Queria Estar Lendo 21/11/2018
Resenha: A Menina mais Fria de Coldtown
A Menina Mais Fria de Coldtown é uma premiada fantasia urbana da autora Holly Black. Inspirada no amor da autora pelas história de vampiros, nos traz a personagem Tana que se descobre corajosa e determinada em meio a ameaça de transformar-se em vampira.
Tana Bach estava apenas se divertindo em uma festa no por do sol, até que acabou se trancando, bêbada, no banheiro para escapar do ex-namorado. Acordando na manhã seguinte, de ressaca e dentro da banheira, ela desce as escadas da casa de fazenda para descobrir um massacre sem igual. Todos os seus amigos de colégio estão mortos, menos ela e seu ex, Aidan.
O problema é que no mundo de Tana os vampiros existem e há anos foram descobertos pelos humanos. Agora, sempre que um humano é mordido, ele é infectado e, caso se alimente de sangue humano, se transforma em vampiro. E a fome que surge em uma pessoa Resfriada - como são chamados os infectados - é enorme.
Por causa disso o governo criou as Coltowns, cidades muradas onde Resfriados e Vampiros são colocados - e onde humanos em busca da imortalidade, obcecados pela morte ou doentes também buscam refugio.
Agora, Tana precisa escapar da casa da fazenda antes do pôr-do-sol, mas com seu ex infectado e um vampiro preso por correntes no quarto ao lado dele, ela precisa tomar importantes decisões, e a maior delas é: ela está realmente pensando em resgatar um vampiro?
Eu gostei muito do mundo que a Holly Black criou aqui, como ela justificou a presença dos vampiros e toda a mitologia que criou envolve os vampiros, a descoberta do governo, a doença e as Coldtowns.
Tana foi uma protagonista bastante realista. A forma como ela fica assustada, mas ainda assim decide agir. Gostei da forma como ela foi escrita, que difere um pouco das heroínas comuns de fantasia urbana que não pensando 2 segundos antes de fazerem algo realmente estúpido e "heroico".
Sobre os personagens secundários, no entanto, não consegui me conectar muito. A história foi empolgante, teve um ótimo ritmo e me relembrou as histórias originais de vampiros, embora bem repaginada e atual. Mas os personagens secundários não me conquistaram realmente.
Aidan, com seus jogos e sua necessidade de atenção, Gavriel com a sua loucura e mistério, os humanos em busca da vida eterna, os vampiros presos em meio a intrigas, nenhum deles realmente chamou a atenção ou me deixou querendo saber mais. O que instigou a leitura, mesmo, foi a história. Como eu queria saber o que aconteceria, o que era a vingança, e como tudo aquilo ia terminar.
Holly tem uma escrita fácil, porém com um pé em uma narrativa mais rebuscada, o que tornou a experiência bem interessante. Intercalar a história da Tana com o passado de Gavriel também tornou a leitura mais dinâmica e um clima mais "drácula"para toda a história.
A Menina Mais Fria de Coldtown é uma leitura interessante, que cumpre o que promete e até um pouco mais, e uma boa forma de conhecer a narrativa e as história de Holly Black, um autora tão bem conceituada no meio Young Adult.
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