Meio Rei

Meio Rei Joe Abercrombie




Resenhas - Meio Rei


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Emerson 19/10/2016

Divertido
"Posso até ser meio homem, mas fiz um juramento por inteiro."

Talvez eu não tenha gostado tanto quanto gostaria devido a proposta do livro ser voltada para um público alvo que acabou limitando a profundidade dos personagens e a exploração do worldbuilding criado pelo autor.

O livro começa bem e depois fica num ritmo estável. Achei alguns eventos previsíveis, e não consegui me identificar tanto com o protagonista quanto gostaria.

A parte final foi muito boa e deu um UP que o livro estava precisando.
No geral é uma boa história e garante uma boa diversão.
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Marcelo 16/07/2020

Um bom passatempo
Escolhi esse livro pela capa e pelo nome. Não li sinopse, não li review, não li orelha. A capa e o nome me bastaram. Dito isso, ele é super previsível. A única coisa que me surpreendeu foi a moralidade de um certo almoxarife.
Gostei bastante que o começo e o fim são bem amarrados. Pode ser lido sim como uma entrada única no mundo do mar despedaçado. A história de Yarvi pode acabar no final do livro e é onde eu acho que vou deixá-la.
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Fabrício Araújo 08/06/2022

Amei
Não estava esperando muita coisa desse livro, achei que seria uma fantasia sem grandes reviravoltas e só mais do mesmo. Mas fiquei passado que teve várias viradas inesperadas e o final foi totalmente diferente do que eu achei que seria
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klau 05/06/2016

''Se a vida me ensinou uma coisa, é que não existem vilões. Somente as pessoas, fazendo o seu melhor. "



Algums dos melhores livros começam com mortes e o principal a vingança que estas mortes geram, com este não é diferente . embora o começo me lembre um pouco a história biblica de josé ( aquele que foi vendido e deixado para morrer no deserte lembrou ?), Yavri se tornou rei após a morte de seu pai e irmão. porém seu reinado foi bem curto , principalmente após ser traido e largado no deserto para morrer. ( O que é obvio que não ocorreu) , pois ele retorna com sede de vingança.


"Escolha os seus inimigos com mais cuidado do que os seus amigos, eles vão estar com você por mais tempo."


A história se passa em um mundo alternativo , que poderia ser o nosso a algumas referências a envenenamento por radiação e outros materiais pesados. E mesmo tratando -se de uma história envolvendo traições e abuso de poder. ainda possui algumas piadinhas e tiradas que tornam a leitura mais leve.



Se você tem um plano, "sibila Samuel a partir do canto de sua boca", agora seria o momento. "
"Eu tenho um plano"
"Será que isso envolve espadas?"

Uma pausa. "Todos os meus planos fazem."
"Você tem uma espada?"


outra pausa. "Não."


Meio rei conta a trajetória de Yavri , um principe com a mão atrofiada, e sua busca de sua vingança temos outros personagens que trazem um teor fantástico a esta leitura, embarque em uma leitura com mortes, surpresas, e eventos surpreendentes.

site: http://musicwithbook.blogspot.com.br/
Thalyta Nette 08/03/2017minha estante
Guria do céu não tá dando.
Falei ontem pro Thales que eu leio duas páginas e me irrita o livro ...

Vale a pena eu insistir nele??




@solitude_e_books 23/09/2017

Em poucas palavras
Uma história de sangue e mentiras, dinheiro e assassinato, traição e poder.
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Alana.Freitas 22/11/2016

O instigante mundo de Meio Rei
Meio rei é o primeiro livro da trilogia Mar Despedaçado do autor renomado Joe Acrombie, esse também é o meu primeiro contato com a escrita do autor e já estou procurando as outras obras para dar uma conferida do tanto que eu gostei desse livro.
Confesso que, no início, devido ao momento que me propus a ler a obra não foi tão viável ou produtivo, não rendeu quanto eu queria. Acredito que porque no começo da obra as coisas aconteceram meio que rápidas e eu senti que precisava me adaptar a escrita do autor.
Fantasia é o meu gênero literário favorito ever e por um tempo no início da obra eu me senti meio off, fora da estória e distante de Yarvi – o que foi um problema porque gosto de me apegar aos personagens. De qualquer maneira eu persisti e posso dizer que amei a leitura demais e recomendo a todos.

"Não se pode esperar que todos os heróis sobrevivam a uma canção."

