Dona Flor e seus dois maridos

Dona Flor e seus dois maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


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Mr. Jonas 03/02/2018

Dona Flor E Seus Dois Maridos
'Dona Flor e seus dois maridos' conta a história de Florípedes Paiva, que conhece em seus dois casamentos a dupla face do amor - com o boêmio Vadinho, Flor vive a paixão avassaladora, o erotismo febril, o ciúme que corrói. Com o farmacêutico Teodoro, com quem se casa depois da morte do primeiro marido, encontra a paz doméstica, a segurança material, o amor metódico. Um dia, porém, Vadinho retorna sob a forma de um fantasma capaz de proporcionar de novo à protagonista o êxtase dos embates eróticos.
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Livros, câmera e pipoca 22/01/2018

Jorge nunca sai de moda
Dona Flor e Seus dois Maridos é uma das principais obras de Jorge Amado. Publicado em 1966, este romance é considerado Modernista e retrata de forma realista o cotidiano da cidade de Salvador, o povo baiano e suas respectivas tradições, como as religiões de matrizes africanas, a música, a capoeira e tudo mais. Levado com êxito ao cinema, ao teatro e também à televisão, Dona Flor e seus dois maridos traz a história de Florípedes Paiva, ou Dona Flor, que conhece em seus dois casamentos a dupla face do amor. Através do boêmio Vadinho, Flor vive a paixão avassaladora, o erotismo febril, o ciúme que corrói. Com o farmacêutico Teodoro, com quem se casa depois, encontra a paz doméstica, a segurança material, o amor ordenado.

site: https://livroscamera.wixsite.com/meusite/single-post/2018/01/22/Dona-Flor-e-seus-dois-maridos
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Fimbrethil Call 18/03/2017

Adorei!
Adorei, esse livro, realmente muito bom. Aquele jeito baiano maravilhoso de escrever, tão cheio de adjetivos e bem humorado. Realmente um maravilhoso livro.
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Lucas 09/02/2017

A sensualidade cômica e sem sadomasoquismo
Qual a verdadeira lógica de uma união matrimonial? O "gostar" é o mesmo que "desejar"? É amor um sentimento puramente material, baseado no "ter", mesmo que ele seja travestido de atitudes minimamente sensíveis? O casamento é um fim ou um meio de as partes serem felizes?
Boa parte destes dilemas é exposta (e não necessariamente resolvida) em Dona Flor e Seus Dois Maridos, lançado em 1966 pelo baiano Jorge Amado. Trata-se de um romance que mistura de uma forma bem particular os aspectos ambíguos e por vezes injustos que regiam (e ainda regem, em muitos casos) o casamento. Retratando de uma forma perfeita a sociedade soteropolitana da metade do século XX, Amado elabora uma história recheada de momentos alegres e cômicos, usando uma ótica humorística para expor assuntos íntimos, que são naturalmente mais delineados com um viés mais conservador.
Jorge Amado é, disparadamente, o autor mais adaptado da literatura brasileira como um todo. São infinitas as adaptações cinematográficas, televisivas e teatrais de suas obras, sempre marcadas por um "tempero" de sensualidade feminina e bom humor. Dona Flor e Seus Dois Maridos é um dos maiores expoentes de sua carreira, ao demonstrar a vida amorosa de uma típica mulher do subúrbio de Salvador. Sob inicial fortíssima influência da sua mãe, Flor pode ser encarada com um espelho feminino da época: mulher honesta, sensual, que nunca tratou do trabalho como algo negativo, mas que, por ser inicialmente tímida, não se tornava atraente a homem algum, aspecto que perturbava a sua mãe (personagem mais lastimável da narrativa). Para o ângulo masculino, Jorge Amado trouxe dois personagens contraditórios ao extremo (cujos maiores detalhes não podem ser dados aqui), retratando assim o homem da época, seja ele boêmio ou trabalhador, infiel ou honesto.
Em meio a isso, o grande escopo na obra, no entanto, foge da questão do relacionamento entre mulheres e homens. Também não critica ou eleva a instituição do casamento; na verdade, em conjunto com outros aspectos cômicos e trágicos, Dona Flor e Seus Dois Maridos nada mais é do que um romance que exacerba na protagonista (e consequentemente no leitor) a milenar questão do conflito entre razão e emoção, com toda a sua complexidade. O que sustenta uma relação, em verdade, deve ser um misto dos dois. Por mais que um indivíduo seja racional, sempre devem haver momentos passionais e vice-versa; a mistura, mesmo que mínima, entre o pensar e o agir é um dos maiores insumos à vida de casado.
O autor, conforme já mencionado, é conhecido por expor a sensualidade feminina em suas obras, além de retratar com sutileza as mazelas da sociedade brasileira nas mais diversas turbulências ocorridas nos últimos 70 anos do século XX. Por estas "petulâncias", Jorge Amado foi muito perseguido pelo governo (especialmente durante a ditadura de Getúlio Vargas) e pela igreja. Apesar da comicidade, outro traço característico de sua escrita, muitas de suas obras possuíam um alto teor dramático; Capitães de Areia, seu primeiro grande livro, de 1937, trazia uma história com alta carga de tristeza, por exemplo. Esta variabilidade de estilos é uma justificativa da infinidade de adaptações que a sua obra possui e ainda gerará na cultura brasileira.
Outro exemplo da capacidade elevada de narrar do autor é visto na história de Dona Flor, onde ocorre uma perfeita descrição da sociedade baiana da metade do século XX. Relatando vários bairros e ruas reais de Salvador, como o Rio Vermelho, Largo Dois de Julho e Ladeira do Alvo, Jorge Amado desenvolve em sua narrativa as várias camadas sociais da Bahia, desde os mais abastados até indivíduos e famílias em melhores condições sociais, passando pela vida nas pequenas ruas da capital baiana (usando a popular fofoca, o folclore e a culinária da Bahia como ótimos instrumentos para situações engraçadas). Nesse contexto, há também espaço para o arranjo de casamentos, que muitas vezes eram encarados como trampolins para uma vida melhor, especialmente nas classes suburbanas. As mulheres mais novas, especialmente as pobres e virgens, eram colocadas como um "chamariz" para homens mais ricos por mães que queriam uma melhor comodidade familiar. Praticamente meio século depois, há ainda hoje muitos enlaces patrimoniais que se baseiam nessa relação material, mas de uma forma menos "espalhafatosa". E Jorge Amado não critica esse arranjo; trás a veia cômica de uma mãe em busca de bons partidos para suas filhas, abrindo espaço para situações hilariantes, mas carregadas de um prisma levemente desolador.
Assim, Dona Flor e Seus Dois Maridos é Jorge Amado em sua essência: grande valorizador da sensualidade, expondo o íntimo do relacionamento de uma forma mais cômica (usando termos chulos muitas vezes, que podem chocar o leitor mais conservador, mas devem levá-lo também a boas risadas), um grande literato (tornando tangível a quem lê a eterna e histórica cidade de Salvador da década de 60) e um excelente narrador (os diálogos não são tão frequentes e mesmo assim a narrativa fica longe de ser lenta ou cansativa). Conhecer a peculiar vida de Dona Flor é, portanto, uma ótima experiência, que engrandece e cativa sob todos os aspectos.
Lili 29/01/2019minha estante
Adorei a resenha! Estou lendo este livro e gostando muito! =)




Edmilson Flor 25/12/2016

Dona Flor e a antítese do mundo moderno
Dona Flor e Seus Dois Maridos, obra ilustre de Jorge Amado é, sem dúvidas, uma narrativa intrigante. O autor teve a esperteza de criar um cenário multipolar que acusa a necessidade do ser humano de procurar sempre a vivência de dois mundos: o da "vadiação" e a do respeito. O enredo consiste basicamente da narração das aventuras culinárias, sexuais, amorosas, políticas, lúdicas e familiares de dona Flor que, em certo ponto, se vê dividida entre duas vertentes, dois maridos: Vadinho e Teodoro. Estes dois, altamente planos, nos mostram duas faces opostas: um é tido como o marido perfeito, romântico, maduro. O outro, por sua vez, é o cafajeste, safado, promíscuo. Dividida entre dois mundos, a decisão de Flor foi a mais surpreendente e é isso que a faz uma personagem altamente esférica e enigmática. Além disso, ela é um toque na ferida de muitos que impõe às mulheres a necessidade de serem submissas e dependentes.

Mais uma vez Jorge Amado traz um romance com fortes críticas sociais, principalmente com o apelo à imagem da mulher do século XX. Além disso, também é curioso o modo como, imerso em uma sociedade altamente católica, o autor se mantém confortável em expor a cultura e religião africana com tamanha maestria.

Jorge Amado, sem dúvidas, é um dos maiores escritores da literatura moderna não apenas no Brasil, mas no mundo.
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Daniel 17/11/2016

A Literatura Quase Real de Jorge Amado
Jorge Amado, a partir da década de 60, começa a se tornar uma das mais significativas referências da literatura moderna, no mundo todo. Traduzido para mais de 20 línguas e dono de uma prosa bastante leve e cujas temáticas são bem representativas da cultura baiana, Jorge Amado nos apresenta, em Dona Flori e Seus Dois Maridos, uma narrativa bastante intrigante, em que uma mulher perde seu marido, Vadinho, e, depois de algum tempo, volta a se casar, dessa vez com Teodoro. Porém, algo fazia falta em sua vida bastante convencional para os padrões da sociedade baiana. Então, Flor vai a um terreiro e pede para que Vadinho volte. Dessa maneira, a personagem principal começa a se sentir mais feliz com seus dois maridos. A linguagem utilizada na obra é uma linguagem fluida, objetiva, com a valorização dos espaços e, sobretudo, da própria narrativa, em si. Seus personagens são típicos da cultura baiana. A intertextualidade presente dentro da narrativa também chama a atenção. Vemos a presença de Zélia Gatai, esposa do romancista, e de Sílvio Caldas, um dos maiores nomes da música popular do começo do século. A obra de Jorge Amado foi retextualizada duas vezes: uma para a televisão, como minissérie, e a outra para o cinema, elevando cada vez mais o valor e a importância da obra para a literatura brasileira.
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ravany 27/08/2016

O que acha de receber uma má noticia em plena época de festa? Principalmente quando essa tal festa é o carnaval, época boa, esperada durante todo o ano?! Bem recebida ela não será, isso quando não surge aquela dúvida de “Será que não é brincadeira com a minha cara?”.

É... Foi perto do que ocorreu com Dona Flor, ou melhor, Florípedes, uma professora de culinária, que recebeu essa “triste” notícia. Seu marido até então vivo, Vadinho, que não era aquele marido muito fiel, havia falecido. Após muito tempo pensando em que ele teria feito contra ela em seu tempo de vida, e até mesmo de luto, ela reage! Nova e com muito ainda pra viver, ela se envolve freneticamente com Dr. Teodoro, um farmacêutico comportado, logo se casando, e vivendo um grande amor.

Mas o que acha que aconteceria se por acaso, o seu antigo marido voltasse? Pode parecer meio estranho e surreal, mas foi o que aconteceu. Ah, mas com um lado positivo: Vadinho só era visto por Dona Flor, o que deixava com um toque diferencial. Apesar de seus defeitos, ele era um porreta, assim como descrito em seu funeral, e consequentemente também era entre quatro paredes. Seguindo o triangulo amoroso, ela terá a difícil escolha a ser feita... Ou seria melhor ficar com os dois?!
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Gabriel 04/05/2016

Muito Legal!
Achei o livro bem divertido! Gostei tanto quanto Capitães da Areia mas o livro exige muita da sua atenção.
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Egídio Pizarro 27/06/2015

Esse não é um livro de humor, mas é muito interessante como há uma pitada de humor durante a história toda. Achei que não ia gostar (trauma por ter lido "Tieta do Agreste", que livro ruim...), mas achei sensacional.
Thiago 27/06/2015minha estante
Poxa eu adoro Tieta, tem umas coisas bem forçadas, mas até deu para dar umas boas risadas, o Dona Flor eu ainda não li, mas vou colocar na fila.


Luciana 27/06/2015minha estante
Dona Flor e nunca li, mas Tieta é um dos meus favoritos!


Thiago 27/06/2015minha estante
O meu favorito do Jorge é o "terra dos sem fim".


Luciana 27/06/2015minha estante
Terras do sem fim , capitães da areia e tieta são os meus favoritos!


Egídio Pizarro 29/06/2015minha estante
Também adoro "Capitães da Areia". Foi um dos primeiros livros que li dele. "Tenda dos Milagres" e "Teresa Batista Cansada de Guerra" valem muito a pena, fica a sugestão.


Luciana 29/06/2015minha estante
Tereza Batista e Gabriela estão na minha estante aguardando para ser lidos!


Thiago 29/06/2015minha estante
Tenda dos milagres eu já li, mas não gostei tanto, mas fica longe de ser ruim, a propósito se fores ler o "terras do sem fim" e gostares dele recomendo ler também a continuação que se chama "São Jorge de Ilheus".


Luciana 29/06/2015minha estante
Não sabia que o terras do sem fim tinha continuação...mais um pra minha lista!


Thiago 29/06/2015minha estante
Mas não é tão bom quanto o "terra dos sem fim", mas ainda assim é um bom livro, ele faz parte da primeira fase dos romances do Jorge que eram de denúncia social, que de longe é minha fase favorita dos livros dele.




Leo 26/10/2014

O maior mérito desta obra é o retrato eficaz da realidade brasileira, principalmente no nível mental e religioso. O vocabulário utilizado é riquíssimo e reflete precisamente esse fantástico multiculturalismo próprio do Estado da Bahia, onde se desenrola a ação.

A religiosidade que mistura ao mesmo tempo o catolicismo e o candomblé, colocando as personagens do candomblé lado a lado com os santos e heróis do catolicismo (algo que, na verdade, se enquadra na religiosidade baiana, já que Salvador tem mais igrejas que qualquer outra cidade do Brasil e ainda assim é centro das religiões de origem africana).

A outra característica incrível é o fato de que Vadinho e Teodoro são metáforas para o id e o superego, respectivamente.

Vadinho é rebelde, impulsivo, espontâneo e dado ao caos (no seu caso, o jogo); Teodoro é metódico e controlado ("Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar" é seu lema, pendurado na farmácia).

Assim, a imagem de Flor pacificamente com os dois, totalmente feliz, invoca o ideal de equilíbrio entre os dois.

Não é, a meu ver, uma obra de grande alcance literário: excelentes descrições, humor excelente, linguagem muito atrativa e um vocabulário rico não compensam a falta de profundidade das ideias expostas. Nem seria talvez essa a intenção de Amado.

Mas é precisamente a leveza, a graciosidade, que impedem essa abrangência, essa profundidade que caracterizam as obras-primas. Talvez estas características ajudem a explicar o sucesso das adaptações de Amado às novelas.

Enfim, um livro que se lê com agrado, mas do qual pouco fica no arquivo da memória.
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Rosélia Reis 24/09/2014

Muito bom!
Eu sou realmente suspeita para falar sobre Jorge Amado, pois admiro muito esse autor. Eis mais um clássico completamente fora do comum, cujo autor com sua linguagem simples e humanística faz parecer algo real. Adorei demais e o Vadinho, impossível não gostar dele... Recomendo!
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Geovanna Ferreira 25/04/2014

A alma brasileira em Flor...
Li esse livro por insistência de uma amiga e hoje compreendo totalmente sua paixão desmedida por Jorge, sim, Amado, e como!

Em Dona Flor e seus dois maridos há a beleza alegre e sensual de nosso povo, da Bahia de todos os santos, seus charmosos malandros e crenças. Em cada página, viramos uma esquina, entramos numa rua de Salvador e conhecemos a fundo seus encantos e causos inacreditáveis.

Completei a leitura rapidamente pois não conseguia fechar o livro e deixar esse universo abafado, para trás, quando vi a Bahia já estava em mim! Os mexericos das velhas vizinhas, a implicancia de Dona Rozilda com Deus e o mundo, Flor e sua doçura, a malícia carismática de Vadinho, a bela seriedade de Teodoro, tudo me cativava. Quando vi a baianada já não era mais meros personagens e sim grandes amigos meus.

Me alegro em saber que " Dona Flor... " é nacional. Uma comédia inteligente e apimentada, para ler com um sorriso estampado no rosto, nos deixa querendo mais, querendo provar os quitutes da graciosa Flor, querendo topar com Vadinho, maroto e sedutor numa dessas casas de jogo de bairro...querendo fazer parte desse mundo criado por Jorge. Obrigatório a todos que desejam descobrir e saborear um Brasil cheio de histórias e grandeza!
Lucas.Catharino 23/12/2018minha estante
Excelente definição! A alma brasileira em Flor! Fiquei até arrepiado, como se tivessem passando os espíritos dos personagens por aqui




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