As mentiras de Locke Lamora

As mentiras de Locke Lamora Scott Lynch




Resenhas - As Mentiras de Locke Lamora


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Yasmin 24/09/2014

Universo rico e fascinante, com trama intricada e inteligente aliada a personagens brilhantes.

Conheci a série protagonizada por Locke Lamora pouco depois que comecei o blog e na época pensei que nunca veria o livro por aqui. Elogiado por grandes autores e tido como brilhante a história de Scott Lynch é mais do que uma fantasia. O autor vai além do mundo novo e das características comuns da fantasia, trazendo um protagonista tão fascinante quanto a trama, aliás, é impossível dizer o que é mais brilhante: o protagonista, a trama, o mundo ou a escrita. Um jogo de palavras e tramas fascinante. Gostei demais do conjunto todo, coisa difícil de acontecer. Conheçam.

A primeira coisa a se entender sobre Camorr é a intricada organização que existe na cidade. O submundo de Camorr é controlado por Capa Barsavi. Todos abaixo dele pagam para ficar fora do radar e não ser incomodado. Na base dessas organizações que trabalham na cidade está o Aliciador, ele é a base, e quando seus órfãos crescem com determinadas especialidades ele os vende para organizações maiores. Como em uma longa escada. Locke era um órfão de Camorr, a rica, bela e conturbada cidade com canais, pontes e prédios de pedra quando ele foi recolhido pelo Aliciador. Mas Locke é um perigo ávido demais para o Aliciador, que decide vendê-lo. O Padre Correntes para todos é o sacerdote cego da Casa de Perelandro, mas que não é nem cego e nem sacerdote de Perelandro. Correntes dirige uma organização pequena, requintada e invisível, os Nobres Vigaristas, acostumados a dar golpes tão sutis quanto desconcertantes. Seus órfãos são treinados não apenas na arte de roubar. São educados e afiados para soarem perfeito na pele de qualquer papel necessário. Locke Lamora, um garoto que aos cinco já impressionava por sua astúcia cresceu aprendendo o melhor, aperfeiçoando seu dom natural e agora se preparava para o maior golpe de suas vidas. Acompanhado de seus companheiros Nobres Vigaristas e depois de uma longa preparação se prepara para levar toda a fortuna de Dom Salvara. O plano era bom, as informações muitas, estava tudo no devido lugar, mas Locke não reparou na sombra que acompanhava seus movimentos do céu. E nem o inimigo invisível que queria eliminá-lo para ir em busca de um prêmio bem maior. O Espinho de Camorr é o alvo e ele terá de usar toda a astúcia do mundo para sobreviver a essa cruzada.

Intercalando passado e presente somos apresentados a Locke Lamora. Através de interlúdios muito bem encaixados o autor ganha o leitor antes de passarmos da página 50. A narrativa construída por Scott Lynch é um deleite para o leitor. Uma linguagem única, que prende e fascina o leitor. Sem se prender a longas descrições e a uma apresentação rebuscada do ambiente o autor consegue apenas com o correr da trama mergulhar o leitor em um mundo fascinante. A cidade de Camorr, sua organização, sua beleza e vida é passada ao leitor de forma vívida e marcante através da história. É surpreendente como o autor consegue esse feito de forma tão natural. É imperceptível a forma como ele introduz seu universo.

Aliando essa qualidade narrativa fora do comum a uma gama de personagens únicos, Lynch surpreende o leitor a cada virada em sua trama. Tanto no presente quanto nos interlúdios do passado a trama vai se desenrolando sem um minuto de previsibilidade e se você pensa que Locke é o herói dos heróis, o mocinho dos mocinhos está enganado. Ele é inteligente, bem-humorado, sem vergonha, perspicaz e audacioso, mas não é santo. Suas mentiras passeiam por toda escala de bondade a vilania, seu jogo é sempre a seu favor e daqueles que gosta. Lynch não poupa personagens, mortes acontecem e deixam o leitor pasmo. O ritmo do livro é ágil e engole o leitor, numa trama repleta de voltas que culmina em um fim fantástico. Não é à toa que o nome Locke soa tanto como Loki, o deus nórdico da trapaça. O articulador e caluniador que fazia o panteão nórdico de bobo com suas armações e planos. Lynch consegue um personagem ainda mais forte. Com problemas e segredos, e que deixa o leito em suspensão. O que virá agora?

