Rafaela2293 10/12/2023
Uma viagem ao limite do ser humano
Essa leitura me fez refletir muito, por mais que eu já soubesse sobre holocausto, ler um livro sobre isso me fez perceber que o ser humano já deveria ter sido extinto, que vergonha, não faz sentido fazer pessoas passarem por essas experiências de "amostra grátis do inferno" apenas por elas serem quem elas são, ninguém merece isso. Demorei muito para finalizar a leitura, toda vez que aparecia algo traumático (toda página) eu precisava parar para refletir o quão desgraçada é a humanidade, chorei bastante, e não vou perdoar o ser humano por isso, se é que pode ser chamado humano quem cometeu essas atrocidades aí.
O livro se diz um romance, que quase nem aparece, então prefiro aceitar que o romance é a linda história de amor de Dita e os pedaços de papéis com histórias, sua pequena biblioteca, que ela tanto amava e cuidava, ela era para os livros tudo o que ela queria para si, alguém para cuidar e remendar suas dores.
Quando a guerra se foi, levou junto tudo que Dita tinha, ela perdeu sua infância, sua família, uma parte de si. O armistício não faz os membros amputados crescerem nos mutilados, não cura a dor dos feridos, não erradica o tifo, não recupera os moribundos, não devolve os que já se foram. A paz não cura tanto, pelo menos não tão depressa. Não vamos deixar isso se repetir, por favor.
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