Corações Feridos

Corações Feridos Louisa Reid




Resenhas - Corações Feridos


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thebebelplace 05/11/2023

Não apenas corações feridos.
Esse livro passa uma sensação de desamparo, de tristeza e de desesperança. As coisas que aconteceram a elas foram tão cruéis, que parece ser um beco sem saída. Não recomendo para quem tem gatilhos sobre os assuntos tratados no livro. Se você é sensível, não leia. Elas mereciam muito mais do que as aconteceu.
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Xoxofana 18/08/2020

Doloroso
A história das irmãs gêmeas é fascinante, você começa o livro esperando uma coisa e descobre outra completamente diferente. As duas passam por inúmeras provações e sofrimentos, com seus pais rígidos e o medo constante de serem castigadas. É difícil ler esse livro e não sentir nada, é difícil acompanhar a história das duas e não sentir empatia e raiva, são vidas e acontecimentos horríveis e que deixam marcas terríveis, mas elas estão prontas para seguir em frente.
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Taize @viagemliteral 22/08/2020

Meu primeiro contato com a Louisa Reid fora com o livro "Mentiras como o amor" e fiquei totalmente apaixonada pela escrita sensível e ao mesmo tempo, sem romantização dos assuntos abordados.
Então me indicaram "Corações Feridos", e como sou amante dos dramas e dos temas mais densos, não perdi tempo.

Mas aqui me deparei com uma história que causa tristeza, repulsa e revolta, é algo que foge de qualquer tipo de justificativa.

"Na vida real não há ressurreição, ainda que você a deseje todas as noites."

Rebecca e Hephzi são irmãs gêmeas; enquanto Hephzi exala beleza e ousadia, Reb além de tímida e cuidadosa, nascera com a Síndrome de Treacher Collins, que causa má formação nos ossos da face.
Filhas de pais rigorosos, fanáticos religiosos e extremamente maldosos, as meninas viveram entre as paredes da casa paroquial durante anos, sendo negligenciadas pelas pessoas que deveriam amá-las.

Quando Hephzi morre misteriosamente, Rebecca tenta sobreviver com os cacos, com as cicatrizes, com a saudade de sua irmã e amiga e com todos os segredos que sua família guardava a sete chaves.

"A semana foi se desbotando, cinza, preta e marrom. O céu fora da janela era de concreto, tão duro quanto o desgosto. Gostaria de saber para onde fora o verão; talvez o sol tivesse morrido também."

Creio que a história de Reb e Hephzi se funde com histórias de muitas pessoas, e que são gatilhos dos mais cruéis existentes.
Quando pensamos em família, logo nos vem a mente um núcleo que ama e cuida fervorosamente, mas não fora isso o que essas meninas tiveram. Muitos abusos ocorreram, até mantimentos básicos para sobrevivência lhes foram negados, eram vistas pelos pais como seres amaldiçoados.

Um pai pastor e uma mãe submissa, ambos escondiam em suas boas ações na igreja todos os males que causavam às filhas quando trancavam a porta da casa paroquial.
Segredos obscuros Hephzi levou para o túmulo, mas Rebecca apesar de mais temerosa, tentaria com muito custo liberta-los, antes que seu fim se igualasse ao de sua irmã.

Uma escrita fluida? Sim. No entanto, é uma história que marca, que nos arranca pedaços e sobretudo, revolta.
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Yasmim.Speretta 27/10/2015

Uma linda e triste história
Eu já havia lido livros tristes e emotivos, mas esse me surpreendeu. Tem um tom muito pessimista e muito melancólico. Conta sobre gêmeas diferentes, de personalidades diferentes, mas com os mesmos problemas: a horrível familia, principalmente o pai. O final foi muito bom, vale a pena chegar até ele. É o tipo de livro que te faz ler 'só mais um' capitulo para saber oq acontece. Muito bom; triste, mas bom.
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Psychobooks 30/11/2013

Eu nem precisei ler a sinopse completa para me interessar por 'Corações Feridos', que é o primeiro livro da autora Louise Reid. Eu acreditava que seria uma leitura emocionante, um drama pesado, mas não fazia ideia do quanto seria visceral essa leitura.

