Bruna.Tuma 10/12/2017
Muito bom, mas as continuações são melhores ainda!
Há quinhentos anos o mundo passou por uma guerra. O conflito era promovido pelos humanos, tendo sido sempre escravizados pelos seres imortais e mais poderosos que são as fadas ou seres feéricos. Lutavam por sua liberdade e o mundo das fadas foi dividido entre aqueles que defendiam os direitos dos humanos, e aqueles que ainda os viam como propriedade. Após o término desta guerra, os humanos foram libertados, entretanto o mapa mundial foi redesenhado, separando o globo entre as terras que pertenciam às fadas e às humanas. Foi escrito um tratado que afirmava que as duas espécies não deveriam interagir, e uma muralha invisível separava esses territórios para a própria proteção dos seres humanos. Dentro das terras feéricas, existem sete cortes, cada um com seu devido Grão-Senhor com poderes distintos e condizentes com sua corte. São elas: Corte Primaveril, Corte Estival, Corte Outonal, Corte Invernal, Corte Crepuscular, Corte Diurna e Corte Noturna. Além das sete cortes, há uma ilha, chamada Hybern, a oeste das cortes que também possui um rei feérico.
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Nos tempos atuais, Feyre é uma jovem de dezenove anos que é incumbida de cuidar de sua família após sua mãe morrer e seu pai, antes um mercador de sucesso, ir à falência. Como seu pai sofreu um acidente na perna e não consegue andar direito e suas irmãs Nesta e Elain não sabem caçar, Feyre se vê tendo que aprender a usar armas de caça desde cedo para nem ela, nem sua família, morrerem de fome. Em uma de suas caçadas, porém, Feyre acaba por matar um lobo muito grande e, pouco tempo depois, uma besta enorme e aterrorizante vem cobrar a vida do lobo. De acordo com essa fera feérica, o preço por matar seu amigo lobo, que no caso também era um ser feérico, seria ou a morte de Feyre, ou ela viver para o resto de sua vida em seu reino.
Assim, Feyre Archeron segue essa fera até sua corte, a Corte Primaveril, onde ela descobre não só que a besta é, na realidade, um homem lindo e louro com capacidades de se transformar em outros animais, como que todas as terras feéricas estão sofrendo de uma doença que não demorará em chegar às terras mortais. Na Corte Primaveril, Feyre não apenas passa a conhecer melhor Tamlin, Grão-Senhor da Corte Primaveril, como conhece seu melhor amigo Lucien, outro feérico filho do Grão-Senhor da Corte Outonal.
Inicialmente ela sente saudades e se preocupa com o bem-estar de sua família, além de sofrer para se acostumar a vida das fadas. Ademais, Feyre tem dificuldades em reprimir o ódio e desgosto que sente perante a espécie deles, que há muito tempo havia escravizado seu povo. Porém, ela não consegue lutar contra os sentimentos de seu próprio coração e, quando já se vê apegada a Tamlin, Lucien e outros amigos feéricos, péssimas coisas começam a acontecer na Corte Primaveril. Feyre é então forçada a encarar coisas terríveis demais para qualquer humano a fim de ajudar seus amigos, e é forçada a decidir o que, de fato, ela quer para si mesma.
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Uma Corte de Espinhos e Rosas foi a leitura mais rápida que eu fiz durante 2017 inteiro, levando em conta o grande número de páginas. A versão em inglês possui 432 páginas que eu li em pouco mais de 24 horas. Foi magnífico!
No começo (e apenas no começo) é uma recontagem de a Bela e a Fera, mas também é baseado em várias histórias e cantigas folclóricas da Ingleses, dos Escoceses e dos Irlandeses, entre outros (para os curiosos, procurar Tam Lin Ballad ;}). Apesar de possuir fadas (prefiro o nome “feéricos” kkk) elas não são nada como as fadas que nossa cultura está acostumada a pensar, mas sim com as fadas das mitologias celtas. Não são pequenininhos e não possuem asinhas (não esses do primeiro livro, ao menos haha), mas sim são seres imortais e poderosíssimos, os mais “nobres” tendo a aparência humana exceto pela beleza extrema e orelhas pontudas.
Como vocês devem ter percebido, pela velocidade como li, eu simplesmente amei esse primeiro livro, apesar de a ação em si começar só depois da metade (mas até lá tem muito romance para aproveitar!). Muitas pessoas não gostam desse primeiro livro por causa de certa personagem, mas, como essa é uma resenha sem spoiler, digo apenas que sim, gostei muito dessa personagem nesse primeiro livro, shippei DEMAIS, mas passei a detestá-la no segundo. O que, na minha opinião, só reforça o quanto a Dona Maas é espetacular em sua escrita.
Algumas atitudes de algumas personagens nesse livro, em alguns momentos, eu achei um pouco sem sentido (estou olhando para vocês, Tamlin e Lucien), mas não deixa o livro nem um pouco menos agradável.
Portanto, apesar de não ser o melhor da trilogia, por ter me prendido tanto e me deixar completamente fascinada por esse universo ao ponto de ter que ignorar todas as provas da universidade e terminar essa série de uma única vez, dou cinco estrelas SIM para Corte de Espinhos e Rosas. E, né, a Sarah dá umas reviravoltas na história que a gente fica de queixo caído.
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