O Mundo de Vidro

O Mundo de Vidro Maurício Gomyde




Resenhas - O Mundo de Vidro


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Paula 13/11/2012

Primeira Resenha
Primeira resenha que faço. Não sei por que mas sempre tive certo medo em escrever resenhas. As palavras faltam ou era apenas medo de não fazer jus ao livro pretendido. Mas acredite ou não, criei coragem ao ler hoje (12/11/2012) uma matéria do mês de setembro de 2011 que falava sobre o ENEM. Havia uma matéria de uma menina, nota mais alta da redação em 2010, onde ela disse que para se dar bem em redação tem que praticar a leitura e escrita.

Oras bolas, eu sou formada em Letras. Adoro redações e gosto de brincar com as palavras. Que se dane o jus ao livro nesse princípio. Não há maneira melhor de fazê-lo sem treinar, treinar e treinar. E cá estou, treinando uma resenha do livro O Mundo de Vidro, de Maurício Gomyde.

Eu disse que se dane o jus ao livro, mas a verdade é que queria fazer esse tal jus a esse livro, porque gostei muito, por isso o escolhi. Nunca fui fã de literatura nacional, exceto os imortais da nossa Literatura, tais como: Machadinho, Drummond, Oswald. Esses tem meu eterno respeito e admiração. Mas os novatos é que me preocupavam. Eu não entendia porque para ser lembrado e considerado “Imortal da Literatura” o cara tinha que estar morto. Ele não pode ser bom enquanto vivo e sua obra ser considerada imortal?

A resposta encontrei assim que li a obra de Gomyde. Na verdade escritor bom não precisa estar morto para ser considerado realmente bom e se tornar um Imortal. Meu preconceito com os novatos me impedia de ver isso. Para mim, bom era Machado de Assis. Morto.

Não deixei de admirar o Machadinho. Mas agora tenho mais alguns nomes na minha lista de bons escritores, e nessa lista inclui o nome de Maurício Gomyde. Escritor nascido em São Paulo, atualmente vivendo em Brasília. Além de escritor é músico, e está vivo!

Li apenas um de seus livros, o primeiro. O Mundo de Vidro, que ganhei do próprio autor que me enviou por correio. Demorei meses para pegar e lê-lo. Burrice. Se soubesse que leitura me aguardava tinha lido no primeiro instante que o toquei. Agora não hesitarei em adquirir o restante de sua obra.

Fiz um prólogo de resenha até aqui. Acho que está na hora de parar com o embromention e começar a dar a luz a resenha primogênita. Mas como não sei bem como começar acho melhor não estragar e partir da sinopse:

Até onde pode ir a paixão de uma pessoa por outra? Como, quando e por que começa? Até que ponto pode-se cometer alguma loucura para fazer parte da vida de alguém? Quais as conseqüências da paixão avassaladora incompreendida? E quando não se admite a óbvia paixão por outra pessoa? Nesse seu primeiro romance, Mauricio Gomyde conta a história de duas pessoas, Ele e Ela, tentando responder estas aparentemente simples perguntas. Passeando com extrema facilidade tanto pela linguagem refinada e sutil quanto pela tosca, Maurício Gomyde nos brinda com um livro de leitura fácil e extremamente agradável.

Primeira observação, Maurício foi muito inteligente e não deu ‘nomes aos bois’. No meio do livro foi que percebi que não sabia o nome dos personagens na qual estava me apaixonando. Será que deixei para trás esse detalhe importante? Voltei algumas páginas para achar e nada encontrei. Essa foi minha primeira frustração com o livro. Eu estava apaixonada por eles e não sabia como chamá-los. Apelidei-os de Shrek e Fiona, gosto dos nomes.

Não sei se numa resenha posso entrar em detalhes, mas preciso falar. Acredito em amor à primeira vista, mas nunca vi um. E no livro foi retratada tão simples e lindamente. Num metrô, ele a olhou e se apaixonou. Simples, romântico para qualquer ser sensível como eu, mas não para Ele. Ele é um cara apático, sem um círculo de amizades e que vê os fogos de artifício da virada de milênio pela televisão. Quem se apaixonaria por um cara assim? Totalmente sem graça, e que possui como companhia um papagaio que chama de Horácio e que depois descobriu se tratar de uma fêmea. Tarde de mais, era Horácio e pronto. Talvez por isso o papagaio (ou papagaia?) o tratava tão gentimente: _ Levaaaaaaaanta féla da puta!

O livro é maravilhoso, uma leitura gostosa de se apreciar e de fácil compreensão. Maurício Gomyde não usa meios termos ou embromações em sua obra. Ele é direto e preciso. Um romance com uma pitada de entretenimento. Devem ser das participações de Horácio e Paul Macartney, o insaciável cachorro tarado Dela.

A minha segunda, última e maior frustração no livro foi quando Ela começou a receber uns e-mails de um remetente desconhecido. Eram capítulos que formavam uma história, talvez um livro. O livro da sua vida. Era desconcertante para ela não saber quem enviava aqueles lindos e-mails, mas o pior foi para mim que acabei de ler as últimas páginas e tive uma surpresa que me deixou com aquele vazio no estômago. Sabe aquele vazio de quando você termina uma leitura, mas parece que ela não terminou ou faltam páginas no livro? Talvez um segundo livro...

Recomendadíssima a leitura. Espero que tenham apreciado um pouco da história através desta resenha, que é a primeira, portanto não sei ao certo se cumpri bem o papel de escritora de resenhas.
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Janaina Felício 27/09/2012

Muito engraçado, romântico, tosco e fofo, tudo ao mesmo tempo.
Ótimos momentos de leitura!
Imperdível.

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Gustavo 02/10/2012

Acho que é o livro mais engraçado que já li. O toque de romance do livro, em meio à loucura d'Ele por Ela, é sutil e extremamente envolvente.
Ótimos momentos de leitura.
Recomendo.
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Herick 22/01/2013

Caramba, o que foi isso? O livro, desde o início, guardava os seus altos e baixos. O autor escreve e narra bem, mas alguns trechos ele enche a história de banalidades, o que de certa forma remete à nossa própria realidade, mas o excesso e o exagero deixa desgastante...

Há vários trechos em que ele faz gracinhas e piadinhas, e muitas delas foram até engraçadas, enquanto outras nos fazem rir muito, mas várias acabaram ficando chatas, forçadas e nos fazendo pensar "Para quê isso?".

Ainda assim, no entanto, eu gostei. Fiquei entre dar três ou quatro estrelas, mas tenho que ser sincero com o quanto eu realmente gostei. O final, apesar de o tempo todo eu já imaginar que seria aquilo, ainda nos deixa afoitos. As últimas páginas eu li numa crescente afobação, e não apenas com a finalidade de ver o que aconteceria, mas porque faltava tanto para acontecer e as páginas já estavam acabando!

A ligação entre início e fim foi bastante engenhosa, mesmo que as atitudes dos personagens tenham sido um tanto quanto incongruentes para que se desse aquele final. Na verdade, eles nos fazem lembrar aquele dilema que todo ser humano vive, de sempre pensar uma coisa e agir de forma completamente diferente.

No fim, foi bastante interessante e agradável ler este livro!
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Jenny 25/01/2013

Agradecimento
Não posso deixar de agradecer o escritor que me enviou esse livro gratuitamente o qual me acompanhou/acompanha em minha vida. ^^
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Mariana Fragoso 12/02/2013

Fofo e engraçadíssimo.
Nossa, eu ri muito com esse livro. E a troca de emails entre Ele e Ela é apaixonante. Amei!
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Bru 25/02/2013

O Mundo de Vidro - um livro estranho
Hoje terminei de ler um livro que a minha amiga me emprestou, e eu sinceramente pensei que ia ser melhor do que foi. Bem que essa minha amiga me avisou que o livro era estranho. Eu perguntei a ela se o livro era bom e ela não soube expressar o que sentia por ele. Disse então que era estranho. Essa definição não me convenceu, até que eu li o livro e compreendi o que ela tinha tentado me dizer.

Realmente Maurício Gomyde é um autor difícil de decifrar. Ele consegue fazer com que o livro seja realmente instigante em algumas partes, nos arrancando algumas risadas, e em outros momentos nos deixa com aquela expressão de pastel de ar, vazia e sem emoção.

A história do livro é sobre um homem desengonçado, largado, tímido, atrapalhado e com uma história nada empolgante para compartilhar. De repente este homem se apaixona à primeira vista por uma mulher linda, inteligente, carismática e, resumindo, perfeita. Porém ela não se apaixona por ele à primeira vista, o que cria o conflito da história: homem esquisito ama mulher perfeita que está muito além do que o que ele pode alcançar. E o livro se passa, então, falando sobre a amizade que criam, do sofrimento dele por ser apenas amigo dela, das dúvidas dela sobre o que realmente sente por ele, enfim. No meio deste drama todo, a jovem perfeita começa a receber, capítulo por capítulo, um livro que parece contar a mais linda e perfeita história de amor já escrita na face da Terra. E ela começa, então, a se perguntar quem será o autor de tão sublime livro.

