maria.e.sousa.7 03/12/2023
Relembrando a velha sábia
Eu tinha lido esse livro lá em 2007/2008, numa fase em que a velhice ainda parecia muito longe?
Reli-o agora por indicação do analista (junguiano), novo - comecei um novo processo terapêutico e ele é, de fato, mais jovem) e é a primeira vez que faço análise com um homem. Entrei nos 50 em algumas questões relacionadas a essa idade e fase estão me incomodando. Muito. Por isso o analista sugeriu essa leitura.
Os 50 são essa chamada de atenção, o tempo liminal: definitivamente não somos mais jovens, estamos adentrando esse tempo da velhice, das avós, mesmo que não sejamos avós - eu já sou tia-bisa! Não é muito fácil lidar com isso, mas não também não precisa ser um grande drama!
Não me conectei tanto com boa parte do livro, algumas coisas ??? me pareceram abstratas ou repetitivas demais - um pouco uma repetição de partes do mMulheres que correm com os lobos - que eu li lá nos anos 90 - para mulheres velhas.
Contudo, teve um capítulo que, de fato, me mobilizou, que foi o capítulo TÁNCOLÓ NAGYMAMÁK, As avós que dançam. Ler sobre aquelas avós realmente velhas, tendo passado por tantos desafios, Campos de concentração, de trabalhos forçados, tantas perdas, tendo vivido tanto tão intensamente apaixonadamente, mas também lidando com tantas dificuldades e vê-elas dançando tão sofregamente, energeticamente, incansavelmente num casamento? destruindo dançadamente 25 jovens!!!!!! Com esse eu me conectei! Aqui fez sentido! É essa velhice que eu quero!!!
Recomendo!
3,5/5