Yarvi, filho caçula do rei Uthrik, nasceu com uma deformidade na mão que o impede de manusear bem a espada ou segurar um escudo. Em seu mundo, onde as pessoas frias e de braço forte ditam as leis brandindo suas espadas, Yarvi é considerado fraco até mesmo por seu pai. Mas no que lhe falta força física sobra inteligência, por isso ele estuda para ser ministro e viver para sempre para aconselhar. Além disso, Yarvi tem uma bela voz.

"Talvez você precise de duas mãos para lutar com alguém, mas só de uma para dar uma facada nas costas."

Mas em uma de suas aulas ele recebe a terrível notícia que seu pai e irmão estão mortos e ele precisará assumir o Trono Negro. Mas Yarvi não queria isso, não sentia vocação para tal, além desse problema há aquelas pessoas que não confiam nele como rei, acham que um homem sem mão não é um homem de verdade – e em partes Yarvi não discorda disso.

De uma hora para outra ele se vê fazendo um juramento de vingança que mudará toda sua vida. Yarvi entrará numa jornada de traições, crueldade e morte; ele precisará amadurecer para fazer as escolhas certas porque o destino de todo o povo corre em suas mãos.
Eu sei que essa premissa parece meio manjada já e quando vi a sinopse pela primeira vez eu meio que entortei o nariz, mas ao final dela eu me senti motivada a conferir a leitura porque sabia que teria os cenários que sempre gosto de conferir nesse tipo de livro e que encontraria algo bom na história.

E ainda bem que persisti porque fui surpreendida de diversas formas. Algo intrínseco e que toca o leitor é quando nos apegamos ao personagem principal de uma forma tão indescritível que acabamos torcendo por ele, sentimos as dores, nos surpreendemos e a tensão e o suspense acaba sendo tão palpável que ficamos de cabelos em pé. Eu senti um monte de coisa lendo Meio Rei. Amei tudo da leitura. E mal posso esperar para conferir as outras estórias desse autor maravilhoso.

A mitologia apresentada na obra é bastante crível e interessante. A questão da Mãe, Pai e dos templos elficos destruídos são bem legais. Tudo é bem construído e explicado que até fiquei curiosa para conhecer mais e mais dos outros reinos pelos quais Yarvi passou.

Eu não vou citar os personagens aqui porque eu sinto como se estivesse dando spoiler, acho que é mais legal quando nos surpreendemos com os personagens, encontramos cada pela primeira vez como se fosse o Yarvi.

"Uma vez, depois que seu pai havia batido nele, furioso, a mãe o encontrada chorando. O tolo bate, dissera ela. O sábio sorri, observa e aprende. Depois bate."

O final da estória tem um plot twist que eu não esperava de jeito nenhum. Fiquei bastante chocada e satisfeita. Amo ser surpreendida. O crescimento do protagonista é tão bom de acompanhar, o amadurecimento dele é surpreendente e bem vindo, tudo acontece na hora certa de modo que não parece forçado. Eu gostei bastante dos personagens secundários, a interação do Yarvi com todos os outros é divertida e empolgante, os diálogos são bem construídos e o livro é fácil e rápido de ler. Eu não sei se estou falando tudo que poderia quanto a essa estória, acredito que quando amamos um livro acabamos não tendo tanto o que falar e não usamos todas as palavras que queremos ou precisamos. Por isso agora eu só posso RECOMENDAR a estória para todo mundo.


site: http://piecesofalanagabriela.blogspot.com.br/2016/07/resenha-meio-rei-joe-abercrombie.html
Lu Oliveira 22/11/2016minha estante
É um amorzinho esses livro. Livro curto, escrita gostosa e personagens que me cativaram. Estou ansiosa pelos próximos.




Nina 11/11/2016

Meio Rei foi um livro que não chamou minha atenção quando foi lançado. Apesar de adorar fantasia, na época tiveram outros títulos que me atraíram e ele acabou ficando. E agora, com a leitura finalizada, que arrependimento estou sentindo de não ter lido antes!

Yarvi é o filho caçula do rei e apesar do seu status de príncipe, ele é praticamente ignorado por toda a corte. O garoto nasceu com uma deformação na mão esquerda e por isso é incapaz de participar das batalhas, e como o país vive em constante guerra com o reino vizinho, esse é o pior defeito que um homem poderia ter. Entretanto, Yarvi tenta suprir seu defeito físico com inteligência e, já que sabe que não vai ocupar o trono, ele estuda para ser ministro e trabalhar aconselhando o rei. Mas quando seu pai e irmão são assassinados, a coroa cai em seu colo e não lhe resta outra alternativa a não ser assumir o trono.

O pior é que ele acaba fazendo um juramento de vingar a morte do rei, e para poder cumprir seu juramento, terá que aprender duras lições que, até então, não lhe foram ensinadas, como o peso da crueldade e da traição. Ao longo de sua jornada em busca de vingança, o doce Yarvi terá que crescer e endurecer se quiser continuar vivo.

Vocês não imaginam a quantidade de coisas que acontecem nesse livro. Isso que descrevi até aqui é só um pontinha do enredo, muito mais se desenrola na história e, quando você pensa que a coisa não pode ficar pior, o pobre do Yarvi toma mais um lambada. É tanta traição, maldade, humilhação, sofrimento, que o garoto que começa a jornada não é o homem que a termina. E eu sou louca por histórias assim, em que o personagem evolui, se transforma.

Joe Abercrombie tem uma narrativa ágil e envolvente e conseguiu criar um mundo fantástico. Gostei muito da maneira que ele descreveu, sem muita precisão e sem aqueles textos enormes, mas deixando muitos detalhes por conta da nossa imaginação e isso deixou a leitura bem mais dinâmica. O único ponto negativo da narrativa é que eu percebi a reviravolta que viria no final bem antes de acontecer e por isso não causou em mim todo aquele choque que deveria ter causado. Os personagens são muito envolventes, e eu gostei muito de todos eles, até mesmo dos vilões, só senti pelo fato de os personagens secundários não serem tão bem desenvolvidos quanto o protagonista.

Mas o que realmente me atraiu essa história foi o fato de Yarvi não ser não ser aquele herói clássico, super forte e que resolve tudo na ponta da espada. Sua única arma é a inteligência e isso tornou a leitura muito mais interessante para mim. O fato dele ter a mão deficiente faz com que ele não seja desprezado até mesmo entre seus súditos, e isso faz dele uma pessoa amarga e sarcástica.

“- O homem brande a foice e o machado, dissera o pai. O homem move o remo e ata o nó rapidamente. Acima de tudo, o homem segura o escudo. O homem sustenta a linha de combate. O homem permanece ao lado de seu braço direito. Que tipo de homem é incapaz de fazer qualquer uma dessas coisas?
- Eu não pedi para ter meia mão, retrucara Yarvi, encurralado onde se encontrava com frequência, no terreno estéril entre a vergonha e a fúria.
- Eu não pedi para ter meio filho.”

Apesar de fazer parte de uma trilogia, Meio Rei é uma história com início e fim, sem pontas soltas. O segundo livro, Meio Mundo terá outro protagonista e Yarvi como personagem secundário, então para quem não quer começar outra série ou não gosta de finais abertos pode ler sem medo. Repleto de ação, com personagens reais e uma trama envolvente, é difícil não amar esse livro. Leitura mais que recomendada.

site: http://www.quemlesabeporque.com/2016/11/meio-rei-joe-abercrombie.html#.WCYOjC0rLIU
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Bela Lima 18/10/2016

Meio Rei é o primeiro livro de uma trilogia que ainda não decidi se irei ou não continuar.
Yarvi não é um bastardo, ele não é um filho ilegítimo do rei, é pior do que isso; ele nasceu com uma deformidade física na mão esquerda que o dificulta a ser um guerreiro, e, apesar de não ser o herdeiro ao trono, ele continua sendo uma decepção para o Rei. Seu pai.

“Um rei deve vencer. O resto é insignificante.”

“O alimento do medo é a ignorância, costumava dizer mãe Gundring. A morte do medo é o conhecimento. Quando você estuda uma raça de homens, descobre que são somente homens, como quaisquer outros.”

E a única coisa que Yarvi pode fazer é estudar com a Mãe Gundring para ser tornar o próximo Ministro, alguém que dá conselhos ao Rei, auxiliando em suas decisões, porque ele pode ser meio homem, como todos dizem, mas tem um cérebro completo (e maior do que a maioria).

Se tornar um Ministro significa abandonar quem é, abandonar seu nome e sua família, e se tornar Pai Yarvin, e isso é o que Yarvin quer, mas... As coisas não terminam como esperado.

Faltando poucos dias para fazer o teste que decidirá se ele está ou não apto para ser um Ministro, uma tragédia acontece e muda sua vida. Seu pai, o Rei, foi assassinado. E, seu irmão, o herdeiro ao trono, também. O que significa que Yarvi agora é o Rei.

“-O que foi? – perguntou Yarvi, a garganta apertada de medo. Seu tio se ajoelhou, apoiando as mãos na palha oleosa. Baixou a cabeça e sussurrou apenas duas palavras, com a voz rouca:
-Meu rei.
E Yarvi soube que seu pai e seu irmão estavam mortos.”

No leito de morte do pai e do irmão, Yarvi promete fazer os culpados pagarem, nem que seja começando uma guerra, não importando as consequências, só que elas se revelam maiores do que o esperado e suportado, envolvendo traições, sangue e morte.

Meio Rei é um livro de fantasia que não me encantou completamente. Pode ter sido tanto por eu achar lento quanto por estar esperando algo parecido com a Trilogia dos Espinhos (The Prince of Thorns é o primeiro), que tem muito mais morte, sangue e traição. (Nessa ordem).

“Yarvi havia enganado a Morte meia dúzia de vezes nas últimas semanas, mas não importa quanto você seja forte ou inteligente, não importa que os deuses lhe favoreçam no clima e nas armas, ninguém pode enganá-la para sempre. Heróis, Reis Supremos, avós do Ministério, no fim todos passam por sua porta: ela não abre exceção para rapazes manetas de boca grande e temperamento amargo.”

O final me surpreendeu? Sim. Quem imaginaria aquele desfecho? Eu não. E eu gostei da evolução do protagonista, de uma criança a um homem endurecido pelo frio e pelo sangue que o tocou, mas não achei algo completamente veredicto. Foi como se num momento ele fosse um e no outro, alguém diferente; não teve um período de duvida em relação a essa dualidade. E depois há, novamente, uma mudança repentina.

“Quem tinha sido. Menino ou homem? Teria morrido fugindo ou lutado com bravura? Qual era a diferença agora, afinal?”

“Uma vez, depois que seu pai havia batido nele, furioso, a mãe o encontrara chorando. O tolo bate, dissera ela. O sábio sorri, observa e aprende. Depois bate.”

Meio Rei é o primeiro livro de uma trilogia que ainda não decidi se irei ou não continuar. A leitura não foi ruim e também não foi maravilhosa, e o pior é sempre isso, essa duvida quanto ao que fazer. No momento, outros livros têm prioridade.

E a frase que eu mais amei:
"Não quero ficar livre; quero ficar em segurança."

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2016/10/resenha-meio-rei-mar-despedacado-1.html
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Fernanda | @psiuvemler 04/08/2016

