A festa da insignificância

A festa da insignificância Milan Kundera




Resenhas - A Festa da Insignificância


120 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Antonio338 25/04/2024

Meu segundo livro do Kundera, o li sem ter muitas expectativas (já sabia que seria bem enigmático e silencioso) e que surpresa boa! aqui a gente tem as mesmas incursões de outras obras do Kundera: as ponderações filosóficas sobre o banal, as referências e reflexões sobre figuras políticas (aqui Stálin e a URSS), a solidão humana e as relações que tecemos entre nós (é um livro sobre a amizade). embora tudo isso esteja nesse livro bem jogado, de uma forma bem abstrata, ainda assim achei uma leitura bem confortável. tudo é insignificante, logo tudo é belo.


o olhar do Kundera sobre o banal e a realidade, aqui, me lembra o estilo do Angelopoulos; aquela sequência final inteira facilmente estaria em um de seus filmes.
comentários(0)comente



Julia Tomazin 24/04/2024

A Festa da Insignificância, Milan Kundera — Após 14 anos, esse livro marca a volta do autor no meio literário. Assim, com um lançamento inesperado, o mundo editorial se surpreendeu e o livro foi aclamado, ficando na lista de best-sellers na França e na Italia. Como os demais livros de Kundera, A Festa da Insignificância possui uma narrativa cheia de filosofia.

A história se passa em Paris e gira em torno da vida de quatro amigos: Alain, Charles, Ramon e Calibã. Entretanto, não há muita descrição sobre eles. O foco não é na trama, nos personagens, ou em um desenvolvimento cronológico, mas sim nas reflexões cotidianas. Assim, percebe-se que não há nenhuma aventura principal. Apenas quatro amigos conversando e refletindo sobre a vida, fazendo o leitor a aprofundar-se o seu próprio inquérito interno.

Do mesmo modo que não há aventura principal, todas a questões apresentadas pelos personagens são de forma leve, por mais profundas que possam ser. Porém, é necessária muita atenção para compreender a mensagem. O autor cita Freud, Kant, Shakespeare, Hegel, Schopenhauer e Chagall. Discute sobre tiranos, povos, religiões e faz uma forte critica à sociedade contemporânea ao satirizar o mal do século: o espírito de seriedade.

O livro é complexo por não possuir uma narrativa linear, não se aprofundar nos personagens, que inclusive são parecidos, sendo fácil o leitor se confundir com eles. Porém, faz nos refletir sobre sua insignificância e como ela pode ser engraçada. Ele trata sobre o indivíduo, o egocêntrico que não é capaz de perceber quão insignificante é, sendo, dessa forma, desnecessário colocar tanto peso nos dramas individualistas da vida.

“A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muitas vezes coragem para reconhecê-la em condições tão dramáticas e para chamá-la pelo nome. Mas não se trata apenas de reconhecê-la, é preciso amar a insignificância, é preciso aprender a amá-la.”

Meu Instagram literário @fabu.list ou link: https://www.instagram.com/fabu.list?utm_source=ig_web_button_share_sheet&igsh=ZDNlZDc0MzIxNw==
comentários(0)comente



Diego.Felizola 19/04/2024

Em uma história feita de histórias, acompanhamos um grupo de amigos que poderia facilmente ser os meus. Cada um com seu dilema, suas historias se cruzam e se apoiam.

Repleto de reflexões, as de Alain com a mãe são as mais profundas.

Leitura rápida e livro curto. Gosto bastante do jeito de Kundera de escrever.
comentários(0)comente



Alanna 17/04/2024

Quase tem um ponto
O último 1/3 do livro tem uma sutileza muito gostosa, principalmente ao encerrar as histórias. Porém, tirando os devaneios do Ramon sobre sua mãe e o provável relacionamento com ele enquanto feto, senti que não tinha muita necessidade de acompanhar os outros personagens.

Cools descriptions, though. Ainda lerei mais do Milan Kundera, acho que esse só não foi o livro certo pra começar.
comentários(0)comente



Alexya. 17/04/2024

Leve, reflexivo e cativante
É um livro leve. Você pode pegar em um domingo, deitar em uma rede e quando menos esperar, o livro acabou.

Foi a minha primeira experiência com o autor, mas eu gostei bastante da narração, dos diálogos, da escrita em si.

O livro fala sobre um grupo de amigos que moram na França. Todos eles tem um tipo de conflito, seja um câncer inventado, uma mãe ausente, uma paixão não correspondida. Mas aborda muito bem o enredo de cada um.

Além disso, há uma crítica ao Stalinismo forte muito e muito bem construída.

Confesso que um desse grupo de amigos tem um conflito interno que mexeu muito comigo e demonstra o quanto traumas desenvolvidos na infância geram impactos na vida adulta, ou melhor, podem desenvolver em nós o ?ser desculpante?.


