A letra escarlate

A letra escarlate Nathaniel Hawthorne




Resenhas - A Letra Escarlate


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Carol 14/01/2021

A letra escarlate nos apresenta a Hester Prynne, recém-casada, que viajou sozinha para a Nova Inglaterra com a promessa de que o marido logo viria encontrá-la... porém isso não aconteceu!!!! Então a Hester acaba se envolvendo com um homem e engravidando. Como consequência a seu grande pecado, a mulher é obrigada a viver com a letra A de “adúltera” na cor escarlate e o isolamento pelo resto da vida. O livro nos faz criticar o machismo, a radicalidade no cristianismo e a crueldade de ser uma mulher na época.
"Hester nos mostra que permanecer fiel ao que somos é prova de caráter e também a atitude mais inteligente caso valorizemos uma vida tranquila sem perigo de adoecer a alma, ela, sendo pecadora e portadora de uma marca a identificando com tal, foi a única que resistiu aos anos e que ao invés de enfraquecer se tornou mais forte e se tornou maior que o símbolo do seu pecado, ao contrário dos seus antagonistas, o marido e o amante, que por se esconderem nas sombras encerram suas vidas em profundo amargor e fora de alcance da luz divina."
http://www.revelandosentimentos.com.br/2017/05/resenha-letra-escarlate.html
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Mandark 09/01/2021

Muito além do seu tempo...
Um clássico, em sua definição mais clara, a história de Hester rompe as barreiras do tempo e do espaço e se mostra como uma aventura forjada pra tocar os corações mais reticentes. Li a narrativa meio que inebriado por passagens que me envolviam em reflexões fortes e reveladoras. Atual, como poucas obras podem ser, a obra de Nathaniel Hawthorne revela o papel ao qual relegaram a figura feminina nas sociedades ao logo da história e a força que as mulheres sempre demonstraram, independente das limitações sociais. Marcante!
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astrphysics2 07/01/2021

nhe
a proposta é ótima mas não me agradei em varios quesitos.

a mulher que você supostamente ama é punida e sofre por ter engravidado fora do casamento e o que você faz??? ignora e fica se auto lamentando sobre como VOCÊ está sofrendo com o pecado que cometeu e com a SUA própria alma.

ele é tão frouxo e eu passei tanta raiva com ele que meu deus do céu vontade de entrar no livro pra sacudir ele e mandar tomar vergonha na cara!

a protagonista é uma mulher forte que lutou contra os preconceitos com perseverança e eu a admirei bastante. me irritava quando ela fazia certos comentários sobre pearl e eu atribuo eles ao fanatismo religioso que ela - e todos da vila - tinham.

no geral eu amei a ideia, como já disse antes, mas fiquei com falta de alguma -várias- coisas que não sei ao certo como colocar em palavras.
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Josi 04/01/2021

Mulheres desde sempre vítimas da hipocrisia e do puritanismo
A história se passa no século XVII em uma comunidade litorânea colonizada por puritanos ingleses, na região dos Estados Unidos conhecida como Nova Inglaterra. Já no primeiro capítulo, presenciamos a humilhação pública a que Hester Prynne é submetida. Apesar de o adultério ser um crime punido com morte, à Hester o castigo imposto é mais brando, mas também duradouro. Após ser liberada da prisão, com sua filha bebê no colo, ela é exposta em praça pública para a comunidade e é condenada a carregar permanentemente uma letra A junto ao seio, para que fique evidente sua condição perante a sociedade.

À partir daí, a narrativa se concentra em apresentar a resignação silenciosa com que a protagonista encara seu destino, sua recusa em revelar a identidade do pai da criança e seu parceiro no pecado - aceitando carregar sozinha todo o peso da condenação -, e toda a bondade com que ela retribui o desprezo que recebe daqueles que a cercam.

Vale ressaltar que nada a impedia de ir embora daquela colônia e se estabelecer em outro local onde ninguém conhecesse sua vergonha, mas Hester escolhe ficar e aceitar de cabeça erguida as humilhações a que acreditava ser merecedora, se dedicando a cuidar sozinha da filha e fazer o bem. Sua abnegação é o que mais nos chama a atenção no decorrer da trama, além da romantização do sofrimento como forma de redenção, comum na literatura da época. Vivendo isoladas em um casebre, a filha é um constante lembrete de sua vergonha, que a fascina e amedronta ao mesmo tempo, com seu espírito livre e comportamento fora dos padrões. Não é difícil descobrir, logo nos primeiros capítulos, quem é o amante que Hester insiste em proteger.

Com poucos diálogos, o livro se desenvolve de forma lenta e, por vezes, cansativa, apesar de ser uma história curta. Mas, nos capítulos finais, a trama ganha fôlego e se desenrola com mais fluidez.

Publicada em 1850, a obra destaca a hipocrisia religiosa dos colonizadores e a opressão e o julgamento a que eram submetidos aqueles cujo comportamento contrariava suas crenças, o que mais tarde culminaria na caça às bruxas. A semelhança que ainda podemos encontrar com os dias de hoje, especialmente no que diz respeito à condição feminina, é o que torna esse um clássico atemporal e necessário.
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roberta | @robertabooks 23/12/2020

Bom
O livro tem uma premissa incrível, e fiquei meses querendo lê-lo, tamanha a curiosidade que a sinopse criou. Contudo, não achei o livro tão bom assim.
Logo no começo o livro se arrasta. O capítulo de apresentação do livro, escrito pelo próprio autor como uma forma de introdução à história e esclarecimento de como ela surgiu, é grande, cheio de detalhes inúteis sobre coisas e personagens que não acrescentam em nada na história (totalmente esquecíveis), e desanimam o leitor a continuar.
Depois, os capítulos da história em si são pequenos, mas não menos detalhistas ou enrolados. A escrita é bem floreada, com várias comparações filosóficas para reiterar o que ja havia sido objetivamente dito, parágrafos grandes (às vezes ocupando uma página inteira), mudanças de cenários abruptas e falas simples e pequenas.
Sendo o livro tão cheio de informações e detalhes, ainda senti em algumas partes que faltaram informações. Que algo aconteceu sem ter sido explicitamente descrito. Há informações inúteis e partes que deveriam ser melhor exploradas foram negligenciadas.
A história em si é simples e boa. Tem uma grande reviravolta no final, mas a leitura é tão cansativa que não dá o tom de surpresa que a cena merecia.
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Carous 27/10/2020

Li este livro porque foi leitura obrigatória da matéria de Literatura Inglesa no meu curso da faculdade. Falávamos de puritanismo naquele semestre e esta obra foi indicada pela professora como um excelente exemplo desse assunto.

Não fosse essa exigência, eu nunca teria dado trela para este romance. Não dei nem para as adaptações cinematográficas - e uma delas (a pior e mais criticada) tinha o Gary Oldman no elenco; um dos meus atores favoritos na época (antes d'eu tomar conhecimento que ele agrediu a ex-mulher) - porque o enredo principal me dava Raiva.

É uma obra que caiu em domínio público há muito tempo, e foi desse site que baixei meu exemplar virtual. (Honestamente, não estava com a mínima vontade de pagar pelo exemplar físico de um livro antigo escrito por um homem sobre outro homem que dorme com uma mulher, a engravida e a larga sozinha para suportar o julgamento da cidade)

Hoje penso em reler este livro sem a pressão de ter um prazo para concluir a leitura, podendo fazer anotações nas páginas. Mas duvido que minha opinião vá divergir tanto.

Na época, Hester Prynne ganhou minha simpatia; Pearl, sua filha, ganhou ainda mais, pobrezinha. Queria queimar todos os personagens masculinos deste livro na fogueira. E acho o revendo um frouxo desgraçado que deixou a Hester segurar a batata quente da situação sozinha.

Trago dos anos escolares trauma de livros clássicos. O vocabulário era diferente do meu, normalmente ficava perdida nos temas abordados e nunca conseguia chegar à mesma conclusão de debate que meus professores de Literatura. Era muito novinha para as questões que apareciam nos livros.
Mas adorei "A letra escarlate". Li num bom tempo sem ver o tempo passar e não achei maçante. Entendi a mensagem central e pude contribuir para o debate em sala de aula que houve depois.
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Dtorreshp 26/10/2020

A
Uma história inesquecível que faz muitas críticas à sociedade puritana. O livro conta a história de Hester Prynne, uma mulher que tem uma relação extraconjugal e é julgada em praça pública pelos seus atos inadequados em uma comunidade extremamente puritana na Nova Inglaterra. O autor revela o cotidiano deprimente da personagem que carrega em seu peito A letra escarlate, em símbolo consequência do seu ato (pecado) para o resto da vida. Ao ler a obra fica bem claro de como a sociedade daquela época era pautada na religião e no conservadorismo, porém o autor consegue fazer várias criticas e reflexões sobre essa sociedade cheia de hipocrisias.
Eu gostei muito do livro recomendo.
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Bruno Oliveira 28/09/2020

O PODER DE UM SÍMBOLO
Em A letra escarlate nos deparamos com uma trama onde a culpa (ou o pecado) é o mote de toda a história. O cenário é a Nova Inglaterra e seus coadjuvantes são os colonos puritanos da época. Então, não estranhe como esses lidam com seus semelhantes; há uma carga religiosa muito forte entre eles. Tanto é que toda a ação do romance se dá no campo das idéias, da mente dessa gente. Hester e o jovem padre carregam um fardo, mas apenas Hester o tem amostra e é condenada por isso. O livro surpreende por mostrar como ela subverte o sentido da maldita letra e, também, em mostrar sua filha, primeira geração nascida nessa nova terra (EUA). Nathaniel Hawthorne fez aqui quase um romance de origem fantástico, pois, além do tom moral e ético, há também elementos sobrenaturais no enredo.
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Andre.28 27/09/2020

Crítica a moralidade e puritanismo do Século XVII
Poucos são os livros que se reocupam com a crítica ao comportamento da sociedade de forma fiel aos fatos, e ainda trazer conjuntamente uma beleza de uma literatura refinada e envolvente. A letra escarlate, livro do profícuo escritor estadunidense do século XIX Nathaniel Hawthorne, é o reflexo dramático de uma história triste e profundamente comovente. Publicado em 1850, este aclamado clássico da literatura estadunidense faz uma crítica da sociedade conservadora e às suas normas sociais, muitas vezes hipócritas, apresentando uma paixão proibida ante as fragilidades humanas.

O livro apresenta a história da jovem Hester Prynne, uma mulher que tem uma relação adúltera que termina com o nascimento de uma criança ilegítima no seio de uma comunidade puritana Salém, no Boston do século XVII. Publicamente repreendida e humilhada por todos, Hester é obrigada a carregar uma letra “A” de adúltera, na cor escarlate, e que ficará para sempre bordada em seu peito. Hester, uma heroína que resiste ao escrutínio público, dilapidada da estima por si própria, apresenta uma força interior para criar a sua filha Pearl, completamente sozinha, e ainda mantendo segredo acerca da identidade de seu amante. Nesse ínterim, temos a revelação do reverendo Dimesdale, um jovem e atormentado clérigo protestante em uma comunidade repleta de degradações morais e hipocrisias.

Na narrativa o Hawthorne traz uma crítica, quase que explícita, a moralidade do puritanismo da sociedade puritana conservadora e preconceituosa, em meados do século XVII nos Estados Unidos. Ele também faz críticas à hipocrisia humana sem deixar de valorizar a força de uma mulher que luta para dar vida e esperança a sua filha. Como se trata de um livro escrito no século XIX, a fluidez da narrativa talvez seja um tanto rebuscada e intrincada, porém, muito embora cheia de sagacidade e inteligência por parte do autor, principalmente por deixar o mistério pairar por quase todo o livro. Não há muitas reviravoltas no enredo, exceto no final, que é algo digno de um arrebatamento literário e sentimental. De certo que a forma que o autor coloca o reverendo Dimesdale irrita o leitor, muitopor ele ter grande culpa pelo sofrimento da Hester. Verdadeiramente ele é um personagem que é apresentado como “coitadinho”, coisa que ele não é.

Enfim, a fidelidade do relato histórico, na medida em que a crítica social e aos costumes puritanos de uma sociedade onde religião e leis se misturam, e a construção ficcional do autor, são coisas da mais alta qualidade. Um clássico que mexe com as emoções, que expõe a crítica e que apresenta uma heroína que desafia a moralidade hipócrita com uma força interior incrível. É o tipo de livro que te faz refletir e mostra que tudo é possível.
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Kau 27/09/2020

Em um campo negro, a letra A escarlate.
A letra escarlate fez de Hester em uma pessoa altruísta e compadecida e mostrava os necessitados "onde apoiar o pé enquanto as luzes do mundo apagavam-se depressa...", porém a própria Hester se transformou-se em alguém aparentemente incapaz de "acolher o Amor", "abraçar a Paixão" ou "sentir o Afeto". Enquanto o fruto desse pecado, a pequena Pearl, se transformava, ano após ano, em um ser quase feérico, como se "tivesse sido refeita, a partir de novos elementos, e assim se visse no dever de viver a própria vida e a ser sua própria lei, sem que suas excentricidades contassem como crimes". Uma das frases mais marcantes na leitura foi "a letra escarlate era um passaporte a regiões onde outras mulheres não se aventuravam". A letra exibida no seio, era uma punição, mas também um caminho.
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Mila.Soraia 21/09/2020

É um retrato do puritanismo que marcou o início da colonização dos Estados Unidos,. Acompanhamos os dilemas das personagens que se vêem divididas entre um ideal moral muito estrito, pautado na religiosidade exacerbada, e suas inclinações naturais humanas.
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Bel * Hygge Library 16/09/2020

Somos todos pecadores
O livro começa com uma introdução do autor de conteúdo autobiográfico, na qual detalha o cargo que ocupava. E foi quando trabalhou como superintendente da alfândega que encontrou a ideia para o romance. A introdução é cansativa e prolixa, todavia, vale a pena conhecer de onde veio a inspiração para essa história.

O romance começa com Hester Prynne saindo da prisão segurando sua bebê, Pearl. Ela foi considerada adúltera, por conseguinte, pecadora, por ter engravidado um bom tempo depois que chegou à cidade. Era de conhecimento da população que era casada, entretanto, ninguém sabia se o seu marido estava vivo ou se havia morrido no mar. Com isso, ela é obrigada a confeccionar um adereço para pregar às suas roupas e usá-lo pelo resto da vida, como um símbolo marcado a ferro quente pelo pecado cometido. O adereço é uma leta A vermelha e com fios dourados. Depois que sai da prisão, Hester Prynne é castigada a ficar sobre uma plataforma em público para que todos a vejam, assim como a marca de seu pecado e, é claro, a julguem. A partir desse ponto, acompanhamos como Hester Prynne vive às margens da sociedade, sofrendo com julgamento e as consequências de seus atos. O romance possui um toque sobrenatural que dá um clímax incrível mais próximo do final da história.

É de impressionar o quanto esse livro é transferível e aplicável aos dias de hoje, e como se relaciona com a cultura do cancelamento, a capacidade/permissão que as pessoas ACHAM que possuem de julgar as atitudes do outro, mesmo sem ao menos conhecer o contexto ou saber se, de fato, a pessoa errou, e sem, também, antes fazer uma auto-crítica e auto-julgamento, analisando se age pior ou não que a pessoa referida. É a necessidade de apontar constantemente o erro do outro para parecer mais santo perante outros e si mesmo.

Quando li a cena na qual Hester Prynne é colocada sobre a plataforma para ser vista e julgada pelo seu pecado, pensei comigo se não seria a internet essa nova plataforma dos dias de hoje, expondo pessoas, às vezes, injustamente, rotulando-as e julgando-as. No fim, achei o livro um verdadeiro tapa na cara, uma lição para essa geração atual.

site: https://www.instagram.com/hyggelibrary/
João 16/09/2020minha estante
Tem algumas novas religiões que discordariam do "somos todos pecadores". Você seria cancelada.


Bel * Hygge Library 16/09/2020minha estante
É um trecho do próprio livro. Hahahaha! Teriam que cancelar até o Hawthorne, coitado... Nem depois de morrer ia ter paz!


Luana Sousa 17/09/2020minha estante
ow, mas querem cancelar O vento levou; A divina comédia (lá na Itália), pediram pra trocar nome de livro de Agatha (10 negrinhos para E não sobrou nenhum), outro que mudou o nome é A lista negra da Jennifer Brown, e querem mudar nomes no espaço, como Buraco Negro... onde vamos parar?


Luana Sousa 17/09/2020minha estante
Como se mudar o nome, acaba com tudo o mais. Vai entender esse povo.


Bel * Hygge Library 14/10/2020minha estante
Até o livro da Jennifer Brown querem mudar o nome? Isso tá ficando ridículo!


Luana Sousa 16/10/2020minha estante
Me lembrei dos versículos em Mateus 7:3-5 que diz: E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.




delicadas.leituras 08/09/2020

Leitura recomendada aos puritanos
Uma mulher vive só em um lugar inóspito aguardando seu marido ausente, nesse interim ela engravida de outro homem e acaba condenada ao isolamento social trazendo uma marca pública de seu pecado. De quem é o filho? Quem a julgou e condenou?
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Juliete Marçal 26/08/2020

"Aquele não era um tempo de delicadezas."
Nathaniel Hawthorne nos traz a história de Hester Prynne, uma jovem que muda-se para a Nova Inglaterra, e que diz estar esperando pelo marido. No entanto, ela acaba se envolvendo com um homem e desse relacionamento nasce uma criança. O nascimento da pequena Pearl, torna-se fruto de um pecado e prova do adultério de Hester. Assim, ela é julgada, condenada e obrigada pelo resto da sua vida a usar uma letra A escarlate bordada sobre o seu peito para marcar o seu pecado, um símbolo de vergonha, repulsa, desdém, menosprezo e da Adúltera que ela é. Depois do seu julgamento, acompanhamos a vida de Hester e de sua filha, Pearl, a partir dos olhares julgadores e de repulsa da puritana comunidade de Salém, sobrevivendo sem ajuda de ninguém. Além de criar a filha sozinha e de suportar a humilhação, escárnio e segregação pública, Hester Prynne tem como missão proteger o segredo a cerca do nome do pai da sua filha, segredo esse que se torna ameaçado com a chegada de um novo morador na comunidade.

"Ela tomou o bebê num dos braços e, com o rosto queimando, um sorriso arrogante e o olhar de quem não se deixaria humilhar: encarou a gente de sua cidade e os vizinhos que a rodeavam. No peitoral da túnica, em tecido vermelho fino e adornado por um elaborado bordado e fantásticos floreios em linha dourada, trazia a letra "A"."

Durante a narrativa o autor mostra o quanto a sociedade daquela época era conservadora e preconceituosa, e também faz críticas à hipocrisia da mesma. É bom ressaltar que a história é ambientada em uma rígida comunidade puritana de Boston, na Nova Inglaterra, mais precisamente na comunidade de Salém, - em uma época em que as pessoas viviam sob o julgo das regras religiosas e do moralismo, "uma gente para a qual religião e lei eram quase a mesma coisa". Isso tudo faz parte da crítica do autor, assim, da mesma forma, em mostrar como a protagonista lida com toda essa situação.

"A máscara de pureza não passava de uma mentira, e de que, se a verdade fosse revelada por todo lado, brilharia uma letra escarlate em cada um dos muitos bustos."

Particularmente, a história não conseguiu me envolver! Comecei a leitura animada e curiosa, mas isso não continuou devido a ter se tornado maçante e enfadonha. Apenas o fato de querer saber como seria revelada a identidade do pai de Pearl (o que não é nenhum segredo para o leitor desde o início da história) me fez continuar a leitura. Talvez não tenha sido uma leitura cem por cento prazerosa, por ter esperado mais reação da protagonista e menos conformismo. Ou não estava muito na vibe desse tipo de escrita: mais descritiva, psicológica e simbólica.

Apesar do livro ter uma sinopse interessante, o enredo é muito devagar, constituindo de uma narrativa longa e com pouca ação, o que torna a leitura às vezes cansativa e muito descritiva. E mesmo sendo uma história de pouca ação e tendo partes que são entediantes, eu recomendo a leitura para que o leitor possa ter a sua própria experiência. Por que? Porque simplesmente, o livro traz algumas reflexões legais, principalmente, sobre preconceitos e julgamentos, nos fazendo refletir que alguns comportamentos da sociedade não mudaram.

"E asseverava-lhes, ainda, sua crença firme de que, numa época mais luminosa, quando o mundo estivesse amadurecido para tal, quando os céus assim quisessem, uma nova verdade seria revelada, de modo a estabelecer toda a relação entre homem e mulher num patamar mais afeito à felicidade mútua."

^^
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