Enredo

"Corações Feridos" conta a história de Hephzibah e Rebecca, irmãs gêmeas com personalidades completamente diferentes. Enquanto Hephzi é destemida e aventureira, Reb é mais tranquila, temerosa e racional. As duas foram criadas sob vigilância constante de seus pais que são fanáticos religiosos, até o momento, estudaram em casa e agora Hephzi conseguiu convencer os pais a deixarem ela e a irmã frequentar o colegial na escola pública da cidade.

Com 17 anos, as garotas não conhecem todas as malícias do mundo fora da igreja e terão que aprender rapidamente a conviver com outros adolescentes. Hephzi se adapta com muita facilidade, mas para Reb, as coisas são um pouco mais difíceis, tanto por sua personalidade tímida como por causa do seu rosto, que devido à Síndrome de Treacher Collins é desfigurado, causando estranheza em quem a vê pela primeira vez.

Com pais opressores, tudo o que as garotas querem é um pouco mais de liberdade para viver como adolescentes normais. Mas algo acontece e Hephzi morre e as causas dessa morte são um tanto nebulosas.

Personagens

A caracterização dos personagens é muito bem feita, a construção psicológica de cada um deles é incrível, cada personagem tem suas particularidades que irão despertar o ódio ou a simpatia do leitor. Confesso que conforme a leitura avançava, eu odiava cada vez mais os pais das garotas, enquanto ia me apaixonando pela bondade do Danny e sua família.

O pastor Roderick e sua esposa Maria, são pessoas extremamente religiosas de caráter duvido, usam a religião apenas quando lhes convém e de um jeito um tanto tortuoso, acreditando que Rebecca tem a marca do diabo por ter seu rosto deformado e é pecadora, a garota sempre sofreu com os maus tratos dentro de casa, enquanto que por ter uma bela aparência, Hephzibah é a preferida do pai e tem como obrigação acompanhá-lo em suas tarefas religiosas, sendo educada e simpática com todos os fiéis do pastor.

Narrativa e desenvolvimento do enredo

O livro é narrado sob o ponto de vista da Hephzibah e Rebecca, que se alternam a cada capítulo, Hephzi nos conta fatos sobre o passado enquanto Rebecca está no presente tentando lidar com seus demônios pessoais para conseguir sobreviver.

A escrita da autora é marcante e ela não nos poupa dos detalhes repugnantes de tudo o que acontece na casa paroquial. Os temas que a autora inseriu no livro não são nada fáceis de digerir, os horrores de duas garotas serem prisioneiras em sua própria casa, vivendo na miséria, com alimentação deficiente e nenhuma assistência médica, é de cortar o coração de qualquer leitor.
Desde o começo, o leitor é informado da morte de Hephzi e a autora consegue manter o suspense e mistério sob quais seriam as causas dessa morte até o final, fazendo com que o leitor fique ligado à essa narrativa tensa e comovente.

No final, algumas coisas ficaram um pouco confusas que não vou poder pontuar aqui pois seria spoiler, mas acho que a autora correu muito nos últimos capítulos, ela poderia ter tido um pouco mais de cuidado com o fechamento.

Concluindo

"Corações Feridos" é um trhiller psicológico muito bem construído, uma leitura visceral e cruel, onde o leitor deve estar preparado para encarar uma história dura, revoltante, sobre a maldade do ser humano e sonhos que para muitas pessoas podem ser simples, mas significa tudo para quem viveu aprisionada e sofreu violência física e psicológica por anos de sua vida.

Leitura mais que recomendada para quem gosta de um bom drama com suspense, onde nem todas as reviravoltas são surpreendentes, mas tem personagens marcantes, um enredo denso e comovente.

Edição brasileira

Fico muito triste ao ter que fazer esse tipo de observação, mas a revisão do exemplar que li é tão precária, que é impossível ignorar. Os erros gramaticais são frequentes e para o leitor um pouco mais exigente isso incomoda.

