Luh 06/10/2022
Uma aula de história sobre heróis esquecidos.
Finalizando a trilogia sobre o processo do Brasil para chegar a proclamação da República, esse livro retoma o reinado de Dom Pedro segundo, já iniciado no fim do segundo livro, porém agora pela visão de um imperador cansado e passivo às mudanças da nação.
Com a chegada de uma nova era, o Brasil era a única monarquia solidificada na América, mas aos poucos, ao perder apoio da Igreja, Exército e Senhores de escravos, esse pilar irá começar a ruir. O livro mostra acontecimentos ocultados das aulas de história, como o começo da luta republicana, antes mesmos do lançamento do seu manifesto em 1870, personagens que construíram a sua fundação, como o repórter Bocaiúva, o professor Benjamin Constant e a "mocidade militar".
Também mostra personagens da luta abolicionista ofuscados pela princesa Isabel, como Luís Gama, advogado que libertou centenas de escravizados perante o júri, Joaquim Nabuco e José do Patrocínio, lideranças populares na luta contra a escravidão.
Os capítulos dedicados a Dom Pedro também causam uma simpatia ao leitor, além do papel de imperador mostrado nos livros, ele também era um intelectual, simpatizante das novas ideias e pró abolição.
Os últimos capítulos do livro retratam a República recém nascida e suas dificuldades, herdeira de um legado escravocrata e ignorante, lidaria com governos severos e excludentes da população, assim iniciando um país preconceituoso e focado no interesse de minorias ricas.
"A Lei Áurea abolia a escravidão, mas não o seu legado." Pág 228.