É um livro leve de ser lido, mas muito reflexivo, tem um estudo social muito interessante e aborda de uma maneira muito fluida assuntos como o erotismo do umbigo, gravidez indesejada, classe e muitos outros. Enfim, sem mais delongas: Leiam.
comentários(0)comente



Inglethe 12/04/2024

Um coitado nem sempre coitado
É engraçado que a gente costuma falar sempre o pq gostamos tanto de um livro, e esse me fez sentir diferente, vim aqui falar o que eu menos gostei no livro.
O capítulo com o título "Ela mata" mostra que realmente não devemos ter pena das pessoas, que nem sempre a pessoa quer ser ajudada. Cuidado, é preciso pensar bem antes de tentar ajudar alguém, é necessário analisar até onde isso vai te prejudicar, pq você pode está sendo visto apenas como uma presa fácil, que só está tentando roubar a morte de alguém, de modo a ridicularizar a pessoa que está tentando se suicidar para sair com o título de um mero "salvador".
comentários(0)comente



Hildeberto 27/03/2024

Reflexões boas, enredo nem tanto
"A festa da insignificância", de Milan Kundera, é um pequeno romance filosófico. O enredo é simples - um grupo de amigos conversando sobre a vida, uma festa no apartamento de um deles -, servindo como pretexto para o autor fazer suas reflexões.

Por um lado, os pensamentos de Kundera são originais e instigantes; por outro, a narrativa é um pouco monótona, não cativando realmente o leitor. De todo modo, por ser um livro pequenino e leve, vale a pena como uma leitura descontraída.
comentários(0)comente



NathAlia1007 21/03/2024

Não recomendo
O livro inteiro é meio sem pé nem cabeça, parece um papo de bêbados, dá a impressão que o autor simplesmente saiu escrevendo tudo que veio na cabeça enquanto tava chapado.
Não recomendo e se pudesse voltar no tempo, nem leria?só me obriguei a terminar e não abandonar por ser pequeno.
comentários(0)comente



Lívia 16/03/2024

A festa da insignificância
"Nós compreendemos há muito tempo que não era mais possível mudar este mundo, nem remodelá-lo, nem impedir sua infeliz trajetória para a frente. Havia uma única resistência possível: não levá-lo a sério."
comentários(0)comente



Beatriz 26/02/2024

A impressão que tive é de que me juntaram a um grupo de bêbados desconhecidos em uma festa e lá pairei por algumas horas. resumidamente, me senti desta forma com esta leitura.

Tudo começou com uma festa para comemorar um câncer que não existia e toda a significância que dão as pessoas quando estão elas ?à beira da morte? e em algumas pausas desta festa há stalin com seus
companheiros no imaginário de meus companheiros falando sobre como a cidade de stalingrado mudou com o passar dos anos e ainda irá se modificar.

de fato, um brinde a nossa insignificância que é insignificante para os outros, mas para nós mesmos é de uma significativa significância
comentários(0)comente



Catu 31/01/2024

"A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muitas vezes coragem para reconhecê-la em condições tão dramáticas e para chamá-la pelo nome.[...] Respire, D'ardelo, meu amigo, respire essa insignificância que nos cerca, ela é a chave da sabedoria, ela é a chave do bom humor..." (pág. 132)


Meu primeiro contato com o Kundera. Primeiro ouvi falar do "A insustentável leveza do ser", famigerado e título tal que despertou curiosidade mas não há ponto de logo lê-lo pois só anos depois que resolvi pegar alguma coisa do Kundera para ler. E o escolhido não foi ele. Peguei o que estava ao alcance de minhas mãos na prateleira alheia.

Agora, sendo objetiva sobre "A Festa da Insignificância": é uma trama curta, de enredo e linguagem simples. Cinco amigos e vários eventos aparentemente sem importância (insignificantes, daí o título) que se desenrolam ao longo de poucos dias. No meio, evocações e situações hipotéticas do por quê do abandono materno sofrido pelo Alain que ganham voz e corpo ( bem legal como vemos a figura da mãe se materializando), junto com a explicação da nomeação do enclave russo de Kaliningrado (parte pretexto para crítica ao Stalinismo).

Tudo permeado por um humor e filosofia sutis. Divagações várias, gostei principalmente do lance de "como se criam seres desculpantes", aquilo me pegou.

E ah, o modo como ele apresenta o que está rolando em um mesmo momento com personagens em ambientes diferentes, ou situações não compartilhadas entre si, é bem legalzinho me lembra uma contação de história dos anos 90/2000: "enquanto isso, o que será que esta acontecendo lá do outro lado, hein????Vamos descobrir agora...", e corta para esse lá. Algo assim meio "lúdico", curti hahaha.

Dois pontos que podem incomodar:
1. partes um pouco confusas para se situar temporalmente na hora da história do Stálin; 2. personagens mulheres propositalmente bobas ou negativas de alguma forma (ou aparentam ser).

O final se arremata sem muitas surpresas, o que é de se esperar pela trama espacial bem demilitada no cotidiano de pessoas comuns, e arremata de maneira satisfatória o argumento principal (a insignificância de propósitos é uma constante no viver e seus atos).

Vale ressaltar, edição física é muito bonita, capa dura mais minimalista e folhas amareladinhas, fonte e espaçamento confortáveis para leitura.

No geral, por ser um livro curto, de linguagem sem rebuscamentos e rápido de ler, é uma ótima pedida para uma noite de insônia (foi o meu caso, aprovei).
comentários(0)comente



gabioubia 17/01/2024

No início já adorei por ser viajado demais
no final só fiz confirmar que foi a coisa mais fumada que já li
por isso me identifiquei
me identifiquei com Alain também o desculpante
comentários(0)comente



Gabi 04/01/2024

Homens filosofando e as vozes da cabeça deles
Primeiro ponto sobre esse livro: comecei a ler, ignorantemente pensando que o livro foi escrito por uma mulher, mas na verdade milan é um homem branco.
Segundo ponto: a trama tem um estilo muito parecido com ?o mundo de Sofia? que também é uma obra que mistura lições filosóficas, história e ficção - mas diferente da obra de Gardner, esse livro é mais adulto é bem mais machista, com uma visão da mulher quase que objetivista além de demasiadamente materialista. Foi uma leitura estranha e incomoda nesse aspecto.
Terceiro ponto: todos os personagens estavam na casa dos 40 em diante, mas as mulheres a quem desejavam eram claramente muito mais novas, o que também me incomodou.
Quarto ponto (positivo, dessa vez): a história se dá a partir das ideias e pontos de vistas e vivências de cada amigo do grupo, Alain, Charles, Ramon, D? Ardelo (que não é tão amigado assim, mas ele conta pra todo mundo que vai morrer de câncer e faz uma festa pra comemorar vida e morte - mas ele não vai de fato morrer porque ele não tem câncer, Calibã (que tem esse nome devido ao papel que interpreta numa peça, pois é ator - peça essa na qual pinta a o rosto de marrom e os cabelos de preto (black face) e tem mais mas não lembro o nome. Também têm 3 personagens femininas, a mãe de Alain, uma jovem empregada portuguesa, La Frank e a namorada de Alain.
Quinto ponto (conclusão): de fato os pontos levantados pelos personagens da trama e a história sobre Stálin que acompanha a trama concomitantemente, fazem sentido no livro, os elementos meio místicos e filosóficos também fazem sentido - mas ficam meio apagados por trás da representação dos egos dos homens brancos protagonistas da trama.
comentários(0)comente



Luiz111 28/12/2023

Ser ou não ser?
Tem livros que nos animam, outros nos entristecem, outros nos desafiam. Em A Festa da Insignificância acompanhamos a história de quatro amigos. O livro não conta grandes aventuras ou algo assim, mas fala sobre a importância do não ser, a importância das coisas pequenas, a importância da insignificância. Numa época em que todos se cobram sobre tudo e todos ao mesmo tempo, creio que devemos ter uma certa noção de nossa pequenez. Segue um trecho:

?Agora, a insignificância me aparece sob um ponto de vista totalmente diferente de então, sob uma luz mais forte, mais reveladora. A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muita coragem para reconhecê-las em condições tão dramáticas e para chamá-la pelo nome. Mas não se trata apenas de reconhecê-la, é preciso amar a insignificância, é preciso aprender amá-la. Aqui neste parque diante de nós, olhe, meu amigo, ela está presente com toda sua evidência, com toda sua inocência, com toda a sua beleza."
Udson3 28/12/2023minha estante
A prosa do Kundera é excelente. A forma como ele poetisa melancolicamente a vida torna os fatos mais simples densos e reflexivos. Qualquer título desse autor vale a pena.




lari.fernan 24/11/2023

Qual a melhor história para começar a ler Milan Kundera?
A narrativa foi truncada e pouco interessante, não senti que fluiu de uma maneira orgânica de um capítulo para outro, infelizmente foi uma leitura rasa, ou melhor, quase insignificante se não fosse pelo capítulo A árvore de Eva que aborda o desejo de aniquilação de uma das personagens da história. Tenho a sensação que não acertei ao escolher esse livro como a história introdutória ao universo do Milan Kundera, mas isso não me desistanciou da possibilidade de ler outras obras do autor futuramente.
comentários(0)comente



120 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |