A Casa do Céu

A Casa do Céu Amanda Lindhout...




Resenhas - A Casa do Céu


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Luciana.Paiva 08/03/2019

A casa do céu
Como as atitudes impensadas e os atos inconsequentes, podem colocar alguém em absolutas situações de risco e com chances enormes de tudo dar errado. Qual o valor de uma vida, qual o valor real que as coisas simples devem ter! Um relato tenso e desesperado que nos faz ficar de olhos bem abertos e o coração suspenso.
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Sheila 02/08/2014

Resenha: "A casa do Céu" (Amanda Lindhout & Sara Corbett)
Por Sheila: Oi pessoas! Trago a vocês hoje a resenha de um livro que me emocionou muito. Confesso que não é uma leitura à qual eu esteja habituada – me identifico muito mais com os livros de fantasia. No que sou, muitas vezes incompreendida por meus pares! Sou psicóloga, e as pessoas com quem convivo (principalmente profissionalmente) esperam que meu nível de leitura seja mais "cult".

Mas, principalmente, por que costumo pensar que a realidade com a qual entro em contato em minha profissão – atuo na área da assistência social – já me coloca frente a frente com situações-limite demais, para que em meus momentos de lazer eu continue tendo de lidar com situações dramáticas, com tanto sofrimento. Prefiro me perder entre páginas que falam de reinos distantes, lutas entre o bem e o mal, onde o primeiro, finalmente, triunfe absoluto!

Deixando de lado meus preâmbulos, a primeira parte do relato de Amanda é muito interessante, até mesmo leve; até lá pela página 150 (o livro de 444 páginas) ela irá nos relatar sua infância, as vezes difícil, passada em Sylvan Lake no Canadá. Com um padrasto relativamente jovem para sua mãe, o que acaba expondo ela e os dois irmãos a constantes brigas e crises de ciúme.
À noite, Russell abria uma garrafa enorme de uísque ... Minha mãe sentava-se ao seu lado no sofá, em frente à TV, colocando os pés sobre o colo dele (...)
- Você acha esse cara bonito, não é, Lori?
Era uma imagem que todos nós reconhecíamos.
- Aposto que acha – prosseguia Russell, lentamente, com os olhos fixos na minha mãe. – Aposto que você tem vontade de estar com um cara desses.
Uma pausa. Em um instante, o rosto do homem na TV parecia se derreter e se reconstruir em algo mais agressivo e jocoso.
- Certo, Lori? É nisso que você está pensando?
Minha mãe respondia de maneira gentil. Ele já havia lhe quebrado alguns ossos antes. Machucara-a com força o suficiente para deixa-la no hospital durante dias.
A realidade difícil parecia fazer com que Amanda buscasse lá fora, no vasto mundo sem fim, um refúgio: contra as brigas constantes da mãe e o padrasto, o pai que descobriu-se homossexual, e a dificuldade financeira em que sua família vivia, em que as vezes lhes faltava, a ela e os irmãos, o mais básico.

Mesmo assim, Amanda olha o mundo por uma perspectiva otimista. E possui um entusiasmo que parece transbordar pelas páginas do livro, principalmente nos momentos em que relata suas viagens, seu entusiasmo com os lugares onde foi, o que conheceu. Mas, acima de tudo, sua coragem em lançar-se ao desconhecido com um guia, um pouco de dinheiro e muita confiança.
Nós dois nos sentamos sobre a borda rochosa da chapada, com os pés pendurados sobre o abismo, sem dizer nada. Mais abaixo, as nuvens espiralavam em tufos e pompons, formando uma cerca estranhamente branca que nos isolava de tudo o que havia abaixo. Era como se estivéssemos sentados na beirada do caldeirão de uma bruxa, ou na proa de um enorme navio no centro de um oceano sobrenatural. Eu vira este lugar na revista, e agora nós estávamos aqui, perdidos nele. Era a afirmação de uma pequena verdade. E era tudo de que eu precisava para continuar a viver.
Só que esta parte “feliz” das viagens de Amanda não me convenceram. Por que eu sabia que ela seria sequestrada. Eu sabia que ela passaria por situações de tensão e de perigo inimagináveis. E eu a via descrever situações em que se colocava cada vez mais em perigo. Mesmo sabendo o que aconteceria, eu me vi sofrendo com ela durante a narrativa, tentando lhe avisar, como seu eu pudesse dizer-lhe “não, Amanda, não faça isso. Não vá para a Somália. Acredite nesse frio na barriga que você está sentindo e volte já para casa!”

Além disso, fui enganada pela capa e o nome do livro, bem como pelo prólogo de Amanda, onde ela explica que “Demos nomes às casas onde nos puseram”. Essa frase me fez pensar que, talvez, não tivesse sido assim tão ruim. E não foi. Foi pior.

“A Casa do Céu” é um relato emocionante e, ao mesmo tempo, aterrador dos meses em que Amanda Lindhout passou em cativeiro na Somália. Sua escrita, que nada mais é que o relato de seus pensamentos e sentimentos enquanto esteve em cativeiro – na verdade os mecanismos dos quais lançou mão para se defender da realidade terrível a que estava submetida, e tentar sobreviver com sanidade a todo esse pavor – cativam e, ao mesmo tempo, impactam.

Ao percorrer as páginas desta história repleta de crueldade, não há como não identificar-se de maneira profunda com a dor sentida pela autora, mas também admirá-la por sua coragem e perseverança no árduo trabalho de não enlouquecer e preservar o otimismo e a perseverança.

É um livro que recomendo, mas com ressalvas. Não pela obra em si ou pela escrita, mas por que é preciso estar-se preparado, por ser uma leitura um tanto quanto pesada. Aos que se aventurarem, tenho certeza de que não se arrependerão, é um livro belíssimo. Abraços à todos e tod@s e até a próxima.


site: http://www.dear-book.net/2014/08/resenha-casa-do-ceu-amanda-lindhout.html
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Neyla 28/08/2021

A Casa do Céu
A auto biografia de Amanda Lindhout é um livro que me deixou impactada, uma história de pura força, coragem e luta pela sobrevivência, mas principalmente de perdão e esperança.

Uma leitura difícil e por muitos momentos angustiante. Amanda foi sequestrada na Somália e passou quinze meses mantida em cativeiro, todos os motivos ela tinham para desistir da vida, mas a fé, esperança e perseverança era o que a mantinha viva.
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Beatriz 25/07/2014

Emocionante não de uma maneira boa...
Não existe um único sentimento que descreva como me senti enquanto lia "A Casa do Céu". Amanda Lindhout, uma canadense aventureira - metida a jornalista freelancer - que sobreviveu a mais de 460 dias de cativeiro em terras somalianas, resolveu relatar seus dias e suas experiências vivenciadas antes e durante o sequestro ao longo de 448 páginas (1ª ed. 2013, Novo Conceito).
O livro, ao mesmo tempo em que é assustador, pertubador e realista, é particularmente inspirador; uma característica estranha, se pensar no enredo. A verdade é que a primeira parte do livro - o antes do sequestro - aumentou mais ainda a minha vontade de se lançar ao mundo em busca de lugares novos, exóticos e distantes com diferentes companhias. Mas, inspirador mesmo é a esperança que a Amanda mantém durante todo o tempo e as formas que ela encontra de se manter completamente sã.
Por mais que eu tenha ressaltado o "inspirador", não se esqueça das outras características caso essa resenha o/a faça buscar e se entreter com o livro; durante a leitura cheguei a questionar se era mesmo um relato e não somente uma história inventada. Contive-me e não busquei sobre a autora enquanto lia (o que estou a fazer agora) - não queria estragar o fim.
Ao decorrer da narrativa, conhecemos a precária situação somaliana, a guerra que ocorria (e que ainda ocorre) entre as milícias e o governo e a presente fé na religião muçulmana. Amanda, aliás, chega a se converter para tentar amenizar sua situação como "aquela que sua mão direita possui".
"A Casa do Céu" é um daqueles livros que você não sabe se quer parar de ler por não aquentar o sofrimento, ou se quer chegar logo ao fim.
Uma dica: chega até o fim.
Uma confissão: terminei o livro sem acreditar que eu não havia chorado.
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Mayra 08/07/2014

A Casa do Céu
O livro conta a história da autora, Amanda Lindhout, uma jovem canadense que passava temporadas sendo garçonete e outras gastando o dinheiro obtido com o trabalho em viagens emocionantes. Ela queria conhecer o mundo e as primeiras cem páginas do livro relatam viagens interessantíssimas pela Índia, Paquistão, Iraque e vários outros. E eu ficava imaginando que o livro seria inteiro assim, uma coisa meio “Comer, Rezar e Amar”, o que não me agradaria. Gosto de histórias que agregam coisas e me fazem pensar, não histórias que simplesmente contam. As que simplesmente contam só são divertidas quando você conhece quem está contando.

Não gosto de ler a sinopse do livro antes de lê-lo, pois acredito ser como trailer de filmes: conta as partes boas. Logo, não li as orelhas e nem o que tinha escrito atrás. Pouco depois da página cem, porém, estava irritada e precisava saber se aconteceria algo emocionante que me impulsionaria a continuar a leitura, pois tudo que estava agregando era a vontade abrupta de viajar, mas ela já é grande o suficiente mesmo sem livros assim por perto. A contra capa do livro conta que a história é sobre o cativeiro de quinze meses a que Amanda sobreviveu e ao saber disso pensei que jamais deveria ter começado a ler o livro, porque não gosto de histórias de cativeiros em geral e porque saber que era real tornava mais real ainda e aquela ideia já me assustava pelo simples fato de ter sido escrita. Continuei lendo. E não consegui mais parar.

A questão é que a história do cativeiro é terrível, mas a narrativa é cativante. Enquanto lia imaginava Amanda revivendo tudo aquilo para transformar em livro e tive a certeza de que não teria a mesma coragem. Então voltei para a orelha do livro, aquela parte que conta sobre as autoras e descobri que ela tinha uma ong, o que me deixou ainda mais perplexa. Além de ter revivido tudo naquela intensidade, ela ainda tinha criado uma maneira de ajudar aquelas pessoas que tanto fizeram mal. Nesse momento eu parei de julgá-la, o que estava fazendo ao ler várias coisas esperançosas, hiper otimistas, ingênuas e as vezes até burras que ela fazia na ânsia desesperada por liberdade. Parei porque não consigo imaginar como reagiria à situação que ela passou, mas tenho certeza de que não ia ter peito pra voltar e tentar ajudar aquelas pessoas de algum modo. Eu ia era inventar artimanhas para ver todos mortos – o que ela, provando que é gente, também pensou em alguns momentos.

O que torna a história ainda mais interessante é o conflito religioso ao qual o sequestro está atrelado, visto que faz parte de uma jihad. A gama de conhecimentos acerca do islamismo e das guerras religiosas que o livro transmite são importantes para criar uma noção básica que nos faça enxergar aquelas pessoas como pessoas, justamente o que as autoras fazem questão de fazer durante toda a narrativa. Não importa o tamanho das atrocidades que os sequestradores estejam fazendo, eles nunca são apresentados ao leitor como se fossem robôs cegos que fazem tudo aquilo em nome de Alá. Eles são mostrados como fiéis que acreditam piamente que participar da jihad vai tornar a vida deles no paraíso melhor, mas antes disso, são mostrados como humanos com tantos desejos e falhas quanto a própria autora. O que me fez admirá-la ainda mais, pois creio ser exigido um sangue frio absurdo para conseguir falar de seus sequestradores de forma tão branda e não odiosa. É claro que ela deve odiá-los, mas o livro estimula o leitor a odiá-los se e quando quiser, não mostra isso de uma forma pré-moldada.

Por fim, mesmo você sabendo que ela seria libertada e tendo o alívio de saber que cada uma daquelas cenas de quase-morte resultaria em vida e que cada uma das frases desesperadamente otimistas que ela dizia a ela mesma, tentando acreditar, a leitura é tensa. Da metade para o final do livro, senti como se a história estivesse acontecendo comigo e a única maneira de escapar era terminando de lê-la. Terminei e fiquei indignada, ainda estava um pouco assustada e sentida com tudo aquilo. Porque não é um livro sobre a história de uma sobrevivente de cativeiro. É um livro sobre um cativeiro. Sobre o conflito. Sobre sequestradores e sequestrados convivendo. Sobre negociações, aflição familiar e todo o encargo emocional que um sequestro no exterior por radicais islâmicos provocaria em qualquer família ocidental. Falaram-me que ler “Lolita” ia me deixar aflita e enojada, mas seria necessário. Eu li, achei tenso, mas acabei me encantando pelo Humbert e traindo todo meu devir feminista. Terminei dizendo que todos deveriam ler, porque o livro é bom e o Nabokov é extremamente convincente. Mas não tive torpor, angústia ou enojamento. Não, pelo contrário, são livros como “A Casa do Céu” que me causam isso.

site: http://ancoragem.wordpress.com/2014/07/08/a-casa-do-ceu/
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Betânia 17/09/2021

A casa do céu
Uma história real, forte e marcante. Excelente livro que toca e mexe com o leitor. Fantástico, intenso, pesado e perturbador. Amanda Lindhout tem todo o meu respeito por sua coragem e resiliência. Recomendo a leitura.
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Luise 05/01/2018

Chocante
um dos livros mais interessantes e chocantes que já li. Completamente fora da zona de conforto, daquelas leituras que mexem com a gente. Aprendi muito sobre cultura, religião e limites.
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Arca Literária 23/03/2014

A Casa do Céu
Olá queridos leitores. Vou começar a dizer que não foi fácil resenhar este livro. Fiquei uns dias pensando na historia dele e na forma em que ele me atingiu.
Poderia apenas dar-lhes uma revisão da historia, porem não seria bem o apropriado, e sim tenho que lhes dizer exatamente como a história ocorreu a meu ver. Alerto, não considero este um livro difícil ou carregado; mas uma história verdadeira, a historia de uma pessoa, um ser-humano, que passou por dificuldades que nunca passamos. Então, vamos à resenha.

O livro A Casa do Céu conta a historia de Amanda Lindhout, iniciando a historia de como sua infância foi, o que já não foi fácil. E para suportar ela viaja nas revistas da National Geographic, que eram seu refugio. Já adulta, ela decide por si mesma passar pela experiência de um viajante, onde conhece lugares e costumes, e enfrentara alguns percalços, apesar dos quais, nunca desiste.

Muitas vezes, nós leitores gostamos mais da ficção do que a vida, e por isso nos entregamos muito às leituras, mas este livro em si, é cheio de verdades, verdades das quais muitas vezes tentamos fugir. A verdadeira historia de um sofrimento onde não lhe cabe sentimentos fantasiosos e sim, sentimentos verdadeiros.

Amanda nos conta como foi sua vida, nos mostrando a realidade de um mundo que somente vemos na televisão.
Amanda em uma de suas viagens, como fotógrafa freelance, vai parar no meio de uma guerra no Paquistão, onde ela é sequestrada e mantida em cativeiro, aproximadamente por 17 meses. O que dá um ano e meio em prisão.
Mostra sua luta e decisões que teve que ser tomar para sua sobrevivência. O que posso dize é que não será agradável.
A leitura é direta, sem meias palavras. Mas o turbilhão de sentimentos que é causado é o que nos deixa impactados, pensativos e até um tanto melancólicos. Se você gosta da verdade nua e crua, uma leitura que lhe levará para a vastidão de sofrimento, então está na leitura certa.

Quando iniciei a leitura, achei que seria um tanto sofrida. Nem sinopse eu tinha lido, então não sabia o que esperar. Imaginei que seria uma historia um tanto lenta. Sim, o início pra mim foi assim, mas quando fui adentrando nas viagens da Amanda, comecei a focar e a entender melhor. Quando cheguei à cena onde fui transportada para junto dela no sequestro, não consegui em nenhum momento me desligar ou deixar o livro. Li até a última pagina, naquela angustia do que iria acontecer, como aconteceria e o que estava me aguardando. E por fim, acabei tendo uma ressaca, onde não consegui pegar um livro sequer, pois a historia de Amanda estava ali, impregnada em minha cabeça, me fazendo pensar em como a vida dela foi e analisando junto a minha vida. Sim, meus queridos leitores, vocês chegarão a comparar a vida dela com sua. Pensará em como você é ingrato em sempre estar reclamando e reclamando.
Após uns dias consegui finalmente estar aqui lhes dizendo sobre a leitura deste livro e de como ela me ensinou a dar mais valor a que tenho, além de dar coragem de enfrentar os percalços que surgem que, se comparando aos da Amanda, não são nada.
Esta leitura vai surpreender, lhe ensinar coisas que você nunca ousou apreciar. Esta, mais do que recomendado a vocês leitores.
Única coisa que não me agradou foi a capa do livro. Não direi exatamente porque, mas não gostei da capa. Mas... não será por causa da capa que a historia não valerá a pena. Hoje aprendi a não julgar um livro pela capa.

Nesta resenha não soltarei quotes, pois achei que seriam spoiller por ser uma historia verídica. Mas espero que tenham gostado mesmo assim.


site: http://www.sanguecomamor.com.br
Ana 05/04/2014minha estante
Poxa, pois a capa eu achei maravilhosa! Mas gosto cada um tem um mesmo. Ótima resenha!




Letícia 03/03/2014

No limiar da loucura
Creio que esse eu vou ler e reler várias vezes, é um relato incrível. Resumidamente, o livro trata do sequestro da canadense Amanda Linhout (a própria autora) e de seu antigo romance, o australiano Nigel, enquanto ela planejava dar continuidade em sua carreira de jornalista indo à Somália, já tendo passado pelo Iraque trabalhando em uma emissora iraniana. Antes disso, Amanda era viajante, e conheceu diversos lugares do mundo, muitos exóticos, e seu histórico lhe garante certa familiaridade com a cultura do Islã. Este é um dos aspectos marcantes do livro, pois a história toda gira em torno dessa religião. Em 2008 e 2009, época em que Amanda permaneceu na Somália, o país estava enfrentando uma grande guerra civil para implantar um governo que seguisse as regras do Alcorão.

A princípio, Amanda se mantém calma durante o sequestro, e tenta manter sentimentos bons, como esperança, durante os 15 meses de cativeiro. Isso é uma das coisas que eu mais admirei. Provavelmente por estar acostumada a viajar, ela conseguiu lidar com as privações sem comentários mesquinhos ou fúteis, sendo apenas um ser humano e é possível SENTIR isso durante a narrativa. Em vários momentos ela chegou perto da loucura, e nós quase enlouquecemos com ela.

Embora eu, infelizmente, acredite que ela tenha sofrido muito mais do que conta no livro (quem sabe para não chocar a família? Eles já sofreram muito durante este longo período), a narrativa foi cuidadosa e sem exageros, em nenhum momento foram realçadas passagens repulsivas ou aterrorizantes demais, apenas o que se passava dentro dela mesma. Sua esperança. Acredito que este é o grande mérito dela, dando vida a este drama real e muito comovente. Parte da comoção vem de saber que este livro é de não-ficção e que alguém realmente passou por isso e que agora enfrenta problemas como estresse pós-traumático e alguns ataques de pânico.

Hoje Amanda cumpriu algumas de suas promessas durante o cativeiro, como cursar uma faculdade, e também fundou uma organização para ajudar os refugiados somalis no Quênia, ou melhor, As refugiadAS. Durante o tempo em que passou com os captores, ela sentiu na pele o que é ser mulher entre tantos homens, sendo agredida e estuprada sem remorso. Pensando em uma mulher muito corajosa que tentou ajudá-la em sua tentativa (fracassada) de fuga, a Global Enrichment Foundation (Fundação para o Enriquecimento Global) foi criada.

Como espectadora, eu gostaria de saber se Amanda manteve contato com um de seus captores, o jovem Hassam, que lhe passou seu endereço de e-mail. Eu realmente gostaria de saber.

Após a leitura, eu passei um tempo abraçando o livro. De fato, ele foi muito especial e marcante para mim. Desejo que Amanda e Nigel consigam seguir sua vida felizes, que realizem os seus sonhos e que a GEF ajude muitas pessoas.
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Isnnar Rainnon 04/02/2014

Libertador
A casa do céu é um livro de te leva para um mundo totalmente novo,no qual nota a história de uma jornalista que foi mantida em cativeiro durante 463 Dias ,e a cada dia o leitor é convidado a aprender uma lição de vida e resiliencia com Amanda. Eu sempre me referi a Amanda como um ser evoluído e superior ,pois se eu me encontrasse na mesma situação dela eu já estaria surtado ,e esse é um dos grandes atrativos do livro ,que é fazer despertar no leitor um sentimento de empatia em todas as páginas .O livro e forte ,denso e libertador ,libertador pois Amanda te faz libertar de manias supérfulas e cria no leitor uma maneira incrível de dar valor a pequenas coisas na vida ,a personagem (se é que podemos chamá-la assim) mostra o quanto a esperança é essencial em casos como esse . O que me mais chamou atenção não foi os episódios vivenciados por Amanda (que eram fortes !!!) mas sim a forma que ela lidava com tudo aquilo. Apesar do livro se tratar de um auto biografia ,há relatos da propia Amanda que te faz refletir sobre a situação sócio econômica da Somália ,o extremismo religioso ,e o negócio lucrativo e comum na Somália que é o sequestro. Uma das coisas que me despertou em mim um desconforto foi a maneira passiva como o Estado trata as vítimas de sequestro ,é um absurdo !!! Mais de um ano para libertar uma prisioneira? Sem nenhuma intervenção enérgica ,sem nenhuma preocupação em acelerar as negociações,realmente quando esse tipo de situação nao envolve nenhum interesse político o estado se mostra apático ,Amanda sofreu 463 dias só pelo fato de ser uma civil comum . Enfim ,o livro é maravilhoso e te ensina muitas lições de vida ,recomendo.
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Eli Coelho 25/01/2014

Impactante
A autobiografia de Amanda Lindhout uma jovem aventureira, apaixonada por viagens e disposta a conhecer o mundo.
Uma mulher marcada por um trauma. Uma sobrevivente que tenta reconstruir sua vida e deixar uma mensagem de esperança ao mundo.

Ambas as definições se enquadram para a autora. Sequestrada na Somália em 2008 ela foi torturada, estuprada, passou fome e fingiu converter-se ao islamismo para sobreviver.

Um acerto do livro é não apelar para o melodrama (ainda que haja ingredientes de sobra para isso). É um livro que não nos faz chorar a cada pagina, tudo é retratado como um relato simples, mesmo narrado em primeira pessoa.

Outro acerto é 1/3 do livro tratar da vida de Amanda desde infancia e as primeiras 45 viagens. Entendemos porque ela correu o mundo, o que ela fazia na Somalia, quais suas ambiçoes e sonhos como freelancer, etc. Traz humanidade a autora/personagem antes de mergulharmos em seu inferno.

Algumas partes do livro são bem pesadas. A autora confessa que pensou em se matar devido as torturas que sofreu. O livro é acima de tudo uma comprovação do que é o fundamentalismo islamico e como as mulheres são tratadas por eles.

Claro que nada pode ser generalizado. Nem todo muçulmano é igual, assim como nem todos os cristãos são iguais. Esse livro se for a unica fonte do leitor quanto a essa realidade tende a criar preconceito.

Recomendo. Um ótimo livro e com um título inesquecível. Poesia diante do horror.
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Raquel.Faria 26/04/2018

A Casa do Céu
Ela viajou o mundo. Vivenciou as riquezas e mazelas de diferentes culturas. Conheceu o melhor e o pior lado do ser humano. Sobreviveu a um sequestro de 15 meses na Somália. Foi humilhada, torturada e estuprada. Após seu resgate, ela voltou para libertar e dar oportunidades de vida para mulheres e hoje trabalha em causas humanitárias. @amandalindhout você é um Anjo. Você me representa. Nós, mulheres, podemos ir para qualquer lugar. Qualquer lugar.

site: https://trazumcappuccino.wordpress.com/2018/04/17/os-melhores-de-2016/
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Greice Negrini 17/01/2014

Um céu extraordinário!
Amanda Lindhout é uma jovem forte e designada a viver desafios quando decide que quer viver o mundo como mochileira. Na verdade, a canadense não via muito futuro em ficar em sua cidade e seu desejo era realmente conhecer muitos lugares.
Foi trabalhando como garçonete que Amanda começou a conseguir guardar muito dinheiro para financiar muitas de suas viagens. Conseguia uma grande quantia de gorjetas de seus clientes, o que fazia com que ficasse muitos meses fora, voltasse para o Canadá e trabalhasse mais alguns meses e depois viajasse novamente.

Amanda conheceu diversos países, sempre como mochileira, sem destino certo, indo à Índia hoje, amanhã à Tailândia e assim por diante. Não tinha nunca destino certo e pegava um trem e partia quando lhe dava vontade. Conheceu muitas pessoas e fez muitas amizades.

A cultura era algo que Amanda aprendera a respeitar, pois dependendo dos países onde estava, estar sozinha como mulher era mais complicado do que nos países ocidentais. Em uma de suas viagens para a Etiópia, conheceu Nigel, um aspirante a fotógrafo, o qual fez amizade e iria se tornar seu amigo por uma longa jornada.

Após a viagem por entre os países da África, Amanda resolveu voltar para o Canadá para arrecadar mais dinheiro. Assim voltou para a Índia para mais um período conhecendo o país e começou a imaginar como seria trabalhar como repórter ou fotógrafa. Desejava conhecer os países em guerra e decidiu em um surto passar um período no Afeganistão.

Amanda conheceu belos lugares em cada país, mesmo nos países de guerra e no Afeganistão conseguiu começar a trabalhar como freelancer para alguns lugares, com o qual conseguia pagar suas despesas. Porém não estava conseguindo ir muito longe e sabia que naquele lugar não iria conseguir crescer muito em sua profissão, sabendo que não era formada e nem sequer havia feito cursos.

Amanda havia lido sobre a questão da Somália, um país em guerra há alguns anos e decidiu que era para lá que iria já que era um dos países mais perigosos do mundo. Para isto, ligou para seu amigo Nigel e o convidou para ser o fotógrafo que a ajudaria.

Assim que chegaram lá, conseguiram uma pessoa que os ajudaria com a segurança e com a comunicação entre as pessoas. Isso era o que Amanda estava amando. O lugar era um caos. A guerra estava matando as pessoas e ela desejava mostrar ao mundo o que as pessoas passavam e melhorar aquele lugar.

Porém o tempo não deixou que ela o fizesse. No quarto dia, um grupo de guerrilheiros sequestraram Amanda e Nigel com a intenção de conseguirem um resgate para manter a sua saga de guerra. O que parecia um trabalho se tornou a maior desilusão e o maior medo dos dois.

Amanda conheceria a partir deste momento até os 460 dias que ficara refém o que é o medo, a tortura, a fome, a doença, o estupro e tudo o que ela jamais desejara e o que menos acreditara: o quanto o ser humano poderia ser cruel.

O que falo sobre o livro?

Na verdade quando iniciei a leitura de A Casa do Céu, imagina algo um pouco diferente. Sabia que era uma biografia e que poderia conter coisas muito monstruosas mas o livro relata de uma forma mais natural tudo o que aconteceu durante estes 460 dias que Amanda passou no cativeiro.

Amanda inicia contando parte de sua infância e de onde surgiu todo este amor por viagens e a leitura é de um estilo tão fácil, tão gostoso que vamos indo de uma página à outra rapidamente. Tudo realmente parece fácil e maravilhoso que fiquei imaginando se era fácil assim viajar ao redor do mundo.

Quando Amanda resolve conhecer os países que estão em guerra e sabe que o risco para si se torna maior, eu ficava pensando se teria esta coragem e se me poria em perigo neste extremo, mas ela mostra uma coragem forte, mesmo que em alguns momentos seja evidente que ela desabe com os acontecimentos.

Após o sequestro, as coisas que acontecem mexem com nosso coração. Não somente por certas torturas, mas pela forma como eles acabam vivendo e como num país islâmico toda a culpa é imposta a uma mulher. Isso me revoltou muito. Não sei se teria a mesma coragem para aguentar como ela teve. Tenho certeza que desistiria no caminho.

Mas talvez ela soubesse que havia uma lição em tudo isso e que agora há a oportunidade de ser repassada adiante.

Uma obra extraordinária e que você não deve perder a oportunidade de ler. Vai te fazer chorar e pode até te revoltar, mas você também vai pensar que do outro lado do oceano, na África, há pessoas que morrem todos os dias por uma guerra injusta, imposta por poder.


site: www.amigasemulheres.com
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Bruno.Coelho 07/07/2021

Várias casas
O livro é bem interessante e pesado. Mostra a cultura do oriente médio de um modo nada estereotipado. Por ser baseado em fatos reais a agonia pelo que passa a protagonista é maior, contudo, apesar dos ?perrengues? Amanda consegue confortar o leitor com sua fé e paixão pela vida. Gostei demais do livro e indico com toda certeza.

Nota: 4/5
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