Ana 22/02/2023
Eu sempre gostei muito de Alice no País das Maravilhas, desde a época que minha mãe contou para mim em uma noite em que eu teimava que não queria dormir (é incrível como eu detestava ir para a cama cedo desde criança). Foi esse gosto, além de toda a repercussão na blogosfera, que me fez ficar morta de vontade de ler esse livro. Não sei se minhas expectativas estavam altas demais ou foi outra coisa qualquer, mas eu não consegui me conectar muito bem com a história de O Lado Mais Sombrio.
Nesta releitura, conhecemos a história de Alyssa que é muito diferente das adolescentes de sua idade, já que ouve insetos, plantas e é tataraneta da verdadeira Alice, a mesma que inspirou o romance de Lewis Carroll. Como se isso não fosse suficiente, sua mãe, Alison, foi dada como louca e internada em um sanatório após um pequeno acidente, quando Alyssa ainda era muito nova.
Com o passar do tempo, Alyssa começa a perceber que sua mãe não é verdadeiramente louca, que tudo o que ela diz tem um sentido e todas as suas ações tem um propósito. Então, eis que Alyssa descobre que sua família vem sofrendo uma terrível maldição e que só ela pode quebrá-la, mas para isso, terá que ir ao País das Maravilhas.
Até então, eu não sabia exatamente o porquê desse título, mas assim que Alyssa é transportada para o País das Maravilhas, levando sem querer o seu melhor amigo (e paixão secreta) Jeb, começo a entender. Uma coisa que posso dizer: nem tudo são flores, muito pelo contrário. Em O Lado Mais Sombrio encontramos uma atmosfera muito mais pesada e gótica, tudo é muito obscuro.
Desde o início do livro, eu percebi que havia alguma coisa me incomodando. O início do livro fluiu bastante, até aí tudo bem. Comecei a me cansar de verdade no decorrer da história, que foi se tornando muito maçante, principalmente quando narrava fatos do dia a dia. Os capítulos começaram a ficar tão longos que eu sentia uma imensa vontade de pular alguns. Depois, a aventura de Alyssa começa a ficar "viajada" demais. Além de tudo isso, a autora conseguiu enfiar um triângulo amoroso na história, o que achei que não veio a calhar.
Mas acho que, no final, o que mais me incomodou em toda a história foram os recursos que a autora utilizou para tirar Alyssa de algumas situações. Por exemplo, A. G. Howard chegou a dar alguns tipos de "poderes" para tirar a personagem de várias enrascadas.
Porém, se tem uma coisa que eu gostei na história foi a força que Alyssa foi adquirindo no tempo em que passou no País das Maravilhas. Posso até dizer que a personagem ficou tão forte quando a Alice que conhecemos de longa data. Alguns personagens são bem legais, como Morfeu, um dos seres do submundo e até mesmo Jeb, apesar de ter tido a impressão que ele só serviu para que a autora criasse o tal triângulo amoroso.
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