Meio Rei

Meio Rei Joe Abercrombie




Resenhas - Meio Rei


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Paulo Henrique 31/05/2021

Eu to no chão...
Achava que seria um mata tempo, engorda meta... Mas ele me surpreendeu algumas vezes, fui sem ler sequer a sinopse e nas primeiras 50 páginas já estava com o queixo no peito! Em 288 eu acho louvável o que esse cara fez, uma mitologia simples e importante, um mundo complexo, mas sem ser cansativo, desenvolvimento de personagem coerente e com relacionamentos interessantes, plot twits surpreendentes e um final de tirar o folego, literalmente na última página.
Eu fui arrebatado, e além de ler o resto da série, quero ler mais desse autor!
Ander 01/06/2021minha estante
Que foda.


Paulo Henrique 03/06/2021minha estante
Não sei se foi o fato de ir sem saber absolutamente nada da história, mas eu fiquei apaixonado e envolvido demais!


Ander 03/06/2021minha estante
Ótimo. :D




.Igor 24/03/2024

Essa é mais uma quase resenha que estava guardada por aqui há muito tempo, acabei lembrando dela quando fui separar o terceiro livro pra ler... Mas enfim, acho que ficou razoavelmente legível depois de umas correções.


Filho caçula do rei Uthrik e da rainha Laithlin de Gettland, Yarvin nasceu com uma característica que seria um estigma desde muito pequeno: sua mão esquerda era deformada, ao ponto de ser pouco mais do que um pequeno pulso com um único dedo distinguível. Nos reinos do Mar Despedaçado, onde as leis eram ditadas pelas pessoas de braço forte e coração frio, ser incapaz de brandir uma espada ou portar um escudo é o pior defeito de um homem e sua própria família fez questão de marcar isso nele.

Yarvin nunca herdaria o trono, sendo visto sempre com desprezo pelo pai, um rei poderoso de uma poderosa nação militarista, conhecido pelas suas conquistas e crueldade no campo de batalha. Sua mãe, não o tratava mal abertamente, mas não escondia o desapontamento toda vez que o olhar passava sobre a mão esquerda do filho mais novo. Sua única opção era se unir ao Ministério, uma ordem política que auxiliava todos os governantes do Mar Despedaçado; ele abriria mão de seus laços familiares e da possibilidade de ter uma família para se dedicar inteiramente ao bem de seu reino, a única forma que Yarvin encontrou de escapar das humilhações e do preconceito que sua deficiência lhe trazia.

No entanto, a morte de seu pai e de seu irmão mais velho - que deveria ser o próximo rei de Gettland - arrancou essa esperança do garoto sem misericórdia, e ele se tornou, com pouco mais de 16 anos, rei de uma nação que o via apenas como um "meio homem", incompleto e certamente indigno. De uma hora para a outra, Yarvin precisa endurecer e entrar em uma guerra para vingar as duas mortes, e logo sua jornada o lança em uma saga de amargura e crueldade, traição e cinismo, onde as suas decisões determinarão o destino de todo um reino.

Joe Abercrombie já é um veterano da literatura de fantasia, mas esse foi o primeiro livro "young adult" que ele escreveu. Não sou muito fã desse rótulo literário em particular, especialmente porque não são poucos os autores que fazem parte dele que não sabem o que querem escrever: às vezes, a história é tão mal estruturada que perde para muitos livros infantis; outras vezes, personagens são tão reutilizados pelo gênero que se tornam genéricos e previsíveis; e outras vezes ainda, são criadas tramas que tentam ser grandiosas mas se enrolam com amarras editoriais. É realmente uma pena, já que muitas dessas histórias têm bastante potencial.

Tendo dito essas coisas, "Meio Rei" se revelou uma surpresa incrível! O livro não é extenso, até mesmo para os padrões de séries literárias (280 páginas), mas sua história é de uma densidade ímpar. O mundo em que se passa a história de Yarvin foi praticamente destruído quando seres ancestrais chamados "elfos" atacaram a Divindade e a despedaçaram, criando um catástrofe global que os aniquilou e mudou completamente a forma do mundo. O Mar Despedaçado foi local dessa tragédia e se tornou um enorme mar interno e lar de vários reinos, erguidos em uma cultura que valoriza a sobrevivência do mais forte acima de tudo, permeado de guerras e intrigas políticas.

O Mar Despedaçado é um personagem por si só no livro de Abercrombie, um deveras multifacetado e complexo. Bem, na verdade, todos os personagens desse livro são complexos; não é exagero dizer que cada pessoa que tem um pouco de destaque no enredo caminha por uma linha tênue entre o bem e o mal, e tanto o leitor quanto o protagonista vão descobrindo isso ao longo do caminho - e no caso do jovem rei, das piores formas possíveis.

Yarvin é inteligente e corajoso ao seu modo, mas anos de humilhações e desprezo o tornaram amargo e cínico. Ainda assim, ele mantém um humor ácido, o qual usa como armadura contra tudo o que é lançado nele, e não é pouca coisa. Perdido com sua súbita ascensão ao trono, sua jornada no livro é tanto de amadurecimento quanto de auto-conhecimento, e é realmente fascinante.

Estou lutando bravamente aqui para não falar mais desse livro, especialmente sobre um aspecto dele que me prendeu imediatamente à leitura, mas não quero estragar a surpresa de quem estiver lendo ele pela primeira vez. Digamos que há muitos paralelos históricos com um pessoal que morava no norte da Europa durante a Idade Média e gostava de pilhar cidades costeiras... Paralelos, digo de antemão, manipulados magnificamente.

Bem, é isso. "Meio Rei" é o primeiro livro de uma trilogia incrível, que definitivamente recomendo a leitura! 
izacaduca 24/03/2024minha estante
que resenha boa!!


.Igor 24/03/2024minha estante
Muuito obrigado, Iza!




Gabriel 21/11/2019

Uma das melhores trilogias que já li na vida.
É até difícil fazer uma resenha de um livro tão bom e cheio de reviravoltas, li com a expectativa alta e o livro ainda superou minhas expectativas, simplesmente completo, você realmente mergulha na história de Yarvi e também daqueles que se tornam próximos a ele, não vou escrever muito para não dar spoiler, mas se você gosta de fantasia e aventura, leia Meio Rei, se não gosta, leia também, irá gostar, a escrita é bem objetiva e direta, os personagens são muito bem construídos e a história é sem igual, uma das melhores leituras do ano.
Fernando Sousa 27/12/2019minha estante
E minha próxima leitura


Gabriel 28/12/2019minha estante
Não vai se arrepender...




Gustavo Rodrigues 05/01/2023

Acho que é uma fantasia/aventura bem legalzinha, meio infantojuvenil, que deve ser uma ótima escolha como porta de entrada pro gênero.

Pra quem já é mais acostumado, assim como eu, pode ser meio clichê em algumas coisas. Mas, sendo um clichê bem feito - como é o caso - não vejo problema.

A história é bem amarrada, sem muito floreio, o autor não enrola muito. Só achei meio ruim o fato de que dá pra adivinhar um dos grandes plots da história com uns 20% do livro, se prestar bem atenção ?

No geral, é um livro bom que cumpre seu papel.
Vic 08/01/2023minha estante
Onde eu vou, tem resenha sua kkkkk


Camila.Oliveira 19/01/2023minha estante
Sou iniciante nos livros de fantasia, gostei de saber que é um ótimo livro para começar no gênero !! Parece legal !




DeiaMolder 28/02/2018

Não adianta amo fantasia épica!!!!! Adorei meio rei, Yarvi começa um bebezão, no decorrer amadurece e tire se forte e astuto. Rumo a Meio Mundo !! Recomendo!
Fernando Sousa 27/12/2019minha estante
Comprei pq adorei a temática.


DeiaMolder 28/12/2019minha estante
Leia a outra trilogia dele, A Primeira Lei, tbm é ótima.




GabrielGSM 05/08/2016

Uma linda capa, mas....
Esse é um livro muito bom de se ler. Você se prende a ele facilmente e fica curioso com o que vai acontecer. Tem um trama bem construída sem duvida que se amarra do começo ao fim, mas porque apenas 4 estrelas?


O problema fundamental desse livro é os personagens no qual você não tem afeto algum. O Yarvi é um bom personagem mas apenas isso. Você simplesmente aceita ele e não liga para o que pode acontecer com o mesmo e muito menos aos outros personagens.