"Ele me olhava, surpreso por eu ter falado em minha defesa e por ter ousado demonstrar uma vontade. Seus lábios se retorceram e seu sorriso sarcástico derrubou meu olhar novamente."
Página 52

"Eu era a Imperfeição de sua Justiça, e, conforme me dirigia seu jogo particular de moralidade, senti a chama queimar de novo e de novo."
Página 89


site: http://www.psychobooks.com.br/
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Julia Mores 13/09/2021

horrível nota 10
eu gostei muito de como o livro se desenrola apesar de ser um livro bem pesado e com vários gatilhos. Eu não conseguia parar de ler até saber o que ia acontecer no final, eu estava ficando louca mas foi ótimo!
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Carla.Parreira 28/10/2023

REID, Louisa. Corações Feridos. São Paulo: Novo Conceito, 2013.
*
Resumo em primeira pessoa...
Meu nome é Rebecca e tenho/tinha uma irmã gêmea chamada Hephzibah. Somos filhas de um pai religioso bem fanático que é o pastor Roderick. Ele nunca permitiu que fôssemos à escola, lêssemos livros ou tivéssemos qualquer contato com o mundo externo. Nossas roupas sempre foram os restos das doações feitas à igreja. Crescemos alheias as mudanças que surgem na fase da adolescência, bem como dos cuidados que deveríamos ter com o corpo. Nossa mãe nada fazia para nos ajudar, nem mesmo quando éramos marcadas pela crueldade de um pai violento e bêbado. Eles compartilhavam de uma definição particular do que era o bem e o mal. Na igreja, nosso pai era um homem de Deus; na cidade, ele era um modelo de virtude. E perante todos os religiosos eu era vista como o mal em pessoa, só porque fora ?marcada?. Foi o que aprendi sobre mim mesma assim que eu tive idade suficiente para entender porque eu era diferente fisicamente da minha irmã gêmea. Por diversas vezes, enquanto meu pai fazia suas pregações, eu ficava observando aquelas pessoas que se vestiam com roupas normais, que sorriam e angariavam dinheiro para a caridade. Um monte de malucos que ficavam de joelhos para rezar, mas que, tão logo estivessem seguros atrás de portas fechadas, tiravam as máscaras e deixavam o veneno irromper. Minha irmã Hephzibah sempre foi a mais bonita e decidida. Depois de ameaçar nossa mãe para ela convencer nosso pai sobre a importância dos estudos, finalmente conseguimos ingressar no segundo grau. Minha irmã logo foi se enturmando, fazendo amizades e arranjando um namorado, o Craig. Eu já era mais quietinha: estar na biblioteca da escola era o que eu mais gostava e, se pudesse, leria todos os livros que estavam nas prateleiras. Pois é, essa sou eu, retraída, tímida e cautelosa tanto no convívio social quanto em casa por ser a mais ofendida e menosprezada, educada numa aura de medo e de opressão criada pelo meu pai e tendo a conivência da minha mãe, sem qualquer tipo de regalia básica como tomar banho quente, usar desodorantes ou absorventes. Eu sou a feia da família porque tenho o meu rosto deformado em virtude de sofrer da Síndrome de Treacher Collins, um problema genético que causa má formação nos ossos da face. Minha irmã era maior. Nasceu primeiro, era mais forte e mais bonita, a gêmea popular. Eu vivi à sombra dela por 16 anos, amante do frio e da escuridão, sempre fazendo o máxio para me esconder. Apesar disso, sempre fui mais atenta, cuidadosa, e sempre procurei ajudar a minha irmã fazendo as suas tarefas escolares, mentindo quando ela saia às escondidas para as festas e para namorar. Muitas vezes fui castigada severamente por proteger e encobrir os feitos dela. E tudo isso não terminou nada bem. As saídas de Hephzibah passaram a ser mais constantes porque, além das festas, o Craig a levava para passear de moto por vários lugares. Ela estava apaixonada, amava Craig e o que mais sonhava era poder fugir para ir morar com ele. Com o tempo ela passou a frequentar a casa dele onde tinha o carinho de Pam, a mãe dele, e tudo era felicidade. O que ela não esperava era que Craig e sua mãe fossem na paróquia para o culto de natal. Esse encontro inesperado deixou nosso pai nervoso e muito desconfiado. Isso custou a Hephzibah um trágico fim e muitas vezes me questionei se tinha culpa ou não pela morte dela. Ficava me perguntando se a morte, em tal caso, era de fato ruim ou se ela finalmente tinha se libertado do inferno que nós duas vivíamos diariamente dentro de casa. Pelo menos ela se libertara desse mundo que eu sempre vi como um mar de perigo, lugar onde eu poderia facilmente me afogar. Por mais que tivéssemos algumas briguinhas, nós nos amávamos, eramos amigas e confidentes. Gostávamos de relembrar os momentos felizes que passamos com a nossa avó quando menores. Ela vinha nos buscar para passear, comprava livros que líamos em sua casa, tomávamos sorvete, passeávamos nas lojas, ganhávamos roupas novas. Era um momento de felicidade única, mas nosso pai a odiava e um dia a proibiu de nos ver. Enfim, tive que continuar a vida mesmo sofrendo pela ausência da minha irmã. Certo dia eu recebi na biblioteca um panfleto sobre um curso de verão para ?estudantes talentosos e superdotados?. Além de ter que pagar pelo curso, ainda teria que passar por cima da proibição paterna. Mas eu estava disposta a isso e comecei a ganhar 10 libras por semana distribuindo folhetos. Enquanto trabalhava, meus pais achavam que eu estava tendo aulas extras de matemática. A mentira teve perna curta e o plano de fazer o curso não deu certo. Acabei sendo descoberta, castigada, ficando sem o dinheiro e, como se não bastasse tanta repreensão, meu pai me proibiu de voltar à escola. Eu ficava o tempo todo dentro de casa, ajudando a minha mãe na cozinha e limpando a paróquia. Depois de alguns dias a senhora Sparks, amiga do meu pai, disse que era melhor eu começar a trabalhar para ajudar nas despesas da casa. Foi então que fui trabalhar na casa de repouso ao lado de casa. Aprendi muitas coisas e conheci pessoas que me viam com outros olhos, mas mesmo assim, ao final de cada dia, voltava para o meu quarto onde me escondia e chorava mantendo viva as dores de tudo o que já vivera. Não conseguia ter a coragem da minha irmã para tentar fugir. Muitas vezes escutava a voz dela me encorajando, mas não me atrevia. Receiosa, eu ficava me perguntando qual seria o meu destino e quando conseguiria a minha liberdade. E eu também me perguntava quantos fanáticos como o meu pai deveriam existir no mundo praticando atitudes cruelmente insanas e ensinando a seus filhos que tudo é pecado e que tudo corrompe. E a reflexão que deixo é justamente essa: uma família pode parecer perfeita aos olhos da sociedade, mas a verdade pode ser totalmente o contrário: abuso psicológico, estupro, pedofilia e violência doméstica. Existem muitas crianças por aí que são criadas por pais severos, cruéis, extremamente religiosos, porém hipócritas - pregam na comunidade atitudes diferentes das que têm em casa. O mundo está cheio de pessoas que escondem uma vida de humilhações, opressões e mals tratos, infelizmente.
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Saleitura 11/10/2013

Duas irmãs gêmeas. Uma linda, a outra desfigurada. Divididas por um terrível segredo...
Corações Feridos já tinha me chamado atenção pela sinopse e acabei sendo motivada a iniciar a leitura no anseio de ganhar uma sombrinha. Mas nada disso passou a ter importância depois que fui absorvida por essa história de Rebecca e Hephzibah, irmãs gêmeas, que partiram meu coração e me chocaram de tal forma que não tive como deixar de ser envolvida e esquecer tudo que estava a minha volta.

Filhas de um pai religioso fanático – Pastor Roderick – que não permitia que fossem a escola, de lerem livros, de terem qualquer contato com o mundo externo. Suas roupas eram restos das doações feitas. Cresciam alheias as mudanças que surgem nas fases da vida de uma menina para adolescente, dos cuidados que devem ter com seu corpo, com os perigos que a inocência levaria a tristes consequências. Uma mãe que nada fazia para ajudar as filhas por medo do marido e nem quando eram marcadas pela crueldade de um pai fanático e bêbado. Quantos segredos não estariam por trás disso tudo?
“Você está tomando pílula, né? Indagou ele. Eu não fazia ideia do que aquilo significava, então concordei com a cabeça. O rosto dele brilhou instantaneamente. – Deve ser vírus então. – E concordei outra vez.” Página 181

A história é em primeira pessoa com capítulos alternados de Rebecca que narra o Depois e Hephzi contando o Antes.

