iamldsilveira 25/09/2021
A Verdadeira Alfa da Matilha
"Você vai fazer o que tiver que fazer... E eu também."
"Scarlet", o segundo volume de As Crônicas Lunares, é uma releitura de A Chapeuzinho Vermelho, um Conto de Fada onde eu adoro cada parte dele. Talvez por todas as possibilidades que essa história carregue.
Um pouco mais familiarizada com a Marissa Meyer, sabia que muitas coisas estranhas viriam, e não estava errada. Adaptando cada personagem original de uma forma completamente nova e ligando-os ao primeiro volume excepcionalmente bem, consegui me conectar mais a eles e mergulhar no enredo.
Assim como aconteceu em "Cinder", fiquei muito interessada em entender mais sobre as leis universais e todo o conceito biológico por trás do povo Lunar e os Ciborgues (junto de uns novos soldados que tendem a uivar). Finalmente tive algumas respostas, porém muitos outros questionamentos surgiram.
Acompanhar Scarlet, uma garota persistente, impulsiva e apaixonada, sabendo usar muito bem uma arma, me deixou empolgada com o rumo da história e como o romance iria se desenvolver. Também conhecemos seu par romântico, Wolf, um lutador de rua com grandes problemas lupinos, mas que possui uma timidez e delicadeza. Infelizmente indo contra tudo que eu imaginava, essa foi a pior parte. Enquanto eles permaneciam separados eram pessoas inteligentes e cativantes, mas que no período de um dia se apaixonaram e viraram dois bocós! Isso me deixou decepcionada, ainda mais sabendo do potencial que os dois teriam juntos.
Era claro que uma grande revelação ou reviravolta nos esperava no final, entretanto sabíamos o que seria antes de acontecer, repetindo o mesmo problema que apontei em "Cinder". Mesmo com o plot twist previsível e vendo algumas dessas falhas em "Scarlet", me senti bem mais envolvida e empolgada com os caminhos que os personagens seguiam.
Essa é uma característica maravilhosa na escrita da Marissa e faz valer a pena a leitura. Acredito que isso tem seu ponto positivo, porque enquanto Meyer não dedica muito tempo para descrições e informações profundas demais, ela compensa com a qualidade do seu estilo de escrita, fazendo nossa imaginação trabalhar freneticamente.
O volume dois era o que eu precisava para finalmente me sentir incluída nesse universo. Não é um livro perfeito (na verdade, nenhum é), mas ele cumpre o papel de continuação e nos deixa empolgados para continuar a descobrir mais sobre as Crônicas Lunares.