As Aventuras de Pinóquio

As Aventuras de Pinóquio Carlo Collodi




Resenhas - As Aventuras de Pinóquio


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Filósofo dos Livros 25/12/2023

Pinóquio Desmascarado: As Revelações Chocantes do Livro Original
Muitos já conhecem a história de Pinóquio, o adorável boneco de madeira imortalizado pela Disney. Minha experiência com esse personagem foi através de uma versão peculiar: o Pinóquio Japinha, uma interpretação que sempre me cativou.

Na infância, nunca suspeitei que Pinóquio tinha origens literárias. Essa revelação só veio com o tempo, despertando minha curiosidade. No entanto, a leitura do livro original, escrito por Carlo Collodi, foi uma surpresa decepcionante. Mesmo assim, não me arrependo. A obra não me proporcionou prazer imediato, mas ofereceu uma visão intrigante sobre como a literatura infantil era concebida na época de sua publicação em 1883.

O choque não veio das diferenças entre o livro e as versões populares, mas sim de aspectos inapropriados para o público infantil. A madeira que forma o boneco é viva, dispensando a intervenção de uma fada. Gepetto não é quem encontra essa madeira, mas sim um amigo seu, ambos personificando uma ignorância extrema.

Personagens familiares também se apresentam de maneiras surpreendentemente distintas. O Grilo, figura central como a consciência de Pinóquio, tem presença mínima. Uma menina morta faz uma entrada inusitada na história, revelando-se mais tarde como uma fada. No decorrer da trama, desvendamos aspectos inesperados sobre essa personagem falecida. A presença de uma raposa e um gato é marcada por ações que, francamente, preferiria não comentar.

Além das cenas intensas, incluindo algumas de morte, o livro é permeado por um moralismo excessivo. Longe de conscientizar as crianças, induz ações corretas pelo medo de punições.

Poderia aprofundar os problemas destacados, mas prefiro que tirem suas próprias conclusões ao lerem.

Diante das peculiaridades apresentadas sobre a verdadeira origem de Pinóquio, o que acharam das curiosidades reveladas na resenha? As diferenças entre as versões popularizadas e o livro original surpreenderam vocês de alguma maneira?

site: https://www.instagram.com/p/C1SlJ66CZO9/
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Nazrat 24/12/2023

De madeira para carne
Ingenuidade minha: pensar que este conto não se tratasse de uma simples lição de moral. Mas enfim, mesmo com o significado expresso na obra, há entrelinhas que demonstram interceptação de que, bem, não é bem assim. Pois há personagens que usam a marionete, em sua ingenuidade, para fins obscuros. A questão da moral pela moral em si, não é a solução mágica, ou seja o trabalho e o estudo em si não é a fórmula pela qual tudo se resolve. Mas, sim, o tornar-se pessoa, a jornada do autodescobrimento. Tudo, ao final, se tratava de um sonho, em que a moral que se intentava introjetar, deve ser, enquanto desperto, resignificada para que o menino possa amadurecer e descobrir o seu caminho... E não aquele que dizem ser o certo.
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Gabriel2503 14/12/2023

Sobre Pinóquio
Essa edição da darkside é linda, a leitura é muito fluída e eu gostei muito de ler Pinóquio relembrar o sabor da infância, apesar de Pinóquio ter me irritado do início ao fim desse enredo foi muito bom ler!
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Leonardo1263 11/12/2023

Um Retrato da Podridão Social em Pinóquio, de Winshluss
Se é fã de quadrinhos e ainda não conhece essa pérola do mundo underground, vai adorar essa versão triste e pessimista de um dos ícones da cultura infantil. Originalmente escrito em 1883 por Carlo Collodi, Pinóquio é uma das histórias mais longevas. Ganhou o publico nas telonas em 1940 por sua famosa adaptação da Disney e imortalizou o personagem. Esta edição que apresento foi escrita originalmente em 2008, pela visão do quadrinista Winshluss. A sociedade em que vive esse moderno menino de aço, é um retrato de tudo que há de pior em uma sociedade decadente.