É um ótimo livro para se passar o tempo que possui muitas qualidades. Com um ótimo e surpreendente final e cenários bem interessantes, mas ele peca com os personagens fazendo com que esse livro fique apenas um pouco acima da media.
Caio 03/10/2016minha estante
A Primeira Lei também, começa desse modo. Você é indiferente quanto ao personagem nos primeiros livros, mas depois ele acaba fazendo gostar dele. Acredito que o autor tentará fazer isso de novo. =D


GabrielGSM 03/05/2017minha estante
Espero que sim!!




Kai 31/03/2022

UM MEIO HOMEM, MAS UM JURAMENTO POR INTEIRO
Um dos livros mais viciantes que já tive o prazer de ler, que ritmo magistral! Bons personagens, protagonista incrível , cenário interessante e reviravoltas ATÉ A ÚLTIMA PÁGINA. Ótima primeira experiência com o Abercrombie, livrasso.
Jessica1248 31/03/2022minha estante
Ahhh, q bom q gostou ?


Kai 01/04/2022minha estante
Que alegria ver vc comentando aqui Jessy kkkkk, gostei muito sim, mas quando vc disse que gostava eu já sabia que seria bom kkkkk




klau 05/06/2016

''Se a vida me ensinou uma coisa, é que não existem vilões. Somente as pessoas, fazendo o seu melhor. "



Algums dos melhores livros começam com mortes e o principal a vingança que estas mortes geram, com este não é diferente . embora o começo me lembre um pouco a história biblica de josé ( aquele que foi vendido e deixado para morrer no deserte lembrou ?), Yavri se tornou rei após a morte de seu pai e irmão. porém seu reinado foi bem curto , principalmente após ser traido e largado no deserto para morrer. ( O que é obvio que não ocorreu) , pois ele retorna com sede de vingança.


"Escolha os seus inimigos com mais cuidado do que os seus amigos, eles vão estar com você por mais tempo."


A história se passa em um mundo alternativo , que poderia ser o nosso a algumas referências a envenenamento por radiação e outros materiais pesados. E mesmo tratando -se de uma história envolvendo traições e abuso de poder. ainda possui algumas piadinhas e tiradas que tornam a leitura mais leve.



Se você tem um plano, "sibila Samuel a partir do canto de sua boca", agora seria o momento. "
"Eu tenho um plano"
"Será que isso envolve espadas?"

Uma pausa. "Todos os meus planos fazem."
"Você tem uma espada?"


outra pausa. "Não."


Meio rei conta a trajetória de Yavri , um principe com a mão atrofiada, e sua busca de sua vingança temos outros personagens que trazem um teor fantástico a esta leitura, embarque em uma leitura com mortes, surpresas, e eventos surpreendentes.

site: http://musicwithbook.blogspot.com.br/
Thalyta Nette 08/03/2017minha estante
Guria do céu não tá dando.
Falei ontem pro Thales que eu leio duas páginas e me irrita o livro ...

Vale a pena eu insistir nele??




Yasmin.Latchuc 24/04/2020

O livro das reviravoltas
Meio rei narra as desventuras (em sua maioria) de um príncipe não convencional, por ter uma deficiência em uma das mãos é motivo de chacota por seus sutidos e pela população de sua cidade. Desta maneira, se vê "obrigado" a seguir (ou pelo menos tentar) o caminho do conhecimento ao invés da força física.

A história é escrita de uma maneira descomplicada e sem enrolação, o que as vezes pode faltar com os detalhes. Entretanto, não há nenhum capítulo que te deixe entediado ou que seja dispensável (aqueles típicos capítulos pra endossar a história). Desde o começo até o capítulo final, o livro é cheio de reviravoltas, todas muito bem embasadas e surpreendentes.

Sem dúvidas excedeu todas as minhas expectativas.
@tigloko 25/04/2020minha estante
; )




Andreyna 22/03/2020

Impactante
A gente começa o livro sem esperar muita coisa e se surpreende com o desenrolar da história.
Muitas vezes me peguei de boca aberta.
Recomendo muito
Gabriel 23/03/2020minha estante
Concordo, já li a trilogia, muito boa por sinal...




Mateus Oliveira 18/01/2017

Uma experiência boa, mas que poderia ter sido um pouco melhor
Li e achei meio "meh", se assim me permitem dizer.
Explico: os pontos que mais me incomodaram foram a forma como Yarvi, o protagonista, evoluiu na trama e como a "mão defeituosa" dele se torna um problema para tudo. Joe Abercrombie, ao invés de trabalhar seu personagem de uma forma a mostrar que uma pessoa com uma deficiência física pode ser ou se tornar tão capaz quanto qualquer outra pessoa, transforma Yarvi num bebê chorão que reclama disso o tempo todo, o transformando quase que num inútil completo (e isso se torna enfadonho a certa altura).
Entrementes, Yarvi se mostra inteligente e é nesse sentido que ele mostra sua (única) utilidade além de reclamar, formulando um plano de vingança extraordinário contra seus traidores.
O livro não é de todo ruim. Tem uma linguagem rápida e fluida, não se perdendo em explicações desnecessárias como muitos livros de fantasias fazem. Neste ponto o livro se torna bom e temos muitos personagens carismáticos, principalmente Nada, um exímio espadachim que guarda um segredo surpreendente.
Enfim, é uma leitura divertida, com um final inesperado, mas com um protagonista chato e reclamão. Joe Abercrombie deveria ter trabalhado mais nessa parte da deficiência de Yarvi; ele evolui mentalmente, mas não fisicamente.
Daria 3,5, mas como gostei da história mais do que desgostei, arredondo para cima.
Júlia 07/05/2017minha estante
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Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 07/12/2016

JÁ LI
Eventualmente, criar expectativas a respeito de um determinado livro pode gerar uma grande frustração, e este é o sentimento que define minha leitura da obra Meio-Rei, de Joe Abercrombie. Em tempos onde o gênero de Fantasia parece estar em franco crescimento e pelo fato de ser meu tipo preferido de Literatura, nem sempre me deparo com obras interessantes.

Joe Abercrombie era editor de vídeos. Talvez por isso, muitas das cenas deste livro sejam vívidas e bem imaginadas, embora outros elementos da trama careçam de profundidade (e vou chegar lá ao longo do post). O ritmo dos capítulos também é ágil, como se fossem roteirizados para um vídeo, e a sensação é a de que estamos assistindo a um filme de muita ação e aventura.


Meio-Rei é o primeiro volume da trilogia Mar Despedaçado. Esta série conta a jornada de Yarvis, um jovem príncipe de Gettland. A grande particularidade do protagonista é que ele não tem uma das mãos e carrega o fardo físico e psicológico de ser aleijado. No primeiro volume, a estória é narrada pelo ponto-de-vista dele, mas nos livros subsequentes outras personagens passam a ter mais destaque na narração.

Embora a premissa da estória diga que o cenário dos acontecimentos é uma Escandinávia pós-apocalíptica que retornou ao modo de vida medieval, isto pouco aparece ao longo do livro. O leitor conta somente com um mapa e com vários nomes de lugares ao longo da trama, sem nenhuma contextualização histórica relevante do que acontece naquele universo. Somente fui compreender que outros dois locais citados - Vansterland e Throvenland - eram países quando dei uma breve pesquisada na internet sobre a estória. Este aspecto da narrativa já me frustrou logo de cara, pois gostaria de saber que reino é este onde Yarvis está inserido. Nada se diz sobre a política ou o governo do local, o leitor apenas sabe que ele é regido por um Rei Supremo tirano e cruel.

Quando seu pai e seu irmão mais velho morrem, Yarvis se vê na sucessão ao Trono Negro. Porém, ninguém, nem mesmo ele, confia que ele será um bom rei, pois ele é aleijado e não pode comandar exércitos e batalhas. Enquanto ele está no processo de ser coroado e começar a governar, seu tio tenta matá-lo para ficar com o trono. Yarvis é jogado de um precipício mas não morre, sendo comprado como escravo de um navio pirata. No navio, aos poucos ele faz amigos e conquista a confiança na capitã megera e bêbada e retorna à sua terra natal para vingar-se do tio.

Outro problema que tive com a estória foi a sucessão de clichês e estereótipos, tanto dos eventos em si quanto das personagens. Mesmo quando Yarvis está na pior, achei que era óbvio o rumo que o enredo iria tomar e não me surpreendi com a estória, nem mesmo no tal plot twist que soube que haveria no final. Senti como se estivesse lendo uma estória repetida ou assistindo a um filme da Sessão da Tarde.

E, para piorar, o protagonista não me cativou. No início do livro, Yarvis se subestima por ser aleijado e não cansa de se auto-denegrir a cada dois parágrafos, o que tornou o começo do livro bastante cansativo. E, mesmo depois de conseguir uma série de feitos ao longo da trama e superar um monte de obstáculos, Yarvis termina do mesmo jeito que começou: se subestimando. Não há nenhuma evolução na personagem, em nenhum nível.

Em tempos onde existem escritores de fantasia como Brandon Sanderson, Patrick Rothfuss e Neil Gaiman, não dá para engolir esta estória meia-boca.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2016/12/ja-li-30-mar-despedacado-vol-1-meio-rei.html
Mateus Oliveira 19/01/2017minha estante
O loko, altos spoilers aí kk, sorte que eu já li.




Alana.Freitas 22/11/2016

O instigante mundo de Meio Rei
Meio rei é o primeiro livro da trilogia Mar Despedaçado do autor renomado Joe Acrombie, esse também é o meu primeiro contato com a escrita do autor e já estou procurando as outras obras para dar uma conferida do tanto que eu gostei desse livro.
Confesso que, no início, devido ao momento que me propus a ler a obra não foi tão viável ou produtivo, não rendeu quanto eu queria. Acredito que porque no começo da obra as coisas aconteceram meio que rápidas e eu senti que precisava me adaptar a escrita do autor.
Fantasia é o meu gênero literário favorito ever e por um tempo no início da obra eu me senti meio off, fora da estória e distante de Yarvi – o que foi um problema porque gosto de me apegar aos personagens. De qualquer maneira eu persisti e posso dizer que amei a leitura demais e recomendo a todos.

"Não se pode esperar que todos os heróis sobrevivam a uma canção."

Yarvi, filho caçula do rei Uthrik, nasceu com uma deformidade na mão que o impede de manusear bem a espada ou segurar um escudo. Em seu mundo, onde as pessoas frias e de braço forte ditam as leis brandindo suas espadas, Yarvi é considerado fraco até mesmo por seu pai. Mas no que lhe falta força física sobra inteligência, por isso ele estuda para ser ministro e viver para sempre para aconselhar. Além disso, Yarvi tem uma bela voz.

"Talvez você precise de duas mãos para lutar com alguém, mas só de uma para dar uma facada nas costas."

Mas em uma de suas aulas ele recebe a terrível notícia que seu pai e irmão estão mortos e ele precisará assumir o Trono Negro. Mas Yarvi não queria isso, não sentia vocação para tal, além desse problema há aquelas pessoas que não confiam nele como rei, acham que um homem sem mão não é um homem de verdade – e em partes Yarvi não discorda disso.

De uma hora para outra ele se vê fazendo um juramento de vingança que mudará toda sua vida. Yarvi entrará numa jornada de traições, crueldade e morte; ele precisará amadurecer para fazer as escolhas certas porque o destino de todo o povo corre em suas mãos.
Eu sei que essa premissa parece meio manjada já e quando vi a sinopse pela primeira vez eu meio que entortei o nariz, mas ao final dela eu me senti motivada a conferir a leitura porque sabia que teria os cenários que sempre gosto de conferir nesse tipo de livro e que encontraria algo bom na história.

E ainda bem que persisti porque fui surpreendida de diversas formas. Algo intrínseco e que toca o leitor é quando nos apegamos ao personagem principal de uma forma tão indescritível que acabamos torcendo por ele, sentimos as dores, nos surpreendemos e a tensão e o suspense acaba sendo tão palpável que ficamos de cabelos em pé. Eu senti um monte de coisa lendo Meio Rei. Amei tudo da leitura. E mal posso esperar para conferir as outras estórias desse autor maravilhoso.

A mitologia apresentada na obra é bastante crível e interessante. A questão da Mãe, Pai e dos templos elficos destruídos são bem legais. Tudo é bem construído e explicado que até fiquei curiosa para conhecer mais e mais dos outros reinos pelos quais Yarvi passou.

