ANA VALÉRIA 30/09/2012
“Seja eu, seja eu, deixa que eu seja eu e aceita o que seja seu...”
Os livros não se fazem belos simplesmente pelas palavras neles escritas. Tudo é contexto!
Antes de começar a leitura de DONA FLOR já tinha plena convicção de que não seria um simples livro qualquer. A história de Jorge Amado me foi dado de presente (não como objeto, mas como experiência), na verdade último presente, de uma pessoa que marcou a minha vida com flores e ferroadas.
Rafael Mendes meu grande literato deixou em minhas mãos a escolha do meu curso universitário (entre História e Gastronomia), guiada pelas linhas de Jorge, com Dona Flor. Findada a leitura tenho a minha escolha: farei as duas graduações, ainda que Gastronomia seja a minha primeira.
DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS:
Jorge Amado mais uma vez me encanta com suas palavras. Flor, em seu cotidiano consegue transmitir suas diversas experiências: divertidas, tristes, dramáticas, invejáveis.
O livro tem o início da sua narrativa baseada no falecimento de Vadinho (primeiro marido de Flor), Mas o primeiro forte sentimento que nos toma, não é o de condolências à viúva e sim de raiva daquele marido tão, tão... aff, Que ódio!
O livro vai, então, contando as peripécias da vida e do cotidiano de Dona Flor e vai nos envolvendo. Alguns personagens vão nos cativando como Dona Norma (grande amiga), enquanto outros vão nos causando impaciência e repugnância, como Dona Rosilda (mãe de Flor).
Depois de longos mexericos e tentativas de vizinhas e amigas em casar novamente Dona Flor, ela se depara com um pretendente dos sonhos, anos-luz de diferença da personalidade de Vadinho. Teodoro é um homem cavalheiro, amoroso e que dedica a Flor todo carinho e gentileza possíveis.
Flor casa-se pela segunda vez, mas o fantasma do seu primeiro marido lhe persegue. O desejo daquele homem que lhe consome na cama se faz cada vez mais forte e ela não consegue resistir ao fogo do desejo que apenas Vadinho pode lhe saciar.
Flor sofre por amar dois maridos e no início só ela sabe o quanto foi difícil conviver com aqueles sentimentos, mas no fim ela os aceita, porque eles se completam e se pudessem se misturar em somente um, uhm... seria um homem perfeito!
Circunda a narrativa principal as histórias que se passam na Escola de Culinária de Dona Flor: Sabor e Arte; mostrando seus dotes culinários, suas mãos de fadas, que encantam todos que de suas delícias provam. Fiquei, eu, também, encantada com as suas receitas e pretendo fazê-las todas.
Adorei a leitura e por fim
Agradeço ao meu amigo e professor pelo mais carinhoso presente. Pena que você não me deu tempo, para eu pudesse terminar e poder te dizer o quanto foi importante para mim.
A Leitura deste livro dedico a Rafael Mendes.
“É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã, por que se você parar para pensar na verdade não há.”
Rafa você é eterno...