Jamile.Almeida 08/07/2022Quando a pecadora é a mais pura!Me surpreendi com a leitura. Primeiro com a introdução autobiográfica do autor, com seu humor ácido e destilando crítica e ressentimento aos seus ex colegas de trabalho.
Depois entramos na historia por traz da letra "A" escarlate.
Hester, uma mulher adúltera (seu marido, inicialmente, não chega da Europa, de onde eles vieram), que carrega a prova do seu crime nos braços, sua filha Pearl. Adultério! Hester precisa carregar para sempre a letra por ela mesmo bordada em suas roupas.
Me apaixonei pela criança, menina sagaz, esperta, que tem uma aurea sombria e perspicaz, com palavras certeiras... Odiei e protestei contra o marido de Hester, que procura uma vingança lenta e dolorosa contra o pai da criança, o homem com quem Hester o traiu..
E achei o pai da "Pearl" um covarde... mas que sofre, não assumir a culpa do que fez leva a uma angustia eterna e sem fim.
A cidade escolha a pecadora, aponta seu dedo a ela, assim é possível esquecer dos seus próprios pecados, eles já tem de quem falar... Mas Hester, assumindo tudo o que fez, vai ganhando a redenção.. e se torna uma mulher admirada e respeitada e caridosa.
Assumir seus erros, torná-los fato e se arrepender por eles nem sempre levam a salvação, mas pode ser um caminho.