Dona Flor e seus dois maridos

Dona Flor e seus dois maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


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Sena 18/02/2024

Da terrível batalha entre o espírito e a matéria. Do não ser para o ser.
O que falar sobre esse livro? Reli depois de 15 anos e ele me fez rir como na primeira vez em que o li. É uma história de costumes, de moral e de amor que só poderia acontecer na Bahia como diz o próprio autor. Tem seus defeitos, por exemplo, a normalização de um relacionamento extremamente abusivo de Flor com seu primeiro marido e o quanto ela se acostuma com isso a tal ponto de chamar o finado de volta (e ele volta e mais sem vergonha que nunca).

"Ele é tua face matinal, eu sou tua noite, o amante para o qual não tens jeito nem coragem. Somos teus dois maridos, tuas duas faces, teu sim, teu não. Para ser feliz, precisa de nós dois. Quando era eu só, tinhas meu amor e te faltava tudo, como sofrias! Quando foi só ele, tinhas de um tudo, nada te faltava, sofrias ainda mais. Agora, sim, és dona Flor inteira como deves ser." - De Vadinho para Flor.
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Matheus656 12/02/2024

Definitivamente a melhor parte do livro é Dona Flor e Vadinho. A dinâmica desses dois personagens foi o que mais me prendeu atenção. Senti que nos capítulos dedicados a outros personagens divaguei e perdi um pouco o foco. Muito interessante e de certa forma divertido os dilemas de Dona Flor pautados pela moral da época e comparar com a época atual em que muita coisa já mudou.
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Clau7letrinhas 04/02/2024

Enfadonho
O texto é prolixo demais? morno, cheio de rodeios e detalhes pra mim desnecessários. Além do que a personagem principal vive num relacionamento tóxico que nem depois da morte dele para.
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driesvansteen 21/01/2024

História moral e de amor
Lindo ver a Flor. Cheguei a chorar de rir. Pra cada desabafo uma receita, entre viuvez y cozimento, tesão y tempero. Receitas y despesas (o Roberto DaMatta diz no posfácio). Para cada um, outro. Tudo que merece. Linda, Flor. Enfim o subtítulo, cômico como apetece: História moral
e de amor.
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Nath 06/01/2024

?Ele é tua face matinal, eu sou tua noite, o amante para o qual não tens nem jeito nem coragem. Somos teus dois maridos, tuas duas face, teu sim, teu não.?
Que livro, te amo vadinho e theodore, queria vcs dois como maridos tb
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Raphaela Luiz 27/12/2023

E não é que a batalha espiritual é realmente uma batalha?
Demorei pra entender que a narrativa não iria trazer algo de extraordinário - apesar de saber que um dos maridos seria o fantasma de um morto - e isso fez com que minha experiência de leitura fosse frustrante. O livro acaba não prendendo o leitor, porque acompanhar o dia-a-dia de uma família padrão dos anos 60 não parece lá muito interessante. Como os leitores costumam ter prévio conhecimento do filme e até da série, parece que o livro ia trazer um enredo e tanto, mas, infelizmente, não. Pra mim, o livro só foi ganhar gosto e graça no final, especificamente a partir do capitulo 20 da parte V quando o espirito de Vadinho aparece e começa pregar as peças em quem o mantinha na memória.
Um ponto importante; apesar de ser muito conhecido que Teodoro não o deixava sexualmente satisfeita, não foi a impressão que tive na leitura. O que faltava a Dona Flor era a novidade, a sensação do incerto e a surpresa, inclusive sensação bem parecida com o que é descrito no livro sobre as pessoas que são viciadas em jogatina.
Outro ponto: esperava alguma surpresa de dona Flor ao encontrar o fantasma do marido, mas na narrativa ficou como algo esperado e corriqueiro.
A inclusão de aspectos do candomblé só entra na narrativa no final do livro - quando Vadinho reaparece - e, pra mim, deixou a desejar a resolução do climax do romance. Realmente fora uma batalha espiritual e - la vem spoiler - vencida por uma voadora dada por Dona Flor nua. Mas pra quem já tinha se divertido com trechos sobre marcianos e médica de Jupiter, acabou que nem foi uma surpresa tão ruim assim.
No mais, a leitura foi ruim e arrastada. Realmente não aguentava mais o livro. Li por honra. E só consegui por ajuda do audiobook disponível no spotify pela Ana Clara Brocanello, no podcast Biblioteca Comentada. Meu livro favorito do Jorge Amado continua sendo "a morte e a morte de quincas berro d'água" e o próximo a ser lido será "capitães da areia". Seguimos! Vem 2024.
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Clari.Monise 21/12/2023

A Dona Flor é maravilhosa! Uma personagem cativante e com uma história maravilhosa. Esse livro, apesar de ter algumas partes mais lentas, é maravilhoso!!!!!
Agora a mãe dela..... Que ótimo final ela teve kkkkkkkk
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Juliane4 02/12/2023

O livro é conhecido por sua mistura única de humor, sensualidade e elementos fantásticos. Jorge Amado explora as complexidades das relações amorosas, a cultura baiana e a riqueza da tradição nordestina.
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Mari 21/11/2023

Favorito
Talvez meu favorito de Jorge. Amo as dualidades apresentadas pelo autor e amo a bordagens da sexualidade feminina.
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Rodolfo Vilar 29/10/2023

?Ler ?Dona Flor e seus dois maridos? é se apegar a personagens, é sentir cheiros e provar gostos, é uma mescla de coisas, de rabichos, de querer e ficar? ?
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Continuando o diário de leitura do projeto #BodegadoAmado, a leitura da vez é do livro ?Dona Flor e seus dois maridos? escrito em 1966. Aqui inaugura-se a segunda fase amadiana, onde Jorge Amado, após desfiliar-se do partido comunista, trata menos sobre política em seus livros, mas não abandona alguns dos vieses socioeconômicos de seu olhar para a Bahia e para o Brasil.
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Nesse livro, que realmente achei diferente dos anteriores, por tratar de uma linguagem mais fluida, com diversas viravoltas e idas e vindas no tempo, Jorge Amado conta a história de Florípedes, ou para os íntimos Dona Flor. Após perder seu primeiro marido de um infarto fulminante ela fica num impasse entre viver a vida de viúva ou mudar as páginas de sua vida tediosa e casar-se novamente. Casando com seu segundo marido, Dona Flor irá analisar sua vida a partir de alguns detalhes que faz o leitor refletir sobre preconceitos, o papel da mulher na sociedade e o machismo instaurado. Quebrando tabus, Jorge Amado retrata sobre a vida feminina numa época de ditadura, tratando tudo com humor e consciência.
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Numa volta no tempo conhecemos seu primeiro marido, Vadinho, um homem machista, viciado em jogos, mulherengo e boêmio. É nesse casamento que Dona Flor é testada em todos os seus extremos, onde somente com seu segundo marido, Dr Teodoro, ela consegue entender uma vida de romance e respeito. Porém o que falta em Teodoro há em Vadinho e Flor fica nesse impasse de viver uma vida incompleta, até que num momento o fantasma de Vadinho surge para lhe suprir os desejos sexuais. Nesse impasse Flor fica a se questionar se estaria vivendo uma vida dupla com dois homens. Será?
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O livro não se tornou o meu favorito, achei o Jorge Amado aqui extremamente prolixo, onde havia momentos de narrativas desnecessárias, mas que não tiram a graça do autor a narrar sobre o cotidiano. Um personagem extremamente machista também causa rancor no leitor, além das longas cenas sobre jogos ilícitos.
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O livro conversa com nossa atualidade sobre o papel da mulher na sociedade, a sua liberdade de expressão e de escolha. No livro Dona Flor escolhe não escolher, podendo ter o livre arbítrio sobre sua própria felicidade. É um livro sobre costumes, repleto de personagens multidimensionais e que circulam pelas páginas de um romance bem comum construído.
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Zileide.Brito 29/10/2023

Jorge Amado sendo Jorge Amado
Não sei muito bem o que dizer. Eu sempre fico impressionada com os Clássicos. Como pode dois amores? Coração é um mistério. Coração de mulher é mistério ao quadrado.
Essa Dona Flor é mesmo uma porreta.
Vadinho mais sem jeito. Só uma sagitariana para amá-lo tanto e tão descaradamente, apesar de toda a moral e regras de conduta que a rodeiam e estão impregnadas dentro dela.
Como pode o autor nos fazer acreditar que ela está tendo um desvio de conduta, se Flor deita com um fantasma??? Apenas Jorge Amado mesmo.
Indico muito!
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Carla.Parreira 25/10/2023

Dona Flor e seus dois maridos
O livro conta a história de Florípedes, a dona Flor. Primeiro vem o seu casamento com Vadinho e, após ficar viúva aos trinta anos, surge o casamento com Teodoro. O primeiro marido é farrista, mulherengo e viciado em jogo. Já o segundo é um pacato e respeitável farmacêutico. Eis um dos exemplos que achei mais marcante entre ambos: enquanto o primeiro lhe batia a fim de pegar as economias para gastar no jogo, o segundo lhe abre uma poupança para o dinheiro render juros. O livro foi escrito entre os anos de 1965 e 1966, tendo as características de tal época.
Eis alguns trechos que retirei como principais ao longo da história:
Sobre Vadinho e sua paixão por Flor: ?...Ele não tinha sequer endereço estável, mudando de pensão barata a cada mês por falta de pagamento. Como esbanjar dinheiro em aluguel quando sobrava tão pouco para o jogo? Flor trazia um novo sabor à sua vida, uma quietude, uma placidez, um gosto de ternuras familiares... Amava a singeleza da moça, sua mansidão, sua alegria sossegada, e sua compostura. Lutando diariamente para derrubar-lhe a resistência e romper-lhe a castidade, sentia-se, no entanto, contente e orgulhoso com ela ser assim recatada e séria. Porque só a ele competia domar esse recato, reduzir a prazer aquela pudicícia. Os amigos de Vadinho descobriam um brilho em seus olhos, acontecendo-lhe ficar parado ante a roleta, esquecido de depositar a ficha, sonhador... Apaixonado por Flor, projetando casar-se com ela, mas nem assim disposto a fugir a seus solenes compromissos, a seu quotidiano de jogo e malandragem, de bebedeiras e arruaças, de cassinos e castelos...?
Postura independente de Flor através dos seus dons culinários: ?...Afinal Vadinho não era nenhum celerado, nenhum facínora, foragido da justiça ou cangaceiro do grupo de Lampião; nem ela, Flor, tinha quinze anos, inocente de tudo, sem nada saber da vida. E as despesas da casa não era Flor quem as assegurava, pagando aluguel e comida?...? Sobre os costumes da época com relação à viuvez: ?...Nos primeiros tempos de viuvez, tempos de nojo, de luto fechado, permaneceu dona Flor em preto e em silêncio, numa espécie de devaneio, nem sonho nem pesadelo, entre o crescente murmúrio das comadres e as memórias dos sete anos de casamento... Ao cumprir seis meses de viúva, dona Flor aliviou o luto até então fechado em nojo, obrigando-a, na rua ou em casa, a negros vestidos sem decote. Única nuance nessa negritude: as meias cor de fumo...?
O casamento com Teodoro: ?...Quando tivera início o interesse do farmacêutico, ninguém sabe; não é fácil determinar hora e minuto exatos para o começo do amor, sobretudo daquele que é o definitivo amor de um homem, o amor de sua vida, dilacerante e fatal, independente do relógio e do almanaque. Em dia de confidências, tempos depois, doutor Teodoro confessou a dona Flor, com certo acanhamento risonho, admirá-la de há muito, de antes da viuvez... Teve assim o segundo casamento de dona Flor quanto faltou no primeiro; regido, a rogo dos noivos, por dona Norma, com proficiência e escrúpulo, viu-se cada coisa em seu lugar, na devida hora, tudo de boa qualidade e por preço acessível, tendo ela contado para tal sucesso com a ajuda entusiasta da vizinhança em peso... Era meu querido para cá e minha querida para lá, com afeto e urbanidade, sendo doutor Teodoro de opinião que o trato gentil e a cortesia são complementos do amor, imprescindíveis. Jamais se dirigiu à esposa sem atenção afetuosa, esperando dela a mesma afável polidez de tratamento... A rua seguia de perto os passos de dona Flor: seus vestidos, suas relações de alta, a nova ordenação de sua vida, com visitas, passeios e cinemas, e o próximo pleito eleitoral na Sociedade de Farmácia. Mas, sobretudo, empolgou-se a vizinhança com a música, tema palpitante trazido à baila quase ao mesmo tempo pelo lauto ensaio da orquestra de amadores...?
O aparecimento do espírito de Vadinho: ?...No leito de ferro, nu como dona Flor o vira na tarde daquele domingo de carnaval quando os homens do necrotério trouxeram o corpo e o entregaram, estava Vadinho deitado, a la godaça e sorrindo lhe acenou com a mão. Sorriu-lhe em resposta dona Flor, quem pode resistir à graça do perdido, àquela face de inocência e de cinismo, aos olhos de frete? Nem uma santa de igreja, quanto mais ela, dona Flor, simples criatura... Todas as tardes, dona Flor, terminada as tarefas quotidianas, e após o banho, envolta em perfume e talco, deitava-se no leito para uns minutos de repouso. Então, invariavelmente, Vadinho junto a ela se estendia e sobre as mais diversas coisas conversavam (e enquanto conversavam, lá ia ele derrubando bastiões, tomando-a contra seu peito, dobrando-lhe a vontade). Quando se dispunha a reclamar, ele a distraía falando dos lugares de onde viera, e dona Flor toda curiosa, cheia de perguntas, não tinha forças para proibições...?
Arrependimento pela macumba que ela encomenda para se livrar de Vadinho: ?...Pela primeira vez, dona Flor sentia Vadinho sem forças para agir, confuso e perdido. Onde sua flama, sua arrogância, sua picardia?... Lembrou-se dona Flor do ebó. Bem sua comadre Dionísia lhe avisara. Cabia-lhe toda a culpa, pois recorrera aos orixás e suplicara que levassem Vadinho de retorno à sua morte...?
Flor percebe que não consegue ficar sem Vadinho, chama de volta seu espírito para continuar seu lado, e a historia do livro termina numa cena dela com seus dois maridos: ?...Do braço do marido felizardo, sorri mansa dona Flor: ah!, essa mania de Vadinho ir pela rua a lhe tocar os peitos e os quadris, esvoaçando em torno dela como se fosse a brisa da manhã. Da manhã lavada de domingo, onde passeia dona Flor, feliz de sua vida, satisfeita de seus dois amores...?
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