Dri 17/03/2023
Essa é uma história sobre uma enfermeira alemã e sua família cigana que, juntos, enfrentaram um verdadeiro pesadelo nos campos de Birkenau Auschwitz II, por duros e longos 16 meses.
Helene Hannemann e Johann tiveram cinco filhos, e apesar das ameaças e tensões motivadas pelos nazistas contra os ciganos, mantiveram uma forte relação de companheirismo.
Mas quando soldados nazistas batem à sua porta em busca do marido e dos filhos, um terrível tormento é iniciado:
Por sua origem ariana, foi concedido a Helene que permanecesse em segurança, enquanto a família era levada ao campo de concentração de Auschwitz, mas ela nega e toma o mesmo trem que sentenciava sua família a uma vida de escuridão e desesperança.
Separados assim que chegam ao lugar, lidam com inúmeras violências diárias, presos a um ambiente fadado à ruína. Eles viram, sentiram e viveram momentos extremamente tristes e agonizantes, e Helene, totalmente perdida e vulnerável, foi obrigada a encontrar forças para manter a si e seus filhos vivos, sem qualquer real perspectiva de que algo iria realmente dar certo no final, ou de que um dia iria rever o marido.
A sua profissão possibilitou minimizar a dor daquelas pessoas que viviam o mesmo terror que ela e os seus, mas nada foi fácil. Os desafios eram diversos.
Esta não é uma história bonita, mas muito dolorosa. O que essa e várias outras famílias tiveram que passar durante o período retratado não é algo que dá para aceitar ou compreender. Infelizmente, a maior do que é contado pelo autor é verdade e isso é extremamente desolador. Tudo foi feito em nome de causas e crenças doentias, que visavam apenas destruição, em nome de uma pseudociência e ideologias totalmente ilógicas.