Leitura rápida, imersiva e instigante. Ainda não me cansei de repetir que a construção da história é brilhante. Scott Lynch foi genial ao dar a história um cenário tão inovador e incrível. E mais ainda ao investir em um protagonista tão diferente do visto em fantasias. A edição da (...)

Termine o último parágrafo em:



site: http://www.cultivandoaleitura.com.br/2014/04/resenha-as-mentiras-de-locke-lamora.html
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Jung Angel 24/08/2014

E o que eu achei:
"Não preciso de ninguém para me lembrar que estamos mergulhados em água escura até o pescoço. Só peço a vocês que se lembrem de que os malditos tubarões somos nós."

Não pensei que As Mentiras de Locke Lamora me conquistaria, e isso foi uma boa surpresa, pois acabei conquista e surpresa com a história de Scott Lynch!

Quem gosta de fantasia, mistérios, aventuras, trapaças, e boas pitadas de reviravoltas Locke Lamora é uma ótima opção para você leitor conhecer e se deliciar com a escrita de Scott Lynch.

P.S: Se a resenha ainda não estiver online no blog, não se preocupem que logo será publicada. A resenha/opinião aqui no skoob é um resuminho da resenha completa que será ou já foi publicada no blog.

Acompanhe as resenhas/críticas completas no blog "Lendo com a Angel". Se puder siga e comente que ficarei muito feliz por sua companhia!

site: https://lendocomaangel.blogspot.com/
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Daniela 20/08/2014

Resenha: As Mentiras de Locke Lamora
**Esse livro foi lido em inglês**

Locke Lamora é franzino, de aparência regular. Órfão, desde criança já apresentava uma certa aptidão para contar mentiras. Ele foi “comprado” pelo Padre Chains, também conhecido como o padre cego, que vive no monastério da cidade de Camorr e passa seus dias preso a correntes (daí o nome Chains = correntes em inglês). Chains vive da esmola que recebe da população de Camorr. Ou isso é o que todos na cidade pensam.

Ao se juntar ao Padre Chains, Locke logo descobre que nem tudo é o que parece. O padre cego na verdade enxerga tudo. Em seu monastério vivem os Cavalheiros Bastardos, uma gang de ladrões mais que especiais. Com os ensinamentos de Chains, a gang aprende de tudo: desde alfabetização, a falar diversas línguas, a se comportar como um nobre e como um mendigo.

Os Cavalheiros Bastardos desafiam uma antiga trégua de Camorr que existe entre os ladrões e os nobres, onde os ladrões são proibidos de roubar os mais ricos da cidade. O Capa Barsavi, o chefão de todos os grupos de ladrões da cidade, é responsável por policiar as gangs e assegurar que todos sigam a trégua à risca. Por isso os bastardos têm de fazer tudo na surdina.

Já no começo do livro somos apresentados a primeira trama envolvendo os bastardos. O plano envolve roubar uma grande fortuna dos Salvara, uma das famílias ricas e tradicionais da cidade de Camorr. Como eles fazem isso? Imagine o grupo de “Onze homens e um segredo”, mas em um mundo de fantasia. É assim que os bastardos operam. Sob a liderança de Locke, o grupo cria planos brilhantes para enganar suas vítimas.

Mas tudo começa a mudar quando os líderes de outras gangs de ladrões de Camorr são assassinados. Locke, o líder de sua gang, pode ser a próxima vítima. Porém o Grey King (ou rei cinza), responsável por essas mortes, tem outros planos para Locke. E com isso, Locke se encontra envolvido em uma armação de vingança que tem consequências bastante infelizes.

Locke tem uma mente brilhante e consegue contar as mentiras mais convincentes. Ele é leal aos seus amigos. Ele consegue se livrar das mais difíceis situações graças a sua lábia e ao seu charme. Os seus Cavalheiros Bastardos são intrigantes: Jean Tannen, os gêmeos Caldo e Galo Sanza e o Bug são ótimos personagens, e há diversos momentos divertidos entre eles. A história em si é cheia de reviravoltas – nenhuma situação é realmente o que aparenta. O estilo da escrita de Scott Lynch flui como que sem esforço, fazendo o leitor se submergir completamente na história.

Todos esses elementos me fizeram gostar muito desse livro. Mas não foi uma leitura perfeita. Apesar de gostar de Locke, ele está bem longe de ser o herói da história. Além disso, não o achei um líder convincente. Em alguns momentos o achei pretensioso demais. A princípio esse não parece ser uma típica história de fantasia. Apesar da referência à raça Eldren, que há tempos desapareceu do mundo criado por Lynch, há somente uma menção a outros seres místicos: os Bondsmagis. Talvez se não fosse por essas referências, o livro seria mais um romance saído do período da Renascença, com muitos mistérios.

Mas esses detalhes não tiram o brilho de ‘As Mentiras de Locke Lamora’. Esse certamente é um grande livro de estréia. Há vários acontecimentos no livro que mudarão a vida de seus personagens para sempre. Isso só levará a um maior desenvolvimento dos personagens, e consequentemente, uma melhor sequência. O mundo de Scott Lynch é vivo e intrigante, e irá fazer com que você queira mais.
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Thiago 17/08/2014

Simplesmente magnífico
Ainda estou boquiaberto com toda a história desse magnífico livro de fantasia após o término da leitura. Comprei-o acreditando ser um livro que serviria como um bom passatempo, no entanto já o considero um dos livros de fantasia mais legais que li. Reviravoltas e mais reviravoltas em uma história muito bem escrita e que permeia entre o passado e o presente dos personagens, narrando como as personagens, em especial Locke Lamora, se transformam em grandes vigaristas. Contando os dias para o lançamento do segundo volume da série "Nobres vigaristas" em outubro. Mais que recomendado aos fãs de fantasia.
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Elessar 15/08/2014

Uma Mentira Brilhante
Em um mundo recheados de detalhes acerca da política, religiosidade e criminalidade, exploramos o primeiro grande desafio de Locke Lamora, na qual é abordado toda sua arrogância e sagacidade, e principalmente expondo suas fraquezas e incapacidades; Um personagem tão cativante que não duvide se de fato conseguir imaginá-lo como um personagem real,e não uma lenda conhecida como O Espinho de Camorr, imaginada pelo autor, Scott Lynch.
Recomendo este livro à todos que tem apreço por aventuras e reviravoltas imprevisíveis. Você vai rir, chorar, se revoltar e rir novamente com as façanhas dos Nobre vigaristas!
Não tenho como negar que estou completamente fascinado com a aventura ousada narrada neste livro, que já considero um dos pilares da literatura fantástica universal.
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Caio 05/08/2014

Sensacional
É o primeiro livro que eu li deste autor. Eu li a sinopse e achei interessante, mas oque mais me chamou a atenção foi saber que esse livro foi muito elogiado por George R. R. Martin, outro autor que sou fã.
A história é muito bem feita, com muitas e muitas reviravoltas. Os personagens são muito cativantes, cada um com seu ponto forte e fraco.
A narrativa é empolgante, é difícil o momento que a história fica lenta, as sequências de acontecimentos são muito bem colocadas.
Mais ou menos no meio do livro eu percebi oque o Martin e o Lynch tem em comum, mas eu não vou falar, se não eu estrago a história que vocês vão ler.
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Junior 27/07/2014

"A Vingança é Vermelha"

A cidade de Camor - uma espécie de Veneza renascentista somada a uma arquitetura alienigena (literalmente) ainda sendo comandada pela aristocracia europeia e com um submundo que nao é diferente do tao conhecido submundo italiano e suas máfia é palco para os golpes e trapaça dos jovens Nobres Vigaristas, ladrões de grande talento que deixam os leitores fascinados por sua inteligencia e carisma. E o líder deles é ninguem menos que Locke Lamora, orfão que demonstra seu talento para as encrencas desde pequeno.

Nesse cenário - com incrivel descrições em um mundo bem criativo - o livro foca em nos mostrar como esses incriveis ladrões adquiriram suas habilidades (o termo mais correto seria refinaram) alternando entre O Locke Lamora criança, conhecendo os membros de sua gangue e melhorando suas habilidades, e os Nobres Vigaristas adultos em meio aos seus golpes e tendo que lidar com uma nova ameaça a paz da cidade governado pelo Capa Barsavi (meio que um chefão de mafia) pelo cara chamado Rei Cinza que alem de nao curvar sua cabeça ao Capa, resolveu ir contra ele, tendo os Nobres vigaristas que lidar tanto com a fúria do Capa - e esconder seus golpes dele que violam a Paz Secreta uma vez firmada entre o Submundo e aristocracia da cidade - quanto com o Rei cinza e suas habilidades escorregadias e ameaçadoras que acabarão por envolver eles em suas tramas.

Um livro com personagens bastante carismáticos e bem humorados, com passagems marcantes, recomendo As Mentiras de Locke Lamora para os leitores que desejam um livro inteligente e uma história bem trabalhada e sem furos. Um livro bem criativo e um pouco diferente do que to acostumado a ler (fantasia medieval) o que o torna mais legal ainda.

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CooltureNews 22/07/2014

CooltureNews
Não esperava nada desse livro, muito menos desse personagem ou de seus Nobres Vigaristas. Aliás, esperava sim. Pela sinopse eu antevia uma história um tanto quanto comum, mas que possuía certo elemento interessante que não pude identificar.

Foi então que nas primeiras páginas isso meio que caiu por terra. Este não é um enredo infantil, pelo contrário, é bem adulto e, claro, divertidíssimo. Mas vamos por partes.

Para entender o personagem que emerge dessas páginas, é preciso compreender o lugar onde ele surgiu. Lugar este que o autor vai descrevendo aos poucos, dando detalhes aqui e ali, mesclando com a ação, fazendo com que sua descoberta seja tranquila e interessante, ao invés de jogar tudo de uma só vez e de forma maçante. Então, não espere um capítulo dedicado a descrever o lugar, mas sim, parágrafos intercalados, onde ao mesmo tempo que os personagens vão descobrindo novas coisas, o leitor também descobre.

Camorr é a cidade onde se passa a maior parte da ação, mas há também outras cidades que vão sendo apresentadas. Ela poderia ser descrita de forma bem simplória como uma Veneza repletade criminosos, pela sua característica de ser formada por pequenas ilhas ligadas por pontes e canais. Ela ainda guarda um sistema político e administrativo bem diverso do que acostumamos ver, principalmente no submundo dos ladrões, com cada gangue sendo conhecida por alguma característica e especializada em algum tipo de contravenção.

Ah, sim, falta citar as construções. Não aquelas comuns feitas pelo moradores de Camorr, mas sim, as imensas torres de vidro construídas pelos Ancestres, descritos abertamente como alienígenas. Mas quem foram eles ou porque foram embora, é um mistério para o qual ninguém tem resposta.

Resumindo tudo isso, Camorr é um local com seus mistérios e um submundo sangrento e de rígidas regras. Ok, entenderam até aqui?

Ótimo, porque agora chegamos à parte que mais me encantou no livro: os Nobres Vigaristas.

Apesar de Locke ser o personagem principal, seus amigos não foram deixados de lado. Juntos, eles formam um curioso grupo de ladrões, que aprenderam desde pequenos as astúcias da nobre arte da vigarice. Cada um deles possui um talento único que serve aos propósitos de cada golpe: Locke é o cérebro maquiavélico por trás dos planos, os irmãos Sanza são a prata da casa, pau para toda obra, Jean é o guarda costas e Pulga, o observador. Com exceção de Pulga, todos foram treinados por Correntes, um grande vigarista, que os ensinou a mais fina arte da enganação.

É impossível não gostar desse grupo, considero-os como metade do sucesso do livro em prender a atenção do leitor. Locke, sendo o principal, ganha mais destaque, e conforme vamos acompanhando suas façanhas atuais, também vemos como ele se tornou o que é hoje: o Espinho de Camorr. Não foi uma jornada fácil, pode ter certeza, mas o autor fez com que ela rendesse ótimas risadas e muita personalidade ao hábil ladrão.

E agora sim podemos falar da história.

Admiro sinceramente Scott Lynch por ter construído um enredo tão complexo e ainda assim, ter o apresentado de forma tão simples ao leitor. A trama possui diversos detalhes e ação constante, que vai crescendo conforma a história avança. No inicio o autor procurou situar Locke dentro daquele universo e mostrar como o grupo trabalha. Aos poucos, ele vai introduzindo então personagens importantes para a trama principal, que envolve o Rei Cinza, e só nos damos conta de certos detalhes muitas páginas depois.

