Evangelho de Sangue

Evangelho de Sangue Clive Barker




Resenhas - Evangelho de sangue


151 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Bu 11/07/2020

Uma boa expansão
Podendo ser lido individualmente a trama tem início meio e fim, me lembrou muito os quadrinhos do Hellblazer da Vertigo, no qual gosto muito, e acho que por isso gostei tanto, um livro que não perde o fôlego e tem revelações na trama que me fez vibrar de alegria, ele é bem mais pesado que o Hellraser, mas denso, mas prazeroso tanto quanto. E os últimos capítulos são um show a parte em...
comentários(0)comente



Carla1229 07/04/2020

Que satisfação, aspira
"Eu não entendo", ela disse. "Este homem era leal a você."
"O que ganho sentindo alguma coisa?"
"Existe algo com que você se importe?"
"Tudo é morte, mulher. Tudo é dor. O amor gera perda. O isolamento gera ressentimento. Não importa a direção que nos viramos, sempre somos feridos. Nossa única herança verdadeira é a morte. E o nosso único legado, o pó".

Minha sétima leitura do ano foi o eletrizante "Evangelho de Sangue" do Clive Barker, uma continuação da história de um dos meus personagens favoritos do universo do terror o "Pinhead", esse livro dá um aprofundamento enorme ao personagem e nossa, pensa num personagem bagacero.

A trama acompanha o detetive sobrenatural Harry D' Amour e sua turminha do barulho indo visitar o inferno para salvar Norma, uma senhorinha porradeira (que é amiga de eras do Harry) que foi sequestrada pelo Pinhead. Motivo do sequestro: O Pinhead queria que o D'Amour fosse a testemunha da ascensão dele dentro do submundo (vamos dizer assim para não dar tanto spoiler).

Até ai tudo, ok? Então, vale pontuar a originalidade desse livro, a forma escrachada de escrita do Barker (NADA FAMILY FRIENDS) em cenas de assassinato (o Barker apela MUITO para o gore), para os diálogos nenhum pouco convencional entre os personagem (não falta piadinhas ácidas) e pela primeira vez (pelo menos pelas minhas andanças nos livros de terror) Lúcifer é retratado como um personagem bem emo, depressivo e suicida.

Esse é um livro muito pesado e se você tem estômago fraco, amadah... encare esse universo por sua conta e risco pois é pesado valendo.

Considerações finais: o livro é perfeito? Não. Tem muitas coisas do começo do livro que o Clive meio que esquece no churrasco, além de um final meio broxante e forçado para alguns personagens, sem falar que as vezes... só as vezes o Clive se perde nos diálogos entre os personagens e fica meio pastelão.

Não é uma leitura arrastada mas tem algumas cenas que são bem difíceis de engolir... mas no final do dia, esse livro dá uma expansão maravilhosa do universo de Hellraiser e faz os fãs dormirem com um quentinho no coração de satisfação pois esse livro é fantástico!

site: https://www.instagram.com/nastybooks_/
comentários(0)comente



OToloDeAmarelo 19/05/2021

Péssimo!
Os Cenobitas marcaram seu retorno neste livro e nosso querido Sacerdote do Inferno, o vulgo Pinhead, está atrás de mais poder para desafiar o Rei do Inferno, Lúcifer.

Esqueça os comentários sobre ler o livro anterior para entender esse aqui. Não há absolutamente nada a ser compreendido aqui pois é tudo muito mal colocado. Pinhead rapta a amiga do protagonista e a leva até o inferno e então, Harry reúne um grupo para ir até os confins do inferno e resgatá-la. O inferno deveria ser um local lúgubre e repleto de momentos tensos, certo? Esqueça. Aqui nós temos Harry e seus amigos fazendo papel de bobos com piadas pueris constantes, parecendo um bando de YouTubers adolescentes tentando ser engraçado o tempo todo. Eles também eliminam demônios com imensa facilidade. O inferno virou uma piada.

Se não bastasse os péssimos protagonistas, o enredo é uma profunda perda de tempo, onde Pinhead caminha vagarosamente pelo inferno em busca de seu objetivo e quase nada relevante acontece até chegar no clímax. E o desfecho é mais um clichê bobo e sem graça, que não causa Espanto em ninguém. E devo dizer que os protagonistas não influenciam em nada o final, quase como se não tivesse importância eles estarem ali. Que tipo de livro é esse? Você não sente evolução de nenhum dos personagens e nem se apega à eles! Ridículo!

Um dos piores livros que já tive o desprazer de ler na vida. Uma viagem à um inferno profundamente tedioso e clichê, repleto de piadas podres, que nem mesmo os dons literários de Barker salvam. Um desperdício de tempo sem igual e um dos piores trabalhos que li no ano. Estarei colocando no Skoob para trocas. Isso não merece espaço em minha estante.
comentários(0)comente



Leonardo Lemes 19/07/2022

EVANGELHO DE SANGUE
O submundo da mente humana. Os desejos de prazer, vingança e ambição. Um jogo de conhecimento e sobrevivência. A conexão entre a ficção fantástica de Barker e a mitologia bíblica. Evangelho de Sangue configura imagens e contextos cristãos ao mundo já criado pelo autor em Hellraiser, com foco maior, desta vez, nos cenários de sua própria criação, e em seu antagonista, Pinhead. Traz o percurso do herói, elementos do épico e da pura fantasia, batalhas ente o bem e o mal, diálogos moralistas e críticas religiosas. O livro foca no horror, no gore, mas diminui a escrita bruta e sanguinolenta conforme a paginas avançam. As personagens são bem diversificadas e desempenham papéis significativos, atrelados ao protagonista da obra, embora em momento algum o autor se dá o trabalho de explicações sobre suas motivações ou descrições profundas dos acontecimientos - sendo uma das características de escrita de Clive Barker. "Tudo é morte, mulher. Tudo é dor. O amor gera a perda. O isolamento gera ressentimento. Não importa a direção que nos viramos, sempre somos feridos. Nossa única herança verdadeira é a morte. E nosso único legado, o pó."
comentários(0)comente



Ale Giannini 20/09/2021

Não gostei
O capítulo final para "Pinhead", que nasceu em Hellraiser, das mãos e pensamentos sombrios de Clive Barker.

Duas das mais famosas personagens de Barker: o Cenobita e o detetive Harry D'amour, se encontram nesse volume para um combate final entre o bem e o mal, e é aí que a leitura não fluiu.

Para quem está acostumado com o terror de Pinhead, da Caixa de Lemarchand (ou Caixa das Lamentações), a participação do detetive imprime uma lenta e cansativa investigação policial que decepciona quem está esperando uns sustos.

Há momentos de terror sim, nos encontros com o sarcedote, mas as andanças de D'amour te matarão de tédio antes.
comentários(0)comente



Jully.Regina 30/05/2021

Além do que se pode ver
Foi o primeiro contato que tive com o Pin head, então não posso comparar com os filmes ou com os contos. Mas foi um livro que me envolveu de tal forma que o devorei.

As primeiras páginas já começam com uma cena visceral muito inspiradora e gratificante para leitores que procuram por torturas e brutalidades até o limite humano.

Ao decorrer do livro, já entra mais o enredo e esse gostinho do início fica somente como um sonho. Apesar disso, gostei muito do estilo do escritor, conseguiu me instigar a ler rapidamente para saber logo o desenrolar dos acontecimentos. Muito interessante acompanhar o psicológico e a ambição desse torturador imortal. Tem algumas cenas de ação no decorrer e principalmente no final, bem apocalíptico.


Quando se caminha por terras desconhecidas e sobrenaturais tudo se pode esperar. O autor brinca com essas possibilidades e com o horizonte entre o que é real e o que não.

Até então, os únicos livros de terror que me tinham feito ler compulsivamente assim foram apenas alguns do King. Recomendo.

P.S.: O título fará muito mais sentido depois de ler ;)
comentários(0)comente



Comenta Livros 15/03/2021

Não me empolguei tanto depois de ler
Esperava muito desse livro, mas com o avanço das páginas me decepcionei inclusive com o final.

site: https://comentalivros.com/evangelho-de-sangue-bem-vindo-ao-inferno-cliver-barker/#.YE9fkp1KjIU
comentários(0)comente



Natallia.Domingues 21/09/2018

Declínio de qualidade
É visível o imenso declínio de qualidade neste livro quando comparado ao primeiro título (Hellraiser). Enquanto que o primeiro é uma obra prima voltada para o público adulto, em Evangelho de Sangue somos transportados para um filme clichê onde o bem luta contra o mal típico da sessão da tarde.

As primeiras páginas são ótimas, Pinhead as protagoniza de forma primorosa, demonstrando em detalhes toda a sua maldade e loucura. E é só. Depois disso somos introduzidos ao enredo real do livro, que diga-se de passagem é bem ruim.
Os personagens são péssimos e, com exceção de Harry, nós não sabemos nada das motivações pessoais de cada um estar ali. E os diálogos são piores ainda, muitas falas desnecessárias, tentam ser engraçados, descolados e modernos, mas só conseguiram passar vergonha. Não há a SERIEDADE que o ambiente necessitava, quero dizer, a maior parte do livro se passa no inferno mas as conversas é a de um bando de adolescentes que estão passeando no shopping.
E ah, se o livro se passasse no Brasil acho que daria mais medo, pois o Inferno que ele descreve é muito água com açúcar. Só não dou uma nota pior pois pelo menos a leitura é fluída e rápida.
Pedro Michel 02/05/2020minha estante
Concordo plenamente! Fiquei bem decepcionado, esperava saber mais sobre a ordem dos cenobitas, sua motivações e rituais, porém o livro não passado de uma história clichê que deixa muitos pontos sem respostas e um final bem fraco.




Amante de livros 06/02/2021

Envagelho de Sangue
Frases dos capítulos...

"Três pessoas são capazes de guardar um segredo, se duas delas estiverem mortas."

"Algo inexprimível uniu-me a ele, reboca-me com um cabo que com nenhuma faca consigo cortar."

"Nunca ouvimos a versão do diabo da história. Deus escreveu o livro inteiro."

"Do sofrimento emergiram as almas mais fortes."

Alguém sabe me dizer se tem um livro sobre o Harry ajudando os espíritos a encontrarem seu caminho? Igual a Norma? Adoria ler rsrs


Amei esse livro! Está falando do inferno, ok, mesmo assim , os protagonistas encontram um jeito de fazer piada disso kkk isso torna a situação que não está nada fácil, um pouco mais leve. Adorei de verdade!

Norma
Harry
Caz
Dalle
Lana

Gostei um pouquinho do sacerdote do inferno (mentira). E o lúcifer que foi pra Nova York? Pai amado rsrs
comentários(0)comente



Marcus 10/12/2017

Pinhead desmoralizado
Clive Barker foi inovador ao criar a figura assustadora dos Cenobitas, mas em Evangelho de Sangue, seu último romance (2011) parte para uma aventura juvenil. Em uma abordagem demasiadamente clichê do tipo "bem contra o mal", um time de sensitivos resolve resgatar uma integrante do grupo, sequestrada por Pinhead e levada para o inferno.

Os intrépidos vigilantes do bem encontram um inferno em que funcionários públicos, policiais e burocratas usam uniformes, com suas respectivas cores. Ou seja, nem precisavam ter saído da Terra para encontrar gente de má vontade uniformizada. Mas é preciso resgatar a amiga, e acabam se vendo dentro de um rebuliço por conta do golpe de estado promovido por Pinhead (de novo: precisavam ter saído daqui?).

À sua costumeira aposta na escatologia e na descrição pormenorizada das torturas inflingidas às vítimas, Clive Barker acrescenta pormenorizadas descrições de maus cheiros. Nisso o autor é muito bom, mas cai no ridículo ao incluir a todo momento diálogos pueris, que beiram o ridículo levando-se em conta a situação - e o local - em que os personagens se encontram.

Me parece que ter virado boneco Funko Pop fez muito mal a Pinhead.
comentários(0)comente



Matheus656 06/07/2023

O evangelho de sangue
Esse livro foi cheio de camadas. Começou com o terror propriamente dito e depois foi para uma espécie de fantasia. Em determinada parte do livro, eu me peguei pensando que não tinha mais o que acontecer, tipo aquelas fantasias, que colocam um cara com um poder imbatível para ser o vilão, que no final, vai ter que ser uma forma tosca pra conseguir vencer ele, senti algo parecido aqui. É um livro muito trash, com cenas que nada acrescentam na trama, mas que estão ali para lembrar que o livro tem uma proposta de narrativa pesada, levada para o horror. Gostei bastante desse livro, e a forma como terminou. Quero ler mais coisas do Barker, e talvez dar uma segunda chance para um livro dele que li e não gostei muito. Não pegue esse volume esperando um terror forte, tem um pouco ali no começo, mas depois cai para uma fantasia do tipo que mostra alguém querendo ser maior que o maior atual, se não se importar com isso, vai ser uma leitura bem boa.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Iago Medeiros 01/04/2017minha estante
Bom review. Leve decepção com o que virou esse livro.


Lismar 02/04/2017minha estante
Concordo. Fui cheio de expectativas e me decepcionou um pouco. O terror foi substituído por leitura infanto-juvenil da metade em diante. Diferença absurda com o que acabei de ler agora: Revival. Esse sim, um Horror de responsa.




Bruna Melo 17/07/2021

Clive Barker me surpreendeu com esse livro. Adorei a história e o desenvolvimento dela. Nesta história vamos acompanhar algumas aventuras do detetive Harry D'Amour. É uma história de terror que mistura magia e demônios, inclusive uma visão sobre o Inferno. O mais legal da história e que, pra mim né, enquanto eu lia eu conseguia visualizar perfeitamente os cenários e os acontecimentos, o autor nesse quesito se preocupou em detalhar tudo (isso foi muito legal, porque não é algo que fica massante e chato). Enfim, a história ganhou meu coração e eu super indico!
comentários(0)comente



Morcego 26/03/2021

EVANGELHO DE SANGUE (Clive Barker).

Não há duvidas que o universo de Hellraiser, criado pelo escritor Clive Barker, é um dos mais ricos do terror. Em Hellraiser, o autor deu uma pequena amostra de como esse universo funciona, apresentando aquele que seria o personagem principal desse universo: o Cenobita Pinhead. Além disso, Barker mostrou que não estava para brincadeira, e criou uma historia banhada em sangue e sexo.

EVANGELHO DE SANGUE é mais uma historia do autor ambientada nesse universo, e também serve como uma espécie de prequel dos eventos narrados em Hellraiser. Aqui, o autor apresenta os dois principais elementos do universo de Hellraiser: a caixa de Lemarchand e o próprio Pinhead, descrevendo ambos nos mínimos detalhes, ao contrario do que fizera no livro anterior. Mas não é só isso.

Em Evangelho de Sangue, Barker mostra mais uma vez que é um escritor afiado, com uma escrita que penetra na mente do leitor com uma força impressionante. As descrições que ele faz dos cenários é muito bem feita, e não fica difícil para o leitor imaginá-los em sua mente; o mesmo vale para as cenas ambientadas no Inferno, quando Harry e seus amigos vão resgatar Norma. Não sei como foi para os outros leitores, mas eu consegui visualizar aquele Inferno como um lugar de fantasia, com um tom branco ou cinza, ou invés do tradicional vermelho. Barker o descreve quase como uma espécie de jardim morto, com tudo que tem direito. O mesmo vale para os demônios. Eles são descritos como criaturas humanoides, mas sem os chifres e asas de morcego. Sem duvida, uma visão diferente e original.

E da mesma forma que fizera no livro anterior, Barker começa a historia com os dois pés no peito, apresentando cenas grotescas de violência e sexo já no prologo. E o restante da historia vai pelo mesmo caminho. Durante toda a leitura, o leitor não é poupado de cenas dignas de pesadelos, com toques grotescos de violência, e principalmente, sexo. Isso mesmo. Barker mistura sangue e sexo em todos os momentos, de uma forma assustadoramente natural, e cada vez que isso acontece, é chocante, e o autor não mostra pudor nenhum, principalmente quando descreve o que as criaturas estão fazendo com seus “membros” – para usar um termo “leve”. É praticamente um terror pornográfico.

E falando em terror, novamente, esqueça os torture porn da vida: as cenas de horror descritas por Barker são dignas de pesadelo, com o sangue escorrendo aos montes; claro, não chegam aos pés do livro anterior, mas conseguem ser quase tão grotescas quanto – não há outra palavra para descrever. Com certeza, não é tipo de leitura recomendada para leitores de coração fraco.

Os personagens humanos são muito bons e quase parecem pessoas reais, com a diferença que todos têm ligação com o sobrenatural, principalmente o protagonista, o detetive Harry D’Amour. Desde que ele surgiu na historia, eu o visualizei como um detetive particular de filme noir, com o casaco e o chapéu. Aliás, as cenas de investigação do personagem quase parecem com cenas de um filme noir, daqueles clássicos, estrelados por Humphery Bogart. Os outros personagens também são bem descritos, cada um com sua característica própria.

No entanto, apesar de contar uma historia muito boa, Barker cometeu alguns erros. O primeiro deles acontece no prologo, quando ele apresenta um demônio-fêmea que nasceu em uma cena grotesca. Eu achei que aquela personagem seria relevante para a historia, mas ela simplesmente desaparece. Eu pelo menos não consegui reencontrá-la. Outro ponto negativo acontece no Inferno, quando Pinhead comete um ato de violência contra Norma, ato esse que não faz parte de seu repertorio. E eu também achei a historia de Lúcifer incompleta.

Aliás, esse é outro ponto. Barker criou um universo tão original para os Cenobitas, com um deus próprio, o Leviatã e também o Engenheiro, e aqui, ele apresenta justamente Lúcifer como líder do Inferno. Apesar de descrever uma batalha épica entre ele e Pinhead, eu achei que o autor poderia ter utilizado outra criatura para comandar o Inferno, até porque, como eu disse, a descrição do Inferno não combina com a imagem clássica que temos dele.

No entanto, devo dizer que o autor criou, sem duvida, uma batalha épica. Ele mostra que Pinhead está disposto a tudo para tomar o poder e não tem medo de derrubar Lúcifer, mesmo que para isso, tenha que derrubar o próprio Inferno. Toda essa sequencia da luta entre eles é espetacular, com direito a armadura e sangue, muito sangue. E quando Lúcifer ressurge, a atmosfera épica continua. E no final, temos quase um Pinhead arrependido do que fez. Muito bom.

E aqui também temos a Caixa de Lemarchand, que abre o portal para o Inferno dos Cenobitas. Como mencionado acima, quando Barker a introduz, faz questão de descrevê-la nos mínimos detalhes, descrevendo até a musiquinha que ela produz ao ser aberta. Por um momento, eu até havia me esquecido dela, mas quando ela retorna, é uma surpresa. E ainda falando do universo de Hellraiser, aqui temos também as clássicas correntes com ganchos; e elas fazem um estrago. Sério.

Bem, seja como for, o fato é que Evangelho de Sangue é um livro muito bom; não chega aos pés de Hellraiser, mas, se me perguntassem se merecia uma adaptação para o cinema, eu diria que sim, dependendo de quem assumisse as rédeas.

Enfim, Evangelho de Sangue é um livro muito bom. Uma historia épica de terror com toques grotescos de sangue e sexo. A escrita de Clive Barker prende o leitor com suas cenas dignas de pesadelo. Uma viagem literal ao Inferno, onde poucos saem com vida. O reencontro com Pinhead, o principal personagem do universo de Hellraiser. Um livro sangrento e arrepiante. Recomendado.

comentários(0)comente



Sr. Machado 17/09/2016

“Evangelho de Sangue” – um livro extremamente sensorial
Nada mais justo do que iniciar este texto com um aviso sincero: a obra que trato a seguir é voltada para pessoas de cabeça e estômago forte. Boa parte da sua condição física e mental será colocada à prova no momento em que você decidir descobrir sobre o que se trata o livro em questão. Evangelho de Sangue é o nome do nosso algoz, e se você, assim como eu, gosta de sentir o horror na pele, fique à vontade para prosseguir com a leitura. Sente-se e procure ficar confortável pelo menos de inicio, pois a tendência é que o prazer do conforto se torne cada vez menor daqui em diante.

Com o aviso devidamente dado, podemos começar a nos arriscar. Primeiro, vamos entender o que é Evangelho de Sangue, esse título que só de ler já mexe com algo dentro da gente. Pois bem, de uma forma bem resumida, Evangelho de Sangue é um romance do mestre Clive Barker; trata-se de um livro que funciona como a origem de Hellraiser, outro clássico do autor que já deu as caras aqui no blog. Ambos os livros foram lançados pela DarkSide Books aqui no Brasil, editora que vem fazendo um trabalho espetacular com as obras do Clive Barker. Sendo a obra em questão a origem de Hellraiser, fica fácil deduzir que estamos diante de algo de peso. Evangelho de Sangue é a expansão do universo dos Cenobitas e, mais especificamente, a volta do Pinhead – figura icônica e um dos maiores personagens das histórias de terror de todos os tempos. Quem leu Hellraiser conheceu um tipo de terror que agrada até mesmo o mais exigente fã do gênero – a novela de Barker serviu de aperitivo, abriu espaço para algo maior e mais forte. Agora, temos ao nosso alcance Evangelho de Sangue, a peça que faltava para completar o quebra-cabeça e saciar por maior tempo os fãs de um dos maiores autores de terror.

Não brinco quando digo que Evangelho de Sangue é algo voltado unicamente para pessoas fortes. O tipo de terror que já era de balançar estruturas no curto Hellraiser chegou ainda mais consistente em Evangelho de Sangue, onde Clive Barker trabalha com mais que o dobro em todos os aspectos. Se antes tínhamos uma porta para o inferno, agora temos duas, no mínimo. O universo dos Cenobitas é ampliado de uma maneira que beira o sem limites. É nesta obra que vamos conhecer de fato o famigerado Pinhead e tudo que faz parte da sua construção. Mais do que isso: o leitor irá descer ao inferno, conhecer a Ordem da qual o Pinhead – nesse romance também conhecido como Sacerdote do Inferno – pertence e sentir bem próximo de si todo o terror que envolve a narrativa.

O leitor comum precisa se abastecer de coragem para adentrar o mundo de Evangelho de Sangue, visto que a obra é uma das experiências mais sensitivas que eu já tive o prazer de conhecer. É bom estar preparado para sentir o que o livro tem a oferecer desde as primeiras páginas – medo, agonia, repulsa e arrepios estarão presentes em enormes quantidades o tempo inteiro. Não há espaço para moleza, o livro irá te deixar sem fôlego com seu ritmo e dará o golpe final quando você estiver implorando por ar. Embora possa parecer, isso não significa algo pejorativo, mas sim a qualidade e capacidade que a história tem de pegar o leitor com firmeza e fazê-lo experimentar uma sensação única. Um prato cheio para os fãs de terror que com certo masoquismo estão sempre buscando por algo mais pesado e assustador; um livro extremamente sensorial.

Não posso, de maneira alguma, escrever sobre Evangelho de Sangue sem comentar a respeito de seu arquiteto: o mestre Clive Barker. Eis aqui um autor que, apesar de consagrado, merecia ser ainda mais valorizado. Talvez chamar Barker de mestre seja uma espécie de eufemismo, pois ele é na realidade um monstro (sagrado) da literatura de terror. Exagero? Nem um pouco. Clive Barker é sinônimo de sangue, um homem de mente singular capaz de imaginar o que para nós é inimaginável. Sua escrita é a mais visceral com que já tive contato, a insanidade é palpável e o terror absoluto transborda de suas palavras. Impossível sair indiferente de seus livros. Sou fã, mas nem por isso suspeito – o talento do autor é um fato, uma unanimidade entre os apreciadores do gênero.

Se você chegou até aqui, é digno de todo o meu respeito e admiração. Você é de fato um leitor corajoso e de bom gosto. Espero que o pouco que compartilhei seja o suficiente para despertar seu interesse pela leitura e que você possa ter todos os seus desejos sangrentos realizados por essa obra. O terror te aguarda, se entregue e desfrute de todas as sensações. Ah, boa sorte no caminho de volta.

site: http://bit.ly/EvangelhoDeSangue
Borchhardt 10/10/2016minha estante
Você leu o livro, camarada?


Sr. Machado 10/10/2016minha estante
Pergunta retórica? :)


Borchhardt 10/10/2016minha estante
Não. Pela sua resenha, sinceramente, parece que você não leu.


Sr. Machado 10/10/2016minha estante
Não só li como gostei bastante. Não faria sentido escrever sobre um livro que eu não li, né? Vi que você não gostou do livro, acontece. Seria interessante ler suas impressões a respeito.


Borchhardt 10/10/2016minha estante
Desculpe, Weslley. É que quando terminei de ler, fiquei realmente frustrado, pois esperava muito mais. E acabei descontando na sua resenha. Vou publicar minha opinião daqui a pouco.


Sr. Machado 11/10/2016minha estante
Tranquilo, estamos entendidos. Já tive contato com outras pessoas que também não gostaram do livro... Eu realmente gostei, mesmo o livro tomando um rumo bem diferente do que eu imaginava. Vou ler sua opinião assim que possível.




151 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |