Mirela L. 11/03/2015Mesmo com personalidades opostas – ela, abalada com tantos acontecimentos trágicos em sua vida e ele, um playboy filho de um astro de Rock – Blaire e Rush dão uma chance ao amor e ao bebê gerado a partir de um relacionamento conturbado, mas bastante intenso. Eles só precisavam de uma gravidez calma, um casamento e um “felizes para sempre”, mas o pai do Rush ressurge trazendo algumas notícias difíceis e o que prometia ser um mar de rosas começa a mudar. Novamente.
Por ter curtido o livro anterior, eu realmente achei que iria curtir bastante Amor Sem Limites (mesmo que a autora não tivesse tanto para agregar a história). Afinal, temos um casal que já passou por alguns problemas, personagens que mereciam um pouco de paz e ainda existia o lance da gravidez (♥), mas não foi bem assim o que aconteceu. Por ser a finalização da trilogia, eu sabia que teríamos impasses (é claro!), mas não que a história voltaria para alguns pontos já “superados” nos livros anteriores e que os personagens tivessem as suas vidas entrelaçadas por conta de uma única pessoa, que ganhou uma importância absurda por sua personalidade insuportável: Nan.
Por não ter tido pais que demonstrassem amor e preocupação, toda noção de carinho e atenção que Nan possuía tinha relação com Rush, seu irmão. E por conta dessa “falta”, ela se tornou uma pessoa amargurada com a vida, no sentido rude de ser. E é por conta dessa dificuldade em se relacionar com outras pessoas, principalmente da família, que Dean Finlay, pai do Rush, ressurge na vida do filho, pois ele parece ser a salvação, já que aparentemente é a única pessoa que ela leva em consideração.
Eu realmente gosto das narrativas da Abbi. São livros leves, fáceis de ler, Blaire e Rush combinam e tem uma super química, mas alguns pontos me incomodaram bastante em Amor Sem Limites. Nan passa a ser a peça chave da história – em boa parte do livro –, pois os problemas que ela causa acabam envolvendo praticamente todos os personagens citados na narrativa. Pelo amor! Kiro e Harlow não conseguem criar um vínculo com ela, Dean não consegue viver em paz na sua própria casa, Rush continua dividido entre sua família e Blaire, e até o Grant sofre. Vocês estão entendendo a situação? E ah, eu queria o Rush fofo e bad boy de volta.
Porém mesmo com os percalços do caminho, curti alguns aspectos do livro e recomendo a leitura para quem gosta de new adult e não liga para clichês. O drama familiar, a importância da superação e do perdão, os diálogos carregados de sensualidade e os trechos altamente sexies continuam presentes, e também temos alguns momentos fofos relacionados à gestação, um casamento cheio de surpresas lindas e ainda conhecemos mais da família complicada dos protagonistas.
Os capítulos continuam curtinhos e a narrativa alterna entre a Blaire, o Rush e mais dois personagens que prometem fortes emoções futuramente. Sobre a edição, infelizmente achei alguns erros no texto, mas gostei da capa e da diagramação. Lembrando que Amor Sem Limites faz parte da série Rosemary Beach, que também contém histórias do Woods e do Grant.
‘' – Quando ela entrou na minha casa pela primeira vez e eu pus os olhos nela, me senti atraído. Essa parte foi simples. Mas então a conheci. Ela era diferente de todas as outras garotas. Foi muito determinada, quando deveria ter se sentido derrotada. Sua vida tinha sido uma merda, e ela estava lutando para sobreviver. Não era alguém que recusasse ou desistisse. Comecei a admirá-la. Então tive um pouco dela e me perdi. Ela é tudo o que eu quero ser.’’
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