Psiu, vem ler! | Meio Rei, Joe Abercrombie
Yarvi era um príncipe que, por ter nascido com deficiência em uma das mãos, nunca foi levado a sério como rei ou, sequer, como um bom guerreiro. As limitações sofridas por ele por conta de sua mão lhe renderam diversas piadas de mau gosto, inclusive do próprio irmão. Em uma época onde a força e a coragem eram alguns dos principais indícios de poder, Yarvi deixou a liderança para quem tinha capacidade e começou a estudar para tornar-se ministro, sempre determinado a rejeitar a herança que sua posição designava.
Seus planos corriam perfeitamente como o combinado e todos estavam satisfeitos com a decisão. Yarvi já dominava todos os ensinamentos e mãe Gundring, atual ministra do rei, e estava apenas se preparando para realizar o Teste Ministerial e deixar de vez o título de príncipe para tornar-se o pai Yarvi. Entretanto, a mesma época que via a força como principal característica, também seguia a lei da hereditariedade. Todos os planejamentos futuros foram destruídos quando Yarvi recebeu a notícia de que o pai havia sido vítima de uma armadilha e assassinado pelas mãos dos inimigos. Pela lei, seu irmão herdaria o Trono Negro e governaria Gettland e isso aconteceria se seu irmão não estivesse junto com o pai na emboscada. E assim, de repente, Yarvi se viu obrigado a assumir o trono como rei legítimo. E isso tudo aconteceu no primeiro capítulo...
Meio Rei, primeiro volume da trilogia Mar Despedaçado, é uma história repleta de intrigas misteriosas e reviravoltas impressionantes. Yarvi foi vítima de um golpe praticado pela única pessoa que já lhe demonstrou alguma afeição: seu tio. Todos acreditaram em sua morte e o reino passou por mudanças radicais sob a liderança de Odem. O rapaz foi de rei a escravo de um navio em um piscar de olhos e, diante das circunstâncias e dos descobrimentos que sucederam, ele lutou com garra para cumprir seu juramento de vingar a morte do pai.
Apesar de ter sido uma experiência sensacional, a leitura de Meio Rei só engatou perto da metade do livro. O início foi bem cansativo por conta de excessivas descrições de cenários que, em minha opinião, não eram tão necessários ao enredo. Isso, infelizmente, fez com que a leitura se arrastasse por quase um mês e meio. Mas, em compensação a isso, a partir do momento em que Yarvi se viu forçado a lutar por sua sobrevivência, enganando até mesmo os companheiros do navio acerca de sua verdadeira origem, não consegui mais largar o livro antes de descobrir o que aconteceria ao jovem em sua aventura.
Em parte, foi doloroso acompanhar o modo como Yarvi conheceu como funcionava o mundo além das enormes paredes do castelo. O jovem já estava ciente de algumas coisas, mas passar pela experiência de vivenciar tudo na pele foi algo transformador. E foi isso que fez com que a leitura se tornasse majestosa. Ok, o início foi chato sim e, ok, eu quase desisti (#shameonme), mas Yarvi evoluiu demais durante tudo isso e eu me apaixonei por cada um dos personagens que apareceram nessa jornada.
Queria poder citar e descrever todos os personagens que me encantaram, seja por sua coragem ou pelo seu jeito desprezível, mas acho que ninguém aguentaria, hahah. Nada (esse é o nome do cidadão...) foi alguém que representava muito bem o nome recebido enquanto limpava, incessantemente, o chão do navio no qual Yarvi foi escravo – e que também me provocou diversas gargalhadas. Foi essencial para a história do rapaz e teve um desfecho de vida que me deixou simplesmente embasbacada. Outras pessoas como Jaud e Rulf, companheiros de remo de Yarvi, que se tornaram seus melhores amigos, Shadikshirram, capitã do navio, e Sumael, Trigg e Ankran, almoxarifados e supervisores – escravos com uma condição um pouco melhor – também foram vitais para todo o desenrolar.
O trabalho da Editora Arqueiro ficou incrível. O livro é dividido em três partes, sendo elas O Trono Negro, O Vento Sul e A Longa Estrada, que definem muito bem a viagem do rapaz. Contamos, ainda, com um incrível mapa no início do exemplar, que facilita a definição dos diversos lugares que fazem parte da trama. Confesso que, inicialmente, o que mais me atraiu foi a capa (principalmente as sombras atrás de Yarvi), e depois a sinopse. As ilustrações possuem um acabamento fosco, com exceção do título, que recebeu um destaque. A diagramação segue o padrão da editora sem nenhum ornamento ou detalhe a mais nos inícios de capítulos. Não encontrei graves erros de revisão.
Essa é uma história que eu queria poder contar mais, mas nada do que eu escrever será suficiente para expressar a grandeza que o enredo traz, principalmente nas duas partes finais. É um livro que recomendo para quem curte uma boa aventura, sem muito espaço para romance, com bastante segredos e mortes e uma cultura própria e original muito bem trabalhada. E também para quem gosta de cenários bem detalhados ou que, ao menos, não se incomode tanto com eles.

site: http://www.psiuvemler.com.br/2016/08/resenha-meio-rei.html
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Paola 13/05/2017

O mal menor e o bem maior
Yarvi é realmente incrível.
Ele começa como um garoto fraco aos olhos de todos, subestimado, humilhado, e que sentia pena de si mesmo por ter uma das mãos deformada.
E repentinamente, devido a morte do sei pai e do seu irmão mais velho, ele se vê obrigado a ocupar o Trono Negro, que ele nunca quis.
Ele é jogado na realidade, onde se trai, se mata, escraviza e se joga, ou seja, se faz de tudo pelo poder.
Mas o que não mata, fortalece.
Yarvi cresce e amadurece muito nesse livro, ele entra como garoto e sai como homem.
E um homem com uma inteligência aguçada, sagacidade, e um pouco de frieza quando o menor mal e o bem maior pedem.
Um bom rei faz o melhor com o que os deuses lhe dão.
Yarvi não tem uma mão, mas tem diversas qualidades que compensam.
Ele faz aliados e inimigos, age conforme as circunstâncias, e luta com tudo que tem para sobreviver e poder cumprir sua promessa.
O personagem eu assumidamente amei.
O que me surpreendeu foi a trama, que envolve desde as crenças dos personagens por vários deuses derivados de uma única divindade, como a Mãe Guerra e o Pai Paz, até histórias individuais, de caminhos que se cruzam, de inimigos que se tornam amigos, aliados que dão a vida uns pelos outros, honra, e etc.
Temos muitos personagens marcantes.
Laithlin, a Rainha Dourada, mãe de Yarvi.
Odem, seu tio, sempre disposto a aconselhar Yarvi, aparentemente.
Mãe Grunding, Ministra que ensinou tudo que Yarvi sabe.
Sumael, Rulf, Nada, Jaud, e Ankran, seus amigos, e aliados, que arriscaram a vida uns pelo outros e por Yarvi ao longo do livro.
E muitos inimigos ao longo da jornada.
O final foi uma surpresa muito boa, quando cheguei no último capítulo eu pensei que já tinha recebido revelações o suficiente, muito obrigado, MAS O QUE FOI AQUELE ÚLTIMO CAPÍTULO HUMANIDADE?
O último capítulo me deixou sem palavras, eu não esparava as revelações, mas menos ainda a calma, a desenvoltura desse homem, AQUILO ERA UMA MERA CONVERSA CASUAL, o que prova que ele cresceu absurdamente ao longos dessas páginas. É livro de fantasia realmente incrível.
Com ótimas cenas de aventura, embates sangrentos, e momentos tocantes, Meio-Rei é um livro cuja leitura vale muito a pena.
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LAPLACE 15/07/2017

