As mentiras de Locke Lamora

As mentiras de Locke Lamora Scott Lynch




Resenhas - As Mentiras de Locke Lamora


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AndyinhA 07/06/2014

Trecho de resenha do blog MON PETIT POISON

Mais um livrinho que entrou para categoria do ‘deixei de lado e nunca mais olho para você.’ Já disse que a vida é curta para ler livros que não estão me agradando e esse foi um que a sinopse muito me agradou, mas quando abri suas páginas, me senti um pouco enganada.

A leitura foi chata e arrastada, a história esticada até onde não podia, diminuindo ainda mais a vontade de ler, o autor alterna capítulos no presente com um passado e digo que no presente a coisa é sucinta e às vezes até engrada, mas quando chegava no passado, Gzuis...como era chato, perdia o interesse, ficava arrastando a leitura e parece que a gente não chega a canto nenhum, como o mesmo autor em duas partes podia mudar completamente a história?

A ideia geral é bem bacana, um ladrãozinho que é comprado por um ‘grupinho esperto’ porque estava dando muito trabalho ao seu antigo dono, mas quando algumas coisas são contadas, o tal motivo dele ser esse ‘mala sem alça’, a gente se diverte com algumas coisas e fica espantada com outras, por isso acho que o início flui de uma forma bacana, mas quando começa a surgir o bate-volta (presente/passado) é o momento que a mão começa errar.

Para saber mais, acesse:

site: http://www.monpetitpoison.com/2014/05/poison-books-as-mentiras-de-locke.html
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petronetto 02/06/2014

Uma história instigante e muito criativa
Geralmente os livros de fantasia são "engessados", na maioria dos casos o personagem principal é ou um mago que é ou será poderosos ou um guerreiro, que também é ou será habilidoso, num mundo onde rola muita magia, criaturas fantásticas, e basicamente se assemelha muito com a idade média. Bem, "As Mentiras de Locke Lamora" tem quase tudo isso mas de uma forma diferente.
Camorr é uma cidade bem diferente das demais cidades do livros de fantasia. É uma cidade que a meu ver lembraria Veneza ou algo semelhante, a era é algo que se parece com a Renascença, e única habilidade de Locke Lamora é roubar e fazer "grandes cagadas", como diz seu próprio mentor.
O livro o livro também possui uma boa pitada de humor e sarcasmo, além de reviravoltas na história que a torna mais cativante ainda.

Particularmente o livro e a forma de escrita do Scott Lynch me agradaram muito e estou muito ansioso pelo segundo livro.
Andressa 04/06/2014minha estante
Rouba-lo-ei.




Lucas 21/05/2014

Eu acho que vou ter um sério problema no fim do ano para decidir qual foi o melhor livro que li no ano. “As Mentiras de Locke Lamora” acaba de entrar para minha lista de favoritos. Sensacional, criativo e imponente, Scott Lynch criou um romance de estreia estupendo.

Cammor é uma cidade que lembra aos tempos da Rainha Vitória, dividida entre nobreza e plebeus, estes últimos habitantes do submundo que é governado pelo o temido Capa Barsavi, na qual todas as pessoas abaixo dele lhe paga tributos para serem mantidas em paz. Ele também controla todas as gangues da cidade e mantém um acordo de Paz Secreta com a nobreza.

Porém, uma gangue em particular, a dos Nobres Vigaristas, comandada por um sacerdote de caráter duvidoso – o Padre Correntes – realiza trabalhos fora do sabido pelo o Capa. Os garotos dessa gangue são verdadeiros vigaristas ambiciosos que rouba grandes parcelas de dinheiro dos nobres. E se hoje eles são quem são, é devido ao misterioso sacerdote que dedicou uma parte de sua vida instruindo os garotos a lidarem com as mais variadas situações.

E quem são esses garotos? Locke, Galdo, Caldo, Jean e Pulga.
Locke é a astucioso, sagaz, sarcástico e um mentiroso nato. O nosso anti-herói, O Espinho de Cammor, desde muito cedo já apresentava dotes para o roubo e para o disfarce. Sua lábia é tão grande que convenceria um de que o fogo não é quente. É a sua inteligência que o torna líder do grupo.

Galdo e Caldo são dois irmãos gêmeos, os Irmãos Sanza, que nos garante boa dose de risada. Eles são habilidosos, criativos e um tanto traiçoeiros. Jean é a força bruta do grupo, então se eu fosse você não procurava briga com esse cara. E Pulga, o mais novo do grupo, é destemido do tipo que encararia uma multidão de gladiadores, sozinho se fosse necessário.

O que mais impressiona nesse grupo é a amizade. Uma amizade sólida e verdadeira, onde nenhum integrante do grupo abandona o outro em nenhum momento. São nessas cenas de amizade que encontramos cumplicidade, caridade, respeito e preocupação. Ou seja, são as cenas que mais emotiva o leitor durante a leitura.

Scott Lynch criou uma fantasia dos deuses. Uma narrativa fluida e envolvente que captura o leitor para o seu mundo com muita facilidade. Eu diria que a narrativa é um pouquinho lenta até certo ponto, o que é extremamente normal em um livro de fantasia, já que o autor precisa caracterizar o seu cenário e os regimes políticos desde a primeira página.

Mas, depois a leitura deslancha. “As Mentiras de Locke Lamora” tem personagens cativantes, vilões sórdidos, magia, mentiras, muitas trapaças, humor, mistérios e muito mais! Enfim, é melhor irmos ao Tumba Flutuante comemorar com todas as Pessoas Certas a vida de Scott Lynch.

Os personagens deste livro me passaram todo o tipo de emoção, torci para que as artimanhas desses nobres vigaristas dessem certo. Ah, que fique avisado: o autor não se faz de rogado se precisar tirar a vida de algum dos seus personagens.

Ao final de cada capitulo somos presenteados com um interlúdio que conta algo do passado e que ajuda e muito na compreensão dos próximos capítulos. Brilhante e inovador, Os Nobres Vigaristas trata-se uma série que até então está prevista para sete livros, na qual três já foram publicados no exterior.

A Editora Arqueiro acertou em cheio ao trazer esta obra para o Brasil, uma série que promete ganhar os corações até mesmo daqueles que não são fãs do gênero.

site: http://livrosecontos.blogspot.com.br/
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luzuanon.appromances 16/05/2014

O livro inicia nos apresentando um prólogo, contando como Locke foi abandonado ainda criança e desde então passara a viver no submundo de Camorr, sendo treinado junto com outros órfãos a aplicar golpes. O que surpreendia a todos eram sua esperteza e atrevimento, e logo perceberam que esse jovem não tem medo de nada por isso seu “dono” não querendo confusão o vendeu para o sacerdote cego da Casa de Perelandro, conhecido como o Padre Correntes que de religioso não tinha nada, ele era o líder de outra gangue de órfãos.

Com uma narrativa na terceira pessoa, vamos acompanhando o passado de Locke em que o foco principal é os ensinamentos do padre Correntes, e de como ele criou seus pequenos vigaristas para darem golpes inteligentes e teatrais. E o presente, no qual somos apresentados aos mais ambiciosos golpe do Locke e Nobres Vigaristas.

A escrita do autor até que é fluída, mas o livro começa parado e ao longo da trama é que as coisas vão se desenvolvendo e ficando instigantes, ele consegue nos surpreende e o melhor de tudo quando menos esperamos. Ele criou um personagem com total falta de moral, mas Locke é encantador, apesar de certa arrogante, mais nada egoísta! Por várias vezes, o comparei aqueles heróis estilo Robin Hood e o mais atual anti-herói o capitão Jack Sparrow de Piratas do Caribe.

Scott Lynch descreve a cidade Camorr semelhante à Veneza, então o leitor imagina realmente um cenário exuberante, porém me fez ficar assustada em algumas partes, pois a corrupção é predominante, há uma boa quantidade de violência, mas o que poderíamos esperar de uma história sobre fora da lei, não é? Apenas Locke e seus companheiros fazem a diferença comparando a outros criminosos, mesmo sendo um ladrão, suas vítimas eram somente membros da nobreza, em vez dos comerciantes mais humildes. Por isso, no decorrer da história ele acaba te conquistando, porque seus roubos têm todo um preparo com disfarces e travessuras; apesar do todo o perigo nos proporciona momentos impressionantes de diversão.

Como termina essa história? Olha, são 463 paginas e o final é um tanto angustiante! Mas quando fechei o livro eu disse: Scott Lynch é um gênio! O livro me agradou muito, os diálogos entre os personagens são bem humorados e incluem um leve tom de sarcasmo. É uma história com bastante ação, não é parado, e apesar da minha dificuldade no início da leitura é para ficar devastada e impactada com o destino de alguns personagens secundários, mas ao mesmo tempo satisfeita com tudo. Não é segredo pra ninguém que sou uma romântica incorrigível, mas uma hora é interessante sair da zona de conforto, por isso eu pedi esse livro para resenhar Enfim, a editora fez um excelente trabalho de diagramação, só a capa que não achei tão legal, mais é um livro que vale a pena ler, com certeza. Vocês deveriam dá uma chance.

site: http://www.apaixonadaporromances.com.br/2014/05/as-mentiras-de-locke-lamora-scott-lynch.html
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dani 11/05/2014

As Mentiras de Locke Lamora – Scott Lynch
As Mentiras de Locke Lamora foi um livro que me lembrou muito aqueles filmes de armações e planos mirabolantes de ladrões para cometer um crime (que eu adoro).
Escolhi receber esse livro justamente por seu mote: ladrões, planos, golpes, uma entidade que aparenta ser mais esperta do que o ladrão, farsas sobre farsas (me entenderam??) uma rede de mentiras e planos sem fim e nisso Locke Lamora não me decepcionou.
Tenho que confessar que o livro não deu muita sorte comigo, acabei iniciando a leitura em um momento não muito bom, estava lotada de trabalho e compromissos e os primeiros capítulos, que já são mais lentos, demoraram muito a engrenar, mas depois que isso aconteceu a história fluiu muito bem.
A narrativa de Scott Lynch é bem diferente em alguns aspectos, primeiro ele criou um ambiente novo para ambientar a história, deuses e marcação de tempos próprios, religião, sistema de comércio e de hierarquias, resumindo ele baseou a trama em novos conceitos (até ai nada de inovador no gênero), mas o que muda é que o autor não se preocupa muito em explicar essas diferenças nem esse mundo, ele dá apenas uma pequena introdução de alguns aspectos como as divindades, as construções ou o comércio por eles interferirem de algum modo no decorrer das ações, mas nada além disso, o que tem um lado positivo e um negativo. O lado bom é que a história não se perde em enormes divagações e explicações sobre cada detalhe sendo que alguns deles não são importantes e a maioria pode ser entendida conforme os acontecimentos transcorrem. O lado negativo é que a imersão inicial do livro é mais complicada (outro motivo que fez com que o começo da leitura não fluísse muito para mim) até o leitor se ambientar ou se acostumar com todas as diferenças demora um pouco mais de tempo e a leitura nas primeiras páginas não é tão natural, mas sim com várias dúvidas.
Outro diferencial da narrativa de Lynch é que ele não traz os fatos de forma linear, na verdade ele intercala eventos atuais de um Locke Lamora já crescido, famoso ladrão de Camor em meio a um grande golpe, com a história anterior a isso, a infância do personagem, a criação dos Nobres Vigaristas e seus treinamentos. Esse foi um estilo que me agradou bastante pois além de criar momentos de tensão e alívio durante a narrativa conhecemos pontos importantes do passado dos personagens e que tem relação direta com o que está acontecendo com eles.
Os personagens são outro ponto de dualidade do livro, por um lado alguns são um pouco negligenciados e por outro são extensivamente elaborados, calma, eu explico: alguns personagens possuem sua construção rica e uma profundidade que dão todo o tom da narrativa, Locke Lamora, Capa Barsavi, Jean e mais alguns possuem sua personalidade bem traçada e trabalhada, alguns personagens que são muito interessantes não foram tão aprofundados como os irmãos Sanza, Pulga e o Aranha de Camor (e eu gostaria muito de saber mais sobre eles). E por fim, outros personagens são extensivamente citados mas nada além disso, como Sabeta (porém por ser uma série eu ainda espero saber mais sobre eles nos próximos livros). Outro ponto que me incomodou um pouco foi que o grande vilão da história demora muito a aparecer e com isso o trabalho voltado para ele foi um pouco corrido, em compensação as cenas de ação e o ritmo da leitura aumenta consideravelmente após sua revelação. Um aspecto muito forte é que o autor humaniza bem seus personagens, todos os atos possuem uma justificativa e um meio, ninguém é realmente perfeito, e isso é o que mais me encantou em Locke Lamora, ele é um grande farsante sim, mas ele também erra e é nesses momentos que mais prova sua genialidade (ou seus impulsos que levam ao desastre, depende da situação), mas que por mais esperto que seja ele não está livre de falhas e assim o quanto ele tem que improvisar e usar seu raciocínio para poder escapar dessas situações.
O autor soube muito bem formar a trama e quando menos se espera já se está tão envolvido no complexo sistema comercial de Camor, no mais complexo ainda sistema de gangues e roubos de Capa Barsavi, na parte hierárquica e principalmente nos elaborados e por muitas vezes inconsequentes planos de Locke Lamora. Fiquei surpresa com as reviravoltas e escolhas de diretrizes para a história, saliento que apesar de ser uma série a trama central tratada nesse livro começa e termina nesse único volume, deixando sim uma ponta solta, porém nada que gere raiva ou revolta mas apenas uma doce curiosidade do rumo que narrativa terá.

site: http://olhosderessaca25.blogspot.com.br/2014/05/livro-as-mentiras-de-locke-lamora-scott.html
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Poly 07/05/2014

Um dos melhores livros que li nos últimos tempos. Quem gosta de fantasia vai se deliciar com a leitura. Só sinto por não ter lido com mais calma, porque livros de fantasia devem ser saboreados com toda calma do mundo, capítulo por capítulo.
As mentiras de Locke Lamora conta a história de Locke Lamora, um menino órfão que é vendido para bandidos na cidade de Camorr e com eles aprende a roubar. Lamora tem uma imaginação incrível desde cedo e seus roubos são sempre elaborados e cheios de teatro.

- Correntes costumava falar que não havia liberdade igual à de ser constantemente subestimado – disse Locke.
P.144

Locke cresce e se torna Espinho, o chefe dos Nobres Vigaristas, um grupo de ladrões de Camorr, que tem o prazer de aplicar grandes golpes à nobreza da cidade.
Eu tentei encontrar semelhanças entre Locke e Robin Hood, mas tirando o fato de ambos roubarem dos ricos não encontrei nada demais. O que mostra o quão original é a obra.

Mas o tempo é um rio, Locke, e nós sempre o descemos mais rápido do que pensamos.
P. 251

A história é dividida em quatro livros, que são divididos em capítulos. Cada capítulo é dividido em trechos enumerados e também possui interlúdios. Nos interlúdios se passam fatos do passado, mostram como foi o crescimento de Locke e como ele conheceu e conviveu com os demais Nobres Vigaristas. A divisão dentro dos capítulos se passa no presente, mas mostra a história de diferentes ângulos.
O início da leitura não é simples, até compreender o modo como a narrativa é escrita e se adaptar ao estilo do leitor eu demorei umas 100 páginas. E confesso que a leitura só foi fluir mesmo depois da metade do livro, mas valeu muito à pena!!

Dizia-se que em Camorr a diferença entre comércio honesto e desonesto é que quando um comerciante honesto arruinava alguém, não tinham a cortesia de lhe cortar a garganta para encerrar o assunto
P.343

Mas depois que a história pega um ritmo e começa a fluir, ela é completamente envolvente e não dá vontade de parar de ler nem para ir ao banheiro!
O livro tem muita ação e mistério. E como é a história de ladrões que é contada, não faltam palavrões e palavras de baixo calão na narrativa.
Locke é carismático e toda vez que ele aprontava uma das suas eu lembrava do capitão Jack Sparrow de Piratas do Caribe. Acho que o carisma debochado o ar de maluco são bastante semelhantes entre os dois personagens.
Adorei o trabalho que a editora fez na diagramação do livro. A capa é linda e remete bem à história. Achei a fonte utilizada um pouco pequena, mas isso não atrapalhou em nada a leitura.
Os capítulos são bem divididos, iniciam-se em uma nova página (amo quando isso acontece) e gostei da simplicidade do miolo. Menos foi verdadeiramente mais aqui. Sem detalhes ou firulas a atenção do livro vai toda para a história (que é excelente por si só e não precisa de nenhum outro ingrediente para ser vendida).
Acho que já posso me considerar fã do autor e dizer que estou ansiosa pela continuação da série Nobres Vigaristas.
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Raniere 06/05/2014

A melhor mentira de todos os tempos!
Quando me interessei em ler “As Mentiras de Locke Lamora”, de Scott Lynch, e pedi um exemplar para a Editora Arqueiro, criei algumas expectativas em cima deste livro. Imediatamente, ao ler o nome do livro e da série, pensei “Locke Lamora, para ser um vigarista e tão mentiroso a ponto do livro ganhar o nome dele, deve ser muito inteligente. O humor também deve ser sarcástico, irônico – próprio de pessoas inteligentes”.

Sim, o livro é tudo isso! E o livro é ainda mais!

Scott Lynch não apenas criou um personagem inteligente e irônico, quanto a própria escrita dele é assim. Lynch criou um livro repleto de reviravoltas, engraçado, eletrizante, e com um suspense que prende o leitor do início ao fim. E fez uma coisa que eu adorei: em cada capítulo, Lynch coloca um interlúdio, contando, principalmente, a história da infância de Locke e seus amigos. E o passado e futuro se conectam.

Vamos falar um pouco do livro?

Na cidade de Camorr, há gangues de ladrões comandados por um Capa, que mantém uma Paz Secreta que beneficia os nobres da cidade. Nesta Paz Secreta, os ladrões são proibidos de roubar da nobreza e da guarda da cidade. Ou seja: ricos ficam mais ricos, pobres ficam mais pobres!

Porém, há a gangue chamada Nobres Vigaristas, encabeçada (atualmente) por Locke Lamora. Locke criou, para si mesmo, a alcunha de Espinho de Camorr e, junto com os Nobres Vigaristas, eles violam a Paz Secreta, roubando apenas dos nobres da cidade e enganando os nobres, a guarda, o Capa, todos! Locke Lamora é um mentiroso sem escrúpulos e inteligentíssimo! Porém, o surgimento de um “Rei Cinza”, que começa a matar os líderes de todas as gangues e cria uma guerra no submundo de Camorr.

Acho que deu para dar uma idéia da história. Sim, eu falei pouco, pois não quero estragar nenhuma surpresa que o leitor terá (que, acredite, serão muitas!).

Sobre o desfecho do livro... sério, é sensacional! Eletrizante! Confesso que fiquei andando de um lado pra outro, lendo, com as mãos suando. Na verdade, o livro é todo assim, mas o ápice dele é no desfecho.

Sim, “As Mentiras de Locke Lamora” foi um dos melhores livros que li este ano! E sim, ele entrou para minha lista de favoritos (como não entraria???)!

Façam um favor para vocês mesmos: LEIAM este livro!


site: https://www.facebook.com/EncontrosLiterariosRJ
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Liachristo 05/05/2014

As Mentiras de Locke Lamora - Série Nobres Vigaristas - Scott Lynch - Editora Arqueiro
O livro conta a história de Locke Lamora, um órfão que foi criado no submundo de Camorr (uma cidade decadente), sendo preparado para se tornar um ladrão.
Ele é extremamente inteligente e um ladrão nato, mas meio desastroso. Sua natureza ambiciosa e falta de cuidados, inicia numerosas trapalhadas que o colocam em situações perigosas e calamitosas.

Ao longo do tempo, Locke se torna conhecido como o espinho de Camorr, embora esta identidade nunca seja ligada a Locke, que mantém a pretensão de ser um ladrão furtivo que se passe por alguém perfeitamente normal. A verdadeira natureza dos Nobres Bastardos é um segredo bem guardado que só é conhecido dos próprios Bastardos.

Ele se torna lendário, já que todos falam de suas façanhas. Um habilidoso espadachim, arrojado, invencível, que vagueia pelas ruas e telhados das cidades em busca de uma aventura fantástica atrás da outra; para os desamparados, ele é o campeão temível dos pobres, um valente defensor da justiça e que rouba apenas para ajudar os menos afortunados; para Spider, o chefe da polícia secreta das cidades, ele é uma fonte de frustração e constrangimento.

Locke Lamora não tem problemas para mentir. Ele é um mentiroso contumaz. Mas ele não é hipócrita. Se há uma coisa sobre a qual ele é muito honesto, é sobre a sua mentira. Locke é um ladrão, e enquanto isso pode ser errado para alguns, é também uma vocação.

Este personagem é extremamente intrigante, engraçado, inteligente e no decorrer da leitura achei que ele tem a personalidade bem parecida com a de Jack Sparrow, o renomado pirata.

Entre as ruas movimentadas e pútridas, canais agitados da cidade costeira de Camorr, Locke vem treinando para esta carreira, desde a infância. Uma educação tão intensa, se não tão respeitável, como a de qualquer universidade. Ele aprendeu sobre inumeráveis culturas, seus costumes, escritas e religiões. Ele se torna um mero vigarista, mas um ator consumado. Ele tem como objetivo roubar apenas das partes mais abastadas da aristocracia. Ele é o melhor no que faz. Mas, a coisa sobre ser o melhor no que faz é que isto só dura até alguém melhor aparecer.

Este livro é muito interessante, a leitura flui fácil e você embarca nas aventuras de Locke sem nem mesmo perceber a passagem do tempo.

As Mentiras de Locke Lamora é divertido, com doses de suspense, ironia, terror, terno, trágico, e cheio de ação.

Este livro anuncia a chegada de um novo anti herói, aqueles personagens que amamos odiar ou odiamos amar.

O livro é dividido em 16 capítulos, e uma grande sacada, é que os capítulos são alternados entre o presente e o passado, fazendo com que vários fatos sejam elucidados, e nos deixando mais ávidos pelo próximo capítulo, onde poderemos obter as respostas que precisamos para o entendimento da história.

A capa deste livro é belíssima e todo o trabalho editorial está impecável.

A história deste livro é bem complexa, e por ser o primeiro livro, traz muitas informações sobre a série. Não quis colocar tudo aqui, pois a resenha ficaria extensa e vocês não teriam a curiosidade de ler e conferir, esta adorável aventura.

Essa é a estréia de Scott Lynch na literatura fantástica, e eu acho que ele teve uma ótima estréia. Só espero que ele tenha conseguido manter este ritmo nos próximos livros, já que é uma série longa, com 7 livros já lançados lá fora.

site: http://www.docesletras.com.br/2014/05/resenhas-as-mentiras-de-locke-lamora.html
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Biju 29/04/2014

Scott Lynch, casa comigo?
Na verdade isso não é uma resenha. Eu só queria deixar gravado aqui o quanto me apaixonei por esse livro, o quanto ele mexeu comigo.

