Dona Flor e seus dois maridos

Dona Flor e seus dois maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


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Edmilson Flor 25/12/2016

Dona Flor e a antítese do mundo moderno
Dona Flor e Seus Dois Maridos, obra ilustre de Jorge Amado é, sem dúvidas, uma narrativa intrigante. O autor teve a esperteza de criar um cenário multipolar que acusa a necessidade do ser humano de procurar sempre a vivência de dois mundos: o da "vadiação" e a do respeito. O enredo consiste basicamente da narração das aventuras culinárias, sexuais, amorosas, políticas, lúdicas e familiares de dona Flor que, em certo ponto, se vê dividida entre duas vertentes, dois maridos: Vadinho e Teodoro. Estes dois, altamente planos, nos mostram duas faces opostas: um é tido como o marido perfeito, romântico, maduro. O outro, por sua vez, é o cafajeste, safado, promíscuo. Dividida entre dois mundos, a decisão de Flor foi a mais surpreendente e é isso que a faz uma personagem altamente esférica e enigmática. Além disso, ela é um toque na ferida de muitos que impõe às mulheres a necessidade de serem submissas e dependentes.

Mais uma vez Jorge Amado traz um romance com fortes críticas sociais, principalmente com o apelo à imagem da mulher do século XX. Além disso, também é curioso o modo como, imerso em uma sociedade altamente católica, o autor se mantém confortável em expor a cultura e religião africana com tamanha maestria.

Jorge Amado, sem dúvidas, é um dos maiores escritores da literatura moderna não apenas no Brasil, mas no mundo.
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Daniel 17/11/2016

A Literatura Quase Real de Jorge Amado
Jorge Amado, a partir da década de 60, começa a se tornar uma das mais significativas referências da literatura moderna, no mundo todo. Traduzido para mais de 20 línguas e dono de uma prosa bastante leve e cujas temáticas são bem representativas da cultura baiana, Jorge Amado nos apresenta, em Dona Flori e Seus Dois Maridos, uma narrativa bastante intrigante, em que uma mulher perde seu marido, Vadinho, e, depois de algum tempo, volta a se casar, dessa vez com Teodoro. Porém, algo fazia falta em sua vida bastante convencional para os padrões da sociedade baiana. Então, Flor vai a um terreiro e pede para que Vadinho volte. Dessa maneira, a personagem principal começa a se sentir mais feliz com seus dois maridos. A linguagem utilizada na obra é uma linguagem fluida, objetiva, com a valorização dos espaços e, sobretudo, da própria narrativa, em si. Seus personagens são típicos da cultura baiana. A intertextualidade presente dentro da narrativa também chama a atenção. Vemos a presença de Zélia Gatai, esposa do romancista, e de Sílvio Caldas, um dos maiores nomes da música popular do começo do século. A obra de Jorge Amado foi retextualizada duas vezes: uma para a televisão, como minissérie, e a outra para o cinema, elevando cada vez mais o valor e a importância da obra para a literatura brasileira.
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ravany 27/08/2016

O que acha de receber uma má noticia em plena época de festa? Principalmente quando essa tal festa é o carnaval, época boa, esperada durante todo o ano?! Bem recebida ela não será, isso quando não surge aquela dúvida de “Será que não é brincadeira com a minha cara?”.

É... Foi perto do que ocorreu com Dona Flor, ou melhor, Florípedes, uma professora de culinária, que recebeu essa “triste” notícia. Seu marido até então vivo, Vadinho, que não era aquele marido muito fiel, havia falecido. Após muito tempo pensando em que ele teria feito contra ela em seu tempo de vida, e até mesmo de luto, ela reage! Nova e com muito ainda pra viver, ela se envolve freneticamente com Dr. Teodoro, um farmacêutico comportado, logo se casando, e vivendo um grande amor.

Mas o que acha que aconteceria se por acaso, o seu antigo marido voltasse? Pode parecer meio estranho e surreal, mas foi o que aconteceu. Ah, mas com um lado positivo: Vadinho só era visto por Dona Flor, o que deixava com um toque diferencial. Apesar de seus defeitos, ele era um porreta, assim como descrito em seu funeral, e consequentemente também era entre quatro paredes. Seguindo o triangulo amoroso, ela terá a difícil escolha a ser feita... Ou seria melhor ficar com os dois?!
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Gabriel 04/05/2016

Muito Legal!
Achei o livro bem divertido! Gostei tanto quanto Capitães da Areia mas o livro exige muita da sua atenção.
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Egídio Pizarro 27/06/2015

Esse não é um livro de humor, mas é muito interessante como há uma pitada de humor durante a história toda. Achei que não ia gostar (trauma por ter lido "Tieta do Agreste", que livro ruim...), mas achei sensacional.
Thiago 27/06/2015minha estante
Poxa eu adoro Tieta, tem umas coisas bem forçadas, mas até deu para dar umas boas risadas, o Dona Flor eu ainda não li, mas vou colocar na fila.


Luciana 27/06/2015minha estante
Dona Flor e nunca li, mas Tieta é um dos meus favoritos!


Thiago 27/06/2015minha estante
O meu favorito do Jorge é o "terra dos sem fim".


Luciana 27/06/2015minha estante
Terras do sem fim , capitães da areia e tieta são os meus favoritos!


Egídio Pizarro 29/06/2015minha estante
Também adoro "Capitães da Areia". Foi um dos primeiros livros que li dele. "Tenda dos Milagres" e "Teresa Batista Cansada de Guerra" valem muito a pena, fica a sugestão.