Realmente o livro escrito dentro do livro é lindo. Cada capítulo que a jovem recebe é mais perfeito do que o outro. Porém, mal temos tempo de aproveitar o momento de perfeição descrito nas palavras do autor secreto da garota, e já vem um FÉLA DA PUTA aqui ou qualquer outro palavrão que apareça para tirar todo o encanto da cena. E era disto que a minha amiga falava.

Gomyde é um autor em potencial, mas este livro me fez pensar que ele ainda não chegou lá. Entendem o que quero dizer? Parece que ele chega na beira do abismo, abre os braços largamente, sente o vento soprando o rosto e empurrando seus cabeços, mas no último momento desiste do salto e dá alguns passos para trás, voltando ao marasmo e calmaria de uma vida sem magia.

Este livro parece ter sido bem escrito, porém não parece ter sido revisado ou tido a devida atenção. É como se o autor tivesse ideia geniais, as transcrevesse no papel rapidamente para não esquecer e tivesse decidido publicar assim mesmo, sem nenhuma alteração ou melhoria naquele rascunho.

Outra coisa que notei foi um pouco de exagero em certas cenas, nomes de músicas, livros, cantores, ou até mesmo histórias surreais sobre papagaios com nome masculino, mas que na verdade são fêmeas, e que ficam falando palavrão todo dia de manhã, como se fosse o despertador de um bordel ou algo do tipo. Coisas forçadas tentando ser engraçadas. Não deu certo.

E o final também ficou a desejar. Sinceramente não aceitei muito o desfecho proposto. Mas enfim, não posso dizer que o livro é ruim porque ele conseguiu me cativar em alguns momentos, mas em outros me fez questionar porque mesmo eu estava lendo ele. É aquilo, é um livro ESTRANHO.
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Ana Maria 27/02/2013

Muito engraçado.
Chorei de rir em diversas partes. Isso, por si só, já valeu demais. E os emails trocados entre Ele e Ela são de uma beleza tocante.
Parabéns ao Maurício.
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Suelen Mattos 03/06/2013

Literatura Nacional De Qualidade!!!

Comecei a ler esse livro cheia de expectativas. Havia lido resenhas incríveis sobre ele e estava realmente muito curiosa. E não me decepcionei. Sabe o que é se apaixonar por um livro tendo lido só o prefácio? Foi o que aconteceu comigo. Eu ri tanto, que as lágrimas desceram, hehe. E me vi cativada...

O Mundo de Vidro é um romance diferente dos que estou acostumada a ler. Uma coisa bem moderna, com situações que poderiam estar acontecendo bem ao seu lado. Aquela situação do "metrô e a arena de gladiadores" não poderia ter sido descrita de forma mais precisa. Só quem já passou pela "emoção" de pegar um metrô lotado na hora do rush sabe como é a sensação, rs... E não sei se foi essa a intenção do autor quando nomeou seus protagonistas simplesmente de "ele" e "ela", mas eu achei bem legal porque ao ler o livro, você fica com a sensação de que os personagens poderiam ser qualquer pessoa, mesmo aquele excêntrico conhecido seu. E vamos combinar que "ele" sabe como ninguém ser excêntrico, pra dizer o mínimo. E os devaneios românticos dele são hilários. Parece que não vai dar em nada, mas... *leiam o livro pra saber*. Já "ela" é o total oposto dele. Sério, nunca vi duas pessoas tão diferentes. Volta e meia me perguntava se "ele" conseguiria conquistá-la. E é muito legal poder ver a transformação dos dois. Como os personagens vão crescendo e amadurecendo (às vezes nem tanto assim, rs...) e se tornando pessoas melhores.

O livro também teve dois personagens que roubavam a cena sempre que apareciam: Horácio, o papagaio do mocinho, e Sullivan o vendedor-barra-estilista-barra-amigo-por-livre-e-espontânea-pressão dele. Vocês precisam ler o capítulo 36. Foi o mais engraçado, na minha opinião, ri até a barriga doer. E caí na besteira de mostrar pra minha irmã, em plena madrugada... Até hoje não sei como os vizinhos não reclamaram do som das gargalhadas vindo da minha casa, num horário tão inadequado...

Literatura nacional de ótima qualidade. Só um arrependimento: de não ter lido antes. E os capítulos são pequenos, que você diz "vou ler só mais um" e quando vê já leu uns 10, rs... Livro super-hiper-ultra-mega-power recomendado, esse eu assino embaixo!



Quer ler a resenha completa? Então visite o blog ROMANTIC GIRL:

http://su-romanticgirl.blogspot.com.br/2013/06/mauricio-gomyde-o-mundo-de-vidro.html



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_marice 27/07/2013

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Sabe aquele livro que te prende do começo ao fim? Então, Maurício Gomyde conseguiu criar um. O Mundo de Vidro.

Embora não seja sobre literatura fantástica, é um livro fantástico, rs.

Os personagens principais não têm nome. São denominados como Ele e Ela.

Começa com o reveillon. Ela, em New York, com seu noivo e amigos. Divertindo-se. Ele, em uma grande cidade qualquer da América ao sul do Equador, com seu suquinho natural. Sozinho.

Em certo dia, ele a encontra no metrô. Depois disso é uma grande confusão. Ele a segue até um prédio e a vê entrando em um curso. Ao tentar se aproximar matricula-se no tal curso que não sabe ao menos do que se trata.

Posso dizer que ri bastante em várias partes do livro: Ele com Horácio, seu papagaio fêmea. Do Paul Macartney, o cão tarado dela. Ele dando conselhos a um gay, que trocava 'r' por 'g', sobre relacionamento. Sandra, a amiga feminista dela.

O título você entende só depois de 100 páginas. E posso dizer que me surpreendeu. No decorrer do livro, pensei em onde o nome se encaixava.

O Maurício, penso eu, consegue expressar o que realmente passa na cabeça de um homem. E até mesmo das mulheres.

Resumindo? O Mundo de Vidro é uma comédia romântica.

site: http://mundo-da-noite.blogspot.com.br/
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Kátila 09/11/2013

Apaixonante
O livro nos transporta para um mundo do qual, nós sonhamos diariamente, um romance real, mais ao mesmo tempo irreal, o mundo de vidro nos faz sonhar e ter a vontade de ter um amor, real e ao mesmo tempo irreal como descrito no livro pelo autor. Simplesmente amável.
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Livretando 31/01/2014

Resenha: O mundo de vidro
Ele é um cara nada interessante, MUITO comum pra dizer a verdade, com uma vida monótona e sem graça. Ela é o oposto, uma mulher linda, decidida, bem de vida, inteligente, entre outras qualidades que não não preciso citar aqui. Ele a vê pela primeira vez - por fruto do acaso - no metrô. Como é de se esperar, a partir daquele momento, a imagem daquela “mulher perfeita” não sai de sua memória, dedica seus pensamento única e exclusivamente a ela, passa a pegar sempre o mesmo vagão que ela... Até que um dia decide ir mais além, desce na mesma estação que ela e a segue, ele está desesperado para conhecer um pouco mais do dia-a-dia de sua amada, que até então seu conhecimento sobre tal resumia-se apenas ao vagão que ela pegava. Mas depois de muitas loucuras e palhaçadas, eles acabam se conhecendo, e a partir daí nós o acompanhamos numa jornada louca e bem humorada para conquistar o amor daquela a muito, arrebatou seu coração...

Ela é o lado sério, normal, da história... Já a inocência e “ingenuidade” d’Ele é o que o torna um personagem hilário.

Adorei este livro desde o prefácio, o autor usa o humor para fazer “questionamentos” sobre o uso do mesmo na criação de uma obra. A narrativa do Maurício Gomyle é algo encantador, a forma com que ele aborda o romance torna a história ainda mais verossímil, nos permitindo fazer comparações com experiências vividas até mesmo por nós. Um casal que, assim como acontece na vida real, tem seus medos, defeitos, anseios... Achei curioso o fato de o nome dos personagens principais não ser citado em momento algum, na narrativa do autor, eles sempre eram chamados por Ele e Ela. Ah, adorei o Horácio, ou melhor a Horácio, que muitas veses era responsável pelos momentos de distração, me tirando muitas risadas.

O final foi algo surpreendente, mesmo amando a história, tinha convicção de que o final seria mais um daqueles finais clichê, onde tudo é previsível demais. Mas enganei-me, foi algo realmente surpreendente, inesperado e atordoante. A subjetividade do desfecho, o tornou especial.

Enfim, como vocês devem imaginar, eu SUPER indico a leitura desta obra, até para aqueles que não estão adaptados com romance, leiam sem medo, este livro, definitivamente, não tem uma história de amor comum.

site: http://livretando.blogspot.com.br/2011/09/resenhao-mundo-de-vidro.html
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Ana Paula Carva 12/02/2014

Muuuuuuuito engraçado e fofo. Pode ler sem reservas.
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Vicky 27/12/2014

Comédia romântica fofa *_*
Esse livro demorou, na minha opinião, tempo demais para ser lido por mim. Para inciar esse empolgante #MêsGomyde nada melhor que o primeiro livro do autor. Acontece que todos os cinco livros do Maurício pararam na minha mão quase simultaneamente. Como eu não fazia ideia de por onde começar, fiz pelo método que achei mais fácil: ordem cronológica. Consequentemente, o primeiro que li foi O Mundo de Vidro.

Ele e Ela são pessoas extremamente diferentes. Ele, um homem infeliz, sem graça, apaixonado por várias coisas simples da vida e dono de uma papagaia chamada Horácio (vish, longa história...). Ela, uma professora bem sucedida, inteligente, bonita e que acaba de receber a notícia de que tem um par de chifres plantado na testa. Nada parecia propício para um encontro, mas não é que um dia qualquer e um metrô fazem milagres? Não, não foi aquela história de que ao primeiro olhar se apaixonaram perdidamente coisa e tal, mas Ela despertou um interesse curioso nEle.

A partir do momento que eles se tornam amigos e Ele compõe uma música para ela, inúmeras coisas acontecem, às vezes boas e quase sempre ruins. Uma dessas coisas, quase 100% boa, são os capítulos do livro escrito por um anônimo que são enviados à Ela. A identidade do escritor misterioso se tornam a felicidade e angústia de Ela. Logo, Ele e Ela estão separados e o inesperado pode reuni-los e...

Eu vou parar por aqui.

O Mundo de Vidro é aquele tipo de livro que deve ser desejado, almejado e depois lido de forma faminta, pois as coisas acontecem mais ou menos nesse ciclo. A verdade, é que eu não esperava muito do primeiro livro do Maurício, e a leitura veio como um tapa na minha cara. Isso porque eu devorei o livro em um dia e rio até hoje ao lembrar das cenas mais engraçadas. Maurício, definitivamente, tem um talento e tanto para fazer com que o leitor se envolva e se encante na história, de modo a fazê-lo entrar dentro de um mundo particular, um mundo de vidro.

Comecemos pela escrita do autor. Gostei porque, mesmo sendo o primeiro livro, Maurício conseguiu escrever uma história que chama a atenção do leitor com uma facilidade interessante. O termos expressões trocadilhos, cenas e personagens dão a impressão de terem ido criados por anos, de modo a fazer com que o leitor se sinta totalmente confortável com a leitura. A vontade que dá é de não soltar o livro nunca mais. O autor conseguiu equilibrar-se entre o humorístico e o emocionante, sem fazer uma mudança drástica na troca.

Os personagens são um ponto intrigante do livro, a ser abordado nessa resenha. Caso você não tenha notado, durante todo o livro e seu desenvolvimento Maurício oculta os nomes dos personagens, o que honestamente foi original, bacana e arriscado. Não ouvir os personagens dizendo os próprios nomes ou algo parecido foi estranho no começo, mas isso logo passou para curiosidade. Gostei dessa particularidade porque uma das principais coisas que move o leitor de página em página é o desejo de provavelmente vir a conhecer os nomes dos protagonistas. Foram todos muito bem construídos e apresentados e logo eu já tenho a imagem deles fixadas na minha cabeça. São pessoas tão humanas e com personalidades tão distintas - entre eles e num todo - que despertam no leitor uma empatia imediata.

A organização do texto foi excepcional, dada a experiência de Gomyde. Me surpreendi e gostei. Aprovei.

O humor imposto pelo autor no livro foi muito legal. Ri muito com alguns trechos que, mesmo que eu tentasse evitar, botavam um sorriso divertido no meu rosto. Algumas frases e parágrafos que não deviam ser tão engraçados assim normalmente, mostravam sua graça quando enquadrados no contexto da história. A emoção que Maurício põe nas palavras, a verdade e a naturalidade são um ponto que eu me deliciei observando. Parece que ele escreveu o livro com a alma, com toda a paixão que ele tinha no peito. Gostei muito de ler um livro onde nada pareceu forçado ou a mercê de técnicas. Parece que não precisou de muito para Maurício "cuspir" a história toda.

Esse foi o único livro de Maurício no qual não encontrei nenhum erro gramatical ou ortográfico. A revisão e diagramação estão boas e confortáveis. A capa expressa toda a simplicidade apresentada no livo, além do título que chama uma atenção imensa.

Não tenho críticas negativas de O Mundo de Vidro, não mesmo. Foi uma leitura muito boa para mim porque levantou meu astral com suas palavras tão simples e verdadeiras. Obrigada, Maurício, pelo livro que você nos deu. Uma obra! Leiam, com certeza! Deem seu melhor jeito! Livro imperdível!

site: http://omundosecretodavick.blogspot.com/
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