Luan 24/12/2021
Mantendo seu estilo, em O inocente Harlan entrega um livro com melhor acabamento
O inocente, de Harlan Coben, mantem o mesmo estilo do autor, mas ele entrega nesta obra uma história mais interessante ao narrar a vida de Matt Hunter, que se envolve em uma confusão que não é dele mas acaba sendo culpado da morte de um outro jovem. Ele passa anos na prisão. Depois que sai de lá, Matt consegue um emprego e conhece o amor da sua vida. Mas tudo está prestes a mudar quando recebe um vídeo misterioso envolvendo a esposa e um homem começa a persegui-lo.
Mantendo a mesma construção da maioria dos livros, Coben aqui apresenta um protagonista que se vê em meio a mistérios e parte para a resolução deles por iniciativa própria. Mas a forma que ele constrói a narrativa é que chama a atenção e se torna mais convidativa. Ele consegue abordar bastante temas e suas várias camadas, comumente encontradas nos seus livros, estão ainda mais profundas.
A impressão que fica é que ele se preocupou mais com essa construção do que em outros livros. Tanto nos arcos criados como na elaboração dos personagens, tudo parece melhor pensado, também mais verossímil do que em outras das suas obras. O ritmo de leitura é ágil, embora o desenvolvimento do livro é um pouco mais lento, o que, de forma alguma, afeta o conjunto. Tem seus problemas, como os diálogos, e algumas escolhas, mas no geral é um bom livro, que vem acompanhado de uma boa adaptação na Netflix.