Raffafust 12/07/2014
Lendo o livro " Não se apega, não" lembrei logo de cara do que uma vez uma terapeuta me disse que eu levava a vida de muletas, usava namorados como muleta, por não acreditar que possa andar sozinha". Essa frase nunca saiu da minha cabeça e Isabela Freitas nos apresenta exatamente um mundo do amor próprio em seu livro . Nele, para quem já passou dos 30 anos as histórias podem não ter muita identificação já que a linguagem dela é atual, pudera, ela tem somente 23 anos. E aqui como quem resenha tem mais de 30 não consegue se identificar muito com as histórias atuais de exs envolvendo Facebook.
Isabela me assustou com tamanha maturidade no livro, nunca tive tamanha reflexão na idade dela para saber o que somente descobri aos 30 ( e mesmo assim continue errando ) : que ninguém nunca vai amar você se você não se amar primeiro.
Do auge dessa maturidade ela nos apresenta um término de namoro de 2 anos com Gustavo, nos contando que para espanto de todos seus amigos a atitude de terminar foi dela , e pelo resto do livro ela mantém seu pensamento de que é melhor estar só do que mal acompanhada.
Não é livro de auto-ajuda mas em alguns momento pode soar como sendo, quando a autora nos apresenta frases dignas de especialistas de crise sentimentais ( e queridos, disso eu entendo, perdi as contas de quantos livros do gênero já li).
Em muitas partes me lembrei de antigos ficantes e como ela conta deum jeito animado, quem já leu as crônicas de Talita Rebouças vai notar uma semelhança.
O cômico talvez seja proposital e soa bem em muitas partes do livro. Isabela faz de seu livro não somente uma auto-ajuda para esquecer o carinha que deu errado mas também explica sua personalidade com fatos contados de sua infância.
Abaixo cito os pontos altos e baixos que anotei do livro:
Pontos Altos
- A capa , a edição e os capítulos como se estivéssemos no Twitter deram um charme de livro fofo, daqueles que você vê na livraria e fica doida para tê-lo enfeitando a estante
- A autora nos apresenta histórias verídicas, com personagens que muitos de nós conhecemos ( alguns infelizmente)
- O tom de comédia anima a leitura que é rápida, o ritmo em que ela conta as histórias vai fazer muita gente conseguir ler um livro em único dia!
Pontos Fracos
- Desculpem, mas Isabela é muito nova para esse tipo de livro. Imaginei que uma pessoa acima de 30 o escreveria, ela é advogada e por mais que escreva bem muito do que fiz me parece saído de sessões de terapia.
- A autora cita inúmeros namoros, mas mais uma vez pela sua idade a experiência não pode ter sido muito grande, até porque ela foca mais no tal do Gustavo com quem ficou por 2 anos. As mais velhas sabem que isso é muito pouco tempo para entender o lado afetivo de uma vida, vontade de falar " Sabe de nada, inocente"
- Por mais que esse não seja o primeiro livro do gênero, é mais um que bate na tecla do " dá para ser solteira e feliz" mas as próprias histórias que Isabela contam provam que ser solteira é uma luta diária atrás de uma pessoa bacana. Ela mesma consegui ficar 1 ano sozinha mas´ já tem namorado e provando que " fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho" ela é só agradecimentos para o amado .
site: http://meninaquecompravalivros.blogspot.com.br/2014/07/resenha-nao-se-apega-nao-intrinseca.html