Re Lopes 29/10/2021
Bom, não sei vocês, mas eu conheci a série através do seriado de TV, transmitido pela emissora estadunidense The CW, entre os anos de 2014 a 2020.
Eu como boa fã de histórias de aventuras, personagens complicados que conquistam inicialmente seu rancor, mas aos poucos você se apaixona por eles imediatamente me vi presa na série.
Como não só de séries de TV vive um bom leitor, no sebo um dia desses procurando minha próxima aventura (apesar das pilhas de livros que existem aqui em casa, mas se você é um leitor assim como eu sabe bem do que eu estou falando) encontrei, perdido na estante, um livro branco e com letras garrafais que escondem uma imagem intrigante: THE 100. Peguei e comecei a folear as páginas pensando comigo mesmo “NÃO PODE SER… SERÁ?!” E lá estava na própria capa “LIVRO QUE INSPIROU A SÉRIE HOMÔNIMA”.
Não tendo mais dúvidas paguei o livro no caixa (R$14,90 obrigado a todos que colaboram com a existem de sebos físicos) e fui correndo para casa.
Para ser bem sincera, não comecei a ler exatamente, afinal tinha um outro achado de sebo, terminado de ser lido, então ele ficou alguns dias na estante esperando a sua vez…
Quando chegou a sua vez, não houve dúvidas o livro realmente inspirou a série de TV, porém como todos já sabemos que acontece. São bem diferentes. O livro as coisas acontecem de maneira mais lenta, mais gradual, melhores explicadas e te dão tempo para entender a história de cada personagem. Apesar de algumas vezes ele ser contado em FLASHBACKS (o que eu particularmente não gosto muito nos livros por ficar fácil de se perder na linha temporal) a editora uso um artifício fantástico para isso que é não só mudar a fonte do texto, mas torna-la negrito.
Neste primeiro livro acompanhamos a chegada dos 100 jovens escolhidos no planeta terra depois de muitos anos vivendo no espaço depois de o Homem, em sua ignorância, ter destruído a terra em uma guerra nuclear. Vemos esse jovens aprenderem na prática coisas que (até nos mesmos) viram apenas em teoria, como armar barracas para se protegerem da chuva e do frio, colher frutas e se protegerem de animais ou outros…
Porém ao mesmo tempo acompanhamos a história dos que ficaram para trás, como a nave que fora feita para durar alguns anos no espaço, e abrigar pouco mais do que algumas centenas de pessoas (chamadas de “colonos”), depois de gerações está ficando com danos irreparáveis e os problemas que estão na iminência de acontecer.
Durante a jornada, vemos jovens de idades próximas se apaixonarem, o rancor entre personagens impedirem que sigam em frente, a proteção de um irmão mais velho com sua irmã mais nova e vemos o que o ser humano pode ser tornar quando tudo é tirado dele e o frio, medo e fome batem a sua porta. Vemos como somos privilegiadas pelas coisas simples, abrir uma janela, apreciar as arvores, sentir o vento em nosso rosto, o sol aquecendo nossa pele e as gotas de chuva gelada que escorrem pelo nosso corpo durante a chuva. Ao ler vejo e tenho certeza de que é na natureza que nos sentimos mais completos.
Diferente da série o livro trás um ritmo mais lento, mais rico em detalhes, com personagens e acontecimentos muito diferentes daqueles que se seguiram na série. Portanto não recomendo ir com a cabeça fechada e esperando saber exatamente o que vai acontecer no livro porque te garanto que você vai se surpreender. Vai suspirar com o romance, vai perder o ar com as reviravoltas, vai se apaixonar por personagens que nem sabia que existia e vamos viver uma aventura muito diferente do que vivemos na série.
A leitura não é difícil e confesso que devorei as 288 páginas em exatos 4 dias. Capítulos curtos contam a história sobre diferentes perspectivas, alternando entre os personagens te fazendo querer avançar na história, querer descobrir as tramas, as reviravoltas e suspirar com personagens interessantes, surpreendentes e que, de uma certa maneira te acolhem e passam a ser seus velhos conhecidos.
Até breve,
The Book Marker.
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