“Hoje tentaram me fazer ir ao funeral de minha irmã... Ela sempre foi maior. Nasceu primeiro, mais forte, mais bonita, a gêmea popular. Eu vivi à sombra dela por 16 anos e gostei do frio e da escuridão; era um lugar seguro para esconder-me... Era o primeiro dia do ano-novo, e minha irmã estava morta havia uma semana.” Página 11

Hephzi era a irmã bonita e mais decidida. Depois de ameaçar a mãe e esta convencer ao pai finalmente conseguiram ingressar no segundo grau. Para Hephzi era o começo da liberdade que tanto sonhava em alcançar. Logo foi se enturmando ,fazendo amizades e arranjando um namorado Craig.

Rebecca por ter seu rosto deformado em virtude de sofrer da Síndrome de Treacher Collins, estava sempre escondida. Apesar disso ela era mais atenta, mais cuidadosa e sempre procurava ajudar a irmã fazendo as suas tarefas escolares, dando cobertura quando esta saia às escondidas para as festas e para namorar. Quantas vezes não foi castigada pelo pai para proteger a irmã. Como qualquer irmã tinham suas briguinhas mas se amavam, eram amigas e confidentes.

Gostavam de relembrar os momentos felizes que passaram com sua avó quando menores. Ela vinha buscá-las para passear, comprava livros que liam em sua casa, tomavam sorvete, passeavam nas lojas, ganhavam roupas novas. Era um momento de felicidade única , mas seu pai a odiava e um dia a proibiu de ver as netas. Brigaram, ela caiu da escada e depois acabou morrendo de tristeza.

Estar na biblioteca da escola era o que mais gostava e se pudesse leria todos os livros que estavam nas prateleiras.
“Quando eu era transportada para o Morro dos Ventos Uivantes ou para o centro de Los Angeles, ficava feliz, meu mundo recuava e, por 40 minutos, a realidade ficava suspensa em algum lugar acima da escola, como uma bexiga preta esperando o sinal de estourar.” Página 31

As saídas de Hephzi passaram a ser mais constantes indo a festas e seu namorado Craig a levava a passear de Moto por vários lugares. Estava apaixonada, amava Craig e o que mais sonhava era poder fugir para ir morar com ele. Passou a frequentar a sua casa, tinha o carinho de Pam – a mãe dele – tudo era felicidade. O que não esperava era que Craig e sua mãe fossem na Paróquia ao culto de Natal o que deixou seu pai sem ação, nervoso e muito desconfiado. Isso custou a Hephzi um trágico fim.

“O Pai me odiava porque a coisa de que ele gostava de cuidar, como um abutre ganancioso, partira, e eles agora precisavam tomar cuidado, ser mais vigilantes , caso outras perguntas fossem feitas. Mas eu me culpo também. Eu deveria tê-la salvado. Era o meu dever.”

Rebecca recebeu na biblioteca um panfleto sobre um curso de verão para “estudantes talentosos e superdotados” e além de ter um custo sabia que seria impossível o pai concordar com sua ida. Acabou tendo a oportunidade de ganhar 10 Libras por semana distribuindo folhetos. Avisou aos pais que teria aulas extras de matemática e nesse período trabalhava. Acabou sendo descoberta, castigada, ficando sem o dinheiro e mais tarde o pai a tirou da escola.

Ficava o tempo todo dentro de casa, ajudando a mãe na cozinha, limpando a Paróquia até que Srª. Sparks – amiga de seu pai – disse que já que não estudava tinha que encontrar um emprego pois era “um fardo para seus pais ter que sustenta-la”. Foi então que foi trabalhar na Casa de Repouso que ficava ao lado de sua casa. Vai aprender muitas coisas, conhecer pessoas que vão vê-la com outros olhos, mas mesmo assim ao fim de cada dia volta para seu quarto onde se esconde e mantém viva as marcas por tudo que já passou. Não consegue ter a coragem da irmã para tentar fugir, tem medo, escuta vozes de Hephzi a encorajando, mas não se atreve. Qual será o destino dessa jovem? Será que conseguirá a sua liberdade?

“Qual seria o motivo de tamanho ódio? A quem Roderick pretendia enganar ao se passar por cuidadoso provedor de uma família que estava, claramente, escapando entre seus dedos? Que mistérios e segredos torpes davam ritmo para a vida daquelas quatro pessoas?”

A autora Louisa Reid nos envolve nesse drama fazendo sentir revolta, ódio e fico imaginando quantos fanáticos devem existir neste nosso mundo real praticando atitudes cruelmente insanas.

A capa é tem tudo a ver com a história. Quanto à apresentação, encadernação, acabamento, as folhas, os detalhes das fontes que facilitam a leitura como mostram sempre a qualidade das obras da Editora Novo Conceito.

Resenhado por Irene Moreira
http://www.skoob.com.br/estante/resenha/32602371


site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2013/10/resenha-do-livro-coracoes-feridos-de.html
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Juba 10/10/2020

4,5?
14/09/2020 - 20/09/2020

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Bya 01/09/2016

Montanha Russa Emociona
Com um conteúdo carregado de mistério e com algumas pinceladas melancólicas a história gira em torno de duas irmãs. Porém a história desprende-se de um suspense. Com um enredo dramático, o mistério esta centralizado em torno do emocional das personagens. A autora deixa evidente a temática da violência tanto doméstica quanto psico-emocional.
Nas primeiras passagens da história percebi uma narrativa monótona.
Carregado de emoção, proporcionando reflexão sobre os acontecimentos percebi que a conexão com a história tem que ir além das palavras.
Questões relacionadas a amizade sentimentos ambíguos, são bem enfatizados no entanto a autora não fica presa à estereótipos e comparações dos personagens.
Apesar da densidade emocional fica claro a possibilidade de um processo reflexivo diante de valores emocionais e questões sociais. Pensar sobre o que possibilita mediar as nossas ações com os fatos ocorridos. No final quando pensei não estar envolvida, fui pega com meus pensamentos numa montanha russa emocional diante do drama.

Vale a pena ler e fica claro que a história terá mais acontecimentos. Quem sabe um próximo volume.
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Gle 21/08/2022

Corações Feridos
"- Vou começar a escola em setembro, aquela na cidade. Vou passar no resto dos exames em mais um ano e recuperar tudo que perdi. Então vou para a faculdade. Vou trabalhar para me sustentar e vou conseguir. A vida é muito curta para a gente não se esforçar ao máximo."
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sasa 08/10/2021

esse livro superou todas minhas expectativas e não tenho o que fala dele.
foi uma das leituras mais gostosas que eu tive e a escrita desse livro é muito perfeita
eu não sabia que tinha tanto gatilho assim mas infelizmente não vou ter novamente a sensação de ler ele pela primeira vez.
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Brunna 10/10/2013

Narrativa tensa e contagiante
O que acontece dentro de uma casa quando as portas estão trancadas? E se esta casa pertencer a um devoto a Deus? O que acontece entre quatro paredes fica entre quatro paredes. Mas e se for uma coisa horrível, que precisa ser denunciada, contada para alguém? Hephzibah e Rebecca são irmãs gêmeas e vivem em uma casa cheia de opressão e constante pavor. O pai delas é um religioso fanático e praticamente não as deixa ter contato com o mundo exterior. Elas são privadas de tudo: livros, revistas, jornais, internet, roupas novas, remédios, artigos de higiene pessoal e até mesmo banho, sob a alegação de que tudo isso tem vínculo com o pecado.
Mesmo não se entendendo exatamente como aconteceu, as duas irmãs conseguem a dádiva de poderem frequentar o segundo grau em uma escola normal, assim como os outros jovens. É aí que finalmente Hephzi vê uma ínfima oportunidade de fugir de tudo aquilo. Ela que é bonita, caprichosa e encantadora, sabe que um dia conseguirá ir embora e deixar essa vida tirana para trás. Já Reb é cuidadosa, retraída e deformada. Ela nasceu com a Síndrome de Treacher Collins, por isso tem uma severa deformidade facial e tudo se torna mais difícil de conseguir. Até que Hephzi morre. Ela morreu sem conseguir realizar seu maior sonho. A verdadeira razão da morte de sua querida irmã estará guardada para sempre na mente de Rebecca.
Embora seu rosto seja completamente tomado pela má formação, o intelecto de Rebecca é extremamente admirável. Mesmo sabendo bem pouco dos mínimos detalhes da vida, nota-se que ela é bastante inteligente. Ela é esforçada e tem sede de conhecimento, ainda assim não é nada fácil conseguir viver com tanto abuso e perseguição. Na vida de Reb tudo é tão difícil... Será que, mesmo com tantas dificuldades, ela será capaz de escapar de seu pai abusivo e autoritário? Se Hephzi, que era mais talentosa, não conseguiu, o que garante que Reb irá conseguir?
Corações Feridos tem uma narrativa tensa e contagiante. É narrado por dois pontos de vista, um de cada irmã, sendo que a Hephzi conta todos os acontecimentos anteriores a sua morte e Reb descreve tudo o que está acontecendo após o falecimento da irmã. O leitor, logo nas primeiras páginas, é transportado para o mundo de desespero que as duas irmãs conhecem. A história é trágica demais, agressiva demais e catastrófica demais. Só que tudo foi tão bem pensado e muito bem executado que um livro denso é transformado em magnífico sem perder sua essência. Tem a quantidade certa de mistério e suspense, fazendo com que a obra seja lida em um piscar de olhos.
Essa edição da editora Novo Conceito está exemplar. Sem erros de português/digitação, letras em tamanho ideal, páginas amarelas e diagramação com alguns detalhes bacanas. A capa transmite um ar sombrio, assim como o interior do livro.
Por favor, não perca a oportunidade de ler essa obra tão boa. Adquira seu exemplar de Corações Feridos sem medo. Você perceberá como uma história com tanto isolamento, medo, opressão, privação, mistério, mentira e suspense pode te comover, emocionar e chocar da forma mais profunda e singela possível.

site: http://myfavoritebook-mfb.blogspot.com.br/2013/09/resenha-coracoes-feridos.html
Jessica 14/10/2013minha estante
Caracas, estou maluca para ler este livro e gostei muito da resenha... obg vc como sempre abrindo ainda mais minha mente bjinhos Bru.




Ana Martines 21/07/2014

Só leia se você tiver um coração forte, pois esse livro machuca.
Hephzibah e Rebecca são irmãs gêmeas, inseparáveis. Filhas de pais religiosos, que não as deixam sair de casa, fazer compras, nem se limparem corretamente. São obrigadas a participarem de todos os encontros, já que seu pai é o pastor. E escondem um grande segredo... Hephzibah é linda, na medida do possível. Rebelde, desafiadora e manipuladora. Já Rebecca é a que mais sofre. Nasceu com a sindrome de Treacher Collins - que deformou seu rosto - e é acusada pelos seus pais como o demônio, o preço que tiveram que pagar por terem pecado. Protetora, se preocupa demais com sua irmã, e vê sua vida mudar completamente após a morte de Hephzibah. Os capítulos são alternados entre Rebecca e Hephzibah, contando-nos a história antes e depois da morte da garota. A diagramação é simples e bonita, com capítulos curtos e uma leitura que flui perfeitamente. Os pais das garotas semelham-se à mãe de Carrie, do livro Carrie, a Estranha. Ao meu ver, eles conseguem ser piores, principalmente o pai, que Rebecca refere-se como Pai, com letra maiúscula. "Olhe para dentro, retire a pele, a carne e os ossos e encontrará uma biblioteca de sofrimentos." Corações Feridos é um livro triste. Surpreendente, mas angustiante. Não sei se eu que não estava em um momento bom, ou o livro que causou isso... Mas tiveram horas que precisei largar o livro, pensar em outra coisa, tamanha a dor no peito que estava sentindo. Não sei se captei bem a moral do livro, mas sei que, depois de lê-lo, passei a valorizar mais minha vida. Minha família, meus amigos... Minha realidade. Após conhecer essa realidade tão dolorida da vida de Hephzibah, meu modo de ver as coisas mudou. Já vi muitas pessoas falarem isso, mas não posso deixar de falar também. Só leia se você tiver um coração forte, pois esse livro machuca. Terminamos a leitura com o Coração Ferido, assim como no título. A autora está se arriscando a deixar muitas pessoas em depressão após esse livro. Recomendo a leitura para todos que gostam de um livro drástico, mas com um aprendizado enorme. Um bom livro para sair da zona de conforto, para mudar o estilo um pouco. Vale muito a pena a leitura, apesar de todo o sofrimento.

site: www.vicioemlivros.com
Chellot 24/09/2014minha estante
Olá, terminei de ler ontem e adorei. Ótima resenha.
Bjs Chellot.




Leninha Sempre Romântica 30/09/2013

Esse é o primeiro livro de Louisa Reid que leio, que já nos choca pela sua sinopse, e com certeza ela passa a figurar na minha lista de autores preferidos.

O livro é narrado na visão das irmãs Hephzi e Rebecca em dois tempos. Antes da morte de Hephzi, contada por ela mesma e após sua morte, contada por Rebecca.

Duas irmãs gêmeas, mas totalmente diferentes. Uma linda e encantadora, outra desfigurada por ter nascido com a síndrome de Treacher Collins. Mas as aparências não se mantêm apenas no isolamento das jovens, vista por todos como tímidas, reclusas e superprotegidas pelos pais. Na verdade, elas são prisioneiras de um pai fanático religioso que as mantém trancafiadas dentro de casa, prisioneiras de uma vida que não desejam. Bom seria se fosse apenas isso, mas essa família guarda segredos terríveis e que com certeza se descobertos abalariam toda uma comunidade.

Duas jovens que até então estudaram em casa finalmente tem a permissão de ir para uma escola normal. Para Hephzi era como receber alforria da vida miserável, vivida até então. Para ela se abria uma porta de infinitas possibilidades, agora ela faria amigos, respiraria num ambiente alegre e cheio de oportunidades, e finalmente poderia fugir, mesmo que para isso tivesse que deixar para trás até mesmo sua irmã, Rebecca.

Rebecca não vê essa oportunidade com os mesmos olhos. Numa escola ela teria que suportar tudo aquilo com que convive diariamente; dedos apontando para seu rosto, olhares de pânico, risos escondidos, piadas, tudo porque ela não era igual aos outros, sua deformidade a mantinha refém do medo, da insegurança e da solidão.

Essa com certeza não foi uma leitura fácil, o mote é forte e nos remete a uma realidade não tão agradável. Uma família que guarda segredos, reféns do medo. Um pai autoritário que mantém uma aparência, diante da igreja, de pai amantíssimo mesmo que severo com suas filhas. Um exemplo de homem e marido, um pastor sempre com uma palavra de conforto e um sorriso para seus fiéis, mas que dentro de casa mostra sua verdadeira face.

Foi como levar um tapa na cara descobrir o que se passa entre as paredes daquela casa, sentir as emoções daquelas meninas, seus medos; sendo criadas num ambiente hostil e sem chances de escapar. Durante toda a leitura a tensão me acompanhou, era fácil deduzir o desfecho daquela história, já que logo de cara sabemos que Hephzi morre. Mas difícil mesmo foi vivenciar toda a trajetória até esse momento crucial.

A autora manteve o mistério e o suspense desde a primeira página e prendendo o leitor numa narrativa tensa, tocante e dilacerante. Não foi fácil manter a postura e não me deixar levar pelas lágrimas em vários momentos durante a leitura. Todas as amarras foram devidamente apertadas, o mistério sobre a família totalmente plausível, mas a meu ver nada justifica tanta maldade numa só pessoa, ainda mais quando ela é um exemplo a ser seguido numa comunidade.

Então nessas horas me pergunto, quantas meninas e meninos pelo mundo afora vivem este mesmo terror em suas casas? Quantos choram escondidos com medo de falar e sofrerem ainda mais? Quantos se tornam vítimas daqueles que deveriam protegê-los?

A realidade vista na leitura desse livro é vivenciada em muitos lares e a cada dia fica mais difícil ouvir o grito pelas janelas, através das portas sempre fechadas e escondidas nos sorrisos tímidos das crianças.

Um livro visceral que mostra até onde a maldade e os sonhos simples podem levar uma pessoa. Eu, como fã de um drama não poderia deixar de amar essa história, apesar do tema forte ele é mais que um alerta para quem lê.

Recomendo a leitura, apesar de salientar que o leitor deve estar preparado para uma realidade cruel. Se for fã, como eu, de livros pungentes recomendo que leia imediatamente.

Preparem os lencinhos, o copo com água, para engolir os nós que se formarão em sua garganta e boa leitura!


site: http://www.sempreromantica.com.br/2013/09/coracoes-feridos-louisa-reid.html
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