melhor que poderia ter, apesar de suas esquisitices. Por outro lado, temos Elgin, o marido de Bernadette, que insiste em acreditar que a mulher está aos poucos enlouquecendo.
Confesso que fiquei com muita raiva de Elgin no decorrer da história, que ao invés de conversar com a mulher, não teve dificuldades em aceitar tudo que diziam sobre ela. Mas Bernadette também não é santa, e realmente arranja muitas confusões no decorrer da trama.
Minhas personagens favoritas foram Bee e Bernadette, adorei a personalidade que cada uma tinha. Confesso que também gostei muito de Manjula, a assistente virtual, mas acho que isso foi apenas vontade de também ter uma que faça tudo por mim. Quer dizer, não uma exatamente como Manjula. Só lendo o livro para entender.
Apesar de ter lido que era um livro de humor, achei que acabou puxando mais para drama, especialmente por causa do final. Não foi um livro que achei engraçado, apesar de ter rido um pouco durante a leitura.

Concluindo: Adorei o livro, recomendo principalmente àqueles que querem algo para desestressar ou curar uma ressaca literária. Li em um dia, é uma leitura super gostosa. Não é um livro que mudou minha vida, mas fico feliz de ter tido a iniciativa de lê-lo.

site: http://marcadordesonhos.blogspot.com.br/
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Vanessa Vieira 22/09/2014

Cadê Você Bernadette? - Maria Semple
O livro Cadê Você Bernadette?, da americana Maria Semple, nos traz uma comédia inteligente e muito bem escrita, daquelas que você não consegue desgrudar por um minuto que seja. Com uma narrativa excêntrica e peculiar, conhecemos o amor incondicional e sem medidas de uma filha por sua mãe, mesmo com todas as suas imperfeições e defeitos, e até onde ela é capaz de ir para prová-lo.

Bee é uma aluna exemplar, além de ótima filha. Ela estuda na Galer Street, uma escola liberal de Seattle, onde se destaca por suas altas notas e desempenho exemplar. Como presente de formatura, ela pede uma viagem para a Antártida, na companhia de seus pais.

Seu pai, Elgin, é um gênio da informática, porém um homem extremamente ausente para sua família. Renomado programador da Microsoft, ele trabalha no projeto de sua vida, o Samantha 2, e não acha o momento propício para se isolar no extremo sul do planeta ao lado da esposa e da filha.

Bernadette, a mãe, está saturada com a rotina e sobretudo com Seattle e com os pais de Galer Street, que insistem em atormentá-la. Alguns dias antes da tão sonhada viagem da filha, ela desaparece misteriosamente, com medo do convívio social e do percurso até a Antártida.

Bee fará de tudo para encontrar a mãe, e em meio a tudo isso, acabará por descobrir muito mais daquela mulher que ela julgava tão bem...

Cadê Você Bernadette? é o típico retrato de uma família, com todos os seus sabores e dissabores. Aqui conhecemos a importância dos sonhos e de se perseverar neles e o quanto devemos fugir da rotina, por mais que a mesma, muitas vezes, se apresente de forma confortável. Bernadette é uma mulher como todas as outras e que, em prol da família, acabou por abrir mão da carreira para se dedicar a vida de dona de casa e mãe. Ninguém enxergava ou procurou enxergar o quanto se abdicar daquilo que amava a deixou frustrada, e tal como uma bola de neve, sua insatisfação foi crescendo dia após dia, até que ela resolveu, literalmente, fugir do mapa. Narrado em primeira pessoa por Bee, com a predominância de e-mails, cartas e até mesmo documentos confidenciais, somos apresentados a um romance original, tecido com humor e um leve toque de drama.

Bernadette foi construída de uma forma tão verossímil e exótica ao mesmo tempo. Pode parecer loucura tal afirmação, mas a sua realidade não é diferente do convencional, assim como suas ações e estratagemas possuem um toque bem surreal. No livro, sua vida é destrinchada de todas as formas possíveis, possibilitando uma maior compreensão sobre sua personagem. A rotina acabou desgastando-a, assim como a frustração de não ter seguido em frente em sua carreira profissional. Atrelam-se a isso, ainda, a inveja que sua vizinha, Audrey, nutre por ela, algo que me fez gargalhar, devido ao teor hilário como a mesma foi empregada.

Bee é uma garota inteligente e perspicaz. Por mais que muitos rotulem sua mãe de louca e aleguem que ela teve um surto psicológico, ela não cansa de procurá-la, além de ter a certeza absoluta da pessoa maravilhosa que Bernadette é. A comunhão entre as duas é surpreendente, algo que praticamente é incontestável a julgar pelo desfecho final do livro. Já Elgin é daqueles personagens pelos quais não conseguimos nutrir simpatia. Ótimo como profissional, porém péssimo pai e marido e uma pessoa de um convívio muito difícil. Em suma, ele é um homem egoísta e querendo ou não, foi um dos responsáveis por tudo que aconteceu e acontece na vida de Bernadette.

Em síntese, Cadê Você Bernadette? nos traz uma comédia inteligente, bem-humorada e que ainda consegue nos levar a reflexão, além de entreter ao extremo. Os personagens são bem heterogêneos entre si e possuem personalidades marcantes, o que só torna a trama ímpar e original. A capa é muito bonita e apesar de sugerir um chick-lit, a trama possui certa densidão que a leva além disso e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo

site: http://www.newsnessa.com/2014/09/resenha-cade-voce-bernadette-maria.html
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Douglas 28/09/2017minha estante
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Libna Dourado 27/10/2017minha estante
Abandonei o livro porque não gostei, estava me sentindo sozinha no mundo.


*Rô Bernas 05/02/2019minha estante
Ainda bem que não estou sozinha!!!! Também achei o livro horrível!!!! Só terminei a leitura pois queria ver o final. Odiei!




Aline 06/04/2014

Gente.....que livro chato...
*Rô Bernas 05/02/2019minha estante
Chato é apelido!!!! rss


Carla Cerqueira 25/09/2020minha estante
Ainda bem que não foi só ru wue achei! Rsrsrsrsrs Chatíssimo!




stsluciano 24/03/2014

Ok. Acho que nunca tive em mãos um livro tão bem amarrado, que prendesse tanto minha atenção como “Cadê Você Bernadette?”. Li o livro em dois dias isso por ter me forçado a interromper a leitura, já que ele é daquele tipo de livro que você lamenta por saber que, uma hora, vai terminar de ler.

Bernadette é a figura central do livro: dona-de-casa, mãe, esposa, sente uma antipatia infinita pelas pessoas em geral simplesmente por existirem, e qualquer comentário que elas façam é o suficiente para irritá-la. Mas, por mais que seu comportamento faça com que se afaste das outras pessoas – pois não se pode duvidar, em nenhum momento, de seu amor e dedicação pela família, em especial com relação à filha, Bee – ela é uma personagem com uma boa veia humorística, suas atitudes são bastante divertidas, e sua linha de raciocínio, por mais sério que seja o assunto a ser discutido, acaba nos levando, em algum momento, ao riso.

Na primeira parte do livro não sabemos muito bem quem é Bernadette: o livro é narrado pela filha, Bee, então a figura que temos da personagem é a de mãe e esposa, lidando com seus afazeres da melhor forma que pode e de modo que não colida com suas reservas com relação a algum assunto: como cozinhar, reformar a casa, comprar itens que, algum dia, poderão ser úteis, e não conseguir se relacionar com as pessoas.

Mas já começamos o livro sabendo de uma coisa: em algum momento Bernadette não está presente – ou então não seria necessário perguntar por ela no título do livro, ou seria? – então as informações que nos são passadas nessa primeira parte fazem fundo à esta ausência, e são fundamentais para que entendamos o que aconteceu.

E aqui reside a genialidade narrativa da autora: Bernadette passa a ser uma mulher tão misteriosa para o leitor quanto para sua filha, Bee, que narra o livro contando sua busca. Assim sendo, só vamos conhecendo-a melhor quando sua filha descobre algo sobre ela, o que nos permite linkar intuitivamente os fatos ocorridos e ter uma versão dos fatos. E o modo como ela estruturou, em especial a primeira parte do livro – que, se não me engano, é dividido em sete – foi o que me ganhou desde o começo. Tomamos conhecimento dos fatos através de uma compilação de recados, e-mails, faxes, relatórios, bilhetes, memorandos, itinerários, enfim, uma infinidade de coisas que, ordenados cronologicamente, nos dizem tudo o que se passou, sendo preciso apenas raras inserções do narrador para nos situar no espaço-tempo dos fatos.

Eu gostei muito disso! Mas muito mesmo! As primeiras cem páginas voam, você não percebe o quanto já leu e a quantidade de informação que absorve acerca dos fatos, pois é tudo muito natural, interligado, e, apesar de parecer confuso para quem lê uma explicação sobre, FAZ TODO O SENTIDO DO MUNDO!

Mas, eu sei, alguns leitores podem não passar da primeira parte. Acontece. Fazer o quê?

O livro tem um bom elenco de personagens, capitaneados pela figura carismática de Bernadette, e seguida de perto de sua filha, Bee, que, sendo uma garota de quinze anos, tinha tudo para ser pentelha dos pés à cabeça mas é o extremo oposto disso, e mesmo quando faz birra não soa irritante. Já o marido foi o personagem com quem mais tive dificuldades de me relacionar: Elgie, como Bernadette o chama, é um rockstar do mercado de tecnologia e informação, tendo uma das palestras mais assistidas da história do TED, e trabalha na Microsoft… – pois é, na Microsoft! Eu fiquei tão agradecido por a autora não fazer de Elgie mais um funcionário do Google metido à descolado e/ou espetinho que nem como dizer isso aqui; e, sim, eu gosto do Bing – mas que ganhou vários pontos de antipatia de minha parte por tentar de uma forma meio desastrada ajudar sua esposa, e acaba mais atrapalhando que fazendo qualquer outra coisa.

Porém, e apesar de Elgie e outras figuras, o livro transcorre sem percalços, as situações descritas são muito bem humoradas, e esse clima leve se mantém durante quase todo o livro. Apesar de o foco ser a busca de Bee por sua mãe, quem sustenta o livro é Bernadette, mesmo quando não está presente. A autora soube costurar muito bem sua história, e, o que é melhor, nos entrega um livro que não nos deixa na mão.

Eu gostei muito. Vale a pena ler.

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Resenha publicada originalmente aqui: http://www.pontolivro.com/2013/08/cade-voce-bernadette-de-maria-semple.html
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MiCandeloro 28/01/2014

Divertido, melancólica e reflexivo. Uma leitura surpreendente!
Bernadette Fox era uma arquiteta brilhante. Ganhou a bolsa McArtur na categoria gênio por causa da Casa das Vinte Milhas e, com isso, se tornou uma profissional de referência no ramo da arquitetura sustentável. Casou-se com Elgin Branch, que rapidamente virou um fenômeno de sucesso dentro da Microsoft. Ambos formavam um casal adorável e promissor, e o que eles mais queriam era ter filhos e construir uma vida em comum. Até que uma coisa horrível aconteceu, e Bernadette se mudou com o marido de Los Angeles para Seattle praticamente fugida.

Em Seattle nasceu Bee, completamente azul, portadora de uma doença gravíssima no coração. Bee sobreviveu, contrariando todas as previsões médicas e, a partir de então, Bernadette passou a lhe dedicar toda a sua vida. Ali nascia um amor poderoso entre mãe e filha que não poderia ser abalado por nada no mundo.

Bee cresceu e floresceu, se destacando como uma menina doce, inteligente, cheia de vida e superdotada. Bernadette, por sua vez, ao longo dos anos foi se tornando uma pessoa extremamente antissocial, irritadiça, cheia de manias e difícil de aturar. Ela odiava Seattle, odiava sua casa, odiava sua vizinha e todo o grupo de mães que fazia parte da comunidade da escola da filha e que viviam lhe atazanando. A lista de inimigos de Bernadette gradativamente só crescia.

Certo dia, Bernadette foi obrigada a organizar uma viagem para a família até a Antártida, em razão de uma promessa que havia feito para Bee, fazendo com que vários sentimentos soterrados viessem à tona e desencadeassem crises severas de ansiedade e depressão. Se isso não bastasse, em meio a inúmeras trocas de emails confidenciais, interceptados pelo FBI, e outras tantas correspondências, Bernadette sumiu, deixando Bee desesperada. Por mais que Elgin tentasse, suas desculpas para o desaparecimento da esposa não convenceram a filha.

Afinal, o que houve com Bernadette? Será que enlouqueceu de vez? Foi sequestrada? Ou se deixou levar para o buraco negro do suicídio? Bee irá literalmente até o final do mundo para desvendar este mistério e descobrir quem é a Bernadette de verdade.

Querem saber o que vai acontecer? Então leiam!

***

Como definir Cadê você, Bernadette? Estou até agora sem palavras. Talvez o máximo que me arriscaria a dizer é que fiquei chocada do início ao fim enquanto lia o livro. Chocada pela ousadia da autora, pela forma inusitada da narrativa, pelas reviravoltas da trama, pelo mistério, pela linda história de amor entre Bee e sua mãe, pelas maluquices de Bernadette, pela raiva que senti de Elgin, pelos risos que me foram arrancados, pela garganta que ficou apertada ao final.. pelo visto, poderia ficar eternamente explicando os meus motivos de ter amado esse livro e do tamanho da minha perplexidade (no segundo sentido, né Bernadette?!) ao me deparar com uma história tão fantástica.

Ok, confesso, fazia tempo que escutava falar sobre o livro, mas fui preconceituosa. Imaginei que fosse encontrar mais uma história comercial bobinha que tem o intuito apenas de nos entreter e fazer passar o tempo. Não que Cadê você, Bernadette? não seja assim. Sim, ele é, mas vai muito mais além de um livro superficial feito apenas para darmos algumas poucas risadas.

Comecei a lê-lo de forma descrente. Entendam, ele não é escrito de maneira convencional, e isso pode confundir alguns leitores, ou fazer com que outros torçam o nariz por ter uma escrita tão diferente. Vou tentar explicar: digamos que o texto todo é composto pela narrativa de diversos personagens, em primeira pessoa, mas que nos são apresentados de forma levemente desconexa, por meio de bilhetes, emails, fax, cartas, relatórios, etc. E em meio a tudo isso temos ainda uma narrativa usual, e alguns personagens "comentando" esses materiais compilados durante a obra.

No curso de boa parte da história ficamos sem entender o que eles são, e como aqueles personagens tiveram acesso a tais documentos, mas o estranhamento que senti em relação a esse tipo de escrita se deu só no início (meu primeiro choque), que logo se desfez e mergulhei nessa "caça ao tesouro" me divertindo com cada bilhete ou email que chegava.

Parabéns para a autora, que soube prender a minha atenção do início ao fim em mistérios muito bem bolados, tanto é que devorei o livro, como dito na capa, e não consegui ir dormir até terminá-lo. É incrível como Maria começa contando uma história, que se transforma em outra, e depois em outra e quando chegamos ao final não acreditamos que "chegamos até lá" e por alguns momentos até esquecemos sobre como "fomos para lá".

Foi incrível ver como cada personagem foi ganhando peso ao longo da trama, e como cada história estava interconectada a ponto de interferir na vida e no destino do outro personagem. Bernadette é uma pessoa incrível. Extremamente complexa, cheia de altos e baixos, traumas, problemas psicológicos e emocionais, mas com um coração gigante e um amor incondicional pela filha. O livro deixa claro que Bernadette não é "normal", mas isso também não quer dizer que ela é louca, passível de internação. Muitas vezes, nos vemos mergulhados nos problemas de tal forma, que fica impossível ver a luz no fim do túnel, e com o passar do tempo, simplesmente nos acostumamos a viver assim, no completo caos. Às vezes, tudo o que precisamos é de uma mudança de perspectiva, novos ares.

Elgin, ao contrário da esposa, é um profissional de sucesso, aclamado e extremamente ocupado. Por causa disso, mal para em casa. Bernadette acabou se transformando numa estranha para ele que, ao enxergá-la, não consegue ver a mulher por quem um dia se apaixonou. Depois de descobrir todas as confusões nas quais a esposa se meteu, de uma forma cega, egocêntrica e impetuosa, tentou consertar a situação, colocando a família toda em maus lençóis.

Bee, por sua vez, é uma menininha de ouro. Ela não é somente uma menina superdotada, inteligente, curiosa e teimosa. Ela é cheia de vida, aguerrida, perspicaz e com uma alegria contagiante. No fim, acaba se tornando a grande heroína da história. Bee irá mostrar para todos que é possível amar uns aos outros nas suas diferenças, limitações e imperfeições, e que a vida é feita de pequenos, mas divertidos momentos como, por exemplo, cantar as músicas dos Beatles no carro com a mãe.

Cadê você, Bernadette? fala sobre nossos conflitos internos, sobre as feridas que mantemos abertas pelos problemas mal resolvidos e sobre o quanto isso pode nos levar a ruína. Outrossim, refere-se a nocividade da acomodação, da rotina e da forçação de barra ao viver uma vida de mentiras, incondizente com a nossa essência, podendo matar a nossa criatividade e a nossa vontade de viver. Mas acima de tudo, fala sobre a importância da família, do amor entre pais e filhos, do perdão e da tolerância.

Deixem-se levar pelas manias piradas de Bernadette, pelo espírito investigativo de Bee e pela cegueira de Elgin a um mundo cheio de aventuras em que o destino é surpreendente!

Sabem aquele livro que a gente lê, que tem prazer de ter lido e que não consegue parar de falar sobre e de recomendar para as pessoas?! Bom, este é um deles. Só digo, vocês PRECISAM ler Cadê, você Bernadette?. Super recomendo!

Resenha originalmente postada em: http://www.recantodami.com/2014/01/resenha-cade-voce-bernadette-maria-semple.html
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Ju Lemos 07/01/2014

Confuso, melodramático e louco
O livro gira em torno de uma família americana rica de Seattle. Composta por Bernadette, a mãe, Bee, a filha, e Elgin, o pai, visivelmente essa poderia ser uma família comum, parte da elite, entretanto conforme as páginas passam vemos que eles não se encaixam assim tão bem no molde preparado para eles pela sociedade.

Bernadette é vista por muitos como incomum, para não dizer louca, e com sua filha prodígio bolando uma viagem à Antártida como prêmio por suas boas notas, seu estado, que já era preocupante, mostra-se uma verdadeira catástrofe. E quando ela desaparece, está nas mãos de Bee preparar um verdadeiro dossiê para entender o que aconteceu com sua mãe não tão perfeita, e onde, afinal, ela foi parar.

Basicamente, essa é uma história de amor, medos e laços que foram jogados em um pote e chacoalhada com muito humor. Bernadette é uma mulher que não desaparece repentinamente, inicialmente vamos conhecendo sua personalidade e acontecimentos que para alguns mostram seu declínio psicológico mas aos nossos olhos fica claro o preconceito e até a critica bolada pela autora e foi nessa guinada que a raiva me subiu pela cabeça por tudo que essa mulher sofreu, as acusações, só por não seguir os ditames das dondocas que frequentavam os mesmos lugares que ela, e até mesmo seu marido, que conhece um computador como ninguém, se mostra incapaz de conhecer sua mulher e mostrar-se compreensível, como seria o esperado. E são esses acontecimentos, junto com vários acasos e problemas antigos que, juntos, formam a bola de neve que levará Bernadette a simplesmente desaparecer.

O quebra cabeça que se desdobra após isso é o que vai tornar a leitura mais interessante e o mistério me tornou ainda mais louca pelo livro. Afinal, o que houve no passado de Bernadette para fazê-la jogar sua carreira para escanteio e alterou tanto sua personalidade e até mesmo envolver o FBI em sua vida? Se toda essa intriga não for capaz de ganhar o leitor, nada mais é.

Não é uma das minhas leituras favoritas. Cadê Você, Bernadette? não é um clássico, não vai perdurar por anos, décadas e séculos na mente dos críticos.
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