Inovador
Meia mão, meio homem, meio príncipe, e agora meio rei. Yarvi não pedira para ser o sucessor do trono de Gettland. Com sua mão atrofiada e carregando eternamente o desgosto que dera aos pais por ser um meio filho - devido à sua deformidade -, tudo o que ele mais queria era entrar para o Ministério, abandonando o seu direito de nascença e deixando o seu passado para trás.

Todavia, os deuses tinham outros planos para o garoto e, após o assassinato de seu pai e do irmão mais velho, pelas mãos de Gorm-gil-Gorm, o Quebrador de Espadas e Fazedor de Órfãos, rei de Vansterland; ele não teve escolha a não ser assumir o fardo do qual tentou fugir.

Sendo rei, Yarvi foi obrigado a aceitar como esposa a sua prima Isriun, a quem mal conhecia; e a liderar a batalha pela vingança do pai e do irmão, sem ao menos ser capaz de manejar uma espada e de segurar um escudo, sendo motivo de piada para todos os guerreiros que um dia seguiram o grande rei Uthrik.

Ainda assim, o meio rei está disposto a abraçar o destino que lhe foi imposto e vingar a sua família, ele só não imaginava que um plano muito maior estava sendo traçado por suas costas, um esquema sórdido no qual não lhe foi reservada posição nenhuma.

Querem saber mais? Então corram para ler o livro!

***

Sabem aquele livro que desperta a sua atenção pela capa? Pois bem, foi assim que começou a minha relação com Meio Rei. No início me fiz de difícil e me mantive distante por um bom tempo, só observando, sem ele saber de nada. Acabei descobrindo se tratar de uma obra de fantasia, apesar dos elementos fantásticos quase serem inexistentes nesse volume, mas me bastou ficar sabendo que havia uma guerra de pano de fundo, e que a trama era ambientada em um período como a Idade Média que, pronto, me conquistou e eu passei a desejar essa leitura.

Tendo como ponto de partida fatos bem comuns ao gênero, nos deparamos com um conflito entre dois países e com um protagonista que herdou um trono da noite para o dia e quer vingança. Pode parecer que não há nada de novo por aqui, porém não é bem assim, porque Yarvi, nosso herói, nunca quis ser rei. Além disso, ele sofre de uma má formação em uma das mãos, e esta característica, por si só, é um tanto inovadora, tendo em vista de que nunca tinha visto algo assim antes.

Por causa dessa particularidade - considerada uma abominação por todos em Gettland a ponto de ninguém considerar o caçula do rei Uthrik apto a assumir a sua posição - inicialmente o garoto abre mão de seu direito de nascença e decide se dedicar ao Ministério para tornar-se Pai Yarvi, um conselheiro de reis e uma pessoa que conhece os segredos da natureza.

Tudo corria bem, o filho renegado estava prestes a se livrar dos olhares de pena e de nojo sobre si, até que o seu irmão e o seu pai foram assassinados e ele não teve escolha se não assumir a posição a qual nunca ambicionou: tornar-se o rei de Gettland.

Acham que já estão sabendo coisas demais sobre o enredo? E se eu contar a vocês que isso tudo ocorre só no primeiro capítulo? Vocês não fazem ideia do que está por vir!

O começo da narrativa é bem acelerado, o autor não atropela os acontecimentos e nem deixa pontas soltas, apenas vai direto ao ponto. Caminhando para a metade o ritmo dá uma decaída antes de pegar um novo impulso para o final, entretanto, essa desaceleração se fez necessária não só para o desenvolvimento do protagonista, como para conhecermos melhor os personagens secundários.

Temos um grupo bem seleto e peculiar que acompanha Yarvi, tanto do lado dos mocinhos quanto dos bandidos. Tais personagens não são muito explorados, todavia, tomamos ciência de seu passado e suas próprias falas, ações e emoções nos fazem vê-los como velhos amigos e, deste modo, somos capazes de criar empatia por eles. Com exceção dos vilões, claro, embora eu tenha gostado muito de Shadikshirram.

Enquanto acompanhamos o herdeiro legítimo do trono de Gettland em sua jornada somos apresentados ao mundo de Mar Despedaçado. Por algumas localidades nós passamos rapidamente, e há outras onde nem chegamos a ir, mas já somos apresentamos ao panorama geral do território para estarmos bem situados para as continuações.

Joe Abercrombie fez um ótimo trabalho em Meio Rei, nos entregou uma história com começo, meio e fim, contudo, nos mantendo alerta para o que está por vir, porque a jornada de Yarvi será muito maior do que ele previra. E a sua sequência, Meio Mundo, já foi publicado pela Editora Arqueiro e em breve eu trarei a resenha dele para vocês também.

site: http://www.recantodami.com/2017/03/resenha-meio-rei.html
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Jessé 29/05/2018

Missão dada é missão cumprida. Eu disse que leria mais livros de literatura fantástica, e cá estou. Na mesma moeda, Joe Abercrombie nos prometeu uma trilogia fantástica, e cumpriu com louvor. Recentemente, Meia Guerra, terceiro livro da trilogia Mar Despedaçado, foi publicado pela Editora Arqueiro. Pouco antes disso, eu já havia me interessado pela premissa da história. Então pensei: por que não?

Sabe quando você acerta em cheio na escolha de um livro? É exatamente assim com Meio Rei. Yarvi é filho caçula do rei Uthrik. Ele nasceu com uma das mãos deformada e, segundo a crença de seu povo, um meio homem não passa disso. Sua vida será baseada em meias escolhas. O mundo é guiado por homens fortes, portando espadas, e Yarvi não poderia fazer isso com uma mão só. Porém, o que lhe falta em força e habilidade, sobra em inteligência. Ele passa os dias estudando para ser ministro. Quer usar sua inteligência para curar e aconselhar.

Mas não é bem assim que funciona. Certa noite, Yarvi recebe a notícia de que seu pai, o rei Uthrik, e seu irmão, foram assassinados por um antigo inimigo. Pego totalmente desprevenido, Yarvi precisa sentar-se no trono e assumir o legado da família. Esses acontecimentos, por si só, já são o bastante para torná-lo maduro, mas as coisas ficam ainda piores. Yarvi vê de perto o que é ser traído, vendo seu mundo virar de cabeça para baixo. Perdido e sem muitas escolhas, ele decide seguir o único caminho que o manterá vivo. Por enquanto.



Só o que é conhecido pode ser controlado. (pág. 13)



Joe Abercrombie sabe das coisas. Ele nos entrega uma história incrível, com protagonistas fortes e cativantes. Yarvi amadurece de uma forma impecável, e nem de longe parece o mesmo menino que nos foi apresentado nas primeiras páginas. O jovem rei de Gettland usa toda sua sabedoria que havia adquirido para ser ministro como sua arma em campo de batalha, tornando-se um ótimo estrategista, e descobrindo como conseguir os melhores aliados para alcançar aquilo que ele mais deseja: vingança. Acima de tudo, Yarvi quer voltar para casa e recuperar o trono que é seu por direito.



Meio Rei é um prato cheio para os amantes de fantasia. Uma história sobre adaptações, e como até mesmo pessoas mais limitadas podem se tornar grandes guerreiros. Nem toda guerra é travada com aço, e Meio Rei nos mostra por que isso acontece. Um mundo bem explorado, com uma escrita muito agradável. Os capítulos são curtos, e a diagramação só colabora para uma leitura fluida. Gosta de frases de efeito? Aqui tem aos montes também. Não há desculpa para não ler essa história incrível.

site: www.dicasdojess.com
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Amanda 01/03/2018

O aço é a resposta - resenha por Ficções Humanas
Qual é o fator determinante para que um livro seja classificado como Young Adult (Jovem Adulto)? Além de romances, descobertas e dilemas, um dos pontos cruciais para um bom YA é que o leitor possa criar uma identificação com o protagonista, que este seja como eles: jovem. E é nesse princípio que Joe Abercrombie se apoia para iniciar a trilogia Mar Despedaçado.

