Patricia.Cerutti 07/02/2022
Hoje vou contar um pouquinho as minhas impressões sobre este livro, considerado clássico da literatura norte-americana, escrito em 1850, me indicado pela @patialbieri e lido com o grupo do @calcinhasliterarias no mês de abril. Mas não quero aqui falar do livro, e sim de Hester.?
Hester! Uma mulher misteriosa. Um mulher que nunca chorou uma lágrima pela sua fraqueza. Uma mulher que se resignou e aceitou o que a vida lhe trouxe. Uma mulher que amou em silêncio.?
Esta mesma mulher foi julgado e condenada a uma vida de miséria. Julgada por um adultério, por ter engravidado da pequena Pearl e por nunca ter contado quem era o verdadeiro pai da criança. E esse julgamento a obrigou a trazer no peito a letra A gravada. Letra essa que parecia sangue do seu sangue, parecia estar gravada a ferro no seu peito, mas que para mim, sempre pareceu cinza. Até o momento que Hester e o Reverendo Dimmensdale tem uma conversa na qual ela resolve se livrar da letra que traz consigo.?
Eis que naquele momento, sua filha Pearl, que parece em alguns momentos uma pequena fada e em outros uma pequena bruxa, não a reconhece como mãe e implora que a mãe recoloque a letra escarlate sobre o peito. Mas o que realmente a menina não sabe, que o seu futuro, o futuro de sua mãe e do reverendo estão traçados. ?
Eis que Hester é uma mulher de fé e entende este futuro marcado e fica resinada a viver a vida que lhe é possível.?
Será que, por essa história ter se passado em Salém do século XIX, tem relação com a bruxaria contada naquela época? Será que Hester é uma mulher que merece amar e ser amada? E qual a relação entre o reverendo, o médico, a pequena Pearl e Hester??
Então, acho que essa é uma boa maneira de você tentar entender a literatura americana do século XIX.?
E, se assim como eu, se sentir tentado a abandonar este livro logo no começo, não o faça, pois a história se torna surpreendente com o desenrolar. Vale a pena a leitura até o final.?