Eu não vou citar os personagens aqui porque eu sinto como se estivesse dando spoiler, acho que é mais legal quando nos surpreendemos com os personagens, encontramos cada pela primeira vez como se fosse o Yarvi.

"Uma vez, depois que seu pai havia batido nele, furioso, a mãe o encontrada chorando. O tolo bate, dissera ela. O sábio sorri, observa e aprende. Depois bate."

O final da estória tem um plot twist que eu não esperava de jeito nenhum. Fiquei bastante chocada e satisfeita. Amo ser surpreendida. O crescimento do protagonista é tão bom de acompanhar, o amadurecimento dele é surpreendente e bem vindo, tudo acontece na hora certa de modo que não parece forçado. Eu gostei bastante dos personagens secundários, a interação do Yarvi com todos os outros é divertida e empolgante, os diálogos são bem construídos e o livro é fácil e rápido de ler. Eu não sei se estou falando tudo que poderia quanto a essa estória, acredito que quando amamos um livro acabamos não tendo tanto o que falar e não usamos todas as palavras que queremos ou precisamos. Por isso agora eu só posso RECOMENDAR a estória para todo mundo.


site: http://piecesofalanagabriela.blogspot.com.br/2016/07/resenha-meio-rei-joe-abercrombie.html
Lu Oliveira 22/11/2016minha estante
É um amorzinho esses livro. Livro curto, escrita gostosa e personagens que me cativaram. Estou ansiosa pelos próximos.




Jessica599 17/07/2016

Uma aventura para jovens
Com uma narrativa bem rápida e direta ao ponto, Joe Abercrombie nos trouxe uma história de muita aventura e influencias culturais. Em Meio Rei, temos o protagonista Yarvi - filho mais novo do Rei de Gettland - que apesar de príncipe, jamais seria rei, pois tinha uma mão deficiente que o impossibilitou de segurar uma espada durante toda a vida. Entretanto, o destino ousou tomar as rédeas da vida do jovem e ele se viu obrigado a assumir o reinado de Gettland.

No início, Yarvi nos é apresentado como um rapaz fraco e sem carisma. Em alguns momentos, cheguei a pensar "pobre, coitado!", mas no decorrer dos capítulos, Yarvi mostrou que o que lhe faltava em força bruta e habilidade com armas, lhe sobrava em inteligência, sabedoria e poder de persuasão.

Obrigado a assumir um trono, totalmente despreparado para comandar, jovem demais, alvo de piadas devido a sua deficiência, traído e vendido como escravo, Yarvi - movido por vingança - cresce e amadurece de uma forma espetacular. Meio Rei é uma trama repleta de reviravoltas do início ao fim. A cada capítulo, algo novo acontece e você nunca sabe em quem deve confiar. Nada é o que parece e ninguém é aquilo que diz ser.

Já chegando no final do livro, fui surpreendida com o plot-twist. Lembro-me de dizer em voz alta: "o que foi isso, minha gente?", pois algo inimaginável aconteceu e acabou na melhor parte. Diante disso, só posso dizer: cadê o segundo livro??

"Escolha os seus inimigos com mais cuidado do que os seus amigos, eles vão estar com você por mais tempo."


site: www.arosadoprincipe.blogspot.com.br
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Fernanda | @psiuvemler 04/08/2016

Psiu, vem ler! | Meio Rei, Joe Abercrombie
Yarvi era um príncipe que, por ter nascido com deficiência em uma das mãos, nunca foi levado a sério como rei ou, sequer, como um bom guerreiro. As limitações sofridas por ele por conta de sua mão lhe renderam diversas piadas de mau gosto, inclusive do próprio irmão. Em uma época onde a força e a coragem eram alguns dos principais indícios de poder, Yarvi deixou a liderança para quem tinha capacidade e começou a estudar para tornar-se ministro, sempre determinado a rejeitar a herança que sua posição designava.
Seus planos corriam perfeitamente como o combinado e todos estavam satisfeitos com a decisão. Yarvi já dominava todos os ensinamentos e mãe Gundring, atual ministra do rei, e estava apenas se preparando para realizar o Teste Ministerial e deixar de vez o título de príncipe para tornar-se o pai Yarvi. Entretanto, a mesma época que via a força como principal característica, também seguia a lei da hereditariedade. Todos os planejamentos futuros foram destruídos quando Yarvi recebeu a notícia de que o pai havia sido vítima de uma armadilha e assassinado pelas mãos dos inimigos. Pela lei, seu irmão herdaria o Trono Negro e governaria Gettland e isso aconteceria se seu irmão não estivesse junto com o pai na emboscada. E assim, de repente, Yarvi se viu obrigado a assumir o trono como rei legítimo. E isso tudo aconteceu no primeiro capítulo...
Meio Rei, primeiro volume da trilogia Mar Despedaçado, é uma história repleta de intrigas misteriosas e reviravoltas impressionantes. Yarvi foi vítima de um golpe praticado pela única pessoa que já lhe demonstrou alguma afeição: seu tio. Todos acreditaram em sua morte e o reino passou por mudanças radicais sob a liderança de Odem. O rapaz foi de rei a escravo de um navio em um piscar de olhos e, diante das circunstâncias e dos descobrimentos que sucederam, ele lutou com garra para cumprir seu juramento de vingar a morte do pai.
Apesar de ter sido uma experiência sensacional, a leitura de Meio Rei só engatou perto da metade do livro. O início foi bem cansativo por conta de excessivas descrições de cenários que, em minha opinião, não eram tão necessários ao enredo. Isso, infelizmente, fez com que a leitura se arrastasse por quase um mês e meio. Mas, em compensação a isso, a partir do momento em que Yarvi se viu forçado a lutar por sua sobrevivência, enganando até mesmo os companheiros do navio acerca de sua verdadeira origem, não consegui mais largar o livro antes de descobrir o que aconteceria ao jovem em sua aventura.
Em parte, foi doloroso acompanhar o modo como Yarvi conheceu como funcionava o mundo além das enormes paredes do castelo. O jovem já estava ciente de algumas coisas, mas passar pela experiência de vivenciar tudo na pele foi algo transformador. E foi isso que fez com que a leitura se tornasse majestosa. Ok, o início foi chato sim e, ok, eu quase desisti (#shameonme), mas Yarvi evoluiu demais durante tudo isso e eu me apaixonei por cada um dos personagens que apareceram nessa jornada.
Queria poder citar e descrever todos os personagens que me encantaram, seja por sua coragem ou pelo seu jeito desprezível, mas acho que ninguém aguentaria, hahah. Nada (esse é o nome do cidadão...) foi alguém que representava muito bem o nome recebido enquanto limpava, incessantemente, o chão do navio no qual Yarvi foi escravo – e que também me provocou diversas gargalhadas. Foi essencial para a história do rapaz e teve um desfecho de vida que me deixou simplesmente embasbacada. Outras pessoas como Jaud e Rulf, companheiros de remo de Yarvi, que se tornaram seus melhores amigos, Shadikshirram, capitã do navio, e Sumael, Trigg e Ankran, almoxarifados e supervisores – escravos com uma condição um pouco melhor – também foram vitais para todo o desenrolar.
O trabalho da Editora Arqueiro ficou incrível. O livro é dividido em três partes, sendo elas O Trono Negro, O Vento Sul e A Longa Estrada, que definem muito bem a viagem do rapaz. Contamos, ainda, com um incrível mapa no início do exemplar, que facilita a definição dos diversos lugares que fazem parte da trama. Confesso que, inicialmente, o que mais me atraiu foi a capa (principalmente as sombras atrás de Yarvi), e depois a sinopse. As ilustrações possuem um acabamento fosco, com exceção do título, que recebeu um destaque. A diagramação segue o padrão da editora sem nenhum ornamento ou detalhe a mais nos inícios de capítulos. Não encontrei graves erros de revisão.
Essa é uma história que eu queria poder contar mais, mas nada do que eu escrever será suficiente para expressar a grandeza que o enredo traz, principalmente nas duas partes finais. É um livro que recomendo para quem curte uma boa aventura, sem muito espaço para romance, com bastante segredos e mortes e uma cultura própria e original muito bem trabalhada. E também para quem gosta de cenários bem detalhados ou que, ao menos, não se incomode tanto com eles.

site: http://www.psiuvemler.com.br/2016/08/resenha-meio-rei.html
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