Yarvi é o príncipe mais novo de Gettland, filho do rei Uthrik e da rainha Laithlin, nascido com uma deformidade na mão esquerda. Isso lhe rendeu todo tipo de piadas e o profundo desgosto e desprezo da família. Fraco, inútil no campo de batalha, insuficiente para governar, apenas meio homem, Yarvi deveria seguir o Ministério e abdicar sua pretensão ao trono, tornando-se conselheiro e curandeiro, mas jamais um rei.

Até que, em uma emboscada, seu pai e irmão são mortos pelos inimigos vasterlandeses. Este é o momento decisivo para Yarvi e é a partir daí que passamos a acompanhar uma jornada de violência, vingança, e, sobretudo, de amadurecimento, autodescobrimento e superação da própria deficiência.

“O sábio espera por seu momento, mas nunca o deixa passar.”

A narrativa de Meio Rei é fácil, ágil, com capítulos pequenos e poucas informações, porém suficientes para uma ambientação no mundo do Mar Despedaçado. Abercrombie não perde tempo em grandes descrições e parte logo para a ação, seja pela espada ou pela diplomacia sagaz do jovem rei. Todos os eventos são narrados em terceira pessoa, porém acompanhando apenas a trajetória de Yarvi. O autor utiliza como recurso introspectivo o itálico, marcando os pensamentos e lembranças do personagem, permitindo que sua construção seja mais aprofundada.

Yarvi, aliás, é um personagem interessante. Sempre marcado pela deformidade da mão, ele é um pária em seu próprio reino, é inseguro, vingativo e muito inteligente. Os fracos precisam se virar com o que têm. Como é característico do autor, não há linhas bem definidas entre bem e mal, certo e errado. Yarvi faz o que tem que fazer. Ele é o personagem que apresenta o maior cuidado com detalhes e contexto e sua evolução torna-se natural pelo que conhecemos de seu caráter.

“O aço é sempre a resposta. O aço não elogia nem faz acordos. O aço não mente.”

O restante dos personagens poderia ter recebido maior carinho na criação porque a falta de maior profundidade não permite uma grande empatia por eles, exceto por um ou outro. A participação feminina na história é boa e justa. A mãe de Yarvi exerce um papel forte na trama, bem como a antagonista Shadikshirram, que, apesar de um tanto caricata, é a propulsora de grande parte da ação.

O que eu mais gostei no livro, o diferencial dele, foi a imprevisibilidade. Partindo de uma premissa tão batida como a vingança de um herdeiro pelos familiares assassinados, era de se esperar uma linearidade na história. E apesar de existirem alguns pontos óbvios, Abercrombie segue fiel ao seu estilo realista e ácido para compor várias reviravoltas e soluções sólidas.

Meio Rei foi uma leitura rápida, surpreendente e que me manteve interessada o tempo inteiro. Um início engenhoso para a trilogia Mar Despedaçado e perfeito para agradar leitores de qualquer idade, tanto para os leitores mais novos, que vão se projetar no jovem rei, quanto para os fãs de fantasia mais experientes.

“– Quando se está no inferno – murmurou Yarvi –, só um demônio pode apontar a saída.”

site: http://www.ficcoeshumanas.com/fantasia--ficcao-cientifica/resenha-meio-rei-mar-despedacado-vol-1-de-joe-abercrombie
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DeiaMolder 28/02/2018

Não adianta amo fantasia épica!!!!! Adorei meio rei, Yarvi começa um bebezão, no decorrer amadurece e tire se forte e astuto. Rumo a Meio Mundo !! Recomendo!
Fernando Sousa 27/12/2019minha estante
Comprei pq adorei a temática.


DeiaMolder 28/12/2019minha estante
Leia a outra trilogia dele, A Primeira Lei, tbm é ótima.




bruno.rauber 25/02/2018

Finalmente li o tal do Joe Abercrombie. Não sabia muito bem o que esperar de Meio Reio além de uma fantasia medieval, então fui pego com um pouquinho de surpresa pela completa falta de elementos fantásticos na obra. Nenhum sinal de magia, sem raças estranhas ou criaturas fantasiosas. Obviamente que a falta desses elementos não afetam a obra negativamente. Apesar de ser descrita como Young Adult, ela tem seus momentos mais gráficos nas poucas batalhas (bem escritas, com alguma herança de Benard Cornwell), e os plot twists realmente funcionaram pra mim. Afora isso, a Editora Arqueiro tá novamente de parabéns pelo trabalho excelente.
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