Não sei ainda qual o magia que o autor colocou nesse livro, mas por diversas vezes quando me afastava da leitura por algum motivo, me vi pensando nos próximos passos de Locke e o que o aguardava no futuro. Quando um livro te deixa assim, bem, é impossível dizer que não gostou.

E realmente não gostei. Amei este livro!

Ele tem tudo o que se esperava num livro de aventura e fantasia: personagens carismáticos, um universo singular, um mistério repleto de detalhes, um enredo imprevisível. Então, como não amar?

Além disso, há reviravolta sobre reviravolta, há mortes necessárias e dolorosas, intrigas para todos os lados, momentos que te deixam chocado com a frieza do autor, e até mesmo momentos românticos. Há de tudo nessa história, e a única coisa que se espera mesmo ao final, é uma continuação.

Talvez uma das poucas coisas que desagradem no livro seja o fato dele ser um pouco grosso, mas isso é só antes de começar a leitura, pois depois, você mal percebe as páginas passando.

Se no início eu não esperava nada deste livro, agora, após passear por Camorr na companhia de Locke e seus amigos, espero apenas que a continuação seja publicada logo.

“As Mentiras de Locke Lamora” é uma daquelas fantasias imperdíveis para quem gosta do gênero. Nada mirabolante ou extravagante, mas com o charme que somente a simplicidade pode dar as grandes obras e personagens.

site: www.coolturenews.com.br
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Joaquim 29/01/2015minha estante
bom, não sei se tu não entendeu como funciona a paz secreta, mas em Camorr é proibido roubar guardas e nobres. Bom, além de Locke ter roubado guardas, ele causou um incêndio que varreu quase um bairro inteiro e por ultimo causou a morte de 2 garotos através de golpes. Por conta destes motivos o Aliciador queria se desfazer do muleque. Serio, não tem criticas melhores não?




Felipe Miranda 15/07/2014

As Mentiras de Locke Lamora - Scott Lynch por Oh My Dog estol com Bigods
As Mentiras de Locke Lamora se enquadra perfeitamente na classe de livros em que a sinopse não é o suficiente para te convencer a lê-lo. Patrick Rothfuss, autor de O Nome do Vento, um dos meus livros favoritos de todos os tempos, ficou atordoado com a estória de Locke Lamora e o colocou em um top cinco de melhores livros lidos em toda a sua vida. Se já havia um interesse de minha parte em conhecer a estória, esse comentário de peso foi o pontapé que eu precisava para encarar as mais de 450 páginas da obra de estreia de Scott Lynch.

O Aliciador ergueu seu reino no maior cemitério de Camorr. Seu exército era composto por centenas de órfãos ladrões que não dispunham de um teto ou proteção até passar a dividir os túmulos sombrios e de mármore do Morro das Sombras. Locke Lamora aos cinco anos de idade já acumulava uma série de furtos em suas costas. Bem mais que uma questão de sobrevivência, roubar era uma espécie de paixão e vício para Locke. Ele estava sempre tramando planos mirabolantes e complicados para conseguir o maior valor possível, independente de eventuais complicações ou consequências futuras. Quando um desses planos acaba dando errado e Locke viola o Tratado de Paz feito com o chefe supremo Capa Barsavi, o Aliciador não vê outra saída a não ser comprar uma permissão para matá-lo. E de fato Locke Lamora estaria morto se o Aliciador não enxergasse em tudo uma chance de lucrar um pouco mais. O jovem órfão acaba sendo entregue ao Padre Correntes, um sacerdote cego que ganha a vida enganando todos os cidadãos da cidade.

Os jovens mais indomáveis e com predisposição para o crime são treinados pelo Padre Correntes para no futuro serem os famosos Nobres Vigaristas, um grupo de ladrões falsários que ganham a vida aplicando os maiores golpes da história de Camorr. Fazendo uso de recursos envolvendo disfarces, sotaques, domínio de técnicas de luta e uma lábia bastante afiada, eles são famosos por seus planos perfeitos e ataques misteriosos a nobreza. Eles não mentem, eles criam histórias. Eles são atores. Sangue não é poupado para atingir os resultados esperados. Eles não são simples ladrões, eles são os melhores. A partir do momento em que Locke é entregue ao Padre Correntes, uma série de testes e treinamentos são iniciados. Instruções rígidas e completas englobando todos os aspectos fundamentais para ser um exímio e afiado vigarista. Os Nobres Vigaristas não roubam carteiras, eles roubam cofres.

A narrativa é feita em terceira pessoa e os capítulos contam com interlúdios que remetem ao passado e narrações no presente. Nos interlúdios vamos acompanhar a infância e detalhes do treinamento de Locke juntamente aos outros Nobres Vigaristas, os gêmeos Caldo e Galdo, o temperamental Jean, a ausente Sabeta e futuramente o pequenino Pulga. Cada um ganha espaço na trama e os talentos pessoais serão explorados e lapidados para beirarem a perfeição. No presente, temos Padre Correntes já morto e Locke Lamora conduzindo os Nobres Vigaristas em mais um golpe arriscado, um golpe ao homem mais poderoso de Camorr. Dom Salvara está prestes a perder toda a sua fortuna para o famoso Espinho... Quando o temido e até certo ponto inacreditável Rei Cinza desafia Capa Barsavi, uma verdadeira guerra é eminente. Um jogo de vinganças instala-se e os Nobre Vigaristas irão enfrentar a maior maré de azar que já viram.

"- Que tipo de faca é esta? - Locke suspendeu uma faca de manteiga arredondada para Correnter poder ver . - Está toda errada. Não dá para matar ninguém com ela." Trecho da página 90

Sinto que estou tendo uma séria dificuldade em resenhar esse livro. De início a narrativa é um tanto que lenta e detalhista ao extremo. Tratando-se de um universo próprio boa parte das páginas são focadas em curiosidades e explicações a respeito dessa quase Idade Média. A narrativa de Scott é inteligente e ousada, irônica em diversos momentos e repleta de diálogos ágeis. Tem coisa melhor que não perceber as horas passarem ao ler fantasia? Locke Lamora é um personagem incrível, destemido, astuto e por mais que eu tenha adjetivos os outros Nobres Vigaristas conseguem ser tão apaixonantes quanto ele. Elementos mágicos estão presentes então podem ter certeza que a feitiçaria marca presença e surpreende. É diferente e se encaixa ao clima único de Camorr. As reviravoltas do enrendo são inesperadas e prenderão qualquer leitor, quando mergulhei nas mentiras de Lamora não tive chance de ter fôlego até que a última página fosse virada.

site: http://www.ohmydogestolcombigods.com/2014/07/resenha-as-mentiras-de-locke-lamora.html
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Bimoliveirar 08/07/2014

Fantástico!!!
Uma das melhores ficções fantásticas que já li!
A construção do mundo e das personagens é feita de uma maneira incrível e é surpreendente a maneira como a história se desenvolve e se conecta!
O livro é simplesmente perfeito!!!
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Anderson Tiago 22/06/2014

[RESENHA] As Mentiras de Locke Lamora - Scott Lynch
Recentemente, em um evento sobre literatura fantástica, discutia com amigos a capacidade que os autores da nova geração estão demonstrando em criar algo totalmente novo e original. O que dizer, então, quando um livro supera todas as suas expectativas e se transforma em uma das histórias mais surpreendentes que você já leu nos últimos tempos? Essa resenha de As Mentiras de Locke Lamora é uma tentativa de responder essa pergunta, porém acredito que minhas palavras não farão justiça à qualidade da obra criada por Scott Lynch.

O autor, nascido nos Estados, passou por uma série de empregos, tais como lavador de pratos, ajudante de garçom, garçom, cozinheiro, gerente de escritório, web designer, antes de se tornar escritor profissional. Seu primeiro livro, As Mentiras de Locke Lamora, foi lançado em 2006 e recebeu críticas extremamente positivas, sendo inclusive finalista do World Fantasy Award em 2007. Os autores George R.R. Martin e Patrick Rothfuss estão entre os admiradores de Scott Lynch.

O enredo se desenrola ao redor de Locke Lamora, o Espinho de Camorr. Locke é apresentado no início da trama como um gênio precoce do crime, porém, ao mesmo tempo, uma criança problema, graças à falta de um senso de limite. Acolhido pelo Padre Correntes, Locke se torna um Nobre Vigarista e aprende, através de um treinamento severo, a fina arte do roubo. Além do protagonista, os personagens secundários também chamam a atenção. Jean Tannen, os gêmeos Calo e Galdo Sanza e o pequeno Pulga completam a equipe dos Nobres Vigaristas, enquanto o Padre Correntes funciona como uma espécie de mentor, mas não o mentor típico das histórias de aventura, uma vez que seus ensinamentos não são tão ortodoxos.

A história, contada em terceira pessoa, tem a narrativa dividida em dois tempos: o presente e o passado. Enquanto o primeiro forma o núcleo principal da história, o segundo faz a construção e mostra a evolução dos personagens, fornecendo a base para o entendimento do todo. Outro ponto a ser destacado é o cenário criado pelo autor. A cidade de Camorr, descrita nos mínimos detalhes, tanto em aspectos geográficos quanto de estrutura política, é o sonho de todo ladrão, ou, pelo menos, daqueles espertos o suficiente para não serem pegos. O clima, inspirado na Itália renascentista, é perceptível durante todo o livro.

O começo da trama tem uma pegada mais leve, com boas doses de humor, o que te faz acreditar que essa leveza vai perdurar até o fim do livro, mas não se engane, Scott Lynch vai te surpreender. Apesar de ser o primeiro livro de uma série programada para ter sete, As Mentiras de Locke Lamora tem uma trama fechada, mas que deixa um gancho para a continuação.

O livro realmente vale bastante a pena. As peripécias e trapaças dos Nobres Vigaristas são muito engraçadas e, quando a reviravolta vem, você fica sem palavras. Com certeza fará parte da minha lista de melhores de 2014. E você, vai deixar essa obra-prima da literatura fantástica passar batida?

Resenha assinada por mim para o site INtocados

site: http://intocados.com.br/index.php/literatura/resenhas/235-resenha-as-mentiras-de-locke-lamora-scott-lynch
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ricardo_22 12/06/2014

Resenha para o blog Over Shock
As Mentiras de Locke Lamora, Scott Lynch, tradução de Fernanda Abreu, 1ª edição, São Paulo-SP: Arqueiro, 2014, 464 páginas.

Locke Lamosa é um homem misterioso, por isso é justificável o fato de ele ser o responsável pelo lendário Espinho de Camorr, uma figura que poucos conhecem, mas que todos sabem como ele age: praticando os melhores golpes imagináveis para roubar dos ricos e...

...ficar com todo o dinheiro roubado, claro! Locke Lamora é o líder de um grupo chamado Nobres Vigaristas e, ao lado de seus comparsas, ele está prestes a colocar um ótimo golpe em ação. Mas um misterioso assassino surge em Camorr, assassinando líderes de gangues e pessoas da elite, o que coloca em risco a própria fama do Espinho. Esse banho de sangue acaba levando os Nobres Vigaristas a uma armadilha e todos precisam lutar pela própria sobrevivência.

“Agora ele com certeza conseguiria atrair a atenção total da patrulha. Os guardas gritavam e o perseguiam enquanto seus pequenos pés batiam nas pedras do calçamento e ele sorvia grandes e ardidas golfadas de ar úmido, obrigando os representantes do Duque a cumprirem seu exercício vespertino. Tinha feito a sua parte para salvar o golpe, que poderia prosseguir sem a sua participação” (pág. 46).
A trilogia A Crônica do Matador do Rei é uma das melhores do gênero fantástico lançadas na última década, mas, pouco antes de seu lançamento, outra interessante obra foi lançada e hoje, alguns anos depois, a comparação entre elas é inevitável. O simples fato de ser indicada aos fãs de Patrick Rothfuss impede que ela seja ignorada, apesar de as semelhanças serem sutis.

O livro que marca o início da série Nobres Vigaristas é suficiente para deixar claro que apenas o estilo, a escrita e o cenário são parecidos. As Mentiras de Locke Lamora também possui interlúdios, responsáveis por apresentar o passado dos personagens e o próprio cenário político e cultural em que tudo se passa, porém é totalmente narrado em terceira pessoa, por isso Scott Lynch pode se focar em outros personagens que não em Lamora.

Algumas dificuldades enfrentadas por Locke também se assemelham, mas a essência é diferente, já que os Nobres Vigaristas precisam agir como vigaristas e isso nem sempre em busca da própria sobrevivência – apenas por interesses próprios. Justamente por isso que a obra demora a mostrar qual o seu grande diferencial e a leitura é lenta no início. Apenas quando as pessoas do grupo percebem que são essenciais para a própria sociedade que a história conquista e passa a surpreender por sua originalidade.

Parte disso se deve muito ao personagem principal, extremamente cativante e que consegue carregar a história desde a sua primeira aparição, ainda que seja apenas uma criança. Afiado em suas falas e genial em suas interpretações e disfarces, Locke é um personagem misterioso, mas vale ressaltar que ele se destaca ao lado de todos os companheiros vigaristas.

site: http://www.overshockblog.com.br/2014/06/resenha-249-as-mentiras-de-locke-lamora.html
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Moonlight Books 12/06/2014

Leia esta e outras resenhas no blog Moonlight Books, www.moonlightbooks.net
Irônico e inteligente! Conheçam os Nobres Vigaristas!

As Mentiras de Locke Lamora é o primeiro volume da série Os Nobres Vigaristas de Scott Lynch, publicada no Brasil pela Editora Arqueiro, nesta série temos um protagonista que foge do estereótipo de mocinho honesto e destemido, na verdade Locke é destemido até demais, mas honestidade passa longe dele, pois este rapaz inteligente e de origem duvidosa, é um ladrão.

O livro começa com Locke ainda criança, órfão e seguindo rumo ao Morro das Sombras, o reduto de ladrões governado pelo Aliciador. Neste local os meninos recebiam treinamento para ser simples larápios, fazendo coisas leves, como roubar algumas moedas ou apenas comida, mas Locke com apenas seis para sete anos, era talentoso demais para aquele local, um pequeno gênio do crime, e deixou o Aliciador tão maluco com suas peripécias, que este homem foi obrigado a vender Locke para o sacerdote Correntes, alegando que o pequeno “roubava demais”.

Correntes de sacerdote não tinha nada, era outro treinador de ladrões, só que de um tipo bem diferente do Aliciador, ele dava uma educação refinada para seus aprendizes, ensinando-os a viver entre nobres, para que assim pudessem aplicar golpes maiores e mais elaborados, assim Locke Lamora passou a fazer parte dos Nobres Vigaristas.

A narrativa que começa com o menino, logo alterna-se para nos mostrar o homem, e daí em diante vamos seguindo a história no presente com Locke chefe dos Nobres Vigaristas e no passado, nos “interlúdios”, mostrando como foi a formação dele e como conheceu seus companheiros de bando.

O presente é imprevisível, na verdade, toda a trama é, você em momento algum pode afirmar para onde o autor está te conduzindo, primeiro eu pensei que ficaria presa no grande golpe que Locke está armando contra o rico Lorde Dom Salvara...

site: Leia o restante da resenha aqui, http://www.moonlightbooks.net/2014/06/resenha-as-mentiras-de-locke-lamora.html
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Luan 12/06/2014

Caralho!!! Que livro bom!!!
Se eu soubesse aonde o Scott Lynch mora eu faria questão de ir pessoalmente dar os parabéns pela obra!!!

Em As mentiras de Locke Lamora observamos um mundo fantasia muito bem feito, e muito criativo, com personagens bem construídos e cativantes, uma flora muito bizarra e original, um estilo de cidade muito doido que lembra Veneza, porém muito mais épica.

Os Nobre Vigaristas em si são ótimos, inteligentes, e uns malditos larápios.
Locke é um protagonista sensacional, muito inteligente, sarcástico, e um farsante de primeira.
Mas o que mais me encantou no livro foi a capacidade que ele tem de despertar emoções, eu fiquei triste lendo, feliz, dei risada sozinho no meu quarto, mas acima de tudo aflito!!! No decorrer do livro vemos reviravoltas que fazer com que prendamos o ar lendo!!!

Eu daria 6/5 estrelas!!!

Recomendo em todos os sentidos!!!
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