Guerra do Velho

Guerra do Velho John Scalzi




Resenhas - Guerra do Velho


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Penna 15/06/2016

Para todos os fãs de Ficção Cientifica
Como descrever um livro desses.
Sensacional sim, divertido sim, inteligente sim, frustrante sim.
Você vai amar e odiar John Scalzi, mas uma coisa é certa esse livro vai virar um favorito.
Ele te apresenta de forma leve os temas que vai abordar assim como o universo que criou, pra mais tarde vir com socos na sua cara. A forma como ele trata as outras raças é genial. Cada batalha é diferente, já que parece que está todo mundo querendo se matar nesse universo.
Bom, é um livro OBRIGATÓRIO. Escrita genial, fácil de se ler, divertido e tem o melhor amigo do personagem principal: O Cuzão.
RECOMENDADO
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Dani 23/06/2016

Esperava mais. Nota 3,5
Achei que a história começou bem divertida: inesperada, diferente e com um toque cômico que me agradou muito. Mas, à partir da segunda parte, achei que perdeu um pouco o foco. Ficamos apenas pulando de batalha em batalha sem um objetivo especifico em vista.
Essa sensação melhorou na terceira parte da história, mas mesmo assim, achei que merecia ser mais desenvolvido.
Apesar dessas observações, foi uma leitura divertida e recomendo para quem gosta de Sci-fi.
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Andrews 30/06/2016

Ótimo livro de leitura extremamente rápida e agradável!
Impressionante a forma como a narrativa é bem rápida e divertida de se ler e acompanhar, devorei o livro muito rápido pois o livro tem varias viradas e coisas que são intrigantes e divertidas, não imaginava que me divertiria tanto lendo este livro, recomendadíssimo!!!
Ps: dica do drops mrg :)
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Luciano Bernardo 01/07/2016

Entrega o que promete
Livro bem divertido e ágio. Não é uma ficção científica de encher os olhos, mas vale a pena.

Em muitos aspectos me lembrou um filme da Marvel, pelo humor e a ação. Alias, o humor é um dos segredos do livro, dá uma leveza pra história e a torna mais interessante.

Ganhou cinco estrelinhas. Ouvi falar que vem mais livros da saga vindo por aí, estou ansioso.
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Luiz Namur 14/05/2024

No meu aniversário de 75 anos fiz duas coisas...
O enredo acompanha John Perry, um homem idoso que decide se alistar no exército colonial para participar de uma guerra interestelar. A narrativa se desenrola em um cenário onde a humanidade se espalhou por diversos planetas, enfrentando desafios políticos, tecnológicos e éticos.

O título do livro refere-se à prática da "Guerra do Velho", na qual pessoas mais velhas se voluntariam para servir nas Forças Coloniais, recebendo corpos geneticamente modificados e rejuvenescidos para combater.

Além disso, a obra aborda temas como lealdade, sacrifício, relações interespécies e o papel da tecnologia na guerra de forma cativante.
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Anderson.Elias 02/02/2017

Uma ótima leitura. Como somos conduzidos ao status quo do universo junto com o protagonista (que chega ao serviço militar sabendo tanto quanto o leitor), o tour pelo cenário se dá de forma orgânica e prazerosa, sem"empurrar" informação demais antes de ser realmente relevante.
Outro ponto positivo é a forma como a ciência intrínseca é apresentada: simples sem ser simplista. Entrega o necessário para entendermos a importância de cada passo, considerando que quase nenhum dos personagens possuía conhecimento prévio de física quântica, por exemplo. Claro que em 2004, certamente nem o autor teria acesso ao conhecimento que podemos acessar hoje em dia.
Realmente, sendo a primeira obra de John Scalzi, atingiu com louvor minhas espectativas.
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Matheus.Henrique 30/07/2016

rapido porem bom
O nome Guerra no titulo pode fazer as pessoas pensarem que esse livro se tratara de narrações épicas de guerras no espaço de um velho, porem as guerra que acontecem, não são o que mais chamam a atenção. O que mexia comigo enquanto eu lia, eram os personagens dessas guerras, seus diálogos, suas motivações, suas historias, tudo isso em uma narrativa que mantém o ritmo rápido porem sem perde a pegada de uma boa ficção científica. Então eu garanto que este é um livro que vale a pena ler, por suas individualidades se tratando das historias e raças presentes nele, além de poder presenciar a forma que a vida no espaço e descrita em sua essência pelo escritor, então se vc ainda não leu não perca tempo e embarque logo nessa ótima leitura.
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Bruno Mancini 01/08/2016

Empolgante
Leitura rápida e despretensiosa, mesmo nas partes de tecnologias.
Gostei muito. E indico.
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Diná 02/08/2016

Guerra do Velho? Do que trata esse livro?
"No meu aniversário de 75 anos fiz duas coisas: visitei o túmulo de minha esposa e depois entrei para o exército." (John Scalzi, Guerra do Velho)

Imagine que tenha 75 anos (caso ainda não tenha) e que possa, graças a sua idade se alistar no exército. Qual seria sua reação? Talvez seja a do meu pai quando leu a capa de Guerra do Velho: "75 anos, no exército? Como?" (foi ele quem perguntou para mim do que tratava o livro).
Mas essa não foi a reação do protagonista do livro de John Scalzi, que faz parte de uma série de 09 livros - dos quais apenas o primeiro já foi traduzido para o português.
Acompanhamos John Perry, um americano de 75 anos que se alista no exército... Na verdade nas FCD, Forças Coloniais de Defesa. O que eles fazem? Protegem colônias humanas... No espaço! rs
A história se passa num futuro distante, pós Terceira Guerra Mundial. Os humanos finalmente conseguiram atingir outros sistemas planetários graças a tecnologia do salto (lembrou do Asimov, né?!) só que tem um problema: a maioria desses planetas já é habitado por civilizações alienígenas nem sempre amigáveis.
Quem protege as colônias e, indiretamente, a Terra de vizinhos não confiáveis são as FCD; vistas no planeta como cheia de mistérios, tecnologia de ponta - e tão cara que levou a GE à falência tentando copiar a tecnologia do "pé de feijão", espécie de elevador que leva pessoas da Terra às bases da FCD.
No livro acompanhamos justamente John Perry em sua (literalmente) nova vida como um soldado da FCD, junto com seus simpáticos amigos os "Velharias".
O autor usa a narrativa de uma maneira suave para uma crítica a sociedade, seus extraterrestres são, no fundo faces da humanidade: religiosidade cega, maldade sem limites, egoísmo.
Na parte do treinamento ele choca o leitor com a descrição dos atos de uma espécie alienígena que a primeira vista parece inocente e bondosa: eles invadiram uma colônia humana, mataram e comeram a maior parte dos homens, selecionaram alguns para retirar o esperma deles, e utilizaram o esperma para fertilizar as mulheres e gerar bebês para virar comida - hamburguer, nas palavras da militar que conta a experiência aos recrutas. Não é a descrição exata de uma fazenda de gado?
Em outro trecho a FCD ataca um planeta para fazer com que os moradores não possam continuar investindo na tecnologia espacial, mesmo sem eles se revelaram agressivos a humanos. Não é o objetivo de muitas guerras, provocar atraso tecnológico no inimigo?
Então, de certa forma é o homem sendo homem em todos os lugares e em todos os tempos.
O estilo de narrativa é simples, não há palavras difíceis ou um excesso de explicações - mas também as que ele faz são chatas demais e, francamente, achei muito sem sentido e desnecessária a explicação do "salto"... Não sei se ele vai usar isso nos outros livros da série, caso contrário não precisava dizer isso.
Outro ponto: ele não tem dó de matar personagem. Tem autor que descreve um cenário de catástrofe e, milagrosamente, todo mundo sai bem de lá... O Scalzi é bem realista. É uma guerra e não faz sentido num grupo grande como os Velharias todos voltarem vivos, apenas lamentei muito a última morte que foi de uma personagem muito cativante - não direi quem para não dar spoiler.

Fiz uma resenha completa no meu blog :)

site: http://aleitorafantastica.blogspot.com.br/2016/08/guerra-do-velho-john-scalzi.html
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Orlando 04/08/2016

O LIVRO É | “GUERRA DO VELHO” DE JOHN SCALZI
Guerra do Velho, senão é o melhor lançamento de Sci-fi Hard dos últimos cinco anos, no mínimo, ocupa com facilidade uma das três primeiras posições de um TOP 5 do gênero no mesmo período. John Scalzi não se tornou o autor queridinho de blogs, sites e videocasts por mero acaso, com uma prosa ágil, divertida, conceitos interessantes e uma narrativa coesa e empolgante, o autor construiu um obra que lembra um ótimo filme de ação ou um daqueles games de guerra futurista como Halo, Crysis ou até mesmo o soberbo Mass Effect.

Guerra do Velho (GdV) foi uma das obras relativamente recentes (lançado em 2005 nos EUA) que mais me chamou a atenção na ocasião do anúncio de seu lançamento em nosso país pela Editora Aleph (página oficial do livro no site da editora – AQUI). Divertido, dinâmico, empolgante, tenso e renovador, GdV parece que pegou tudo sobre guerras futuristas já feito nos últimos 20 anos em todas as mídias e bateu no liquidificador criativo de Scalzi.

A sinopse da obra me pegou de imediato e a ansiedade pela edição brasileira cresceu bastante: num futuro distante a humanidade se desenvolveu muito e ganhou as estrelas (até aí nada de novo), colonizou planetas cuja semelhança com a Terra era evidente (nada de novo novamente), encontrou e confrontou raças alienígenas em diversos graus de evolução tecnológica (até aí nada de novo outra vez) e para tanto, precisou ampliar suas forças de ataque e defesa para que pudéssemos sobreviver a um universo repleto de raças em constante guerra entre si, assim surgiram as Forças Coloniais de Defesa – FCD e sua peculiar características de recrutar idosos de 75 anospara seu exército. Essa é a parte realmente nova da coisa.

Calma, você não vai ler uma história onde heróis geriátricos carregando rifles, granadas e suas bengalas lutam contra as hordas de alienígenas pela galáxia. A coisa é muito, muito melhor que isso.

RECRUTAMENTO, DESPEDIDAS E O LUGAR ONDE SE VIVE
John Perry visitou o túmulo de sua falecida esposa, lembrou-se de seus bons momentos ao lado da mulher que o acompanhou durante décadas. Lembrou com ternura, delicadeza, amor e acima de tudo, com humor e serenidade daqueles que já tem idade suficiente para encarar a vida com outros olhos e ares. Aos 75 anos, Perry prestou essas condolências e se dirigiu ao posto militar das FCD, seu período de apresentação nas forças armadas havia chegado, em breve Perry deixaria a Terra para nunca mais voltar. Os que se apresentam às FCD partem do planeta e vão viajar pelo espaço defendendo as colônias humanas dos ataques de exércitos alienígenas cujo interesse em determinados mundos se assemelham aos nossos.

“No meu aniversário de 75 anos fiz duas coisas: visitei o túmulo da minha esposa, depois entrei para o exército.”

Já na sua apresentação, Perry mostra que é um personagem divertido, interessante, cativante, excessivamente comum, o que é fantástico. O personagem poderia ser um tio, um avô ou o pai de alguns de nós; aquele senhor mediano, que tem em qualquer família, que tem umas piadas engraçadas, outras nem tanto, mas que carregam consigo aquele conhecimento de vida de longos anos e que fazem questão de compartilhar com todos ao redor.

Porém, nem mesmo todo o conhecimento que Perry tem do nosso mundo tem a menor serventia a partir de agora, a aventura que o aguarda simplesmente vai pegar todos os seus 75 anos bem vividos e jogá-los bem longe, nada do que virá adiante para este senhor tem parâmetros comparativos com que passou em sua vida.

Em sua subida para as naves e estações orbitais das FCD, Perry faz algumas amizades e com os novos amigos já vai logo especulando sobre o avançadíssimo elevador orbital que os transporta para uma gigantesca estação em órbita geossincrônica com nosso planeta. O grupo de novos amigos se autodenomina de “Os Velharias”, e tudo sobre sua nova vida vira motivo de especulação e admiração. Entre os muitos aspectos questionados pelo grupo de velhinhos está, claro, o mesmo questionamento do leitor: por que diabos recrutar um monte de velhos para integrar uma força militar de defesa das colônias humanas pelo espaço? Sim, é um tanto estranho mesmo, mas, como disse acima, é aí que reside o charme da obra de Scalzi.

Apesar de muitas resenhas por aí já entregarem de bandeja essa questão sobre como os “velhos” do título da obra são integrados às fileiras das FCD, preferi deixar essa questão mais para frente e separada do corpo do texto, acho que fica bem melhor quando o leitor vai descobrindo isso por si mesmo durante a narrativa do livro que, diga-se, é espetacular. Scalzi vai segurando a gente com uma maestria fantástica a cada página e cada conceito que o livro nos apresenta. Acho que é desleal um resenhista estragar esse prazer de quem está ali com a obra em mãos e já sabe alguns de seus momentos mais interessantes.

UMA NARRATIVA CONECTADA COM OS NOVOS TEMPOS
GdV é uma obra de seu tempo, dialoga que uma miríade de outras narrativas em outras mídias e faz o leitor contemporâneo, acostumado com filmes inteiros em computação gráfica e games com jogabilidade frenética e histórias instigantes. GdV não poderia ser menos que tudo isso em sua narrativa. Dentre as muitas passagens interessantes e que fariam qualquer bom fã de Sci-fi vibrar na poltrona estão algumas explicações nos treinamentos das FCD onde algumas raças e situações de combate são explanadas para os recrutas.

Cada raça e cada combate com elas é algo único e uma batalha com uma raça alienígena dificilmente serve de experiência para combater outra raça em outro mundo. E esse foi o nosso azar ao sair conquistando mundos diferentes por aí: o universo, segundo John Scalzi, está repleto de mundos habitáveis que podem ser colonizados e transformados em novos lares de um lado, enquanto do outro, há mundos que podem ter seus recurso minerais explorados exaustivamente… e há aqueles que querem ambos para si, de um modo ou de outro.

O contato com essas raças alienígenas não gerou apenas um sem número de guerras, mas também um imenso intercâmbio tecnológico, direta ou indiretamente. Fato este que Perry e seus amigos inclusive elencam como um dos fatores da vastíssima tecnologia sob domínio das FCD e que jamais chegaram ao planeta Terra. Há um abismo entre o que a humanidade alcançou em nosso planeta natal em relação ao que as FCD conquistaram entre as estrelas.

Para muito além das espetaculares cenas de batalha em terra ou nas grandes naves de combate, para além das descrições tecnológicas e biológicas dos nossos adversários, para além dos ótimos conceitos criados ou reaproveitados pelo autor, GdV não é apenas um ótimo Sci-fi de ação desenfreada, Scalzi, ao colocar o simpático e divertido John Perry como protagonista de sua obra, dá a ela um tom intimista e reflexivo, não são poucas as ocasiões em que Perry lembra da esposa, das coisas e situações que viveu na Terra, GdV é uma obra intimista também, sobretudo quando fala da brevidade de nossa existência, de nossa fragilidade física e do quanto estamos dispostos a esticar um pouco mais nosso passeio por aqui.

Mas não é nada como o que se encontra em obras de autores como Isaac Asimov, Arthur C. Clarke ou Philipe K. Dick, por exemplo; Scalzi é mais leve e pé no chão, por assim dizer. Mais tranquilo em suas reflexões não só sobre a vasta consciência da humanidade sobre sua infinitesimal parte no grande plano cósmico, mas também na forma de externalizar suas reflexões através de um texto leve, divertido e despretensioso. É o olhar de um homem velho, conhecendo um universo cheio de novidades e se comportando como uma criança diante disso, talvez essa tenha sido a perfeita síntese do que qualquer um de nós teria sentido se estivesse no lugar de John Perry. Acredite, se sentir nesse lugar é facílimo; até mesmo o leitor menos afeiçoado ao gênero de Sci-fi se encanta com a leveza com que o texto reflete sobre certas coisas.

CONCEITOS E BATALHAS: O MELHOR DO UNIVERSO…
Que Scalzi é um ótimo narrador você já deve saber… mas agora vamos aos motivos: o cara sabe dosar momentos de tensão, ação frenética e um humor que beira o sadismo, tudo isso ao lado de tecnologias avançadíssimas, alienígenas estranhos e com uma incrível aptidão para a guerra. As mutas incursões dos pelotões das FCD e as batalhas que aparecem ao logo do texto são um verdadeiro passeio por uns 30 anos de histórias de Sci-Fi de guerra futurista espacial. Não foram poucas as ocasiões que ecoaram em meu pensamento tantos filmes, HQs e jogos de videogame que iam na mesma levada da narrativa divertida de GdV.

Parece que Scalzi joga ali em sua obra todas as armas, todos os veículos, todos os alienígenas que a cultura pop-nerd criou desde Star Wars até agora.
Scalzi não esconde desde o começo deGdV sua admiração por Tropas Estelares do autor Robert A. Heilein (veja nossa resenha AQUI), mas olha, acreditem, o pupilo superou e muito seu mestre e por mais que Tropas Estelaresseja um clássico e que tantos outros livros inspirou, Scalzi fez em seu livro um estrago equivalente ao que Heilein fez em sua época. E ouso dizer: acho que Scalzi é hoje mais do que Heilein foi em sua época em termos de coesão e narratividade. Enquanto Tropas Estelares se arrastava com um apático, chato e mimado Juan Rico, Scalzi desfila página a página um John Perry curioso, divertido, instigante, esperto e mordaz.

Não à toa que GdV é tão elogiado, Scalzi parece que estudou milimetricamente o que havia de melhor em livros e obras gerais de Sci-Fi futurista e deu a tantos conceitos e inspirações diferentes uma coesão precisa e inventiva, renovando conceitos amplamente conhecidos do leitor do gênero. Entre os conceitos mais interessantes, quero destacar aqui os BrainPalm, o SmartBlood, o fuzil MU-35 e, por fim, o collant padrão autosselante de corpo inteiro.
1. BrainPalm são uma espécie de computador/inteligência artificial embutida no cérebro dos soldados das FCD, isso permite mantê-los em contato direto com seus pelotões e hierarquias de forma “silenciosa”; os soldados podem trocar mensagens, enviar localização, solicitar apoio, tudo sem precisar verbalizar nada de forma sonora, o que permite uma infinidade de estratégias e manobras de guerra no campo de batalha. É um dos recursos mais bem bolados do livro, muitas das peripécias narrativas de Scalzi nas batalhas giram em torno da utilização do conceito dos BrainPalm por seus personagens.

2. SmartBlood é um aperfeiçoamento do sangue, na verdade um novo produto dotado de propriedades completamente mecanizadas devido às tecnologias nanométricas. Assim como o sangue normal, o SmartBlood “alimenta o corpo dos soldados das FCD, só que de forma mais eficaz e rápida. Por exemplo, sob a água um soldado das FCD pode ficar até uns 10 minutos sem respirar, apenas se mantendo com a oxigenação proporcionada pelo SmartBlood, além de tudo, o novo tipo de sangue é dotado de extrema velocidade de coagulação em regiões de ferimento, o que impede, obviamente, que um soldado venha a falecer devido a um sangramento.

3. Fuzil MU-35 é a arma padrão dos soldados das FCD. Sua capacidade de operar diferentes disparos apenas por comandos via BrainPalm (vocalizados ou apenas subvocalizados pelo soldado), tornam os fuzis um verdadeiro arsenal de uma arma só. Tiros explosivos, tiros de projéteis perfurantes, granadas, tiros de longa distancia são algumas das modalidades disponíveis na arma. Além da versatilidade no que se refere aos tipos de disparos, os MU-35 são capazes de se autorreparar utilizando seu próprio “pente de munição” ou até mesmo qualquer outra matéria-prima disponível.

4. Collant padrão autosselante de corpo inteiro é o traje padrão dos soldados das FCD. Diferente de outras obras de Sci-fi de guerra espacial, Scalzi optou aqui por algo bem interessante, pois a vestimenta de seus soldados não são pesadas armaduras e sim um traje collant de nanopartículas, cuja funcionalidade visa preservar o máximo possível os soldados em combate. Quando uma região do traje é atingida por um projétil, a área do impacto recebe instantaneamente uma camada de reforço de nanopartículas, tal qual uma carapaça se formando sobre a área, não impede a dor e nem as queimaduras pelo calor do projétil, mas impede a perfuração, evitando assim, danos aos órgãos internos.
Um conjunção de fatores torna a obra uma pedida e tanto de leitura. O fã de ação não vai ter do que reclamar, o fã de Sci-fi menos ainda. Divertido, inteligente e dinâmico, Guerra do Velho é um fôlego e tanto no segmento e cada passagem do livro é um lembrete constante dos motivos pelos quais tanto obra quanto autor acabaram caindo nas graças dos críticos e do público em geral. Scalzi é um autor que sabe usar clichês a seu favor, basta o leitor mais atento pegar qualquer uma das sacadas do autor e notar como elas já existem em algum lugar, mas aqui, em Guerra do Velho, há aquele certo Quê de deboche.
O BrainPalm, por exemplo, não é algo inventando por Scalzi, há inúmeras obras em que uma Inteligência Artificial dialoga com um personagem diretamente em sua cabeça. Cortana, da saga Halo está aí desde 2001 auxiliando Master Chief contra as hordas do Covenant, só para citar um exemplo bem comum. Aí vem Scalzi e usa um conceito similar, mas de uma forma completamente divertida, escrachada, quase como se estivesse “zombando” de décadas e décadas de Sci-fi na cultura pop; mas não é uma zombaria gratuita e provocativa, é na verdade uma imensa e alegre homenagem a tudo que precedeu Guerra do Velho na cultura pop.

Com uma narrativa ágil, objetiva e sempre cheia de encadeamentos que prendem o leitor em um ritmo cadenciado, Guerra do Velho é uma obra que, sem sombra de dúvidas, deve integrar a biblioteca do fã de Sci-fi de qualquer época. Scalzi não reinventa o gênero, mas injeta em seu livro décadas de boas ideias repaginadas e que, na melhor parte de tudo, dialogam com quase tudo que se fez nas últimas décadas em games, séries de TV e quadrinhos.
Merece cada elogio feito em cada resenha por aí… Agora é aguardar pelas Brigadas Fantasma.

ESTÁGIO DE BÔNUS
A sintonia da obra com outras mídias, sobretudo os games, é tão grande, mas tão grande que a Editora Aleph não deixou a peteca cair nesse sentido. Antenada sempre com as inovações e com a estética vigente, a Aleph não perdeu tempo em pensar no que há de melhor em arte digital para a capa da edição nacional de Guerra do Velho. A cargo da missão ficou o artista gráfico Spath (Nicolas Bouvier), responsável por nada mais nada menos que as capas das obras literárias do universo expandido da franquia Halo, incluindo-se aí as ótimas capadas da Trilogia Forerunner que já resenhamos aqui no PZ. Diga-se de passagem, o trabalho gráfico da capa nacional ficou muito, muito superior ao material da edição americana.

GUERRA DO VELHO
A humanidade finalmente chegou à era das viagens interestelares. A má notícia é que há poucos planetas habitáveis disponíveis – e muitos alienígenas lutando por eles. Para proteger a Terra e também conquistar novos territórios, a raça humana conta com tecnologias inovadoras e com a habilidade e a disposição das FCD – Forças Coloniais de Defesa. Mas, para se alistar, é necessário ter mais de 75 anos. John Perry vai aceitar esse desafio, e ele tem apenas uma vaga ideia do que pode esperar.
o ISBN: 9788576572992
o Edição: 1º
o Ano: 2016
o Número de páginas: 368
o Acabamento: Brochura
o Formato: 16x23cm
o Peso: 0,575kg
o Preço sugerido: R$ 39,90



site: http://www.pontozero.net.br/?p=9839
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Renan Barcelos 07/10/2016

Tropas Estelares 2.0
Indicado ao Hugo Award de Melhor Romance em 2006, Guerra do Velho, o livro de estreia de John Scalzi, busca apresentar uma ficção científica militar que extrapola tecnologias mais atuais. A obra é uma clara referência à Tropas Estelares, seguindo a mesma estrutura e estilo semelhante a este antecessor. No entanto, enquanto o livro de Heinlein mostra um exército futurista utilizando armaduras de exoesqueleto para aumentar a capacidade dos soldados, Scalzi aborda os temas mais atuais da engenharia genética, trans-humanismo e do pós-humanismo. Também inspirado no livro de 59, Guerra do Velho utiliza a ambientação e os temas para abordar questões morais e filosóficas, como a velhice, os limites da humanidade, a vida militar e a estranheza das galáxias. Apesar da inspiração e de não ter levado o prêmio, como a obra de Heinlein, o trabalho de Scalzi se mostra sólido em sua proposta e em sua própria identidade.

O leitor acompanha a vida, ou o fim da vida, ou ainda, o início da nova vida, de John Perry, um viúvo de 75 que se alistou nas Forças Coloniais de Defesa, instituição galáctica que supostamente promove a segurança espacial e a conquista de novos recursos para os humanos que colonizarão novos planetas. O grupo recruta apenas velhos da idade de Perry, que mal sabem o que realmente será feito deles. No entanto, com a consciência de que irão guerrear contra inimigos da humanidade no espaço sideral, todos supõe que algo será feito com eles, que de alguma forma poderão viver mais do que viveriam na Terra. Suposição bastante correta, pois, após ingressar numa viagem sem retorno para as Forças Coloniais, a consciência de Perry e das outras Velharias é transferida para corpos biológicos criados para estarem muito acima da capacidade humana. Conforme se embrenha nas estranhas guerras espaciais, Perry começa a descobrir como a galáxia pode ser desoladora e niilista, além de perceber de que outras formas as Forças Coloniais de Defesa se utilizam do material humano para criar os seus soldados.

Scalzi consegue apresentar no livro muito bem as tecnologias que fazem as Forças Coloniais de Defesa “funcionarem”. A obra começa com John Perry ainda em sua cidade natal no interior dos Estados Unidos, para o momento de seu alistamento e das suas últimas experiências enquanto ser humano comum. Apesar destes segmentos não serem tão relevantes para a história do livro em si, eles são de suma-importância para mostrar como os idosos se relacionam com a ideia de se tornar um soldado.

Ninguém sabe, de fato, o processo que é utilizado nos novos (velhos) recrutas antes de comecem a combater. Na verdade, as pessoas sequer sabem se algum processo é realmente realizado. Os idosos que se alistam apenas presumem que alguma coisa precisa ser feita, já que no auge de seus 75 anos, não terão como guerrear contra qualquer espécie alienígena. E é baseado nesta esperança, de que poderão voltar a ter as capacidades físicas de um jovem e enganar a morte por mais algum tempo, que muitos dos velhos da velha Terra acabam entrando para o exército.

Contudo, talvez um dos maiores pecados do livro, quando os personagens conseguem seus novos corpos rejuvenescidos e biologicamente atualizados para a guerra, contando até mesmo com uma cor verde para facilitar alguns processos físicos, a ideia de que todos eles são velhos acaba sendo perdida um pouco. Tudo bem, a questão é relembrada de tempos em tempos, e existe a história pregressa dos personagens para – ocasionalmente – falar sobre suas vidas pregressas. Mas no fim das contas, não parece que aqueles soldados que estão lutando e morrendo realmente tem uma idade mental de 75 anos. Toda a problemática de John Perry e sua esposa, por exemplo, não mudaria muito caso ele tivesse de fato uns vinte e cinco anos e seu casamento breve tivesse acabado com a morte da mulher em um acidente. Um deslize que, fundamentalmente, não afeta muito a história, mas ainda assim notável em sua contradição.

Talvez a grande questão seja que o título do livro engana. No fim das contas, Guerra do Velho não é exatamente sobre velhice versus juventude. Mas sim sobre humanidade, sobre o que é ser humano e a percepção dos homens sobre o vasto universo. E neste ponto, o autor consegue acertar no tom, sempre levantando a dúvida de até quanto pode-se dizer que os soldados modificados ainda permanecem membros da raça humana, tantas são as modificações e melhorias que recebem para participar da guerra.

Apesar de não ser muito explorado, mas apenas mencionado de passagem, esta dúvida quanto à humanidade também aparece na relação das Forças Coloniais de Defesa e a Terra. Apesar das forças existirem para defender a raça humana, de forma alguma eles estão subordinados aos terrestres. De fato, o planeta Terra é quase uma espécie de refém para as Forças. Os governantes terráqueos sabem do papel que a organização é, supostamente, a única coisa que os protege dos terrores do universo, mas não tem noção alguma do que realmente os ex-velhos combatem e não tem acesso algum a qualquer tecnologia avançada utilizada pelas Forças Coloniais. Isso deixa a questão de até que ponto tal exército serve à humanidade, já que no fim das contas parecem no fundo funcionar como uma espécie de império superior – tanto tecnologicamente quanto fisicamente – que oferece proteção em troca de matéria prima para seus exércitos.

Mesmo levantando diversas questões tecnológicas e filosóficas, Guerra do Velho não é um livro denso, pelo contrário, ele é bem fácil de se ler. Com uma narrativa leve e linguagem bem simples, Scalzi vai apresentando a vida de Perry com fluidez. Ou talvez com rapidez. Não é que o estilo dele seja ruim, mas as descrições leves as vezes parecem quase insuficientes, e a velocidade com que a trama é apresentada não dá muita margem para o desenvolvimento de personagens que não sejam o protagonista.

Isso faz com que em alguns pontos a narrativa se torne fragmentada demais. As passagens de tempo entre os capítulos são bem grandes em algum momento, o que passa a sensação de que “algo” foi perdido. Isto, no entanto, dificilmente poderia ser evitado no modelo de história que o autor pretendeu. Sendo a proposta mostrar uma faixa de tempo da vida militar de Perry, indo de recruta a patentes de oficial, seria necessário uma obra muito maior ou muito mais relapsa caso os saltos temporais fossem diminuídos. Apesar de trazer algumas consequências, para a proposta do livro isto acaba sendo o ideal. Felizmente, se as descrições e storytelling de Scalzi não são impressionantes, os diálogos que ele cria são muito bons, sendo ligeiramente prejudicados pela pouca caracterização dos personagens, mas ainda assim muito bem escritos e efetivos.

Apesar de ser uma obra simples, Guerra do Velho traz muito mais do que aparenta a olhos desatentos. Sua linguagem e narrativa econômica pode a primeira vista fazer com que a obra pareça por demais trivial. No entanto, o livro consegue tirar ideias e ponderações morais e filosóficas das poucas palavras que utiliza. Para quem quer apenas ler uma história de guerra, o livro traz tudo o que é necessário, mas assim como outras boas obras que também trata deste tema, Guerra do Velho é muito mais do que momentos de ação e soldados heroicos. Excelente para quem quer algo leve e para quem está se iniciando na ficção científica, e uma boa leitura para os veteranos no gênero.
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Adriana 15/12/2016

Maravilhoso
Uma ficção com fundo filosófico.
É engraçado, tiradas maravilhosas do Perry.
Pena que acabou.
Recomendado para maiores de 50
Leitura imperdivél
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Grazi Comenta 05/01/2017

Melhor sci-fi de 2016
Preciso começar elogiando essa arte de capa e a edição como um todo. Editora Aleph, como sempre, mandando ver e deixando os leitores apaixonados e babando pelos seus livros. O debute de Scalzi no Brasil não poderia ter sido em melhor estilo. Essa arte tá linda, concisa e muito a ver com o livro. A revisão tá ótima, os detalhes típicos da Aleph a partir de 2015 se mantém aqui. Não sei sobre a tradução porque esse eu não cheguei a ler em inglês, mas alguns amigos blogueiros falaram muito bem. Desde que a Aleph anunciou que iria lançá-lo fiquei doida pra ler. A propaganda em cima dele foi forte e um pessoal que já tinha lido falava muito bem. O fato do Scalzi ser um vencedor de Hugo Awards foi apenas mais um contribuinte.

Guerra do Velho, o primeiro livro de uma série de 6 (sim, se for ler esse, há uma necessidade de comprometimento) acompanha John Perry em sua jornada para se tornar um soldado das Forças Coloniais de Defesa. Nesse mundo futurístico há colônias humanas espalhadas pela galáxia que precisam ser protegidas contra alienígenas. Essas colônias são povoadas pela população dos países de ''terceiro mundo'' e os soldados são formados por idosos a partir dos 75 anos. Como idosos tornam-se soldados? Esse é o mistério que as FCD não querem que os terráqueos descubram de forma alguma. Todo o início do livro é voltado para esse mistério, fazendo você se entregar totalmente à leitura, ávido por descobrir como diacho isso acontece.

A narrativa é rapida e intensa. Não demora a chegar nas partes emocionantes. Na verdade, já começa bem interessante e vai melhorando a cada capítulo. Já no primeiro o Perry se alista, nos próximos ele viaja para chegar ao local onde descobrirá o segredo da União Colonial (uma espécia de governo totalmente independente da Terra, que se responsabiliza pela defesa das colônias humanas). No caminho ele conhece personagens secundários que ajudarão a dar tanto profundidade quanto leveza à trama. Isso é um diferencial do Scalzi: ele fez uma space opera contemporânea crivelmente futurística, compreensível e divertida. Apesar de ser uma ficção científica, não tem um texto pesado como as narrativas do Phillip Dick. Guerra do Velho é um livro maravilhosamente fácil de ler.

Acompanhamos Perry nos treinamentos para combate e essa é parte mais eletrizante do livro. Durante esse período, descobrimos tudo sobre como os idosos tornam-se soldados e porquê e quem as colônias estão ameaçados. Existem diversas classes de alienígenas e algumas delas são tão tecnológicas quanto os humanos. Algumas, até mais. Senti falta de um maior aprofundamento dos personagens. Eles ficaram um tanto quanto rasos, apesar da trama compensar isso. Outro ponto diferente do Scalzi: acho que essa é a primeira sci-fi que eu leio que é escrita em primeira pessoa. E, obviamente, isso ajudou ainda mais na fluidez do texto.

Como toda boa sci-fi, Guerra do Velho também tem elementos de crítica à sociedade e momentos que fazem você dar uma leve viajada filosófica. É bem menos potente do que nas obras já consagradas, mas cumpre com a agenda do estilo literário. O segundo livro promete ser voltado a um grupo meio mistério e fodão: a Brigada Fantasma. Esse é, aliás, o título da sequência. Apesar de eu ter andado com preguiça de séries, Scalzi me jogou totalmente no mundo dele e eu não pretendo sair.

site: http://cantaremverso.blogspot.com.br/2016/06/resenha-guerra-do-velho-john-scalzi.html
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Camila Faria 06/01/2017

No aniversário de 75 anos de John Perry ele faz duas coisas: visita o túmulo da esposa e entra para o exército. A única coisa que ele sabe a respeito das Forças Coloniais de Defesa é que seus soldados mantém a guerra longe dos terráqueos, mas pouco se sabe sobre a real situação do universo (e sobre essa exigência de ter no mínimo 75 anos para se alistar). O livro me conquistou por essa premissa louca, que faz com que a gente tenha a mesma dúvida dos personagens: o que se poderia esperar de um exército de velhos? A história é interessante e cheia de humor, mas perdi um pouco do interesse uma vez reveladas as estratégias e os métodos das Forças Coloniais de Defesa. Digamos que a parte da “guerra em si” não é tão impactante quanto a expectativa da revelação. O livro é o primeiro de uma saga de 6 livros (e não sei se eu vou ter forças para continuar quando os próximos livros forem lançados por aqui, vamos ver…).

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-13/
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