Uma Pequena Casa de Chá em Cabul

Uma Pequena Casa de Chá em Cabul Deborah Rodriguez




Resenhas - Uma pequena casa de chá em Cabul


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Bruna 10/04/2016

Uma pequena casa de Chá em Cabul: um dos melhores livros lançados em 2015
Desde dezembro devo aqui uma resenha sobre um livro que li que me chamou muito a atenção: Uma Pequena Casa de Chá em Cabul, de Deborah Rodriguez. O motivo simples, acho que expliquei por aqui, foi o fato da história ter me envolvido de tal forma que escrever qualquer coisa naquele momento seria ruim. A obra sem dúvida é uma das melhores lançadas em 2015 e merece muito a atenção.

Quem me conhece sabe que não sou dada a romances no qual o mocinho está sempre ali, a mocinha é delicada e os dois lutam contra tudo e todos. E talvez esse seja o principal fato de eu ter gostado da história contada por Deborah em 304 páginas, editada no Brasil pela LeYa.

Uma pequena casa de Chá em Cabul conta a história de cinco mulheres que tentam sobreviver numa Cabul que ruma ao retrocesso, que aos poucos tem se transformada em mais machista e fanática religiosa, no qual matar em nome de Deus é permitido. A narrativa não se passa no atual Afeganistão, mas nas décadas passadas.

O centro da história é a casa de chá, da norte-americana Sunny, sendo que é lá que Isabel, a jovem viúva afegã, que está grávida, encontra abrigo, após ser roubada de seu vilarejo e abandonada nas ruas da violenta Cabul, e futuramente é local que também abrigará a irmã caçula dela. Na casa também é o local onde a velha Halajan consegue ainda viver o pouco de liberdade que lhe resta e relembra os momentos do Afeganistão na década de 1970, no mesmo momento que batalha para o filho não se tornar um reacionário e vive um amor, que foge de todas as regras. Nesta casa, a jornalista inglesa Isabel encontra coragem para mostrar a realidade das mulheres e crianças afegãs, assim como Candace encontra um objetivo de vida.

Cinco mulheres, uma diferente da outra, com ambições e ritmos diferentes. Paixões diferentes não vivem sozinhas, personagens secundários aparecem, são fixos e são extremamente importantes para manter a narrativa viva, assim como os debates sociais que fazem parte da rotina da casa de chá.

Uma ótima história, fácil de ler e envolvente. Isso se dá graças a qualidade escrita apresentada pela história, que com maestria soube ligar de forma sutil cada personagem, para que cada um tivesse a sua própria vida e ao mesmo tempo a compartilhasse com todos. Além da ligação correta dos tempos, deixando claro, quando era lembrança, quando era sonho e quando era momento presente.

Não posso também deixar de falar que a tradução é de supra importância, já que se mal feita atrapalha a compreensão da obra e a deixa desinteressante. Neste caso, a tradutora e artista plástica, Alice Klesck, está mais uma vez de parabéns pelo excelente trabalho, sendo ela uma das responsáveis pelo sucesso da obra.

Enfim, Uma pequena casa de chá em Cabul é uma leitura recomendável para quem quiser conhecer algo novo, mas acima de tudo quer se despir de preconceitos e conhecer mais o Afeganistão.

site: http://cabecabaixo.blogspot.com.br/2016/04/uma-pequena-casa-de-cha-em-cabul-um-dos.html
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Mariana 28/03/2016

Muito mais que uma simples casa de chá
A história não é sobre um lugar, mas sim sobre como os sentimentos das pessoas que estão presentes podem tornar cada cantinho especial. As histórias, os enredos, são só alguns meios para o que realmente importa, que é a grande amizade criada ali.

Sunny, a dona da casa de chá, é uma pessoa muito acolhedora, mas que enfrenta alguns dilemas sobre sua vida. A distância pode apagar sentimentos? E como lidar com o amor que surgiu sem que ela percebesse?
Ao mesmo tempo que toma decisões e tem que ser forte para aguentar a vida turbulenta em Cabul, ela encontra nas pessoas que surgiram durante sua jornada a sua fortaleza e os motivos para lutar e agradecer por mais um dia.
Não menos importantes, as histórias de Yazmina, Ahmet, Candace, Isabel, Halajan e Rashif também têm o seu destaque. Sem eles a casa de chá não seria a mesma.

Por fim, posso dizer que esse livro é uma leitura muito agradável! Podemos sentir um carinho transposto em palavras!
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Nicole De 28/01/2016

A força e doçura do chá
Sunny é uma americana que vive em Cabul há alguns anos e possui uma pequena casa de chá na cidade. Com o aumento da violência na região, ela precisa de um plano genial urgente, para atrair mais clientes e salvar seu negócio.
Yasmina é uma jovem viúva que foi levada de seu vilarejo ao norte do Afeganistão como pagamento de uma dívida do tio e abandonada em Cabul após descobrirem que ela estava grávida. Seu destino cruza ao de Sunny no Ministério das Mulheres, onde a jovem foi procurar ajuda, e agora ela é a mais nova atendente da casa de chá.
Isabel é uma jornalista inglesa atormentada pelo passado, que veio ao Afeganistão para investigar sobre guerrilha, corrupção, radicais islâmicos e toda a podridão que cerca um país atolado em guerras.
Candance é uma americana sulista que largou o marido milionário pelo misterioso amante afegão, um homem rico, bonito e sedutor, mas que guarda inúmeros segredos que ela desconhece.
E por último, mas não menos importante é Halajan, a “mãe”, dona da casa onde está à casa de chá, Halajan é uma viúva com muitos segredos e vontades, que despreza as tradições ao mesmo tempo em que se vê obrigada a segui-las. Mãe de Ahmet, ela e o filho trabalham com Sunny.
Uma pequena casa de chá em Cabul conta a história dessas cinco mulheres e como a vida delas se entrelaça em situações diversas. Suas lutas, amores, sofrimentos, anseios e desejos. Ele retrata de forma mágica questões como guerra, morte, violência, fome, drogas e terrorismo.
Faz-nos refletir sobre a realidade omitida pelos jornais, sobre as dificuldades de um país invadido por estrangeiros e abandonado ao mesmo tempo, tudo isso de forma tão sutil que em nenhum momento nos sentimos ofendidos ou invadidos, como ocorre com algumas outras leituras.
Deborah Rodriguez me conquistou desde a capa (que é linda!), sua citação de Eleonor Roosevelt na epígrafe tornou-se uma das minhas prediletas de toda a vida e sua escrita leve me fez sonhar com as montanhas do interior, o frio da neve, as cores do mercado e também o barulho das bombas.
Nunca fiquei com tanta vontade de conhecer um país em guerra como ela me fez querer conhecer o Afeganistão. Simplesmente amei!


site: http://www.amoreselivros.com.br/2016/01/uma-pequena-casa-de-cha-em-cabul.html?showComment=1454004580420#uds-search-results
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Nanda Lisbôa 11/01/2016

RESENHA: Uma Pequena Casa de Chá em Cabul
Resenha no Blog da Nanda Lisbôa: http://nandalisboablog.blogspot.com.br/2016/01/titulo-umapequena-casa-de-cha-em-cabul.html

Título: Uma Pequena Casa de Chá em Cabul
Ano: 2015
Editora: Quinta Essência - LeYa
Páginas: 304
Faixa de preço: R$ 22,80 - R$ 31,92

Uma Pequena Casa de Chá em Cabul conta a história da protagonista Sunny, norte-americana que migrou para o Afeganistão e abriu o seu próprio negócio por lá (a casa de chá). Ao longo da história, o enredo da protagonista se cruza com o de outras quatro importantes mulheres: Yazmina, Halajan, Isabel e Candace. Yazmina é uma jovem que foi roubada de seu vilarejo e acaba indo parar no Ministério da Mulher, onde Sunny a encontra e a leva para morar consigo e trabalhar na pequena casa de chá. Mas Yazmina tem um segredo, que irá crescer com o tempo, ela está grávida e apenas Sunny sabe disso. Halajan é uma senhora que mora no mesmo vilarejo que Sunny e possui uma história de amor antiga com um alfaiate da cidade. Porém essa história não pode ser vivida por conta de Ahmet, filho de Halajan e seguidor tradicional das leis do Alcorão. Isabel é jornalista da BBC Londres, foi para Cabul atrás de uma reportagem sobre os planos de governo para pulverizar os campos de papoula (flor da qual é produzida o ópio). Já Candace foi para Cabul viver com o homem que amava e lá irá trabalhar para ele participando de diversas reuniões que visam angariar fundos para a escola que ele está fundando. Cada uma dessas diferentes mulheres, com diferentes histórias de vida, irão mostrar ao leitor a força de ser mulher em um país completamente machista e excludente.

Trecho da orelha do livro:

"Depois de passar por maus bocados e fazer algumas escolhas ruins, Sunny finalmente encontrou um lugar para chamar de lar. Um lugar que, por acaso, fica no meio de uma das maiores zonas de guerra do mundo. No coração do Afeganistão, Sunny abriu uma casa de chá, onde atende homens e mulheres, expatriados, funcionários da ONU ou mercenários. Todos em busca de um momento de paz em uma região onde a tensão é opressora e um ataque pode acontecer a qualquer momento. Essa pequena casa de chá em Cabul torna-se o cenário para o encontro de cinco mulheres que, mesmo tão diferentes entre si, compartilham segredos e tornam-se amigas com uma relação extraordinária. Deborah Rodrigues descreve com delicadeza e profundidade o dia a dia em Cabul neste romance repleto de personagens cativantes."

Uma das peculiaridades deste livro é a utilização de palavras em dari, uma das línguas oficiais do Afeganistão. O uso dessas palavras instiga o leitor a procurar a tradução (apesar do significado ser muitas vezes apreendido pelo contexto) e desperta o interesse pela cultura afegã. Uma Pequena Casa de Chá em Cabul é um livro que rompe preconceitos, o preconceito contra a mulher e, principalmente, o preconceito contra o Afeganistão, um país que é popularmente conhecido pelo terrorismo, mas que tem cultura própria e muitas pessoas de bem. Acredito que mostrar esse lado humano do país é um dos maiores ganhos deste livro.

A autora, Deborah Rodrigues, é cabeleireira e palestrante motivacional. Assim como Sunny, ela também é americana e viveu em Cabul tendo o seu próprio negócio (em seu caso, os seus próprios negócios), a Cabul Coffee House e o Oasis Salon. Atualmente vive no México e fundou a Oasis Rescue, uma ONG que visa ensinar o ofício de cabeleireira às mulheres em regiões de desastre e pós-conflito. É autora também do best-seller O Salão de Beleza de Cabul: O Mundo Secreto das Mulheres Afegãs. Para saber mais sobre a autora, leia Americana que fundou escola debeleza no Afeganistão narra experiência em livro.

Você encontra Uma Pequena Casa de Chá em Cabul por um preço mais em conta nos seguintes sites

Amazon
Livraria da Folha
Fnac

site: http://nandalisboablog.blogspot.com.br
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Rapha 04/09/2015

Cabul, Afeganistão. Guerra. Terror. Sofrimento.
É nesse cenário que encontramos Sunny, Yasmina, Candace, Isabel e Halajan. Cinco mulheres guerreiras, vítimas do preconceito existente no país em que vivem. Cinco mulheres que inicialmente não possuem nada em comum, mas que se tornam cada vez mais próximas ao decorrer da história. Cinco mulheres que buscam a sobrevivência e, quiçá, o amor e a felicidade.
Essas cinco mulheres - cada uma com suas tragédias e seus sonhos, suas decepções e objetivos - nos apresentam uma nova visão de mundo, uma realidade que nem sempre conseguimos ou queremos enxergar.
Uma pequena casa de chá em Cabul nos ensina, entre outros, que soluções não caem do céu, e que, no fim, todo o esforço valerá a pena. E o melhor: Estes ensinamentos vem de cinco incríveis mulheres!
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Poesia na Alma 12/04/2015

Uma pequena casa de chá em Cabul
Uma pequena casa de chá em Cabul, Deborah Rodrigues, 303 páginas, Editora Leya, é uma poética teia em que mulheres se envolvem pela essência, elas têm um passaporte, oferecido pelo destino, para um momento único e íntimo. Aos imediatistas, não recomendo, mas para quem já aprendeu a degustar um bom vinho, pode se deliciar. Além de ser uma leitura lenta, eu prolonguei o máximo, no intuito de não se despedir daquelas mulheres.
continue http://www.poesianaalma.com.br/2015/03/resenha-uma-pequena-casa-de-cha-em-cabul.html
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Mika 17/03/2015

Rompendo paradigmas através do amor
Conhecer outras culturas e ter novas experiências a partir disso, expandem nossa compreensão de mundo. É por isso, eu acho, que as pessoas são tão fascinadas por viagens, por atravessar mares e continentes, aventura-se no desconhecido e explorando novas possibilidades, novas formas de ver e viver a vida. E acho também, por experiência própria, que é possível transpor fronteiras, mesmo que imaginárias, através da literatura.

E foi isso o que aconteceu comigo nos últimos dias, apesar de ter decidido que nessas férias eu não faria nada extraordinário, o destino me pregou uma peça e fui imersa em uma cultura totalmente nova e desconhecida em seus pormenores. Tudo isso graças a um livro lindo, intenso porém delicado, que ao terminar me deixou com uma dorzinha leve no peito, uma saudade do cotidiano da história, dos personagens, das emoções que vivi ao lê-lo, como se realmente as tivesse vivido.

Ao me lembrar de Uma pequena casa de chá em Cabul a palavra que me vem a mente é memorável. A história se passa em Cabul - Afeganistão, não necessariamente nos dias atuais, mas em algum tempo entre o atentado de 11 de setembro e os dias de hoje. Talvez, pela descrição de algumas rotinas e de alguns aparelhos usados no enredo do livro, no final da década passada, pra tentar ser um pouco mais exata. Uma trama rica, a história muito bem contada, sob os vários pontos de vista de personagens bem construídos, bem detalhados, uma rotina forte em fatos e costumes que faz com que mergulhemos de fato no que é, ou era até então, a realidade da cultura e tradições afegãs conturbadas pelo período entre guerras.

Cinco mulheres, de origens, saberes e culturas distintas, encontram-se, por circunstâncias afins, no cotidiano de uma movimentada casa de chá. Essas relações, construídas a princípio por motivações duvidosas, e bastante frágeis em determinados momentos, conseguem transpor as barreiras das convenções impostas pela sociedade e criam laços que geram transformações profundas não apenas nelas, mas também às pessoas que diretamente as cercam, expandindo inclusive para um contexto mais amplo, agindo como catalizadoras de mudanças na situação de risco que vivem tantas outras mulheres do país.
Trata-se de uma história de amor, de luta e de coragem, de quebra de paradigmas e superação de convenções que quase sempre se mostram irracionais e sem fundamento até mesmo na própria tradição.

Minha primeira reação, enquanto lia, era de estrema gratidão e reconhecimento do quanto sou bem aventurada por nascer num país livre e de certa forma pacífico, na condição de mulher. A jornada é longa e ainda falta muito para que as relações de e entre gêneros se tornem equilibradas e imparciais. No entanto, seria uma injustiça da minha parte fechar os olhos para o quanto avançamos no Brasil, especificamente nos últimos 100 anos, em termos de direitos para mulheres.
Se pensarmos na conquista do direito a educação, o trabalho assalariado (fora da esfera do lar e criação de filhos), a conquista do voto, às políticas para mulheres fortalecidas na última década, reconheço sim, que muito nos já percorremos nesse terreno tão delicado.
E fazer esta reflexão me chocou profundamente, não pela distância que separam nossas realidades, mas por perceber que em pleno século XXI, com todo o desenvolvimento intelectual, a excessiva disseminação de conhecimento da nossa era, ainda somos tão principiantes, para não dizer amadores, em questões tão básicas como o dos direitos humanos, e a premissa elementar de que somos todos, permitam-me a redundância, humanos! independente de gênero, cor, raça, credo e, em tempo oportuno, ideologia política.

Outra faceta interessante do livro é como a autora descreve as relações interpessoais, independente de gênero e classe, dentro da tradição afegã. Como a narrativa se dá de forma onisciente, o leitor acaba tendo uma visão geral de todos os personagens em suas ações, interação com outros personagens, seus pensamentos, seus anseios, julgamentos, e até mesmo suas expectativas.
A partir desse ponto de vista, podemos perceber o quanto aquilo que se vê circunstancialmente no outro, converge num julgamento deliberado, que tão pouco ou nada tem a ver com o que é de fato a essência do indivíduo observado, no entanto, determina suas relações com o mesmo, e de um modo geral as relações em sociedade. Percebo também que esta não é um fator isolado característico de uma única cultura, e que se observarmos com um pouco mais de cuidado, reconhecemos que as bases das nossas próprias relações estão fundamentadas essencialmente naquilo que vemos e consequentemente julgamos no outro, naquilo que supomos que os demais poderão representar a cerca da visão de mundo ou de nossas expectativas. E isso não é novo, e nem está longe de acabar.

De todas as reviravoltas que a história dá, de todas as reflexões que ela nos propões, o que tirou o meu fôlego mesmo, a ponto de prender a respiração em certas partes, e verter algumas lágrimas contidas, confesso, foi o poder transformador do amor. O amor, em sua forma mais ampla, quebra barreiras, supera dogmas, enternece os mais severos corações. O amor transforma desastres em reações surpreendentes. Sim, o final tem um desfecho bem "felizes para sempre", romântico até demais para todo o contexto em que ele é inserido, porém, o amor é isso, é transpor paradigmas, é superar o obvio, é se permitir olhar além do que é socialmente esperado. E essa avalanche de emoções é o que torna este livro o que ele é, grande, transformador, memorável.

site: http://mipanacea.blogspot.com.br/
Marta 19/12/2020minha estante
Adorei a resenha. Vou ler.




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