As águas-vivas não sabem de si

As águas-vivas não sabem de si Aline Valek




Resenhas - As águas-vivas não sabem de si


161 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Maria7598 11/03/2023

Detestei
Estava muito empolgada pra ler esse livro por ser ficção científica e nacional, mas não poderia ter me decepcionado mais. Queria ter gostado, queria mesmo, mas a prosa é intragável. Salvo os poucos trechos do livro do Martin (em que acredito que a formação jornalística da autora ajudou na criação de um texto informativo concatenado), a escrita é prolixa, repetitiva, presunçosa e vazia ao mesmo tempo. Você lê, lê, lê e não chega a lugar nenhum. Esperei que ao menos a história fosse interessante, ou que me importasse com os personagens: sem sucesso. Ninguém ali inspira o mínimo de empatia, simpatia, ou qualquer emoção que não seja um certo tédio e irritação perto do final. Quis criar uma atmosfera de tensão, mas exagerou na dose e criou uma narrativa opaca, confusa para todos os envolvidos, com o leitor no centro dessa turva sopa de letrinhas. Sinto que a autora queria dizer muito, e na ânsia de tentar se comunicar, floreou, enrolou e não disse nada. Enorme potencial perdido.
comentários(0)comente



Adônis 23/06/2016

Sobre as profundezas do oceano e da nossa própria consciência
Conseguir publicar seu primeiro romance pela Rocco não é para qualquer um. Com um trabalho gráfico desses (como diz o selo, Fantástico!) e um título tão metafísico – e por isso instigante, pode-se dizer que a autora tinha uma grande responsabilidade nas mãos de cumprir as expectativas de leitores que “compraram o livro pela capa”. Quanto aos que a acompanham há algum tempo – Aline Valek mantém um site, uma newsletter, é colunista, escritora de contos, dentre outros trabalhos –, a dificuldade era provar para seu público fiel, que já sabia de seu talento para a literatura, que ela seria capaz de escrever tão bem sobre o mar quanto ela escreve sobre, por exemplo, feminismo. Na minha opinião, ambos os objetivos foram completamente alcançados, e vou explicar por quê.

‘As Águas-Vivas…’ é, sim, um livro tão poético quanto seu título. Não se engane, porém: a história principal não trata de águas-vivas propriamente; ao menos, não apenas. O enredo, na verdade, acompanha duas linhas paralelas. A primeira nos conta sobre Auris, uma pequena estação subaquática que desceu às profundezas para colocar à prova trajes de mergulho modernos capazes de aguentar a pressão absurda do fundo dos oceanos; dentro dela, convivem cinco pesquisadores. Pode-se dizer que, de certo modo, os cinco têm protagonismo, apesar de o foco geralmente se voltar à mergulhadora Corina. Cada um deles tem seus problemas, sua razão (e segredos) para estar ali e uma personalidade forte, o que faz de sua coexistência naquele espaço reduzido uma experiência não tão agradável e torna as coisas mais interessantes.

A segunda linha, minha preferida (apesar de achar necessária a intercalação), nos traz a visão do fundo do mar, muitas vezes em épocas remotas. Não vou entrar em detalhes para não estragar as surpresas, mas é lindíssimo o modo como a autora descreve os seres que lá habitam – e como eles veem o mundo –, o ambiente, as luzes, os sons (até mesmo os sons você parece capaz de escutar!)... É, de verdade, poesia em forma de prosa, tamanho o lirismo das passagens. Exemplos não faltam.

“Ao contrário do cachalote, que tinha seus olhos pequenos imersos na água, olhando para os pequenos peixes que passavam por ele, as pessoas preferiam olhar para o céu. Diziam que era a experiência de contemplar um passado distante, porque as luzes que chegavam a planeta vinham com um atraso de milhões de anos, revelando um retrato de corpos celestes e lugares que podiam nem mais existir. As ondas também eram um retrato antigo, se criaturas muito primitivas ouviram aquele mesmo som, tão carregadas de informação, de histórias e de vida. As ondas ali tão próximas, e as pessoas preferiam primeiro explorar os céus e suas luzes distantes.”

Nem um pouco óbvio, o livro te dá poucas pistas do que vai acontecer – o final é um verdadeiro espetáculo –, até porque é um típico caso em que o percurso é tão interessante quanto o destino. Ou seja, ainda que você soubesse como termina o livro, eu ainda assim o recomendaria, por todos momentos em que você se sente, de fato, na profunda escuridão das águas. Para quem leu os relatos da Aline sobre a concepção do primeiro esboço da história durante o NaNoWriMo, é difícil crer que o rascunho inicial foi escrito em menos de um mês, já que claramente há muita (MUITA) pesquisa envolvida e o enredo em si é muito bem acabado – resultado, com certeza, de revisões e mais revisões, que lapidaram a obra até seu estágio final.

Longe desta resenha ser um enaltecimento irrestrito à autora, é salutar encontrar esse tipo de pérola (com o perdão do trocadilho) entre autoras/es brasileiros, tantas vezes subvalorizados – e já aviso que qualquer clichê da literatura nacional foi deixado de lado. A leitura flui bem, portanto é rápida, mas acredito que várias releituras sejam necessárias para absorver todas as matizes dessa sensível ficção científica subaquática. Minha ressalva, aliás, é quanto essa classificação, pois, apesar de conter elementos de ficção científica, a ciência em si desempenha um papel secundário, a meu ver, frente à verdadeira essência do livro, a qual é melhor deixar que cada um descubra por si.

“As ondas, no entanto, continuariam lá. Enquanto os continentes mudavam de formato, enquanto seus habitantes desapareciam e se transformavam, as ondas permaneceram lá, fazendo o mesmo barulho. O cachalote agora ouvia o mesmo som que também foi ouvido cinquenta milhões de anos antes e que qualquer criança humana, em qualquer época que existisse, ouviria ao se sentar nas areias de qualquer praia. Pelo menos isso, o cachalote sabia, eles tinham em comum.”

site: http://admiraveismundosnovos.tumblr.com/post/146372204985/a-rela%C3%A7%C3%A3o-que-os-az%C3%BAlis-estabeleceram-com-as
Juliana.Nascimento 27/08/2016minha estante
Eu olhei pra esse livro na estante da livraria e instantaneamente tive a necessidade de possuí-lo, e por sorte fiz essa leitura num momento muito bem colocado da minha vida, o que só aumenta a paixão que tenho por essa obra prima. Essa resenha exprime perfeitamente bem a riqueza dessa leitura.




Beatriz.Linhales 10/05/2021

Muuuuita admiração
Poderia passar vários parágrafos elogiando a estrutura do enredo, a forma como a poesia e a ficção se misturavam em capítulos absurdamente bem pensados, mas esse livro me tocou tanto que seria uma traição não falar da emoção que tô sentindo.
É tudo sobre conjunto. Esse livro me deu um afago no coração de quem está confinada, e bastante confinada, desde 3/20. Simplesmente enriquecedor. É tanto egoísmo que a gente se esquece que só existe para o conjunto e não o conjunto que existe por nós. Sozinhos não somos nada e tanto faz ser carcaça de pensamentos humanos se não tivermos com quem compartir.
A poesia de Aline precisa ser espalhada pelo mundo inteiro. Com certeza um dos melhores livros que já li. Que orgulho. Literatura brasileira e contemporânea. As águas vivas não sabem de si é tesouro nosso. E foi escrito por uma mulher. Uma mulher muito talentosa, diga-se de passagem.
Tão bom se identificar com o que se consome... sinto que sempre falo isso... mas é verdade. Amei ter sido extremamente vulnerável com Corina, Susana, Arraia, Marin e Maurício e as águas-vivas, espectros, azúlis, baleias e tudo que compõe essa delicadeza densa que Aline compôs.
comentários(0)comente



Juliana 19/02/2022

As Águas Vivas não sabem de si é um belíssimo relato sobre a solidão, a curiosidade humana e sobre como lidamos com a pergunta estamos sozinhos nesse vasto mundo?

Já conhecia o trabalho da Aline pelo podcast e pela newsletter, sou apaixonada pelos dois e esse foi seu primeiro livro que li. Foi muito diferente das coisas que já tive contato porque é uma história sobre o mar que não cai no campo da aventura. Achei tudo muito encantador e profundo (perdão pelo trocadilho barato)
comentários(0)comente



Larissa2902 01/10/2023

Sobre AS ÁGUAS VIVAS NÃO SABEM DE SI
(Uma história de ficção científica escrita por Aline Valek. O livro conta a história de 5 profissionais selecionados para ficarem em uma estação submersa no fundo do oceano, testando novos trajes de mergulho. Com o tempo, a protagonista, Corine, vai descobrindo que entre eles existem alguns segredos, que de maneira interessante, vai mudar o rumo da história.)

Eu adoraria dizer que é um livro cativante, mas ele tem um ponto que para mim é muito negativo, que é o fato dele ser totalmente desinteressante até a metade do livro, eu tive que ir me arrastando até chegar em um lugar que prendesse minha atenção.

DO MEIO EM DIANTE AS COISAS FICAM INTERESSANTES, A HISTÓRIA TOMA UM RUMO DE REVELAÇÕES E POÉTICO. EU SEMPRE GOSTEI MUITO DE ESTAR EM BAIXO D'ÁGUA, ENTÃO ESTE LIVRO TRÁS UM POUCO DESSA SENSAÇÃO MÁGICA, ALGO QUE NÃO DEVE SER CATIVANTE PARA ALGUNS. lendo isso mesmo??

Mas me pequei muito confusa nesse livro, com a sensação de "por que estou lendo isso mesmo??"

Os personagens também não são bem desenvolvidos, não fiquei muito apegada com eles, por mim se todos morressem na trama, eu não me importaria.
veiraque 13/10/2023minha estante
Mdssss sim, tô terminando o livro é sua descrição bate muitooo c o q tô sentindo ao ler obra, feliz de não ser eu apenas, tô até assustada pq bate demais c o q escrevi a algumas horas sobre a obra




Sara 16/05/2020

Não é uma ficção científica pra se desvendar grandes mistérios, ou ficar grudado nas páginas até a madrugada tentando solucionar uma questão mirabolante. É uma leitura para olhar pra si. É um livro sobre as peculiaridades da vida humana, sobre as palavras não ditas, sobre as sutilezas da comunicação que passam despercebidos por nós em meio ao barulho de vozes que já nos acostumamos a ouvir. Uma leitura linda pra se fazer com calma e atenção às sutilezas das palavras ?
comentários(0)comente



Fau 21/09/2022

As Águas-Vivas Não Sabem de Si
Olha, eu comecei achando bem ruim. Aí continuei, pois não vim pra este mundo pra desistir, o livro foi melhorando, até que passei alguns capítulos sem entender NADA - e friso novamente o NADA -, porque as metáforas foram extremamente estranhas (algumas muito boas, ok) e excessivas. Depois parei de entender de novo. Em resumo, 5 pessoas numa Estação no fundo do mar, cada uma com problemas pessoais que vêm de muito antes de descerem até lá, e que interferem em tudo que acontece lá dentro. O final até que me surpreendeu, mas ainda assim, achei bem doido.
comentários(0)comente



Julia4332 22/03/2024

+/-
Gostei do livro, não era o que eu esperava da história antes de ler, mas não posso negar que foi muito difícil não desistir. Achei a escrita confusa por vários momentos. Não diria que foi um processo prazeroso, mas haviam partes interessantes da história que me fizeram insistir nela.
comentários(0)comente



Leitora de Cinema 06/11/2022

Sou suspeita pra falar pois sou apaixonada pelo mar, o que fez essa obra ganhar um espaço no meu coração e me lembrar que mar é vida, é memória, é ancestralidade. É a volta pra casa, é a resposta.

O barulho das ondas. A mensagem. A água salgada. As lembranças milenares, cada detalhe de vida no planeta.

Um livro tocante sobre solidão. Sobre seguir nosso instinto, estar em nosso estado natural. Sobre parar para ouvir.
comentários(0)comente



tiagua 26/11/2020

Bom, mas não muito
A história é muito interessante. A atmosfera muito boa e pouco explorada em livros, por isso um ponto positivo.

A história segue Corina e outros pesquisadores em uma plataforma, em meio a uma pesquisa, nas profundezas do oceano.

A narrativa é muito maçante a maioria das vezes. Pra mim só ficou boa depois dos 70% do livro e ainda sim tinha partes entediantes. Não funcionou pra mim essa história, apesar de eu ter ficado curioso e triste em alguns momentos.
comentários(0)comente



João 10/11/2020

Muitas camadas numa execução duvidosa
Gosto das discussões levantadas, da delicadeza do tema, da forma como o realismo mágico é suavemente inserido. Mas quando penso em alguns acontecimentos do final, de determinados detalhes dos personagens humanos e da execução por vezes cansativa, percebo que tornou a história toda não tão gostosa quanto poderia ter sido.
Mas no fim, é um bom livro, espero que outras pessoas leiam e tirem suas próprias conclusões acerca dos conteúdos.
comentários(0)comente



Andre.Thieme 14/08/2022

Profundo como o oceano
Que grata surpresa encontrar esse livro graças ao leia mulheres Itajaí. A narrativa da Aline Valek nos remete a reflexões sobre a existência e a busca incessante do ser humano, apesar de nossas fragilidades e sofrimento. Com descrições e imaginações dignas de ficção científica de qualidade, consegue fazer a gente sentir a claustrofobia e os desafios impostos ao corpo humano para explorar o universo inexplorado do fundo do mar. Sim, os porões da nossa casa-planeta são ainda pouco conhecidos. E a Aline nos permite sonhar com criaturas e paisagens do que pode ser esse ambiente ao longo de vários períodos de história do nosso planeta.

Ótima leitura, com passagens muito belas.
comentários(0)comente



Henrique Cavalcante 24/01/2021

Uma poesia em forma de romance
Este livro é como o mar: não foi feito para seres rasos, pois, não suportarão a pressão de sua profundidade.

Cinco especialistas (pessoas com personalidades bem diferentes), uma pesquisa para testar o quão resistente um traje é perante grandes profundezas ainda não exploradas do mar, uma estação minúscula isolada do resto do mundo por conta da profundidade em que encontra-se instalada, dias e mais dias de isolamento.

Eis a premissa para o início de uma jornada que fala sobre existencialismo, autoconhecimento, solidão (apesar do convívio com outras pessoas), a soberba humana, a busca pelo conhecimento, a tentativa de decifrar uma mensagem antiga e primordial.

Este livro surpreendeu-me e cativou-me bastante, pois, não obstante ser bem descritivo em alguns capítulos não chegou a ser maçante, pois, a autora soube prender minha atenção na ambientação das profundezas do mar com muita competência.

O ponto de vista das criaturas marinhas fantásticas, do tempo que se passa de forma diferente para cada criatura e como este tempo interliga-se com as histórias dos outros personagens (mesmo com milhares de anos de diferença), os problemas de convívio entre os tripulantes da estação chamada Auris, os demônios pessoais que assolam cada um destes, uma ambientação carregada de poesia e reflexão.

E no final uma mensagem muito linda.
Obra brasileira de ficção científica de primeira qualidade.
Foi um livro que fez-me ótima companhia. Super recomendo e provável que o leia novamente.
comentários(0)comente



Enio Myrddin 18/05/2023

Eu amei o livro. Não se deixa cair nos clichês, com uma perspectiva bem original e os personagens muito bem construídos e todos interessantes.

Impossível não comprar com os livros best seller importados que li ultimamente, todos foram leituras muito rasas, histórias vazias. O contraste com esse livro é enorme.

A única coisa que não curti tanto foi o final. Faz todo sentido na história, mas ainda assim me deixou com uma sensação que seria melhor se fosse diferente.

Já tinha lido contos da Aline, mas esse foi o primeiro romance (o primeiro escrito por ela também). Me deixou com vontade de ler mais romances dela.
comentários(0)comente



Luana 21/12/2021

A trama se passa praticamente inteira dentro de um submarino, me lembrou Júlio Verne.

Mas no final de toda aventura, tem uma história muito calorosa.
comentários(0)comente



161 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR