Resenhas - Psicose

daniel henrique 21/10/2013

Norman, Norma, Normal <3
A primeira vez que ouvi falar sobre PSICOSE foi na faculdade. Até então, eu conhecia apenas o filme, dirigido por Alfred Hitchcock, com aquela cena icônica do chuveiro, que junta um suspense de tirar o fôlego com uma trilha sonora inesquecível e arrepiante. Não sabia que o filme era baseado em um livro naquela época; e, diga-se de passagem, um livro tão bom.

Bem, devo dizer que, ao contrário do que imaginei que o livro seria ainda naquela ocasião, Psicose foi totalmente diferente: de uma forma impressionante. Não me levem a mal, mas, embora eu ame Drácula de Bram Stocker, Frankenstein, O Médico e o Monstro e Cia, terror não é bem o gênero que me define. Não apreciei muito a leitura de A Volta do Parafuso e O Castelo de Otranto, por exemplo.

Lembro que estudamos um pouco sobre a psicologia que existe nesses contos de horror/terror (algo pelo qual sou fascinado), e Psicose é um dos livros mais psicológicos que já li. É simplesmente fascinante. Eu me senti na mente de um verdadeiro psicopata, e isso foi deliciosamente delicioso. No final, nada, nunca, era o que eu imaginava. Norman, Norma, Normal s2

Se você espera por um livro cheio de sangue, correria, gritaria e sexo, bem ao estilo de O Massacre da Serra Elétrica, Psicose não é para você. Embora, verdade seja dita, ele possui a sua cota (e que cota!).

O livro fala sobre como uma jovem chamada Mary Crane rouba quarenta mil dólares de seu patrão (àquela época, 1959, uma imensa fortuna) e foge para a cidadezinha onde seu namorado, Sam, mora. O caso é que Mary se perde no caminho, e numa estradinha abandonada, sob um temporal apocalíptico, ela se depara com o Hotel Bates.

O lugar onde o demônio reside.

Só posso dizer que nada é o que você espera, e o autor nunca leva a história para o rumo que você esperava. O que te surpreende, por que Robert Bloch acaba te provando que tem mais criatividade que você, e que a mente psicótica dele é mais capaz de elaborar tramas arrepiantes que a sua!

Esse livro merece seis estrelas, mas como só existem cinco, classifiquei-o com cinco estrelas bem merecidas.

O trabalho que a editora DarkSide fez com esse livro merece destaque aqui também: a arte do livro é simplesmente LINDA. É como se você estivesse escondido entre as paredes cheias de segredos do Hotel Bates e ficasse por lá, espiando. Eu me senti ainda mais dentro da história, e isso foi super válido.

Sem dúvidas, esse livro se tornou um dos meus preferidos.

Eliza.Beth 04/01/2022

Você conhece sua pessoa mais próxima? Você se conhece?
A mente humana é algo que me fascina.
Eu tendo a ter um gosto particular e apaixonado por mentes que não consigo entender.
Talvez seja isso que tanto chama minha atenção nessas histórias mais pesadas.

Psicose é um suspense raiz, com traços psicológicos. Poderia ser uma história policial qualquer, mas quando a história se choca com um psicótico, aí mermão, a parada fica loucaaaaaa.

O último capítulo desse livro eu grifei 90% das linhas. Achei de uma genialidade sem tamanho, de uma delicadeza até, por mais estranho que isso possa soar.

Eu confesso que sinto pena do Norman.

Bates Motel é uma das minhas séries favoritas. Eu queria ter tido a chance de ler esse livro sem saber tudo que eu já sabia. Acredito que seja uma experiência sem igual. Mesmo assim, a história me arrebatou de uma jeito que não podia deixar de dar minhas 5 estrelas e meu favorito.

2022 começou top!

Bruna 13/12/2021

Um clássico
Já fazia algum tempo que eu queria ler esse livro , e confesso que me surpreendi.. achei muito bom, nunca assisti ao filme e muito menos assisti a série bates motel? o q pra mim deixou a experiência muito melhor, não conhecia o plot e muito menos sabia do que se tratava? pra mim só sabia que a estória se passava em um motel e que tinha ocorrido um assassinato lá e somente isso? fui sem expectativa nenhum na leitura e realmente me surpreendi? a tempos queria ler algo sobre transtorno de personalidade?
No geral recomendo a leitura!

Lucas 01/02/2016

NORMA, NORMAN, NORMAL
Foi uma leitura bem legal. Eu já sabia o final da história e dificultou um pouco andamento da leitura. Tirando isso foi muito bem. Tenho nem o que falar desse livro.

Clássico.

Raquel Holmes 27/11/2017

Ótima leitura!
Eu sempre ouvi falar do filme, mas nunca o assisti. Determinado dia acabei vendo que existia o livro e que o filme tinha sido inspirado nele. Mas eu não sabia exatamente como era o enredo, embora se fale sempre de um psicopata dono de um motel e da clássica cena de uma mulher sendo assassinada no banheiro.

Decidi comprar o livro e dar uma chance a ele, embora achasse que não gostaria. Mas entre ter comprado o livro e tê-lo lido, muito tempo se passou. rs

Eu imaginava que fosse haver todo um mistério e que a cena do chuveiro viria do meio para o fim. Ledo engano. A cena acontece nos primeiros capítulos. E isso quebrou totalmente minhas expectativas. Eu achava que o livro não seria novidade por ter ouvido tanto falar, mas no fim, eu não sabia era nada. Não tinha ouvido falar quase nada e nem percebera. rs

Expectativas quebradas e sendo novidade, foi uma leitura bem bacana. Não tão macabra quanto eu supunha (não curto histórias macabras). Todo o mistério envolvendo Norman Bates e a investigação do desaparecimento de Mary Crane me prendeu como há muito tempo um livro não me prende.

Agora, uma curiosidade (spoiler alert): O que foi aquilo no final do capítulo 16 (pág. 231)? Rolou alguma coisa entre Lila e Sam? (fim do spoiler)

Próximo passo: Assistir ao filme!

A vocês, boa leitura!

Jé 21/01/2021

Plot twist incrível
Que linguagem incrível desse livro, prática e didática, me ajudou a ler muito rápido. Bem vindo ao Motel Bates... um clássico bem elaborado, a história prende do início ao fim e com um plot twist sem igual. Você pensa muito nos ?serás? e ?porquês? fico imaginando a reação de quem leu esse livro em 1959... Norman Bates era três em um só.

Alcione13 31/08/2017

Obra prima
Maravilhoso, perfeito,nota mil.Nao chegam nem perto da valor do livro.Muito bem sacado.Imortal.Um clássico que vai ser eternizado.Apesar do spoiler gigantesco kkk não perdeu a graça.So me fez focarr mais em uma leitura que como um bom vinho,que a medida que envelhecemos, só melhora,deve ser degustada e apreciada!!!

Marcelodmr 28/12/2020

Final tem uma reviravolta incrível
Lembro de ter assistido o filme quando era adolescente, mas graças a minha péssima memória quando li o livro agora parecia meu primeiro contato com a história.

Conta o desenrolar de uma sequência de fatos ocorridos no motel bates. Desde o início a história é envolvente, não à toa que li em 2 dias. Viciante. No decorrer da história você cria vários cenários possíveis, mas o final surpreende. Que final bem feito. Não me espanta Alfred Hitchcock ter comprado os direitos autorais do livro anonimamente para posteriormente tirar todos os exemplares de circulação. Assim ninguém saberia o desenrolar da história antes de assistir ao filme. Já indo rever agora o filme, espero terminá-lo com essa mesma chama de empolgação que estou com a história ao término do livro.

Leiam. Essa edição da darkside é sensacional. Capa dura, fotos do filme, gramatura da folha excelente... impecável!!

Adonai 19/07/2017

Um personagem psicótico e uma leitura maravilhosa!
Escrevo a resenha para ressaltar: foi um dos melhores livros que li em 2017!
Nesse livro incrível, temos a história de Mary Crane, uma mulher que rouba 40 mil dólares e foge para fazer uma surpresa ao noivo que mora distante e está endividado. Contudo, na noite chuvosa da fuga, Mary erra o caminho e encontra o Bates Motel, em uma estrada secundária e pouco movimentada.
O motel é gerenciado por Norman Bates, um adulto esquisitão que sofre(u) nas mãos de uma mãe dominadora. Alguns fatos levam à famosa “cena do chuveiro”, a qual Mary é assassinada no banheiro do quarto. Dias depois, Lila (sua irmã) decide procurar pelo noivo de Mary, Sam Loomis, para averiguar o desaparecimento de Mary. Ambos não sabem o que aconteceu e ao longo da narrativa investigam as pistas em busca de respostas.
O que mais chamou minha atenção é que a história em si é simples (com poucas reviravoltas e com poucos personagens) e ao mesmo tempo é fascinante, já que me prendeu na leitura do começo ao fim.
Fiquei ansioso pra ler o desfecho e fiquei bem empolgado durante a narrativa... Um livro devorado em pouco tempo! Nem preciso dizer que a história é clássica, mas quero pontuar que esse suspense me surpreendeu! Finalizo a resenha com um dos trechos que mais gostei: “Nós não somos tão lúcidos quanto fingimos ser” (p.231).

Talita 04/07/2021

Meu desejo de ler uma história de mistério não foi saciada
Comecei esse livro por ser de mistério e eu estava louca para ler algo do gênero.

Sinceramente, foi uma leitura monótona, não aconteceu nada que me deixou com vontade de devorar o livro. Os personagens não são nada interessantes e o plot poderia ser melhor, se desenvolvido de outra forma. Talvez eu esteja sendo exigente demais, já que é uma história antiga, mas infelizmente minha experiência com ele não foi boa.

Stephany 21/06/2020

"Cavara sua própria cova, agora tinha de deitar-se nela"
Esse livro me prendeu demais, e fico impressionada pela genialidade do autor e do personagem criado por ele a tantos anos atrás. Já tinha interesse pela série Bates Motel, mas por indicação do Bruno do Navegando, decidi começar e ingressar primeiro pela leitura do clássico e não me arrependo.
A mente de um ser humano pode ser igualmente assustadora se comparada a atos violentos e há muitas reflexões sobre o quanto realmente conhecemos as pessoas que convivem com a gente, e se sabemos do que elas podem ser capazes de fazer. Acompanhei a leitura com algumas músicas clássicas que os personagens ouviam e foi uma boa trilha sonora.
Acabei o livro querendo saber mais e mais sobre a mente de Norman Bates, assim, partiu filme! O final é bem fechadinho e com uma porção de insanidade que te faz encerrar pensando "uau, que loucura".
"Não há quem não seja um pouco louco de vez enquando."

Jessica Moisés 15/01/2017

Psicose Robert Bloch
Este é um livro (que posteriormente em 1960 virou um filme dirigido por Alfred Hitchcook) de Psicose
Robert Bloch

Este é um livro (que posteriormente em 1960 virou um filme dirigido por Alfred Hitchcook) de suspense norte-americano que retrata o mistério de Norman Bates que é gerente, e dono do Bates Motel.
O suspense começa quando Marion Crane rouba quarenta mil dólares da empresa na qual ela trabalha para poder pagar as dívidas do namorado (sem que ele soubesse), e poder morar com ele, mas no caminho para Fairville (cidade do amado) ela pega uma entrada errada e acaba parando no Bates Motel, lá ela conhece Norman Bates. A partir daí a história se desenrola, e chega ao ponto chave que é o final onde o mistério é desvendado.
Norman Bates era um homem de quarenta anos, solteiro e com uma história um tanto peculiar. Seu pai morreu cedo, e ele foi criado pela mãe. Muitos anos após a morte de seu pai, sua mãe decide abrir um motel com o namorado Joe Considine e se casar com ele, mas pouco tempo depois de decidirem se casar eles são encontrados mortos. No final do livro é revelado que Norman matou a mãe e o namorado, pois ele é vitima da psicose, que em si é um transtorno mental/psicopatia em que a pessoa sofre desintegração da personalidade e distorção da realidade, acompanhada por ideias obsessivas, além disso ele também era afetado pelo complexo de Édipo, e não suportava a ideia de perder a mãe, e por esse mesmo motivo ele nunca namorou, pois acreditava que o mesmo ciúmes que ele sentia a mãe também sentia por ele. Norman matou também Marion Crane e o detetive que foi investigar o desaparecimento da mulher. No diagnóstico feito pelo psiquiatra, após os crimes serem cometidos, Norman sofria de transtorno de múltiplas personalidades, onde havia o pequeno menino que obedecia a mãe, o homem que tinha que gerenciar o hotel, e a própria mãe.
Para entender a história é necessário ler o livro na íntegra, pois a história é completamente atemporal e segue por vários caminhos que se unem no capítulo final, onde os aspectos fenomenológicos da psicose são explicados e destrinchados.

Liv 03/09/2020

Um mergulho em uma mente psicótica
Lançado originalmente em 1959 pelo norte-americano Robert Bloch, Psicose é um suspense psicológico clássico, baseado na história do assassino Ed Gein, e que deu origem ao filme homônimo dirigido por Alfred Hitchcock em 1960.

O livro traz uma narrativa direta, empolgante e sem firulas sobre o solitário Norman Bates, que mora com sua mãe dominadora em uma casa nos fundos de um motel que administram juntos...
Tudo começa quando Mary Crane resolve furtar 40 mil dólares do escritório em que trabalha, a fim de mudar de vida junto ao seu noivo, Sam Loomis, com quem mantinha um relacionamento à distância. Durante a fuga e a caminho do encontro com Sam, Mary acaba se perdendo em uma estrada quase abandonada, numa noite chuvosa, e encontra o motel do senhor Bates, onde decide passar a noite.
As coisas tomam um rumo inesperado quando Mary, durante um jantar na casa do senhor Bates, percebe que existe uma relação muito estranha entre Norman Bates e sua mãe, a qual parece exercer um domínio incomum sobre o seu filho de quase 40 anos.
Mary, de volta ao seu quarto no motel, é esfaqueada durante o banho, e a única coisa que consegue ver antes de morrer é o rosto de uma senhora.
Em seguida, acompanhamos a saga de Lila Crane, irmã mais nova de Mary, que procura Sam Loomis com o propósito de descobrir o que havia acontecido com sua irmã, desaparecida há uma semana e acusada informalmente de roubar um valor alto do local onde trabalhava. Ambos criam algumas teorias sobre o que poderia ter acontecido a Mary, e seguem pistas que os levam diretamente ao motel de Norman Bates.

O enredo nos põe em perspectivas diferentes a cada capítulo, às vezes na mente de Mary Crane, Lila Crane ou Sam Loomis, outras vezes podemos perceber como funciona a mente doentia de Norman Bates. Tem uma escrita fluida, simples e objetiva, mas que prende do começo ao fim. É um ótimo livro para quem quer sair de uma ressaca literária e tem um final surpreendente (para quem não conhece a história). Um clássico que vale muito a leitura.

Naty__ 04/11/2019

Iniciar essa resenha sem antes fazer menção do lendário filme Psicose é praticamente impossível. Ambos são clássicos, considerados como ícones do horror. O filme de Alfred Hitchcock ganhou um super destaque por seguir à risca o que o livro de Robert Bloch aborda. Todavia, não posso dar a minha opinião a esse respeito porque ainda não vi o filme. Porém, é preciso deixar claro: esse livro é fantástico.

A obra de Bloch foi publicada em 1959 e até hoje o sucesso é garantido e, a cada edição, o trabalho fica bem mais rico e prazeroso de se ler. Para quem não sabe, o livro é baseado no caso do assassino de Wisconsin, o psicótico Ed Gein.

Norman Bates é o protagonista e, engana-se quem pensa que o personagem principal é a mocinha bela por nome de Mary Crane. Nesse aspecto, o autor nos dá uma grande lição de como construir personagens incríveis e enredos totalmente fora do comum. Se você duvida, leia o livro e tenha certeza!

O protagonista é um homem de 40 anos e bastante solitário. Mesmo com uma idade madura, sua mãe o trata como criança. Ela é dominadora e proíbe o filho até de ter relacionamentos amorosos. Norman gerencia o pequeno imóvel da família, o Bates Motel, localizado à beira da estrada. Depois de inaugurada uma nova rodovia, o movimento foi reduzido e, automaticamente, os lucros sofreram uma grande queda.

Paralelamente, temos a presença de Mary Crane, a mocinha da história. Ela é uma jovem muito idealista e que deseja casar com seu noivo, Sam, que está com problemas em seus orçamentos. Ele herdou uma dívida do falecido pai e pretende findá-la antes do casamento. Para ajudar o rapaz, ela desvia 40 mil dólares que seu chefe lhe confia o poder para depositá-los.

Ela decide fugir e, devido a uma forte chuva na estrada, acaba se hospedando no Bates Motel. Crane acredita que terá de passar a noite hospedada e adiar a viagem para o dia seguinte. Porém, alguns planos são alterados sem que ela possa reverter isso. O que Crane jamais imaginaria é que estaria no lugar errado e com as pessoas erradas.

Norman convida a doce jovem para um jantar. Ele se encanta pelo jeito da garota e fica obcecado por ela. Contudo, como sua mãe barra todo tipo de contato, ela percebe que aquela garota lhe causará problemas e decide dar um basta nisso. E o que será que ela faz?

A obra é uma adrenalina do início ao fim. O leitor fica vidrado para saber o que acontecerá e não quer perder nenhum detalhe sequer. Bloch sabe desenvolver um bom enredo sem tornar a narrativa cansada e com inúmeros detalhes. Ele não enrola: é isso ou aquilo. Não existe meio termo e o leitor apenas capta os resquícios de provas possíveis para saber o desfecho da obra. No entanto, é impossível prever o que acontecerá. O autor age como um psicótico e cria um fim totalmente inesperado.

Não é apenas isso que mostra a arte de Bloch, mas o fato de ele eliminar a mocinha logo no início da trama, acabando com a visão taxativa que a mocinha tem que viver. Excepcional e que merece destaque.

Porém, o que senti falta um pouco foi na cena do banheiro. Penso que essa parte poderia ter sido bem mais trabalhada e desenvolvida de uma maneira que fisgasse o leitor ao descobrir a presença da jovem moça no chuveiro. Não dá para explicar mais para não cometer nenhum spoiler. Embora tenha pensado isso nessa cena, em momento algum diminuí as cinco estrelas desse livro. É incrível, surpreendente e impactante.

Não satisfeito com o sucesso do livro e a criação do filme, ainda lançaram uma série chamada Bates Motel e que comecei assistir e adorei. Esse ícone do horror tende a se perpetuar por muitos e muitos anos ainda, quanto mais se lê a obra, mais se gosta; acredito que o mesmo aconteça com o filme, afinal, os elogios não acabam nunca.

Não tem como explicar a delícia que é ler esse incrível pânico recheado de terror e suspense. A leitura é fundamental e imperdível!

Quotes:
“Agora não adiantava chorar sobre o leite derramado. Ainda que não tivesse sido leite”.

“- Você odeia as pessoas porque em verdade tem medo delas, não é? Sempre teve medo, desde pequeno. Melhor se enroscar numa cadeira debaixo da lâmpada e ler um livro”.

“- Mudar, menino? Não vai mudar. Pode ler todos os livros do mundo que será sempre o mesmo. Não preciso dar ouvidos a essa algaravia obscena para saber quem é você. Até uma criança de oito anos sabe!”.

“A prática leva à perfeição”.

site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2016/09/resenha-psicose.html

Pandora 25/03/2020

Norman Bates é o proprietário de um motel na beira da estrada; estrada esta que agora vive deserta depois da construção da nova rodovia. Mary Crane sai do Texas em direção à Califórnia com 40 mil dólares roubados, na esperança de finalmente se casar com o noivo. Ela se perde e para no motel de Bates. E então...

A melhor coisa de ter amnésia cine-literária é se deparar com um livro maravilhoso desses e não ficar comparando com o filme porque... você não lembra quase nada dele, além da clássica cena do chuveiro e da mãe dominadora!

A história do estranho, solitário e psicótico Norman Bates se tornou imortal nas mãos de Hitchcock. Difícil achar alguém que nunca tenha ouvido falar dessa história. Mas para quem não chegou a ver o filme ou, como eu, sofre de um certo esquecimento, é ainda mais delicioso ter esse livro nas mãos. Porque existe a surpresa constante e a ansiedade pelo desenrolar da história.

A escrita é muito fluida, é um livro que se lê de uma sentada e suspense psicológico definitivamente é a minha praia. É tudo muito sutil e assustador ao mesmo tempo, o que só engrandece a obra.

Fiquei com muita vontade de conhecer outros textos do autor - mas não as continuações deste Psicose, não sou fã de sequências -, pois além de se interessar por mentes psicopatas, Bloch escrevia narrativas sobrenaturais.

Notas: Norman Bates é levemente inspirado em Ed Gein, famoso assassino serial que também inspirou Thomas Harris em seu O silêncio dos inocentes, este último bem mais pesado.
Bates Motel foi uma série americana com 5 temporadas (2013-2017) baseada em Psycho e que retrata o relacionamento de Norman e sua mãe antes dos eventos relatados no livro/filme.
Robert Bloch escreveu também Psycho II (1982) e Psycho House (1990), mas não obteve o mesmo sucesso que no primeiro livro da trilogia.