Na clássica adaptação da Disney de 1940, o artesão Gepeto é o responsável pela criação do boneco de madeira. Já nesta adaptação é algo totalmente diferente. Gepeto aqui se trata de um inventor armamentista que cria um ótimo robô de guerra com a pretensão de vender para o exército. Gepeto é casado e em dado momento, sua esposa está sozinha com o boneco e não sabe muito bem pra que serve o pequeno menino de metal. Ela decide usar o protótipo para fins doméstico e por fim, sexuais, e acaba morrendo no processo. Ao chegar e ver a esposa morta, Gepeto é obrigado a ocultar o cadáver da esposa para não gerar investigação e nesse meio tempo, Pinóquio acaba por fugir e desbravar o mundo sozinho.

O grilo falante das histórias clássicas, é substituído aqui por uma barata falante que está desempregada, desalojada e vive de seguro desemprego. A preguiça parece ser uma de suas principais características, o clássico bon-vivant. Na busca por um lugar para ficar, acaba por encontrar uma brecha dentro da cabeça de Pinóquio, vez ou outra alternando alguns fios, alavancas e botões, sem entender o peso de suas ações e forçando o boneco a ser a máquina de guerra que foi construído para ser.

O pequeno Pinóquio desbrava o mundo, encontra uma fábrica de brinquedos e se torna o funcionário mais efetivo da produção (trabalho esse que era desempenhado junto a muitas outras crianças. Todas vitimas de sequestro e tráfico infantil). Após o colapso dessa aventura, Pinóquio segue em busca de sentido para sua vida e caminha livre por uma densa floresta. Gepeto visando os lucros que ganharia com a venda do menino de metal, sai em busca de encontrá-lo, agora cada qual está rumando para aventuras individuais e passarão por grande perigos.

A história de Pinóquio já é bastante antiga e está no imaginário popular há um tempo, então daqui em diante, comentarei algumas passagens que retratam essa podridão na sociedade que o autor retratou. De infantil não tem nada, de simples menos ainda, é um tom critico de uma sociedade falida que busca tirar vantagem constantemente um do outro, e seus interesses estão muito acima de qualquer código de ética ou a boa e velha moral. Muitos crimes, drogas, tráfico humano, charlatanismo, golpes, avareza exacerbada e uma repaginação ou a volta ao terror original que foram concebidas obras clássicas antes das adaptações Disney.

Essa zona abaixo da linha estará cheia de Spoilers, então caso não queira saber, te agradeço por chegar até aqui e reforço a recomendação. Leia e se maravilhe com essa edição!



A VIOLÊNCIA E O TRÁFICO NAS RUAS
Em determinado momento, o autor apresenta o perigo que mora nas ruas. Há dentre as sombras do becos escuros, traficantes de órgãos, traficantes de drogas, pedófilos e abusadores que estão sempre a espreita em busca de novas vitimas. Há uma cena em que atacam moradores de rua e tiram a sangue frio os órgãos que estão procurando, para revender a seus compradores do submundo. Momento esse em que um homem tem seu olho arrancado e outro o próprio coração. O que mora no mais bizarro ainda, é que aqui as fábulas se misturam, e os compradores do coração é nada mais nada menos que os 7 anões (entenderá o motivo mais adiante). Pinóquio acaba por parar numa fabrica de brinquedo por conta de um dos golpistas que sequestram crianças e levam para essa fabrica, fingindo lá ser um lugar muito melhor. Toda vez é muito bem pago pelo serviço e com isso a escravidão infantil só cresce dentro da indústria dos brinquedos (questões que infelizmente até os dias de hoje acontecem em países menos desenvolvidos). A aventura aqui para a ilha encantada, se dá por meninos que foram libertos dessa fábrica e que mesmo marginalizados, mesmo “adultizados” no pior sentido, ainda são crianças, ainda sonham com doces, brincadeiras e diversão. Eis então que a saga por esse lugar começa.

ENTRE FÁBULAS E O ESTUPRO COLETIVO
Aqui temos também a participação de Branca de Neve, que muito diferente de sua versão popular, é mantida na casa dos anões e inicialmente está numa espécie de coma, de animação suspensa. O coração que os anões encomendam é pra ela, ela está morrendo e eles irão fazer o transplante para traze-la de volta a vida. Lindo né? Não!

O motivo que querem trazer Branca de volta é por conta de que ela morreu de exaustão, os anões todos abusavam sexualmente dela, mantinham trancada em casa e o faziam constantemente, até que ela não aguentou mais. Nesse pedaço da história, eles conseguem ressuscitá-la, mas após acordar e ver onde estava, consegue fugir e se joga de um penhasco para não ter que passar por tudo de novo. Os animais que permeiam a história original, aqui, são expectadores que assistem essas atrocidades pela janela, todo de forma pacifica. É um retrato de nossa sociedade que consome todo tipo de noticia terrível, se horroriza com tudo, mas não fazem nada para impedir. Quando o autor escreveu essa versão, nem havia o apelo das redes sociais, acredito que se fosse atualizada, os animais filmariam e postariam em busca de likes, e continuariam apáticos com a situação).

A CRITICA A RELIGIÃO E O PRECONCEITO SEXUAL
Aqui temos uma critica bem ácida em relação a religião. Um dos personagens desenvolvidos para a história, Wonder, fica cego (por conta desse traficante de órgãos), volta a enxergar por um olho robótico que o encontra (essa loucura do olho vivo robótico é fábula e acaba por virar um personagem simbiótico). Sua conclusão com tudo isso é: O diabo me cegou e por um milagre de Deus eu voltei a enxergar. Com isso, tendo vivido essas e outras experiências terríveis, Wonder diz ter conversado com Deus e agora ele precisa ser seu emissário. A loucura em torno da fé cresce tanto, que a missão de Wonder é inundar a cidade para causar um novo dilúvio, pois esse foi o pedido que Deus fez pra ele. Quando questionado, Wonder se torna violento ao extremo, mata um homem que o questiona e oferece em sacrifício para Deus.

Veja, todo esse absurdo é bíblico, tudo foi abordado na Bíblia decorrente da religião judaico-cristã, aqui foi tirado de contexto, mas não causa menos impacto que a original. Por isso o autor abordou, como é perigosa a interpretação religiosa em relação as dores do mundo, milagres existem ou é apenas um subterfugio para atender suas vontades reprimidas?

Em outro momento, nosso Baratão falante recebe um mosquito evangelizador em sua casa. Após tentar evangelizar o preguiçoso, o mosquito se vê ofendido por piadas e discursos homossexuais, e começa a se perder… deixando claro sua homossexualidade enrustida, e tentando com máximo esforço esconder o que sentia em nome de sua religião, para evitar sair do armário (nem preciso de paralelos aqui né, extremamente literal).

O FASCISMO QUE GANHA SUA FORÇA NO ÓDIO
Dado momento as crianças conseguem chegar na Ilha Encantada, mas aqui ela é comandada por um monarca que não está nem aí pra nada. A ilha está um lixo, cheio de excrementos e deterioração, as crianças demoram muito para chegar, e não conseguem sair mais. Pinóquio também está lá, há centenas de crianças morando nas ruas, por não terem o que comer, nem onde morar. Atraídas pela infância sonhadora. Ao mesmo tempo, essa ilha é o ponto de trafico de armas, e há uma força ali que deseja derrubar o poder estabelecido, o palhaço armado então reúne as crianças da ilha num circo, faz uma apresentação super divertida e após esse momento realiza um discurso de ódio tão forte, que vai inflamando os pequenos, causando uma atmosfera terrível, e transformando as crianças em lobos raivosos sedentos pro sangue. Então entrega uma bandeira para cada um, instaura uma espécie de novo partido. Todos por estarem desiludidos compram essa batalha e nasce ali uma espécie de novo partido fascista revolucionário (vale dizer que todas as referencias aqui são abordadas como uma força revolucionária socialista ao melhor estilo Fidel e sua guerra. O símbolo, o discurso e o método lembram muito, até mesmo a ilha pode ser considerado Cuba).

Esse tipo de abordagem é muito comum, para os que nada tem, qualquer promessa de dias melhores seduz. No trecho em questão, vale lembrar que são crianças sem um lugar no mundo, e agora que foram adotados por essa nova guerra, vão se dedicar ao máximo para que finalmente tenham algum sucesso na vida. Esse discurso de ódio vale lembrar que é muito utilizado na politica, uma forma populista de abordar os problemas do lugar e prometer mudanças reais, e se preciso for derramar algum sangue para isso, assim o farão. E nem é preciso dizer que após a revolução, os meninos são aniquilados e esquecidos, triste realidade.

AS ATROCIDADES DO MUNDO
Ainda tem muito mais coisas a abordar, mas encerraremos neste tópico. Há criança que cresceram vendo a violência do pai em casa, replica isso na rua. Há lixo radioativo sendo jogado indevidamente no mar e o peixe que come esse lixo, é a Baleia que mais tarde Gepeto estará dentro (assim como na história original). Há criticas sobre o entretenimento fútil. Há podofilos que buscam crianças de rua para abusar, mulher morta e enterrada em partes numa tentativa de ocultação de cadáver, alcoolismo, depressão e suicídio.

Pinóquio é um menino, mas por ser um robô, não é dotado de sentimentos humanos, não há malicia, não há ego, não há amor. Foi criado para ser uma máquina de guerra e mata sem o menor problema. Extremamente efetivo, resistente e obediente, Pinóquio se torna uma efetiva máquina de matar. Diferente da adaptação Disney, ele não tem motivo algum para buscar se tornar um menino de verdade. Amor não é uma questão, mas por ser ingênuo, os primeiros gestos de afeto não lhe causam repulsa, e em determinado tempo, por mais que tenha sido adotado para fazer as vezes de um menino de verdade, não é bem isso que ele consegue ou quer emular.

Aqui a principal critica em relação ao cerne do personagem, é como todos buscam nele, uma forma de se beneficiar, todos buscam uma forma de utilizar o robô para seus desejos, sejam práticos, emocionais ou metafísicos. O seres humanos são retratados como aqueles que buscam o conflito toda hora, seja ele no campo das ideias ou confronto físico. E por fim vemos que por mais que nossas questões possam parecer o centro do mundo, todas elas se findam, pois se continuarmos no mesmo egoísmo, violência e ódio, um dia, não teremos mais nada para o que lutar, pois não sobrará nada. Tudo que é humano passará, Pinóquio não!

site: https://espacols.com.br/quadrinho/pinoquio/
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Fabiana 08/12/2023

Esse livro é sensacional!
Esse é mais um daqueles livros que lemos com as crianças. E aproveitamos também o audiobook Releituras, através do agregador Spotify ou Deezer. A narração está espetacular. As crianças não queriam parar de ouvir.
A história do Pinóquio é um show de exemplos de vícios e virtudes. Ficamos chocados em perceber o quanto somos parecidos com ele. O desejo de estar sempre sendo agradado, sem participar ou servir, sem perceber o outro, denuncia o nosso egoísmo.

O livro é muito melhor que adaptação da Disney!

Pra você que tem crianças pequenas, não deixe de ler com elas. Com certeza será uma aventura incrível.
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Diego.Rates 29/11/2023

Uma excepcionalmente (assustadora e) surpreendente história
Um personagem tão popular quanto o Pinóquio rendeu inúmeras adaptações para diversas mídias, muitas feitas de forma absolutamente excepcional. O personagem se tornou parte importante de nossa cultura e a cada ano que passa, nos surpreende com novas interpretações afiadíssimas de criadores maravilhosos, como Guillermo Del Toro e a equipe que criou Lies of P.

Um personagem que nos acompanha desde a infância (palavra importante aqui), nada poderia me preparar para o quão sinistra é essa história, nem mesmo os Contos dos Irmãos Grimm. Collodi nos traz uma narrativa por vezes lúdica, por vezes sádica, e por mais vezes ainda simplesmente horripilante. Mas no final das contas, é um livro sensacional que definitivamente vale a pena ser lido para amantes de bons clássicos e me fez ter maior curiosidade sobre a literatura italiana.
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Sosô Campelo 28/11/2023

Muito Bom!
É a historia de um boneco que desobedece o pai, é travesso e, ao longo da sua vida, ele vai encontrando pessoas e aprendendo coisas. No final, ele aprende a ser uma pessoa responsável.
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Craotchky 27/11/2023

A storia di un burattino
Querendo uma leitura para relaxar, escolhi esta. E não é que acertei em cheio?Pinocchio (vou usar o nome do original italiano) foi uma surpresa excelente. Adorei o livro. Uma das histórias infantis que mais gostei até hoje (em verdade não li tantas assim). A narrativa é bem humorada, dinâmica, divertida e cheia de aventuras; e não apenas: uma cena chegou mesmo a me comover logo no início.

A obra contrasta, de um lado, a grande inocência infantil do protagonista, e de outro cenas um tanto mais fortes, como quando, transformado em burro, Pinocchio é atirado ao mar com uma pedra amarrada ao pescoço, ocasião na qual ele fica submerso por uma hora; ou quando o Gato e a Raposa tentam queimá-lo vivo, depois tentam atravessá-lo com facões e só não conseguem porque o corpo de Pinocchio é de madeira muito dura; depois tentam enforcá-lo e quase conseguem matá-lo desta forma.

A história de Pinocchio tem um padrão evidente: Pinóquio desobedece e faz travessuras, em seguida se dá mal por isso, se arrepende, se compromete a ser um bom menino dali em diante, depois desobedece e apronta de novo... Esse formato repetitivo tem um propósito evidente: atribuir um caráter pedagógico ao livro. Explico: no decorrer da obra, lições destinadas ao público infantil (como: não fale com estranhos) aparecem não só implicitamente, mas mesmo de maneira explícita no texto. Eis dois exemplos:

No capítulo 30 a Fada diz:
"Porque os garotos que não dão ouvidos aos conselhos daqueles que sabem mais sempre acabam caindo em alguma desgraça."

No capítulo 4 temos o seguinte trecho de diálogo:
Pinocchio: "Entre as profissões do mundo, só tem mesmo uma de que eu gosto."
Grilo Falante: "E qual seria essa profissão?"
Pinocchio: "Comer, beber, dormir, me divertir e vagabundear o dia todo."
Grilo Falante: "Entenda uma coisa. Quase todos os que têm essa profissão terminam no hospital ou na prisão."
(é no final deste capítulo que, enfurecido, Pinocchio mata o Grilo Falante esmagado contra a parede.)

Com essa pedagogia que está muito além de ser apenas questionável, a história claramente pretende estimular a obediência, o bom comportamento e a dedicação das crianças aos estudos [Pinocchio é transformado em burro (note a escolha proposital do animal) justamente por se ausentar da escola]. De fato a pedagogia do livro é peculiar (A fada tenta dar remédio ao Pinocchio. Por conta do gosto amargo ele se recusa a beber o remédio. Então um caixão é trazido ao quarto. A Fada explica que o caixão é destinado a ele, pois na certa morrerá por não querer tomar o remédio. Pinocchio então aceita o remédio.) mas é preciso considerar que esta é uma obra de 1883.

Bem, não vou me estender muito mais. Gostei demais do livro, com seus capítulos curtos e suas aventuras divertidas e criativas. Penso que bastaria dizer que mais uma vez, a literatura infantil conseguiu emplacar mais um livro entre os dez melhores do ano... (o surpreendente A bolsa amarela já havia conseguido o feito em 2021)

p.s.
Curioso que o aspecto mais popularmente icônico da obra, ou seja, o fato de que ao mentir o nariz de Pinocchio cresce, é apenas um detalhe aqui. Isso acontece apenas em uma única cena do livro.
Nath 27/11/2023minha estante
PASSADA com a violência q vc descreveu.. bem alá os desenhos das antigas, tipo Tom e Jerry, Pica-pau, kkk


Craotchky 27/11/2023minha estante
Pois é, eram outros tempos. A Disney tem toda a magia que lhe é própria, mas opera mudanças significativas nas histórias originais. Como essas adaptações foram/são muito consumidas, acabam se convertendo quase que na "verdadeira forma" dessas histórias.


Babi159 27/11/2023minha estante
Isso explica muito o fato do Roberto Benigni ter feito sua versão fílmica, fraquíssima, de Pinocchio. Excelente resenha.


skuser02844 27/11/2023minha estante
Ai, Meu Deus, ele matou o grilo???!!!! ???


skuser02844 27/11/2023minha estante
Amei essa resenha!!! Vou comprar o livro pra mim e pra uma amiga querida (pedagoga)! ? Tô chocada que essa seja a história verdadeira, Filipe!


Craotchky 27/11/2023minha estante
Babi, assisti esse filme ontem, aproveitando que está no Prime Vídeo. Embora algumas figuras tenham aquele rosto humano que as tornam bizarras e feias, fiquei satisfeito com a adaptação. Ao menos foi bastante fiel aos elementos mais importantes do livro.


Craotchky 27/11/2023minha estante
Pois é Julia, a história original tem uma personalidade própria! Hahahahah
Sim, ele mata o Grilo logo na primeira interação deles no capítulo 4, quando atira contra ele um martelo de madeira.
Ao menos interpretei que o matou. A passagem diz assim:
"...atingiu-o bem na cabeça, tanto que o pobre Grilo teve fôlego apenas para um último cri-cri-cri e depois ficou lá, emborrachado e grudado na parede."
Entretanto o Grilo aparece novamente na obra, mas interpretei que fosse apenas a voz do Grilo, fruto da consciência de Pinocchio, ou vindo do além mesmo! Heheheeh


Nath 27/11/2023minha estante
Sim!! A Disney ADORA transformar essas histórias antigas infantis "macabras" em animações fofinhas.. ela fez isso até com o Corcunda de Notre Dame (do Victor Hugo!) e Aladin (das mil e uma noites!).. Vc sabia q na história original do Aldin, o Aladin é um CHINÊS?! Eu fiquei tão passada quando eu soube q decidi ler a versão original do Aladin contada pela Sherazade, só para ver até onde a Disney foi no filme.. mesmo assim acho q a Disney faz um excelente trabalho adaptando esses livros! Aliás, meus filmes da Disney favoritos na minha infância eram Aladin, Pocahontas e A Bela e a Fera. Lembro q eu assistia tanto esses filmes q a fita vhs chegava envergar no videocassete kkkkk


Craotchky 27/11/2023minha estante
Como eu disse, a Disney tem toda uma magia que lhe é própria. Penso que são filmes que podem ser consumidos, mas de preferência após o consumo das obras originais.
O problema é que hoje submetemos as obras originais às adaptações, quando o ideal é o contrário: deveríamos submeter as adaptações às obras originais. Daí a importância de conhecer/consumir as obras originais antes das adaptações que derivam delas.
Como geralmente a primeira versão consumida se tornará uma referência a partir da qual julgamos, por comparação, as versões que consumimos após, é ideal que consumamos primeiro o original, assim ele será nossa referência e a partir dele julgaremos as versões derivadas. Do contrário vamos acabar, de forma nociva, julgando as obras originais a partir das adaptações...


Nath 27/11/2023minha estante
Como leitora ADULTA, compreendo e concordo com seu ponto de vista! PORÉM! Para uma criança da atualidade, ler o livro original antes de assistir a captação da Disney, é totalmente inviável! Naquela época, quando ainda não existia o cinema, as crianças não tinham outra opção a não ser ler o livro infantil.. na atualidade é inviável "forçar" a leitura do livro antes de assistir o filme da Dianey!
Lembro que na minha infância eu ficava totalmente MARAVILHADA com os filmes da Disney, ia no cinema com minha mãe assistir todos! E naquela esses filmes contribuíram para meus sonhos infantis.. rs E olha que a minha mãe era professora e me incentivou desde criança a ler! E eu já adorava ler! Mas os filmes da Disney trás uma magia a mais única para uma criança!


Craotchky 28/11/2023minha estante
Eu sei, e você tem razão. Por isso eu disse que, o "ideal" é o consumo do original primeiro. E como se não bastasse a Disney, até um tal de Osamu Tezuka fez sua adaptação de Pinocchio em mangá!...


Nath 28/11/2023minha estante
Sim! Eu sei! ? Não imaginei q vc citaria o Tezuka! ? E para vc ter uma noção de como a Disney força a barra nas adaptações, tem uma polêmica gigante com provas concretas de que o filme O Rei Leão da Disney foi um plágio descarado do mangá Kimba, do Osamo Tezuka! Perceba que até o nome KIMBA, nome do personagem LEÃO do quadrinho do Tezuka, é idêntico ao nome SIMBA do protagonista LEÃO do filme da Disney.. mas o mangá do KIMBA do Osamo Tezuka foi criado em 1950, MUITO antes do Rei Leão da Disney nos anos 90!


skuser02844 30/11/2023minha estante
Concordo que foi morte e matada! Hahaha ???
Tesuka é um grande mangaká, Filipe, talvez o mais famoso de todos. No Japão, ele é conhecido como "Deus do mangá". Aqui no Brasil, ele ficou muito conhecido por "Astro Boy".
Mas não tava sabendo dessa questão com a Disney!!! ??? Gente, esse post tá cheia de plot twist! ????


Craotchky 30/11/2023minha estante
Sei bem, Julinha, o quanto o Tesuka é renomado; mas ainda não tive oportunidade de comprovar a qualidade dele!




@leituras_damay 23/11/2023

Uaaaaaaaaaau
Simplesmente uau
Leia,e simplesmente diferente do pinoquio da Disney
esse e pinoquio de verdade travesso e muitas vezes egoista ideal para reflexoes
Marcante,do tipo de livro que vc fica com a boca aberta
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Joabe.Perillo 23/11/2023

Um clássico surpreendente
"Era uma vez um pedaço de pau. Esse pedaço de pau não valia nada; Nao passava de pedaço de lenha comum , desses que nos dias de inverno queimamos na lareira para aquecer a casa."
Este livro demonstra a saga de todo ser humano. Do início de sua consciência em que se percebe egoísta, preguiçoso e mau por natureza, passa pelo processo de fazer apenas sua própria vontade, se arrepender, teta se levantar, cai novamente, novamente e novamente. E é concluído com sua redenção, onde se aprende o amor aos pais, o valor do trabalho, e da obediência.
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kellysantos_ 19/11/2023

As Aventuras de Pinóquio, de Carlo Collodi

Gepeto é um velho marceneiro que, na ausência de filhos, cria um boneco de madeira para ser seu filho, Pinóquio. Pinóquio é um boneco que faz várias traquinagens, e nunca obedece seu pai. Sempre que ele mente, seu nariz cresce. Sonha em se tornar um menino de verdade, mas para isso ele tem que se manter comportado, o que não é fácil para um menino traquino.

Um livro bonzinho! Indico para as crianças. Apesar de ser um pouquinho chatinho no começo, é bem engraçado. No começo, você se estressa um pouquinho com o Pinóquio, contudo, no final ele fica bem legalzinho.

"O médico prudente, quando não sabe o que dizer, o melhor que faz é ficar calado."

?66 páginas
?4.5/5
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may.reader 06/11/2023

Bizarooooo
Como podemos conhecer tantas versões e nenhuma se parecer com seu original?
A versão da Disney pouquíssimo tem desse conto tão belo e macabro
Nessa leitura podemos ver como os contos eram usados para servir de exemplo para as crianças, amedrontando-as para que não se comportem mal.
A edição da Dark como sempre entregou tudoooo! Seu prefácio é incrível e as informações adicionais enriquecem a história.
Super indico
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lbronski 05/11/2023

É sempre uma descoberta ler os contos reais e fazer comparações com as histórias da Disney. Pinóquio é uma leitura bem madura e que trata de temas sociais muito relevantes.
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