Luciana 29/06/2015minha estante
Tereza Batista e Gabriela estão na minha estante aguardando para ser lidos!


Thiago 29/06/2015minha estante
Tenda dos milagres eu já li, mas não gostei tanto, mas fica longe de ser ruim, a propósito se fores ler o "terras do sem fim" e gostares dele recomendo ler também a continuação que se chama "São Jorge de Ilheus".


Luciana 29/06/2015minha estante
Não sabia que o terras do sem fim tinha continuação...mais um pra minha lista!


Thiago 29/06/2015minha estante
Mas não é tão bom quanto o "terra dos sem fim", mas ainda assim é um bom livro, ele faz parte da primeira fase dos romances do Jorge que eram de denúncia social, que de longe é minha fase favorita dos livros dele.




Leo 26/10/2014

O maior mérito desta obra é o retrato eficaz da realidade brasileira, principalmente no nível mental e religioso. O vocabulário utilizado é riquíssimo e reflete precisamente esse fantástico multiculturalismo próprio do Estado da Bahia, onde se desenrola a ação.

A religiosidade que mistura ao mesmo tempo o catolicismo e o candomblé, colocando as personagens do candomblé lado a lado com os santos e heróis do catolicismo (algo que, na verdade, se enquadra na religiosidade baiana, já que Salvador tem mais igrejas que qualquer outra cidade do Brasil e ainda assim é centro das religiões de origem africana).

A outra característica incrível é o fato de que Vadinho e Teodoro são metáforas para o id e o superego, respectivamente.

Vadinho é rebelde, impulsivo, espontâneo e dado ao caos (no seu caso, o jogo); Teodoro é metódico e controlado ("Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar" é seu lema, pendurado na farmácia).

Assim, a imagem de Flor pacificamente com os dois, totalmente feliz, invoca o ideal de equilíbrio entre os dois.

Não é, a meu ver, uma obra de grande alcance literário: excelentes descrições, humor excelente, linguagem muito atrativa e um vocabulário rico não compensam a falta de profundidade das ideias expostas. Nem seria talvez essa a intenção de Amado.

Mas é precisamente a leveza, a graciosidade, que impedem essa abrangência, essa profundidade que caracterizam as obras-primas. Talvez estas características ajudem a explicar o sucesso das adaptações de Amado às novelas.

Enfim, um livro que se lê com agrado, mas do qual pouco fica no arquivo da memória.
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Rosélia Reis 24/09/2014

Muito bom!
Eu sou realmente suspeita para falar sobre Jorge Amado, pois admiro muito esse autor. Eis mais um clássico completamente fora do comum, cujo autor com sua linguagem simples e humanística faz parecer algo real. Adorei demais e o Vadinho, impossível não gostar dele... Recomendo!
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Geovanna Ferreira 25/04/2014

A alma brasileira em Flor...
Li esse livro por insistência de uma amiga e hoje compreendo totalmente sua paixão desmedida por Jorge, sim, Amado, e como!

Em Dona Flor e seus dois maridos há a beleza alegre e sensual de nosso povo, da Bahia de todos os santos, seus charmosos malandros e crenças. Em cada página, viramos uma esquina, entramos numa rua de Salvador e conhecemos a fundo seus encantos e causos inacreditáveis.

Completei a leitura rapidamente pois não conseguia fechar o livro e deixar esse universo abafado, para trás, quando vi a Bahia já estava em mim! Os mexericos das velhas vizinhas, a implicancia de Dona Rozilda com Deus e o mundo, Flor e sua doçura, a malícia carismática de Vadinho, a bela seriedade de Teodoro, tudo me cativava. Quando vi a baianada já não era mais meros personagens e sim grandes amigos meus.

Me alegro em saber que " Dona Flor... " é nacional. Uma comédia inteligente e apimentada, para ler com um sorriso estampado no rosto, nos deixa querendo mais, querendo provar os quitutes da graciosa Flor, querendo topar com Vadinho, maroto e sedutor numa dessas casas de jogo de bairro...querendo fazer parte desse mundo criado por Jorge. Obrigatório a todos que desejam descobrir e saborear um Brasil cheio de histórias e grandeza!
Lucas.Catharino 23/12/2018minha estante
Excelente definição! A alma brasileira em Flor! Fiquei até arrepiado, como se tivessem passando os espíritos dos personagens por aqui




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Suh 29/04/2013

Dona flor, safadinha!
Eu gostei muito de ler dona flor e seus dois maridos. Conta a história de uma mulher que é apaixonda por seus dois maridos. O primeiro Vandinho é um safado, porém muito atraente e tem um papo furado... Ele morre, mas continua pertubando dona Flor, que por outro lado é apoixonada por ele. Depois de um tempo de viúva ela se casa com o farmaceutico que é o oposto do primeiro marido, ele é todo certinho e tem hora pra tudo! Rs. A história é bem engraçada e vale apena lê-la.
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Gabriel 07/01/2013

Logo que se lêem as primeiras páginas de Dona Flor percebe-se que é um livro de Jorge Amado. Com todas as referências a cidade de Salvador, a Bahia, a religião, a cultura do nosso povo, Jorge Amado demonstra seu amor por essa terra e por suas singularidades.

Um livro interessantíssimo tanto para quem não conhece a Bahia como para quem mora nela. Nele são apresentados personagens que marcam todos os que leram a obra, como o lendário, divertido,irresponsável, apaixonado pela vida, Vadinho.

Achei que em alguns pontos o livro torna-se um pouco repetitivo, e em decorrência disso por vezes chato, mas nada que possa tirar a beleza dessa obra com que Jorge Amado presenteou a Bahia.
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