flavinhalendo 08/09/2020
#coffee_resenha
Pra mim o livro não é nada clichê. Mas sim narra a estória cheia de perdas, sentimentos, superação, amor e paixão.
Extremamente dramático, sim, porém extremamento real ao meu ponto de vista, onde a dor da perda e palpável e,
ainda assim, completamente envolvente. Você tenta resistir, você custa a
acreditar em tamanha tragédia, porém – mesmo que incrédulo – não consegue
desgrudar dessa leitura tão angustiante e tocante. O fato é que Jasinda Wilder
ganha o leitor por narrar uma história que, ao mesmo tempo em que se assemelha
a tantas outras já contadas por aí, surpreende por ir além da nossa zona de
conforto, por mostrar todas as facetas da dor: a solidão, a culpa e a escuridão
devastadora. Por se tratar de um romance “água com açúcar” espera-se algo leve
e superficial, contudo a autora não mede esforços para mergulhar na aflição de
seus personagens, para mostrar o lado obscuro da superação e do recomeço. Assim,
antes de qualquer coisa, a obra cativa por fazer o óbvio se tornar indecifrável,
por literalmente transformar dor em amor. E, claro, eu amei isso.
A história começa com Nell – ainda adolescente – descobrindo-se
apaixonada por seu melhor amigo Kyle. Desde criança eles sempre foram muito unidos,
entretanto até os dezesseis anos não haviam cogitado a possibilidade de se
tornarem mais do que isso. Porém, graças a um beijo tímido e inesperado, a
relação deles ganha um novo sentido, dando vida a um belo e intenso amor. No
decorrer dos anos, e dos primeiros capítulos, vemos esse sentimento se
solidificar e se transformar em algo duradouro, porém, quando menos esperamos,
o destino resolve agir e modifica completamente a vida desses dois. E foi aqui,
entre choro e espanto, que a autora me conquistou, afinal ela me fez amar esse
casal só para, abruptamente, tirá-lo de mim. Nesse momento a história volta ao
presente, apresentando uma Nell perdida, desacreditada no amor e na vida, precisando
aprender a conviver com a dor que a aflige. E a pergunta de um milhão de reais
é: – Porque será que as coisas mudaram tanto?
É importante dizer que o livro é simplesmente doloroso, no entanto apaixonante e arrebatador!!!
Di Frota