Dona Flor e seus dois maridos

Dona Flor e seus dois maridos Jorge Amado




Resenhas - Dona Flor E Seus Dois Maridos


220 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Nathalia 18/10/2023

Dona Flor e seus dois maridos é a primeira obra que leio de Jorge Amado. Resolvi começar a leitura depois de visitar a Bahia e me encantar com o pouco que eu vi. O estilo de escrita de Jorge Amado se mostra nesse livro como leve, divertido e temperado - nada insosso - ao mesmo tempo que pontua questões culturais, sociais e econômicas da Bahia (e do Brasil) retratada por ele.
As personagens parecem ter vida própria e seguir seu próprio curso ao longo do livro. São personagens de personalidade forte, mas ainda assim complexas e carregadas de conflitos e dilemas - não são personagens planas ou simples. São personagens vivas. Dona Flor me cativou de maneira especial por ser uma mulher que, apesar dos conflitos entre o que deseja e o que a sociedade lhe diz, não pode deixar os outros decidirem o que ela faz da sua vida.
Acho que a escrita de Jorge Amado, e em especial Dona Flor, fizeram um espaço em mim, algo que me mudou pra sempre. Uma grande obra e uma leitura cheia de brasilidade que vale muito a pena.
comentários(0)comente



Bruna3594 15/10/2023

OBRA-PRIMA!
ICÔNICO, MEMORÁVEL E ATEMPORAL! Definitivamente uma das melhores histórias que tive a oportunidade de ler esse ano. TA NO TOP5 COM CERTEZA.

A leitura é muito delicinha!!!! O Jorginho tem uma escrita tão linda, tão envolvente que fui levada para um plano totalmente diferente, viajei mesmo na história, senti o sabor da comida da Dona Flor, senti o cheiro, senti os desejos. Eu amei! É uma obra cheia de humor, com intrigas e muito prazer. PERFEITA!

¡LEIAM! ?
comentários(0)comente



Rayray 15/10/2023

?meu deus esse é o meu livro preferido do Jorge Amado? -eu dizendo isso pra literalmente todos os livros do Jorge Amado.
Mas sério, gosto tanto quando ele mistura fantasia e realidade.
Uma mulher com preconceitos pequenos burgueses que enfrenta seus atrasos ficando com o fantasma do marido morto e o atual vivo.
comentários(0)comente



EvaíOliveira 08/10/2023

Um dos romances mais populares de Jorge Amado, levado com êxito ao cinema, ao teatro e à televisão, Dona Flor e seus dois maridos conta a história de Florípedes Paiva, que conhece em seus dois casamentos a dupla face do amor: com o boêmio Vadinho, Flor vive a paixão avassaladora, o erotismo febril, o ciúme que corrói. Com o farmacêutico Teodoro, com quem se casa depois da morte do primeiro marido, encontra a paz doméstica, a segurança material, o amor metódico. Um dia, porém, Vadinho retorna sob a forma de um fantasma capaz de proporcionar de novo à protagonista o êxtase dos embates eróticos. Por obra da fantasia literária de Jorge Amado e da intervenção das entidades do candomblé, Flor consegue conciliar no amor o fogo e a calmaria, a aventura e a segurança, a paixão e a gentileza. Lançada em 1966, esta narrativa ousada e exuberante, plena de humor e ironia, é uma saborosa crônica de costumes da Bahia da primeira metade do século XX e um retrato inventivo das ambigüidades que marcam o Brasil.
comentários(0)comente



Mari M. 01/10/2023

Juro que achei que seria melhor
A escrita de Jorge me encanta, sempre me encantou. Porém nesse volume me senti dando voltas e voltas sem chegar a lugar algum. Um excesso de descrições que parecia que não acabava e que o autor ganhava por página publicada. Se não tivesse a metade dessas narrativas enfadonhas, creio que seria muito melhor. Mas Jorge sendo Jorge, mesmo desta forma, o cheiro do dendê e do camarão seco invadem os sentidos e somos transportados a uma Bahia mística, que tanto querem esconder sem sucesso.
comentários(0)comente



blun_nanda 27/08/2023

Vale a pena?
Antes eu já conhecia a história e por isso quando li não obtive o baque do prazer da leitura.
Jorge Amado é simplesmente um ótimo autor que trás ao meio do livro a imersão de um sentimento da Dona Flor em toda a história. Se ela está triste, você fica aquela parte do livro revoltado com os pensamentos dela, quando ela está desconfiada, você já olha atenta a toda as próximas páginas. Mas o autor é SUPER descritivo, então é uma leitura cansativa o que me fez cansar muitas vezes e mesmo assim, apreciar o livro e o modo de escrita.
Eu nunca poderia deixar de falar da representação dos orixás no livro, é lindo demais. A descrição da briga dos orixás, as imagens postas nessa versão do livro são simplesmente as coisas mais lindas.
Respondendo a pergunta inicial, vale a pena ler sim.
comentários(0)comente



Reccanello 17/08/2023

Tem gosto de mel e pimenta, e de gengibre…
Primeiro, uma curiosidade e um orgulho: conquanto não seja um dos poucos que foram assinados pelo autor, eu tenho um exemplar da primeira edição deste livro. Nele, que é uma das mais icônicas e fascinantes obras da literatura brasileira, o autor Jorge Amado mergulha o leitor na vida da protagonista Florípedes, uma mulher vivaz e sensual, enquanto enfrenta os desafios do amor, da paixão, das forças dos orixás e das complexidades culturais na Bahia dos anos 1940.
===
Ambientando sua história no rico contexto histórico e social da Salvador da década de 1940, e sempre um atento observador de sua sociedade, Jorge Amado captura com maestria todas as transformações pelas quais o país passava na época com a constante urbanização e a crescente influência da cultura global, inserindo-as habilidosamente na narrativa, ao mesmo tempo em que mantém a atmosfera vibrante e colorida da Bahia, retratando seus detalhes mais picantes e transportando o leitor para ruas movimentadas, mercados exóticos e terreiros cujos rituais místicos permeiam a vida cotidiana. Misticismo este refletido na própria trama da obra, que gira em torno do triângulo amoroso incomum entre Dona Flor, seu falecido marido Vadinho e o atual marido Teodoro. Além do fato de um estar vivo enquanto o outro não passar de um defunto, o contraste entre os dois homens é marcante: Vadinho é um hedonista impulsivo e imerso nas alegrias terrenas (eufemismos para não dizer que ele era um malandro, boêmio, alcoólatra, viciado em jogo e mulherengo), enquanto Teodoro é estável, metódico, respeitável e dedicado à carreira de farmacêutico. Mais que adicionar pitadas de humor à complexa relação de Dona Flor com seus dois maridos, e aliadas ao genuíno amor que sentem uns pelos outros, essas discrepâncias criam uma atmosfera de sensualidade e reflexão sobre as escolhas que as pessoas fazem em suas vidas amorosas.
===
De forma muito vívida, o autor descreve a vida noturna boêmia dos cassinos, dos prostíbulos e dos bares da cidade, e toda a diversidade de experiências que a Bahia tinha a oferecer na época ganha vida nas páginas do livro. Tanto ricas quanto pobres, as famílias dos muitos personagens são retratadas com uma autenticidade marcante, bem como seus segredos, conflitos e alegrias, proporcionando um vislumbre das relações sociais e emocionais da época. Os hábitos alimentares e musicais da população são igualmente evidenciados na narrativa, porquanto sejam parte integrante da cultura, das interações sociais e da própria identidade baiana. Esta também é destacada pelo papel central que as religiões de matriz africana desempenham na obra, com seu sincretismo marcante abordado com sensibilidade e respeito. Por último, mas não menos importante, o livro também destaca os valores morais da época, expondo tanto as crenças quanto os preconceitos da sociedade, em que a rígida e hipócrita moralidade padrão convive tranquilamente com uma vivacidade e sensualidade latentes, revelando as complexidades das normas sociais da época.
===
Enfim, e por combinar elementos históricos, sociais e culturais com uma narrativa envolvente e personagens cativantes, "Dona Flor e seus Dois Maridos" é uma obra-prima literária que nos convida a explorar as nuances da sociedade baiana e a riqueza espiritual de suas crenças. Através deste livro, Jorge Amado permanece como um mestre em capturar a essência da Bahia e da alma brasileira.

site: https://www.instagram.com/p/CwEBvp0AIyo/?img_index=1
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Keilizie.Santaroza 08/08/2023

Pra mim, superstimado
Mais um livro de Jorge Amado que não me agrada, to achando que realmente a escrita do autor não tem a ver comigo. A história não é ruim, a escrita é facil de compreender, mas sei lá, não vai !!
Alê | @alexandrejjr 25/09/2023minha estante
O que te incomodou na leitura? O enredo? As personagens?




Marcelo217 31/07/2023

Peculiar(!)
Mais um Jorge Amado pra conta e cada vez me impressiono com a qualidade das obras que ele produziu.

O título e a história já fazem parte do imaginário coletivo do Brasill, logo é muito dificil não saber do que se trata. Tive a sorte de nunca ter me aprofundado na história e acabei lendo quase sem spoilers. A história retrata uma sociedade muito menos emblemática do que é feito em Gabriela, cravo e canela. Os personagens são mais comuns e, por causa disso, o enredo se desenvolve de uma forma mais natural. Uma relato popular de influência da cultura soteropolitana sem ressalvas ou preconceitos.

O ritmo é bem dinâmico. Há muitos personagens e a história vai sendo construida muitas vezes fora do núcleo central da história. Os personagens são cheios de personalidade (característica do autor).Dona Flor vive os dois extremos da sociedade com Vadinho e Teodoro e o autor sabe muito bem transitar por ambos os lados. Através de personalidades opostas, dona Flor se divide e se adapta para conviver com dois lados antagônicos masculinos.

Assim como aconteceu em Gabriela(boas cozinheiras), Jorge Amado traz um protagonismo morno, contido e subordinado da personagem principal. Aqui Dona Flor é quase apagada pela figura de Vadinho que, por apresentar tantas camadas, domina a narrativa ao meu ver. Ao retratar um cotidiano social de meados do século XX, a sociedade e os personagens se comportam de acordo com o padrão patriarcal e conservador.

Há um grande espaço para a cultura popular e o autor não faz tantas críticas sociais direcionadas (como em Gabriela e Capitães da Areia). Ao invés disso percebi que o autor traz mais alusão à pessoas reais em características e em própria menção na história. É explorado o universo da cultura negra, religiões de matriz africana e a seus costumes. A trama traz o sobrenatural através desse viés de uma forma muito bem contextualizada que não faz o enredo do final destoar do restante da história.

Pelo próprio título já remeter um acontecimento, a história se desenvolve de forma muito intuitiva, o que torna muitas vezes os fatos previsíveis e alguns pontos da história muito alongados pela dedução óbvia. O discurso narrativo está sempre em contato com o leitor quase como uma história contada informalmente.

O autor mostra o quão articulado é e como ele consegue passear pela linguagem erudita e popular, sem parecer pedante ou forçado. É uma narrativa polida, com um erotismo polido (também característico dele) na medida certa.

O livro é rico em informações e contextos de uma sociedade que se desenvolvia pelos tabus, porém o autor adiciona tudo com muita naturalidade, como uma vida cotidiana. Os personagens são os coadjuvantes de uma história que se sobressai aos seus próprios componentes. Jorge Amado nos leva por uma realidade fiel, com muitos conflitos sociais, conjugais e pessoais que convencem e fazem o leitor testemunhar os bastidores da vida de pessoas comuns.
comentários(0)comente



Clio0 25/07/2023

Quer começar uma discussão? Basta soltar no meio de um bando de acadêmicos a famosa frase: A melhor obra de Jorge Amado foi... e a briga vai começar. É claro, com Capitães de Areia e sua crítica social sendo presença obrigatória no vestibular e Tieta do Agreste com toda a sua politicagem e já tendo mil adaptações, poucos considerariam Dona Flor e Seus Dois maridos. Grande injustiça.

As mulheres na obra do autor refletem, como não podia deixar de ser, uma visão masculina, assim são eróticas, misteriosas e, sobretudo, fortes. Hoje em dia tende-se a argumentar que o retrato da figura feminina em qualquer mídia mostra-se como uma caricatura da fêmea submissa ou da mulher-fera, mas o baiano prefere caracterizar sua heroína como uma mulher típica dos anos sessenta...

Flor é doce, sensual e pragmática. Ao invés de sofrer enfrentado a sociedade, ela burla-a. Perde a virgindade com o primeiro namorado, casa-se com Vadinho - um vadio por quem é perdidamente apaixonada - , recasa-se com alguém capaz de lhe dar segurança financeira, considera o adultério ao se ver insatisfeita sexualmente e, finalmente, abraça a bigamia como seu direito. Uso o termo aqui na sua forma mais informal, é preciso ler o livro para entender por quê.

Jorge Amado, ao seu bel prazer, salpica os capítulos com receitas culinárias, piadas sociais e vez por outra, com os melindres e dúvidas morais de Flor que vão caindo por terra com os ataques incessantes de Vadinho. O fato de que o personagem é um fantasma é apenas a cereja do bolo.

É um texto leve, engraçado, cheirando a maresia e com gosto de azeite de dendê.

Recomendo.
preta velha 25/07/2023minha estante
já li este livro quatro vezes e o meu favorito dele é tieta, que li cinco.


Juliana-- 26/07/2023minha estante
Preciso ler este depois desta resenha, valeu!


Caroline1402 31/07/2023minha estante
Que resenha maravilhosa!




Ju 23/07/2023

Eu já comi tua honra uma vez, vou comer outra...
Foi meu primeiro contato com Jorge Amado e, apesar de um pouco enrolado inicialmente, quando você vê, já está encantado com todos os personagens. Jorge traça o perfil de ser mulher e estar soterrada por desejos e obrigações perante a sociedade, tentando sufocar aquilo que se quer em nome da honra e da moral. Mas, ah, quando se pode ter tudo, o melhor dos dois mundos, não há hesitação. A boca suja do Vadinho é uma coisa que, hm... Já li muito romance (e dos mais baixos possíveis), e nenhum se compara à malemolência desse capadócio. Onde já se viu, vadiar de roupa?

Passei muito ódio com o Vadinho, depois mais ódio ainda com o dr. Teodoro, fazendo com que ansiasse pela presença leve e feliz e caótica do primeiro marido. Dona Flor é uma fofa, uma mulher que você torce porque se identifica. Claro, nem tudo ali é aceitável, mas é a realidade dela e você só quer vê-la feliz.

Meu destaque de personagens favoritos vai para Dona Norma, Dionísia e Dona Gisa. Apenas as maiores.

Após todas essas páginas e muitos pensamentos de “meu deus, isso não era necessário” em relação a algumas partes, percebi que era, sim, importantíssimo. Dona Flor e seus dois maridos não é um livro de plot twists, mas sim um registro do dia a dia, dos prazeres da vida. Portanto, pra que pressa? Nem sempre Exu (e Dona Flor) ganharão essa por você.
comentários(0)comente



Bia Pupato 18/07/2023

Uma leitura divertida
Fazia muito tempo que não lia um clássico brasileiro, ainda mais tempo que não lia Jorge Amado. Adoro a escrita divertida que zomba da sociedade ao mesmo tempo que traz críticas sociais atemporais.

Vadinho era um mulherengo e jogador que não queria saber de trabalhar e gastava na farra até as economias da mulher, morreu como viveu no meio da farra, já no segundo matrimônio Dona Flor se vê repleta da segurança dada por Teodoro, farmacêutico respeitável e trabalhador.

Com um toque sobrenatural do destino Dona Flor vê o marido falecido reaparecer, no momento que sua vida se mostra calma ao lado do novo marido, dividida entre o amor calmo do atual marido e a tempestade de emoções do primeiro, aguentar as perturbações de um fantasma ou seguir na calmaria?
comentários(0)comente



Mariana 10/07/2023

É injusto me pedir para julgar qualquer livro do Jorge Amado, porque sou muito fã do autor. Com nenhuma surpresa, digo que amei a história.

A escrita é extremamente brasileira, com um bom humor único. A exploração da mente da Flor foi o suficiente para me fazer compartilhar da dúvida dela. Você entende perfeitamente o apelo dos dois maridos, de forma que os defeitos de um são corrigidos pelo outro.

Entretanto, o leitor não deve esperar por um grande clímax ou reviravolta na história. A intenção da obra é puramente mergulhar no triângulo amoroso, não só de forma romântica e sexual, mas destrinchar os inúmeros significados que ele apresenta.
comentários(0)comente



Jackson60 10/06/2023

A Bahia das décadas de 30 e 40
Nesta celebre obra de Jorge Amado, a Bahia das décadas de 30 e 40 é mostrada de forma íntima.

Tendo como protagonista a professora Dona Flor, o livro narra com riqueza de detalhes e personagens o improvável caso de uma mulher com dois maridos.

Contudo, talvez essen nem seja o ponto alto da obra, que já se inicia com eventos mais recentes, fazendo regresso na história até poder avançar no tempo.

O livro é dividido em cinco partes as quais se subdividem em capítulos. De modo geral, a narrativa é organizada, em que pese a grande quantidade de personagens poder causar certa confusão.

Trata-se de uma excelente livro para quem quer conhecer mais da obra de Jorge Amado, com toda a sua reverência para trazer temas centrais e, até mesmo, delicados.
comentários(0)comente



220 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR