livrosepixels 22/02/2023As mil faces da malandragemConheci Arséne Lupin quando estava quase acabando a série de Sherlock Holmes (ou seja, pouco mais de um ano atrás, me julguem). E como ele se mostra o oposto do bom e enigmático detetive, resolvi encarar. E de cara devo dizer que tenho me divertido bastante com esse personagem.
Arséne Lupin é ardiloso, pragmático e muito engenhoso. Utiliza de diversos disfarces, parece sempre estar a frente de tudo e de todos e consegue escapar das garras da polícia bem ao estilo Houdini. Mas ele não é um ladrão tão ruim assim, afinal de contas, só rouba a alta classe, banqueiros e pessoas não tão boas para a sociedade (segundo a consideração dele). Isso o torna meio Robin Hood.
Esta primeira história é também a estreia do autor no mundo literário, lá em 1905 se não me engano, então é normal que o livro não seja tão coeso quando se espera ser. Os capítulos não fazem uma conexão 100% exata, então algumas coisas ficam confusas. Além disso, senti dificuldade para entender quem é o narrador e quem é o personagem, que às vezes parecem ser a mesma pessoa.
Dado este detalhe, acabei por não apreciar tanto assim o livro, mas fiquei motivado a continuar lendo-o, já que tenho em mãos o primeiro box, contendo sete livros, e pretendo ler ao menos um livro de Arsene por mês (conclusão prevista para julho).
No mais, é um rival ardiloso e bem à altura do excelente detetive Sherlock Holmes. Acho que nem mesmo Poirot, que seria criado anos depois, conseguiria parar esse gentleman.
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