@carriaocamila 07/03/2019Oh sofrimento!Descobri os livros da Mariana Zapata há algum tempo atrás em busca de uma leitura leve depois de passar por alguns romances dark que mexeram com meu psicólogo (no bom sentido), e me vi extremamente surpresa! Por ser uma autora indie, seus livros geralmente têm uma quantidade assustadora de páginas para um romance contemporâneo, com alguns livros beirando INCRÍVEIS 700 páginas. Apesar de um pouco cansativo, gostei bastante do estilo da autora, pois suas histórias fogem completamente do romance instantâneo, que arrebata em um piscar de olhos. Ela "cozinha" os casal em banho maria por milhões de páginas, construindo relacionamentos bem estruturados de verdade. Nesse aspecto, só tenho elogios para Mariana Zapata, apesar de suas histórias serem bastante clichês.
Apesar de ter gostado muito do trabalho da autora, tendo lido três de seus livros em sequência (Kulti, The Wall of Winnipeg and Me e Rhythm, Chord and Malykhin) comecei a perceber pequenos detalhes que foram se tornando cansativos, como os pensamentos repetitivos doa personagens de um livro para o outro, as pequenas características presentes em todos eles, pequenos detalhes das histórias que se repetiam. É basicamente tudo uma grande receita de bolo, que no geral estava dando muito certo, uma vez que incluí dois de três livros lidos em minha lista de favoritos.
Imaginem então a minha surpresa quando resolvi iniciar a leitura de "Lingus" e me ver empurrando esse livro com a barriga até o final, fazendo até aquela leitura dinâmica básica, pra conseguir sobreviver. Simplesmente TANTAS coisas erradas com esse livro que nem sei o que dizer. Achei os personagens chatos, algumas situações bem desconfortáveis, e a incessante necessidade da personagem principal de ofender toda e qualquer mulher que aparacesse pela frente uma coisa MUITO irritante! Sem falar a hipocrisia IMENSA por parte dessa personagem em vários momentos que prefiro não citar para não dar spoiler para quem queira se aventurar em ler esse sofrimento em forma de livro. Gente, socorro!
Enfim, se você tem interesse em conhecer o trabalho da autora, NÃO comece por aqui, definitivamente.