Fiquei completamente fascinada com a capacidade do autor de inventar uma cidade, como Camorr. Em como ele conseguiu inventar personagens que fizeram eu me apaixonar tão perdidamente, que viraram meus amigos e que me fizeram torcer para que seus truques e roubos dessem certo.

Enfim, o livro é perfeito. Os diálogos são deliciosos. A descrição dos cenários são lindas. E os personagens são encantadores.

Scott Lynch já entrou para o meu ranking de autores favoritos :).
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Café & Espadas 25/04/2014

Já faz algum tempo que anunciamos aqui o lançamento de As Mentiras de Locke Lamora pela Editora Arqueiro. Em março, para ser mais exato.

O livro havia sido “indicado” por Patrick Rothfuss, autor de O Nome do Vento e O Temor do Sábio e após isso, não demorou muito tempo para que o primeiro volume da série dos Nobres Vigaristas chegasse as livrarias brasileiras.

De primeira (como de praxe) olhei o livro com um certa desconfiança. Afinal que é esse tal de Scott Lynch? História de ladrões? Acho que já vi esse filme... Mas não! Locke Lamora foi uma agradável surpresa nesse começo de ano e já afirmo de antemão: não sei o que vou ler daqui até o final de 2014, mas com certeza esse livro vai estar entre os 5 melhores. Sem sombra de dúvidas.

Usando uma narrativa divertida, leve, agradável e bem humorada, Lynch coloca o leitor dentro de um galeão velho com velas poeirentas e o leva para Camorr, uma cidade-estado (como muitas outras do mundo criado pelo autor) feita de várias ilhas interligadas por pontes e rios, o que me lembrou bastante a cidade de Veneza, na Itália. Aliás, é possível notar vários elementos um tanto quanto italianos nessa história: os nomes de vários personagens, as pronúncias das palavras, os aspectos arquitetônicos das edificações e até mesmo o apego a culinária, tudo é bem impregnado de uma influência desse país.

Mas as semelhanças param por aí.

A estrutura dessa imensa cidade também está repleta de um material misterioso chamado vidrantigo, que nada mais é que os resquícios de uma antiga civilização alienígena denominada Ancestres pelos camorris. Isso foi um toque exótico que o autor deu ao seu mundo, que embora seja muito instigante, não é muito explorado, mas também não influencia muita coisa no enredo, porém são esses toques sutis que dão cores ao mundo fantástico criado para ser o cenário das aventuras e tramoias de Locke e seus amigos. E falando em enredo, vamos a ele.

Locke Lamora é um gênio. Simplesmente um gênio. Chega a dar medo.

O seu instinto de roubar e a sutileza com a qual ele planeja e aplica seus golpes é de deixar qualquer ladrão experiente, ou até um deputado brasileiro, com o queixo no chão. Só há um problema com ele, e um problema muito grave: sua inconsequência.

Como qualquer gênio, Locke não é completamente compreendido, e o alcance (por vezes desastroso) dos seus golpes causa espanto no seu primeiro garrista (líder de uma gangue), um homem cruel conhecido como O Aliciador, nome que ganhou com a fama de preparar vários órfãos para ingressarem em algumas das inúmeras gangues que aterrorizam os mais humildes em Cammor.

Sendo assim, Locke é vendido para o Sacerdote Cego, líder dos Nobres Vigaristas, uma gangue bem diferente das demais. Por que diferente? Bom, para entender melhor você deve saber que em Camorr existe um acordo feito entre os nobres condes (governantes da cidade) e o Capa Barsavi (líder magnânimo do mundo do crime) que consiste em uma troca de favores: os ladrões tem total liberdade de roubar os habitantes mais humildes e os comerciantes das áreas mais pobres de Camorr sem serem importunados pela guarda local, mas não podem tocar em nenhum membro da nobreza camorri nem na guarda. Isso é a Paz Secreta um acordo que exala uma corrupção deslavada e é o principal plano de fundo para toda a trama do livro.

Os Nobres Vigaristas se diferenciam das demais gangues por ser a única que rouba diretamente dos nobres, violando totalmente a Paz Secreta. Mas eles não assaltam a mão armada, na calada da noite, ou batem a carteira de um conde enquanto ele vai ao templo do deus da fortuna fazer suas preces... não, não. Locke e seus amigos (os gêmeos Calo e Galdo Sanza e Jean Tannen, um guerreiro letal) são instruídos nas artes mais finas e sofisticadas da vigarice, como a atuação, o disfarce, a lábia... e é dessa forma que eles enganam até mesmo o próprio Capa Barsavi.

Outra coisa bem interessante nessa obra é a forma como Lynch a narra, intercalando entre o passado de Locke, sua infância no templo de Perelandro, onde ele aprendeu a ser mais cuidadoso e estratégico, e o tempo presente, onde o enredo atinge seus pontos cruciais, com um Locke já adulto, agora sendo o garrista dos Nobres Vigaristas (aparentemente o Sacerdote Cego morreu, mas o livro não explica como isso aconteceu), mais maduro, mas ainda com aquele quê de imprudência e ganância exagerada, e sofrendo por uma mulher que está ausente, e esse primeiro volume não dá maiores explicações quanto a isso. Paralelo a tudo isso, Locke e sua turma estão tentando aplicar um golpe milionário em Dom Salvara, um dos nobres de Camorr, e justo quando entra em cena o Rei Cinza, uma espécie de serial killer que só mata garristas, o que coloca nosso protagonista em uma posição de risco. Mas os planos deste assassino vão muito além do simples instinto de matança, e sua principal motivação pode ser resumida em uma única palavra: vingança.

Como deu pra notar, a trama é bem abrangente e possui vários núcleos e personagens com relevância para o enredo. Por um momento o leitor pode se questionar se o autor será capaz de manter o ritmo e de não se perder no meio de todos esses eventos. Mas isso não acontece de forma alguma.

Lynch consegue sim, e de forma impecável, manter o foco e guiar muito bem o leitor por duas histórias igualmente cativantes (o passado de Locke e os acontecimentos presentes) enquanto explora aos poucos o mundo que abriga Camorr e tudo o que há além dela.

O universo criado pelo autor é rico, colorido, por vezes até surreal de tão belo, com culturas marcantes e povos bem caracterizados em sua língua, vestimentas e paladares. Realmente um ótimo trabalho.

Sobre a edição. A Editora Arqueiro (agora parceira do Café & Espadas) fez um ótimo trabalho com esse livro. Boa diagramação, erros leves de revisão e uma capa bem bonita, que já nos dá uma boa ideia do ambiente no qual o leitor irá entrar durante a leitura da obra. Além disso, temos no final o prelúdio e um trecho do primeiro capítulo do segundo volume da série, Mares de Sangue.

Porém senti falta de um bom mapa, esse adereço que já se tornou uma constante em edições de livro de fantasia. Não fico esperando esse tipo de anexo em livros, mas no caso deste livro em especial, senti. Pois são tantos lugares e tantas direções que um mapa poderia ajudar numa visualização melhor. Mas isso é só um pequeno detalhe, nada que comprometa a obra.

Resumindo o que posso dizer sobre As Mentiras de Locke Lamora: leia o quanto antes!

Não é todo dia que vemos uma obra que esbanja tanta originalidade, personagens tão marcantes e uma trama tão bem elaborada narrada de forma brilhante. Com doses de um humor bem cara de pau, lutas frenéticas e sangrentas, reviravoltas imprevisíveis e boas citações sobre a “filosofia dos ladrões”, essa série veio para garantir seu espaço como uma das melhores publicações desse ano, até o momento. E não seria exagero dizer que ela renderia um bom filme.

Recomendo fortemente uma viagem à Camorr... mas cuidado com as suas moedas.


site: http://cafeeespadas.blogspot.com.br/2014/04/resenha-as-mentiras-de-locke-lamora.html
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Niasi 23/04/2014

As Mentiras de Locke Lamora
Antes de mais nada: Vale a Pena Ler!!!

Mas tenho que confessar que foi o livro com um dos começos mais chatos que já li, o autor se arrastava em tediosas descrições cheias de adjetivos.
E o pior é que o conteúdo e o mundo que ele criou é realmente muito interessante, não sei porque tornar tudo tão chato.

Para minha surpresa, não só a escrita, como a dinâmica dos fatos vão pegando força e tornam o livro uma leitura maravilhosa, cheia de surpresas e viradas de amarrar o leitor ao livro.

Tratasse da história de Locke Lamora, um brilhante vigarista, que junto com sua pequena gangue, dá golpes nos nobres de Camorr (uma espécie de Veneza fictícia).

Acredito que quem gosta de aventuras e realidades fantásticas, irá adorar o livro (desde que passe do chatíssimo começo).

Recomendo a leitura.
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Cath´s 15/04/2014

Resenha As Mentiras de Locke Lamora.
Esqueçam nosso mundo e mergulhem na vida em Camorr.

Quando eu pedi esse livro para ler, não fazia ideia da magnitude dele. Quando ele chegou que comecei a ler a respeito e percebi que seria um livro U-A-U.
Lynch não usa elementos do nosso cotidiano, ele simplesmente criou um universo novo, sim, os personagens são humanos e você vai encontrar características em comum, mas o autor fez cidades, itens, costumes, tudo novo.
O legal é que os capítulos intercalam a vida atual que ao meu ver é a trama principal com lembranças de quando os Nobres Vigaristas eram crianças, e a partir de um ponto eles se interligam.
No começo eu ficava ansiosa para saber mais dos acontecimentos de quando eram crianças (o autor começa essa narração te deixando bem curiosa), depois virou e eu estava ansiosa pelos acontecimentos atuais, que ficaram cada vez mais agitados.
Mas vamos para o inicio, o livro conta a história dos Nobres Vigaristas, com ênfase no Locke Lamora, que é o garrista deles (garrista é quem representa o grupo, digamos, teoricamente eles deveriam obedecer ao Locke).
Os Nobres Vigaristas são formados por: Locke, Jean, Calo, Galdo e Pulga. Você vai aos poucos ser apresentado aos personagens, afinal, com as lembranças vai descobrindo mais a respeito de cada um. No final, eu estava conquistada por todos.
Nesse livro você vai acompanhar um dos golpes deles para furtar metade da fortuna de um casal de nobres, e além disso está ocorrendo um golpe contra o Capa Barsavi feito pelo Rei Cinza, que ninguém sabe quem é (Capa é o líder maior, ao qual os garristas pagam um "imposto" em dias determinados). Claro que os Nobres Vigaristas acabam no meio disso.
A leitura não é cansativa como As Crônicas de Gelo e Fogo, por exemplo, o linguajar é bem mais fácil, mas foi um livro que eu demorei mais de uma semana para ler, pois são muitos acontecimentos em cada página e como a mente do autor é brilhante você tem que cuidar para ir acompanhando as reviravoltas.
Além do universo rico em detalhes, cada personagem tem sua história e seu próprio jeito, você vai se apegar aos Nobres Vigaristas mesmo eles gostam de furtar e nem usando o dinheiro, rsrs. É mais pelo prazer do golpe.
No final do livro vão liberar um capitulo do próximo que só serviu para me deixar curiosa.
Outro ponto é que a história que se inicia nesse livro termina neste, você necessariamente não precisa ler o segundo, embora eu acredite que vá querer ler.
Mais um fato legal é que esse livro foi publicado em 2005 e foi o primeiro livro do autor, são raros os que começam já a publicar com um livro desse nível. São raros que um dia publicam um livro desse nível.
Os direitos cinematográficas já foram comprados, resta saber se vão colocar nas telonas, pois tem alguns que a Warner compra e fica enrolando.
Quanto a capa, eu achei linda, combina com o que contam no livro sobre Camoor, eu não achei nenhum errinho de escrita durante toda a leitura, e a letra embora não seja daquelas grandonas, não é das mini também, um bom tamanho para se ler (diz a pessoa aqui que lê a noite).
Vale muito a pena a leitura, assim que mergulharem na mente de Locke Lamora vão ir para outro espaço, onde genialidade está presente o tempo inteiro.
P.S.: Para o pessoal que gosta de ação: vocês vão adorar.

site: http://www.some-fantastic-books.com/2014/04/resenha-as-mentiras-de-locke-lamora.html
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Babih Bolseiro 11/04/2014

"As Mentiras De Locke Lamora", de Scott Lynch
Deixando um pouco os romances de lado, no mês de março, peguei para ler "As Mentiras De Locke Lamora", um livro envolvente e cheio peculiaridades.

Nesta obra, primeira da série "Nobres Vigaristas", conhecemos Locke Lamora e seus comparsas, autores de vários golpes que resultaram na diminuição da fortuna de alguns nobres da antiquíssima e fascinante Camorr.

Mas atenção ao detalhe: eles não são meros ladrões. Não. Os Nobres Vigaristas são verdadeiros especialistas, os mais talentosos farsantes da cidade. Eles não acreditam em trabalho árduo, uma vez que um bom plano e uma atuação impecável trazem dinheiro de modo mais rápido e eficaz do que qualquer outra coisa.

"- Essa coxia sem graça não representa a totalidade do meu reino, do mesmo jeito que a sua antiga casa não era realmente um cemitério - Correntes deu uma risadinha. - Nós aqui somos ladrões de outro tipo, Lamora. A farsa e o engodo são as nossas ferramentas. Não acreditamos em trabalho árduo quando uma cara falsa e uma bobagem bem-bolada podem ser tão mais eficazes." - Pág. 29.

De tão bom que é no "trabalho", Locke adquiriu uma boa fama (ou seria uma má fama?), passando a ser conhecido por Espinho: uma figura lendária capaz de atravessar paredes, espadachim imbatível, responsável por roubos vultuosos ... o que não passa de puro exagero do povo. Na realidade Lamora não possui a mínima habilidade com a espada, é franzino e um completo azarado no amor.

Tudo corria as mil maravilhas até a cidade ser assolada por uma onda de assassinatos, vitimando os principais líderes das gangues do pedaço. As mortes são atribuídas ao cruel Rei Cinza, cujo principal objetivo é tirar Capa Barsavi (chefe de boa parte das gangues e do grupo de Locke) do poder e, definitivamente, de circulação.

De uma hora para outra, Locke se vê preso a uma astuciosa armadilha, na qual, para salvar seus amigos, o fabuloso Espinho terá que utilizar-se de suas principais armas: inteligência e lealdade.

Qual será o desfecho dessa história?

Revolucionários! No início desta resenha, eu disse que o livro é envolvente e cheio de peculiaridades. Digo isso por 04 motivos:

Primeiro: No começo, os personagens não inspiram muita simpatia. O leitor vai acompanhando o desenrolar dos fatos, mas sem se preocupar muito com o que vai acontecer com Locke e seus companheiros. O ponto interessante disso é que, por mais que eles sejam ladrões, no final, de um jeito ou de outro, você vai acabar torcendo para que eles se safem.

Segundo: Geralmente o pessoal que me conhece, sabe que detesto livros descritivos (é uma verdadeira tortura para mim). Entretanto, comecei a olhar as descrições de um modo diferente, depois de ler este livro. Isso se deve ao fato de que eu fiquei simplesmente encantada por elas! Fui transportada para uma realidade totalmente diferente. O Scott Lynch sabe como arrebatar o leitor com sua escrita inteligente e envolvente.

"Do alto das Cinco Torres até a superfície lisa de obsidiana dos imensos quebra-mares de vidro e os recifes artificiais sob as ondas cor de ardósia, a Falsaluz emanava de cada superfície e de cada pedacinho de Vidrantigo em Camorr, de cada partícula do desconhecido material deixado tanto tempo antes pelas criaturas que tinham fundado a cidade. Todas as noites, quando o poente enfim engolia o sol, as pontes de vidro se transformavam em fios fluorescentes de luz cintilante. Tudo o que era de vidro, torres, avenidas e esculturas de estranhos jardins, reluzia débil em tons de roxo, azul, laranja e branco perolado, e as luas e estrelas se desvaneciam em cinza." - Pág. 23.

Terceiro: É uma história diferente do que os leitores, atualmente, estão acostumados a ler. Sem criaturas mágicas, sem modinhas e "sem água com açúcar", o livro encanta tanto com o conteúdo, quanto com com a diagramação. E, é claro, eu não poderia deixar de mencionar a capa que é muito caprichada e fiel a história.

Quarto: Por fim, menciono o tempo dos capítulos. Os dezesseis capítulos são divididos, de forma intercalada, entre o presente e o passado, explicando, desse modo, muita coisa da situação atual. A divisão acaba gerando uma tensão e ansiedade no ávido leitor para descobrir o que está por vir, tornando a leitura muito mais viciante e prazerosa.

Eu recomendo! O próximo livro da série é "Mares de Sangue".

site: http://revolucionandogeral.blogspot.com.br/2014/04/as-mentiras-de-locke-lamora-de-scott.html
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Literatura 09/04/2014

Será tudo verdade?
Diante de tanta falta de invenções, gente que pega aquilo que vira febre e reescreve, reinventa, mexe, corta daqui e acrescenta de lá, quando vemos um livro com originalidade, devemos parar para ler… Por isso, quando deparamos com um autor que conseguiu criar um mundo o real e o onírico se mesclam com fantasia, com toques da Veneza clássica entre edifícios brilhantes, onde existem os ricos e os pobres, onde ninguém é confiável e o personagem principal é ardiloso, cínico e deliciosamente cínico, eu pelo menos paro tudo para ler…

É assim que você faz ao abrir a primeira página de As mentiras de Locke Lamora (Arqueiro, 464 páginas), uma deliciosa fantasia, primeiro livro da série Nobres Vigaristas. Locke Lamora, Jean, Pulga, Galdo e Calo, orientados pelo Padre Correntes são exímios malandros, mestres em quebrar o acordo firmado na cidade de Camorr, onde os ricos não poderiam ser prejudicados. Mas para que servem regras a não ser para as quebrarmos? Por isso, nossos dissimulados anti-heróis farão de tudo para se dar bem, roubando dos ricos para dar… aos seus próprios bolsos, é claro! Achou que estava lendo história errada?!

Até que alguém começa a assassinar cruelmente os líderes das gangues. Todas as pistas levam a culpa a um tal de Rei Cinza, cuja gangue entrou em guerra com Capa Barvasi e não hesitará em subir uma montanha de corpos para alcançar o seu poder. Quem poderá sobreviver a isso? Locke Lamora e seus amigos, claro… Isso se tiver muito sarcasmo e jogo de cintura para vencer tudo isso. E garanto que, a cada página, você pode descobrir que ninguém é confiável ou fato extremamente verdadeiro.

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/resenhas/resenha-as-mentiras-de-locke-lamora-sera-tudo-verdade/#.U0XotvldWSo
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@APassional 04/04/2014

As Mentiras de Locke Lamora * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Bem vindos ao submundo de Camorr... onde nada é o que parece ser.

O Volume I, da Série Nobres Vigaristas, é a primeira dose embriagante que o genial Scott Lynch nos estende, estamos no “Último Erro”, uma taberna de Malfeitores, portanto erga seu copo de rum de açúcar escuro do Mar de Bronze, como todos os seus “pezons” e façamos um brinde:

À Scott Lynch e sua criatura: Locke Lamora!

Diferente de tudo que já li, Lynch é um desbravador dos limites, o real e o surreal anelam-se com uma maestria ímpar, Camorr é uma cidade híbrida e incomum que nos remete à um misto de Veneza e Inglaterra vitoriana, sua arquitetura futurista de torres de vidro de suntuosa grandeza se contrapõe aos subúrbios sórdidos de pobreza sub-humana; um mundo repleto plantas milagrosas e venenos mortíferos, drogas incomuns e animais manipulados alquimicamente.

Medindo força com a escória mafiosa de Capa Barsavi...
Uma sociedade de anti-heróis.

Nossos anti-heróis Locke, Jean, Pulga, Galdo e Calo, Os nobres vigaristas, são criados e treinados pelo padre Correntes na suprema arte da malandragem, ele mesmo um mestre em disfarces e golpes, para disputar sua maestria entre bandidos, nobres trapaceiros, assassinos, torturadores, gangues que brigam por território e posição, entretanto a forma como esses jogos perversos e assustadores desenrolam-se é divertida, irônica, irresponsável e muito sangrenta hahaha!

Os 16 capítulos picotados em cenas alternadas dão agilidade à ação, às vezes alucinante diante da alternância de foco narrativo nos subcapítulos, “esclarecedores” interlúdios nos transportam ao passado de cada um dos integrantes dos Nobres Vigaristas, onde vislumbramos seu eclético treinamento em diversas artes que ocorre em clima de ação e aventura contínua, quebrando a linearidade da trama em verdadeiras espirais de tempo. Esses interlúdios nos envolvem empaticamente com os órfãos diante da determinação e concentração em alcançar a excelência na arte designada a cada um deles por seu mestre Correntes, o que reflete em um mergulho intimista na essência das personagens.

“Nosso Locke aqui tem o cérebro maldoso ao extremo e sabe mentir com maestria...”

Narrado em 3ª pessoa mas recheado com diálogos inteligentes, afiados, que desafiam a etiqueta e o decoro, seja destilando venenoso humor negro em paródias filosóficas, palavrões, declarações fulminantes nas situações mais bizarras ou em fugas espetaculares hilárias.

O golpista X O pirata.

A trama intrincada, repleta de ardis, traições e reviravoltas, exige certa concentração, afinal as personagens na íntegra são inescrupulosas e indignas de confiança, portanto haja sinapses para acompanhar o enredo ousado, que estabelece a polaridade protagonista/antagonista no ápice da crueldade da qual foi dotado o Rei Cinza… ou seria Capa Raza?

Atravessando os limites da libertinagem.

Locke é ousado, carismático, envolvente, dissimulado, sem noção do perigo, insano. Seus planos mirabolantes são fruto de uma mente perspicaz, de notável inteligência, capaz de aprofundar-se no lado mais escuro da natureza humana, aliás esse parece ser o mote deste volume: O inconsciente, seus estreitos caminhos úmidos, os segredos neles contidos ou aprisionados na forma de imagens oníricas, memorias de infância, vinganças antigas, no mistério da origem do próprio Locke.

“Não preciso de ninguém para me lembrar que estamos mergulhados em água escura até o pescoço. Só peço a vocês que se lembrem de que os malditos tubarões somos nós.”

Scott Lynch faz jus a todos elogios que alcançou com sua obra, concordo plenamente que ele desponta como um dos grandes autores de ficção fantástica contemporânea.

Me encantou, surpreendeu, divertiu, inquietou, emocionou, me fez gargalhar, contorcer os músculos e os sentidos, e no último capítulo... UAU! Redemoinho de emoções, delirante, sensacional. Locke Lamora é único, apaixonante, inesquecível e... como diria Elizabeth Swann*: - Pirata...

Excelente, genial em todos os sentidos!
By Rosem Ferr.:.

* Protagonista de Piratas do Caribe.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 04/04/2014.

site: http://www.arquivopassional.com/2014/04/resenha-as-mentiras-de-locke-lamora.html
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