Ana | @anacarolinafl 06/01/2018
Escrito por Alexandre Dumas, as aventuras de Athos, Porthos, Aramis e d’Artagnan ocorrem durante o século XVII, na Europa, mais especificamente na França e na Inglaterra. A trama surge quando d’Artagan, filho de um ex-mosqueteiro, deixa sua família e sua cidade e vai até Paris com a sua carta de recomendação, em busca de tornar-se um mosqueteiro assim como seu pai. Para a minha surpresa, existem muitos outros mosqueteiros e uma das companhias de mosqueteiros citada na obra é a de Tréville, que servem particularmente ao Rei. O jovem d’Artagnan acaba entrando em uma confusão, surgindo na história Porthos, Aramis e Athos, que acabam se tornam seus grandes amigos e companheiros das aventuras que estariam por vir.
Athos é um mosqueteiro sempre muito sério e está sempre bebendo para esquecer de uma desilusão amorosa do passado. Porthos é marcado como um mosqueteiro galanteador de mulheres comprometidas, conseguindo delas dinheiro para suas vestimentas, equipamentos e até para conseguir seus cavalos. Aramis se apresenta como um religioso que largou o caminho de tornar padre para se tornar um mosqueteiro temporário, de acordo com ele, depois de um lance de eventos em sua vida; assim como Athos, ele também esconde alguns segredos.
Logo no início d’Artagnan se apaixona por uma jovem já casada conhecida como sra. Bonacieux. Essa paixão que desencadeia todo a trama do livro pois essa jovem trabalha para a Rainha. Assim, com o sumiço de duas agulhetas de diamantes da rainha misturado à paixão do jovem mosqueteiro, ele e seus amigos mosqueteiros embarcam até a Inglaterra em busca de salvar a pele da Rainha e de conquistar, é claro, o coração da jovem Bonacieux; tendo o duque de Buckingham nessa história toda. Tudo que acontece nesse momento e após, vem seguido de capítulos bem entediantes, onde eles só conversam e atrasam o fim da trama; o que me fez demorar para ler e até deixar de ler por dias.
Passado esse hiato, é apresentado uma nova aventura de d’Artagnan, que mostra-se como alguém muito fácil em mudar suas paixões e um até um perfil de que magoa pessoas para conseguir se vingar a qualquer custo de uma paixão não correspondida. Isso não apaga o talento que o mais novo mosqueteiro tem para arquitetar planos. Aparece então a condessa de Winter, conhecida como Milady, personagem bem importante na trama toda. Mas novamente, com momentos ótimos de ação, vinganças e segredos revelados, o livro novamente se perde pra relatar um acontecimento político entre a França e a Inglaterra pelo o cerco de La Rochelle; misturando acontecimentos históricos com a vida dos mosqueteiros e até do Cardeal e seu plano pra por fim a esse conflito. Uma ideia interessante mas que infelizmente não me prendeu, mesmo eu sendo uma amante de história.
É um bom livro, um clássico que vale a pena sim ser lido um dia, mas que lendo os capítulos, não me fez querer saber o que mais tinha por vir. Os personagens representaram bem o século XVII mas não os achei tão interessantes, exceto talvez o mosqueteiro Athos.
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