Medéia

Medéia Eurípides




Resenhas - Medéia


211 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


lari 22/05/2022

inicialmente li pra uma disciplina da faculdade, mas é extremamente interessante. a medeia é uma personagem forte e impactante, CERTAMENTE desequilibrada. a mesma medeia quem ajudou jasão a alcançar o prestígio, destruiu e tirou tuuuudo dele.

o tal do eurípedes sabia muito bem o que estava fazendo!!
comentários(0)comente



Luiza Machado 01/01/2010

Uma tragédia grega. Medéia, representando o povo estrangeiro (bárbaro), considerado inferior pelos gregos. Antes do início da peça, que começa após o abandono de Medéia por Jasón, Medeia ajuda Jasón, com o auxílio de seus poderes mágicos, a conquistar o velocino de ouro, com a condição deste se casar com ela, o que era uma forma de ascensão social para ela, por se casar com um grego, além de estar apaixonada por ele devido ao feitiço de Hera e Afrodite.
''Medeia'' retrata bem como era ruim ser mulher na antiguidade, quando tudo o que uma mulher tinha era o marido, que apenas dela necessitava para a geração de seus herdeiros, os filhos homens.
Ao ser abandonada por Jasón, que se casaria com a filha do rei, para vir a suceder-lhe no trono, ela, por ser estrangeira, não faz o que seria melhor para a pólis, agindo com a razão, mas executa sua vingança, saindo vitoriosa.
comentários(0)comente



Aguinaldo 30/01/2012

medeia
Medeia (Μήδεια) é uma peça de Eurípides que foi apresentada pela primeira vez no ano 431 AC. A história é terrível e já inspirou muitos autores nesses quase 2.500 anos (boa parte dos mitos gregos já estão tão amalgamados à cultura popular que um sujeito pode até saber algo do que se narra em uma história sem saber das fontes originais). A edição (bilíngue) da editora 34 é impecável. O industrioso Trajano Vieira assina a tradução, um bom posfácio e generosas notas. Um pequeno texto de Otto Maria Carpeaux, que descreve possíveis leituras possíveis do drama, é incluído na edição. Não é uma leitura fácil, mas o texto ainda é capaz de impressionar um sujeito. Medeia é uma princesa/feiticeira que destrói tudo a seu redor ao menos duas vezes. A primeira é por amor, quanto ajuda Jasão e os argonautas na Cólquida (mais ou menos onde hoje é a Geórgia, ex-república soviética). Mas o que é descrito na peça de Eurípides se passa uns dez anos depois dos sucessos da busca de Jasão pelo velocino de ouro (Robert Graves já nos ensinou que este mito deve estar relacionado com pelegos de ovelha que eram utilizados no garimpo de ouro nos rios da região da Cólquida, mas esta é outra história). No texto de Eurípides Jasão é recebido pelo rei de Corinto, repudia seu relacionamento com Medeia e promete se casar com Glauce, a filha do rei Creon. A fúria de uma mulher desprezada nunca pode ser subestimada (principalmente de uma que é sobrinha da feiticeira Circe). Medeia vinga-se da injúria de Jasão matando Glauce, Creon e os dois filhos que teve com ele, fugindo de Corinto e se fixando em Atenas, onde se casa com o rei Egeu. Como em todo mito poderoso a leitura pode gerar muitas interpretações. Medeia não está louca ou transtornada quando mata os filhos. Tudo é premeditado e calculado, como parte de sua vingança. Jasão tenta ser pragmático, político, só vê os aspectos positivos de sua aliança com o rei Creon, até imagina um arranjo onde Medeia continuaria como sua concubina (quando um homo sapiens sapiens se imagina moderno neste início de século XXI eis que um mito qualquer o lembra do quão perene são as vaidades e pulsões humanas). Gostei muito dos personagens secundários, Nutriz (uma ama-de-leite), Pedagogo (o preceptor dos filhos de Medeia) e Coro (que faz a mediação entre o que está fora da peça com o que é descrito nela). Medeia é uma peça sombria, plena de um feminismo militante, incrivelmente adaptável à atualidade. Os gregos sempre tem algo a dizer para um sujeito. Em breve vou experimentar o Agamêmnon, de Ésquilo. Vamos em frente. [início 02/01/2010 - fim 27/01/2010]
"Medeia", Eurípides, tradução de Trajano Vieira, editora 34, 1a. edição (2010), brochura 14x21 cm, 191 págs. ISBN: 978-85-7326-449-4 [edição original: Μήδεια Atenas (Grécia) 431AC]
comentários(0)comente



Sofia136 09/02/2023

Algumas passagens
(trad. Cabral do Nascimento)
"[Medeia] já não alça a vista nem desprende do chão o olhar; parece uma rocha ou uma onda do mar quando ouve as consolações dos amigos."
"Terríveis são as paixões dos reis; obedecendo pouco, mandando sempre, é-lhes difícil temperar as suas cóleras. Mais vale habituar-se a viver na igualdade. Eu, pelo menos, quisera envelhecer em segurança, longe das grandezas do mundo. Mediocridade... eis a palavra mais bela, sem contestação, que se pode proferir."
"Ora, sobre mim, repentinamente, desabou uma desdita que me destroçou a alma."
"Vai até ao horrendo!"
"Ó Zeus, por que é que dotaste os homens de meios seguros para conhecer o ouro de mau quilate e deixaste o corpo humano sem marca natural com que distinguir os perversos?"
"Para mim o homem injusto, quando é hábil na elocução, merece o mais severo dos castigos."
"...mas a minha cólera é mais poderosa que a minha vontade"
"Entre os mortais, não há um homem feliz. A opulência, quando aflui, pode dar a um maior êxito que a outro, mas a felicidade não."
comentários(0)comente



Matheus.Monteiro 07/08/2016

Fundamental
As peças de Eurípides são muito ricas, com uma profundidade cultural e psicológica muito grande. Medéia nos faz pensar na paixão, em seus efeitos fatais sobre a personalidade, levando-nos às vezes à contradição de nos ferir a nós mesmos, ou ao que nos é mais caro, na busca de aplacar nossa justiça. Penso muito sobre a vingança de Medéia sob essa luz. Acompanhar o processo de seu ciúme e seu amor traído me ensinou muito sobre fatalidade, decisões, paixão e justiça. Leitura mais que recomendada.
comentários(0)comente



mika 25/01/2023

esse livro é um tapa na cara da sociedade, assuntos tão atuais conseguimos enxergar em um livro que data de uma época em que nem imaginávamos e achávamos que hoje seriamos seres humanos melhores .
comentários(0)comente



Léa Diógenes 19/07/2021

Entrou para a minha lista de melhores do ano.
Estou encantada com essa peça, milhares de anos depois da sua primeira representação alguns temas abordados ainda continuam atuais.

Pra mim foi uma grata surpresa encontrar um autor feminista que viveu em uma época em que às mulheres eram apenas propriedades de seus maridos. (dois mil anos depois ainda somos vistas como objetos).

Apesar das "maldades" de Medeia, ela me conquistou, sua coragem de não seguir um padrão de comportamento que era exigido pela mulheres para mim é motivo de transforma-la em heroína. Porém, claro, o que ela tem de heroína, tem de monstro. Matar seus próprios filho foi de uma crueldade imensa.

Estou realmente feliz por ter dado uma oportunidade para esse livro, para essa história. Com toda certeza vou ler outras peças do autor.
comentários(0)comente



Nathalia184 28/02/2023

Medeia provavelmente é uma das minhas histórias favoritas dos mitos.
Ela é uma das poucas mulheres na mitologia que não foi punida e violada pelos deuses e sua ira, apesar de cega e implacável, é compreensível.

É uma das peças mais sangrentas que já li (não que eu tenha lido muitas), mas a imagem e o conflito ficam gravados na alma, uma maravilha.
comentários(0)comente



Jady 27/02/2023

Nada sofreia o sofrimento que me abate.
É uma obra que demanda leitura e releitura para entender os pormenores. No começo confesso que me vi rindo um pouco de todo o draman de Medeia, e pensei que seria uma dramedia (comecei a ler sem procurar saber muito da obra), porém conforme se passam os versos, o drama e o leve suspense começa a aparecer. Será que Medeia irá mesmo seguir com seus planos? Nem ela tem certeza.

A edição que li da Editora 34 é ótima, com diversos comentários que nos ajudam a entender as referências aos mitos gregos (que pouco tenho conhecimento). Além disso, no final tem um "review" do livro muito interessante, que me fez pensar em diversas passagens sob outros olhos.

É um livro que lerei e relerei, pq percebo que você pode encontrar diversas interpretações para diversos versos, principalmente quando você começa a entender todos as palavras e jogos de palavras.

Recomendo demais, mas tem que ter paciência e não correr com a leitura, porque diversos versos podem ser difíceis de serem entendidos em uma primeira leitura.
comentários(0)comente



Guilhermo del Toró 07/09/2021

História maravilhosa, interessante ver como os gregos pensavam e faziam seus contos e o que eles queriam passar
comentários(0)comente



anninha 12/09/2021

li por causa da faculdade e foi uma leitura interessante, no começo tava bem chatinho mas depois ficou legal e divertido (?)
comentários(0)comente



akame7 27/10/2021

Totalmente fora de tudo que já li, porém incrível.
Nunca havia lido uma tragédia em versos e nunca havia lido nada de mitologia grega. Medeia me chocou e me promoveu diversas reflexões sobre o mundo atual, mesmo sendo milenar e mítica.
É uma leitura emocionante e cheia de reviravoltas. Jasão e Medeia protagonizam uma explosão de acontecimentos sucessivos e empolgantes. As ações dos dois protagonistas promovem dúvidas quanto ao desenrolar da história, quanto ao caráter e a moral de cada um dos personagens e quanto ao desfecho.
As emoções das personagens são elevadas em escala máxima, eles são imersos em suas paixões. A ira, a angústia, o infanticídio, a ganância, a traição, o amor, o desprezo, a manipulação, a valorização exacerbada dos bens materiais, todos esses comportamentos de Medeia e Jasão te envolvem profundamente na história, fazendo você refletir sobre essas questões no mundo real. Todos os sentimentos cativados e transbordados durante a leitura ganharam uma atmosfera ainda mais fantástica por se tratar de uma briga entre deuses, onde Medeia mostra toda a sua genialidade perversa, força e poder para aliviar-se da dor da traição que sofreu.
comentários(0)comente



Rute31 30/04/2024

Medeia é uma das peças mais polêmicas da antiguidade por mostrar a tenebrosa história da mulher que se vinga do ex atacando a rival e em seguida os próprios filhos. Pra mim também é a história de um homem burro. Por Deus, Jasão é burro demais.
comentários(0)comente



Jéssica (@simboraler) 04/05/2022

Uma deusa, uma louca, uma feiticeira ... ?
Esta peça é muito famosa e um marco, pois traz uma figura feminina como o centro das atenções, algo extremamente banalizado na sociedade grega daquela época.

Nesta tragédia grega, Medeia é traída por Jasão, seu marido, quando o mesmo a deixa para se casar com a filha do Rei Creonte. Agora, ela busca uma forma horrível de se vingar, causando dor e sofrimento ao mesmo, pois não pode suportar ser motivo de escárnio por ser trocada depois de tudo o que fez por ele.

Para contextualizar, Medeia é uma personagem da mitologia grega. Ela é uma feiticeira que se apaixonou por Jasão, e o ajudou em muitas conquistas, realizando as maiores atrocidades para isso, como trair a sua própria família, matar seu próprio irmão para que seu pai não persiga ela e Jasão em sua fuga, estimular as duas filhas do tio de Jasão à mata-lo para se vingar pelo seu amado, entre outros crimes.

É um livro curto e rápido de ser lido, dinâmico e um grande clássico do teatro grego. Vale a pena a leitura e prepare-se, pois aqui acontece o inimaginável.
comentários(0)comente



211 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR