Gigantes Adormecidos

Gigantes Adormecidos Sylvain Neuvel




Resenhas - Gigantes Adormecidos


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Gramatura Alta 19/06/2017

Este livro é diferente de todos os outros que li. A narração é feita como uma entrevista, com os personagens da premissa, apenas em alguns momentos que possuímos páginas dos diários destes mesmos personagens contando o que está acontecendo, o que pensam e o que pode ocorrer em breve.

Rose, nossa protagonista, ainda é criança quando passa por um acontecimento nada agradável para a época. Ganhou um bicicleta nova de seus pais e resolve ir passear no meio da noite, escondida, é claro, e quando menos espera, cai dentro de um buraco enorme. Sem conseguir sair, ela cai no sono. No outro dia, seu pai a encontra junto com os bombeiros, retiram a garota de lá e todos ficam boquiabertos com o tamanho da cratera, bem ali no meio de um bosque.

Alguns dias depois, batem na porta da casa de Rose. É um bombeiro que lhe entrega uma foto do dia do acidente em que a garota caiu da cratera. Olhando bem para a foto, pode-se perceber que Rose caiu em cima de uma mão gigantesca, que esta no fundo. Algo bem extraordinário e que foi estudado por algum tempo pelo exército, mas estes não conseguiram descobrir o que era o artefato e o projeto foi arquivado.

A história tem um pulo de 17 anos, onde Rose, agora adulta, tornou-se ph.D em física e conseguiu autorização para estudar o artefato que encontrou quando era pequena. Rose consegue uma grande equipe e a liberdade de estudar o objeto de uma maneira que nunca imaginou. Assim, nossos outros personagens aparecem.

Kara Resnik se tornou minha personagem favorita deste livro, é 3ª subtenente do Exército dos EUA, piloto de helicóptero. Participou de uma missão para resgatar um objeto que não sabe informar o que seria, mas sofreu um acidente, já que o motor parou e, com isso, ficou sem seu posto, já que houve um deslocamento na sua retina, assim perdendo um pouco da visão de um dos olhos.

Ryan Micthell era um personagem agradável, mas se tornou arrogante no decorrer da história, 4º Subtenente do Exército e co-piloto. Trabalha lado a lado com Kara, contudo os dois não possuem um relação amigável, Kara não colabora tanto, já que sempre é arrogante com ele e com todos os homens do exército que trabalham ao seu redor, mas é uma boa mulher e uma ótima piloto de acordo com Ryan.

Já apresentados os personagens principais, voltamos para o enredo. A tal mão encontrada pela dr. Rose faz parte de um corpo de um um robô gigantesco. Suas partes estão escondidas ou, no caso, soterradas por todo o planeta. Nosso entrevistador, que não sabemos o nome, tem o devido poder para conversar com o presidente e consegue toda a liberdade possível para "entrar" escondido em territórios inimigos para resgatar todas essas peças.

Poderia ser algo inofensivo, mas o robô se torna algo que chama a atenção por todo o planeta, não pelo tamanho, mas pelo modo que são encontradas as peças. Estas sobem para a superfície quando ativadas por um objeto feito pela equipe da dr. Rose. Estão localizadas em qualquer lugar possível, no meio do mato, em estradas e em cidades e vilas.

Os governos de todos os países caem em cima dos Estados Unidos, querendo descobrir o que esta causando todas essas destruições e também querem fazer parte, ou roubar algumas peças do objeto que não foi criado por mãos humanas, já que o material é quase inexistente na superfície terrestre e o tamanho é inimaginável para lugares grandes.

Uma leitura agradável. Com grandes reviravoltas, traições, perdas, alegrias e tristezas. Personagens que possuem pensamentos grandiososs mas que podem trazer consequências desastrosas por causa das suas escolhass que muitas vezes são precipitadas. O livro me mostrou que devemos pensar muito bem nas pessoas que queremos ao nosso lado e pensar mais ainda se vamos colocá-las em nossa vida, me fez pensar mais ainda sobre a confiança que muitas vezes damos para as pessoas que mal conhecemos.

RESENHA ESCRITA PELA LARISSA PARA O GETTUB!

site: http://www.gettub.com.br/2017/06/gigantes-adormecidos.html
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Lari 20/06/2017

GIGANTES ADORMECIDOS
Este livro é diferente de todos os outros que li. A narração é feita como uma entrevista, com os personagens da premissa, apenas em alguns momentos que possuímos páginas dos diários destes mesmos personagens contando o que está acontecendo, o que pensam e o que pode ocorrer em breve.

Rose, nossa protagonista, ainda é criança quando passa por um acontecimento nada agradável para a época. Ganhou um bicicleta nova de seus pais e resolve ir passear no meio da noite, escondida, é claro, e quando menos espera, cai dentro de um buraco enorme. Sem conseguir sair, ela cai no sono. No outro dia, seu pai a encontra junto com os bombeiros, retiram a garota de lá e todos ficam boquiabertos com o tamanho da cratera, bem ali no meio de um bosque.

Alguns dias depois, batem na porta da casa de Rose. É um bombeiro que lhe entrega uma foto do dia do acidente em que a garota caiu da cratera. Olhando bem para a foto, pode-se perceber que Rose caiu em cima de uma mão gigantesca, que esta no fundo. Algo bem extraordinário e que foi estudado por algum tempo pelo exército, mas estes não conseguiram descobrir o que era o artefato e o projeto foi arquivado.

A história tem um pulo de 17 anos, onde Rose, agora adulta, tornou-se ph.D em física e conseguiu autorização para estudar o artefato que encontrou quando era pequena. Rose consegue uma grande equipe e a liberdade de estudar o objeto de uma maneira que nunca imaginou. Assim, nossos outros personagens aparecem.

Kara Resnik se tornou minha personagem favorita deste livro, é 3ª subtenente do Exército dos EUA, piloto de helicóptero. Participou de uma missão para resgatar um objeto que não sabe informar o que seria, mas sofreu um acidente, já que o motor parou e, com isso, ficou sem seu posto, já que houve um deslocamento na sua retina, assim perdendo um pouco da visão de um dos olhos.

Ryan Micthell era um personagem agradável, mas se tornou arrogante no decorrer da história, 4º Subtenente do Exército e co-piloto. Trabalha lado a lado com Kara, contudo os dois não possuem um relação amigável, Kara não colabora tanto, já que sempre é arrogante com ele e com todos os homens do exército que trabalham ao seu redor, mas é uma boa mulher e uma ótima piloto de acordo com Ryan.

Já apresentados os personagens principais, voltamos para o enredo. A tal mão encontrada pela dr. Rose faz parte de um corpo de um um robô gigantesco. Suas partes estão escondidas ou, no caso, soterradas por todo o planeta. Nosso entrevistador, que não sabemos o nome, tem o devido poder para conversar com o presidente e consegue toda a liberdade possível para "entrar" escondido em territórios inimigos para resgatar todas essas peças.

Poderia ser algo inofensivo, mas o robô se torna algo que chama a atenção por todo o planeta, não pelo tamanho, mas pelo modo que são encontradas as peças. Estas sobem para a superfície quando ativadas por um objeto feito pela equipe da dr. Rose. Estão localizadas em qualquer lugar possível, no meio do mato, em estradas e em cidades e vilas.

Os governos de todos os países caem em cima dos Estados Unidos, querendo descobrir o que esta causando todas essas destruições e também querem fazer parte, ou roubar algumas peças do objeto que não foi criado por mãos humanas, já que o material é quase inexistente na superfície terrestre e o tamanho é inimaginável para lugares grandes.

Uma leitura agradável. Com grandes reviravoltas, traições, perdas, alegrias e tristezas. Personagens que possuem pensamentos grandiososs mas que podem trazer consequências desastrosas por causa das suas escolhass que muitas vezes são precipitadas. O livro me mostrou que devemos pensar muito bem nas pessoas que queremos ao nosso lado e pensar mais ainda se vamos colocá-las em nossa vida, me fez pensar mais ainda sobre a confiança que muitas vezes damos para as pessoas que mal conhecemos.

site: http://www.gettub.com.br/2017/06/gigantes-adormecidos.html
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livrosepixels 18/02/2019

Robôs alienígenas, guardião estelar, o que será?
Se você é um grande fã de alienígenas e robôs gigantes (como nos filmes Pacific Rim) provavelmente irá gostar desse livro. Na trama, uma gigantes mão robótica e ultra tecnológica é encontrada pela jovem Rose Franklim. Apesar da descoberta, nenhum progresso foi feito e somente anos mais tarde, quando Rose então se torna uma cientista, é que uma nova pesquisa retoma o estudo da mão, e com ela, faz novas descobertas. Ao mesmo tempo, um personagem cujo nome não é revelado monitora as operações o tempo todo, faz entrevistas, e aos poucos revela uma trama sobre a origem da gigante robô e por qual motivo ela estava na Terra.

A trama do livro é muito bacana e interessante de se ler, uma mistura entre ficção científica com suspense de conspiração. Aqui temos órgãos do governo envolvido, pessoas que escondem verdades sobre o passado da Terra e um possível contato com uma civilização extraterrestre. Porém, a forma como o autor optou por narrar o livro é que também o torna um pouco sem graça e sem encantamento.

Narrado apenas com diálogos e em forma de arquivos militares e/ou recortes de jornais, é muito difícil criar empatia pelos personagens, compreender suas emoções e até mesmo imaginar o cenário ao redor, já que só temos diálogos frios na trama. Uma pena, pois é uma história com muito potencial. Esta foi a primeira releitura que fiz deste livro, para relembrar da trama e poder dar sequência nela.

Acompanhe esta e outras resenhas em instagram.com/estantexbooks

site: http://instagram.com/estantexbooks
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joabe.lins 10/08/2017

Ainda não sei se gostei muito da forma como foi escrito, esse lance de entrevista não passa tanta emoção assim, mas o enredo é bom.
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Jess 31/08/2017

Rose estava passeando de bicicleta quando é engolida por uma cratera no chão. Ninguém entende muito bem, testemunhas contam que a menina foi encontrada na palma de uma mão de ferro gigante. 17 anos depois, Rose é uma especialista em física e trabalha com uma equipe para tentar entender a origem daquele objeto que ela acidentalmente encontrou quando criança.

"Por que fui a primeira a encontrar a mão depois da queda? Com certeza existem outras estruturas como essa. Por que ninguém mais encontrou? Por que aconteceu naquele dia? Qual foi o gatilho?"

Gigantes adormecidos é meio thriller meio ficção científica com um toque de romance. A narrativa é diferente pois a historia é apresentada através de entrevistas e diário de bordo. Por conta disso, a leitura flui muito bem mas ao mesmo tempo, algumas partes ficam vagas.

No todo, é um livro muuuuito interessante e envolvente. Alguns pontos poderiam ser melhor abordados mas a historia cumpre seu papel e o final é super AI MEU DEUS COMO ASSIM?! QUERO O PRÓXIMO! Um livro que traz questionamentos e nos mostra como somos pequenos nesse universo gigante.

"Só sei que a empreitada é maior do que eu, minhas inseguranças ou qualquer crise de consciência. Agora reconheço de verdade como sou absolutamente insignificante diante de tudo."

site: www.instagram.com/saymybook
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Felipe Pincelli 23/09/2017

gostei, mas podia ser melhor
- Eu estava de olho neste livro a algum tempo, e por haver uma promoção na Amazon que o deixou a R$10,50 eu o comprei sem pestanejar, o livro relata a estoria de uma cientista que na sua infância sofreu um acidente descobrindo uma mão gigante que surgiu do nada em seu bairro, e ao estudar esta peça vê que o que esta por trás dela e muito mais do que ela imagina.

- O desenvolvimento da trama e feito coma leitura dos arquivos do ocorrido e entrevistas, que no inicio parece algo legal, me induzindo a ler mais a cada pagina, porem com o tempo se torna algo cansativo, pois da espaço para falhas no desenvolvimento da trama em si, faz com que os seus personagens percam o carisma fazendo com que a estoria não tenha tanta emoção.

- Em minha sincera opinião, não sei se vou comprar o livro 2, justamente por que o modelo deste enredo não me agradou muito, porem se procura uma forma diferente de leitura e gosta do tema proposto e pode se tornar uma boa experiencia.
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Ricardo.Vibranovski 02/10/2017

Muito bacaninha.
Gigantes Adormecidos é um livro sem grandes pretensões além de proporcionar uma história divertida e boas horas de entretenimento. Se isso é bom? Claro que sim! Antes de embarcar na leitura é bom saber que ele não traz um arco de história fechado, mas é parte de uma narrativa maior. Vou ler as continuações com certeza.
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Kelly 05/12/2017

Nem de longe o que eu esperava
Gigantes
Adormecidos vem me enganando já tem um tempo, primeiro achei a capa linda, mas quando chegou descobri que nada nela brilhava, depois me prometeram uma história meio Sci-fi, mas o que recebi foi um livro de entrevistas bem complexas e às vezes confusas.
Rose descobriu a primeira peça do gigantes quando tinha 11 anos, caiu na cratera onde a peça, uma mão, estava escondida, depois desse relato o livro salta 17 anos, Rose agora é uma PHd em física e trabalha na universidade de Mishigan, por incrível que pareça depois de tanto tempo sem ver a mão, ela é designada a estudar o artefato desconhecido.

O livro é narrado em entrevistas, alguém desconhecido que acredito ser do Governo dos EUA está entrevistando não só Rose, como também a 3ª Subtenente do Exército Kara Resnik, responsável por descobrir a segunda peça do artefato.

E é nesssas entrevistas que Rose entende o que está revelando as peças, um composto de gás pode ser o responsável por fazer com que as próprias peças se revelem, e assim ela monta uma equipe, contando com a Subtenente Kara e parte em busca das próximas peças, visando montar aquilo que ela acredita ser uma mulher e descobrir como, e porque estavam escondidos na terra.

Quando solicitei o livro imaginava uma história cheia de ação, e apesar de conter um pouco no enredo, nada é como eu esperava, além de passar todas as páginas esperando que o bendito robô gigante fosse montado, a única ação envolvida na história era governamental. Decepção não descreve o que sinto, talvez frustração!

O livro tem um tema interessante e poderia ser ótimo, mas o autor se utilizou das mais de 200 páginas para discutir coisas políticas e governamentais, e no final não passa disso, tratados e mais tratados misturados com tramoias, todos demonstrando a eficácia dos EUA em arquitetar algo e manter protegido.

O tal personagem entrevistador não é identificado em nenhum momento é isso chega a ser frustrante, apesar da forma de narrativa do livro ser diferente, isso não incomoda, até é interessante, mas tirando algumas páginas de diário, falta e muita a interação dos personagens.

Enfim, vou ler o segundo porque houve uma revelação que quero entender. Espero que esse seja só o volume explicativo e que o segundo tenha a tão esperada ação.

Se você gosta de temas políticos e debates de poder acredito que vai gostar de Gigantes Adormecidos.

site: https://paraisodasideas.blogspot.com.br
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Rotina Agridoce 15/01/2018

O que mais gostei em Gigantes Adormecidos? Seu formato incomum, afinal a história não segue aquele formato tradicional de narrativa, as informações aparecem por meio de transcrições de entrevistas, artigos de notícias e registros de diários. Uma maneira sutil e muito agradável de contar uma história. Para quem curte personagens bem construídos talvez sofra um pouco com a falta de minuciosidade nos mesmos, mas garanto que ganhará muito nos pormenores das próprias transcrições. Esses fragmentos de história falam por si mesmos trazendo uma perspectiva totalmente diferenciada.
Gigantes Adormecidos traz aquele velho questionamento à tona: será que estamos realmente sozinhos nesse universo? Será que não existe vida fora da Terra e estamos sendo mesquinhos acreditando que somos os donos do pedaço?

Assim, a história segue a Dra. Rose Franklin, uma cientista que ainda criança encontrou uma misteriosa mão robótica da atmosfera terrestre. Já adulta ela se torna responsável por estudar tal artefato que ainda continua sendo um mistério muito além das capacidades do homem. Dessa maneira, se inicia uma jornada na tentativa de descobrir o resto das partes do corpo do robô em todo o mundo, bem como os mistérios por trás do ser desconhecido e as consequências que poderá gerar sobre os seres humanos.

Leia a resenha completa no blog Rotina Agridoce

site: http://www.rotinaagridoce.com/2018/01/resenha-1551-gigantes-adormecidos.html
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Inlectus 01/02/2018

Muito bom.
Não é só ficção.
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@tigloko 10/02/2018

Corrida Armamentista Robótica
Empolgada com sua bicicleta nova, Rose da um passeio pelo bosque quando acaba caindo num buraco e acaba desacordada. Quando acorda, bombeiros estão acima dela. E ela se vê em cima de uma mão gigantesca, emitindo uma estranha luz. Passados 17 anos, Rose agora PH.D em física, fica a cargo da missão de estudar a mão gigante. No decorrer da história começam a surgir outras partes do corpo gigante. E uma equipe é reunida para desvendar o que seriam essas partes, de onde vieram e quem os construiu. Mas principalmente seu uso como armamento...

O livro é em formato de entrevista( tendo alguns diários e reportagens no meio) o que me agradou bastante. Deixando aquele ar de documentário mas de uma forma muito mais dinâmica. O clima de conspiração política é bastante presente. Como se fosse uma corrida Armamentista para quem vai obter posse do gigante. As explicações científicas não causaram dificuldade para mim. A não ser uma ou outra, não tive problemas com isso. Gostei da maioria dos personagens. Mas o entrevistador( ou consultor) foi o melhor. Aquele mistério em volta dele, de quem ele é. E ele tem as melhores tiradas do livro [risos].

Fazia tempo que não me empolgava de verdade em uma leitura, daquelas que você não consegue largar. E mesmo não lendo pensar na mesma. Uma ótima ficção científica/thriller, empolgado com a sequência.
Weslei Barbosa 10/02/2018minha estante
Toppppp




Ruh Dias (Perplexidade e Silêncio) 03/04/2018

Sugestão de leitura
Lingüista de formação, Sylvain Neuvel, canadense, nem sempre foi escritor. Ele já vendeu sorvete, descontaminou solos e largou o ensino médio, para onde retornou anos depois. Ele parece ser uma pessoa, no mínimo, interessante, o que refletiu em sua obra.

"Arquivos Têmis" é uma trilogia de ficção-científica que parte do pressuposto de que uma civilização alienígena deixou na Terra, há cinco mil anos, partes de um robô que se completariam formando uma arma com poder destrutivo nunca antes visto. Não sabemos se esta arma foi deixada como defesa para a Humanidade contra algum mal vindo do Universo ou se a própria raça alienígena virá buscá-la em algum momento. Também não sabemos se a tal raça retornará à Terra e com qual intenção.


Antes de contar sobre a estória, quero falar sobre o formato narrativo deste livro. A estória é contada através de relatórios e entrevistas das pessoas envolvidas na escavação do robô - um lingüista canadense (Vincent, igual a Sylvain), dois ex-militares (Kara e Ryan), uma geneticista (Alyssa) e uma médica (Rose Franklin). Tais relatórios e entrevistas são fornecidos a um homem, cuja identidade e nome não são revelados em nenhum momento, que parece ser o coordenador do projeto e é quem intermedia as relações da equipe com o governo norte-americano, através do Secretário de Segurança. No começo, estranhei bastante a narrativa, pois o leitor conhece os fatos a partir dos relatos da equipe e precisa fazer algumas inferências e extrapolações. Porém, passada a minha estranheza, fiquei completamente tomada pela leitura e devorei o livro em dois dias.

Quando criança, a Dra. Rose Franklin encontrou uma mão metálica gigante em seu quintal, depois de uma pequena explosão causada por "uma luz azul". Anos depois, a própria Rose encabeça a equipe de resgate das demais partes do robô, no projeto que virá a ser nomeado como Arquivos Têmis. Maternal, cautelosa e protetora, ela é o oposto de Kara, a militar responsável por dirigir os helicópteros que recuperam as peças. Kara é indomável, impulsiva e desbocada, mas extremamente comprometida com a missão. O co-piloto de Kara é Ryan, um militar conservador bem aos moldes do Capitão América, o que ressalta ainda mais a personalidade de Kara. Vincent, no início apenas um coadjuvante, mostra-se um ótimo anti-herói, e a geneticista Alyssa vem como a antagonista que a equipe precisava para que se gerasse conflito no enredo.

O nome Têmis veio quando, após descobrirem a cabeça do robô, a equipe percebeu que era uma criatura do sexo feminino e sem olhos, assim como a Deusa Têmis, a Justiça. Também ventila-se uma passagem da Bíblia que diz que a Terra, no início, era habitada por gigantes - seis do sexo masculino e seis do sexo feminino - e tal passagem parece ser confirmada com uma inscrição encontrada na robô e decifrada por Vincent. Achei esta teoria muito interessante e me deixou ainda mais entretida no livro.

O entrevistador misterioso precisa lidar com os conflitos da equipe (interesses pessoais, mortes, amores não correspondidos, acidentes) e, ao mesmo tempo, impedir a Terceira Guerra Mundial. Diversos países desejam a posse da robô, devido ao seu ato poder de guerra, e muitos acordos e tratados precisam ser feitos para que a Guerra não aconteça. Ele tem uma personalidade ótima: sarcástico, frio, racional e calculista mas que, às vezes, transmite brevemente o afeto que criou pelos membros da equipe.

As personagem foram muito bem desenvolvidas por Sylvain. Como só a conhecemos a partir dos relatórios e das entrevistas. Sylvain fez um trabalho brilhante pois, mesmo com este distanciamento das personagens, é possível apreendê-las e criar vínculos. A forma de falar de cada uma, a maneira como elas reagem ao entrevistador, o ponto-de-vista que dão para os acontecimentos - tudo isso muda completamente de relatório a relatório, o que mostra um trabalho muito sólido de Sylvain.

Além disso, as personagens femininas são completamente badass, o que sempre faz o livro ganhar muitos pontos. Além de as mulheres serem as figuras centrais da trama (incluindo a robô), elas também ocupam cargos de poder - por exemplo, tanto a presidente dos Estados Unidos quanto a Secretária de Segurança são mulheres. Todas elas vão na contramão de todos os clichês de personagens femininos e são maravilhosas.

site: http://perplexidadesilencio.blogspot.com.br/2018/04/sugestao-de-leitura-arquivos-temis-vol.html
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Amanda 15/07/2018

Brincando de robô
O poder das novas tecnologias sempre seduziu a humanidade a usar e abusar de qualquer descoberta e sempre tirar proveito daquilo que tem em mãos. Todo leitor assíduo de ficção científica sabe que entre espaçonaves, robôs, alienígenas e todo tipo de elemento high tech, o questionamento mais profundo do gênero sempre foi, sempre será sobre a natureza humana. Gigantes Adormecidos segue o raciocínio do bom e velho sci-fi, mas com uma narrativa bem diferente.

Tudo começa quando Rose Franklin cai em uma cratera, quando criança, e descobre uma mão metálica gigantesca, rapidamente confiscada pelas autoridades. Seria uma tecnologia alienígena? Teria pertencido a uma civilização antiga? As possibilidades são o ponto de partida da narrativa.

A sinopse nos envolve em uma trama de mistérios científicos e conspirações e nos dá uma ideia de linearidade, de ação robótica e tensão, mas não é bem assim e esse é o primeiro ponto da leitura de Gigantes Adormecidos necessário a ser destacado. Muito do que recebemos de um livro diz respeito à expectativa criada em cima de uma proposta de história, e aí vem o susto: a narrativa não é a prosa fluída e contínua a qual estamos habituados, mas sim uma reunião de entrevistas e fragmentos de diários sobre as descobertas feitas ao longo da trama.

Esse formato epistolar não agrada a todos e nem sempre é bem construído porque tem limitações óbvias, como profundidade de personagens, falta de detalhes etc. No entanto, a escrita do Sylvain Neuvel me impressionou de diversas formas, apesar do formato narrativo, e inclusive pelo mesmo motivo. Os arquivos variam entre os principais personagens, em grande parte sendo entrevistados, e nos ajudam a montar a história, encaixando peça por peça. E esse é o início da mostra de talento do autor, porque assistimos a busca e a construção dos artefatos recolhidos enquanto nós mesmos estamos ajustando e construindo as informações recebidas.

“– A guerra mostra o pior e, algumas vezes, o melhor de cada pessoa”.

Ainda sobre a escrita e composição do livro, Sylvain é simples e objetivo, sem explicações mirabolantes, sem termos complicados, tudo muito fácil de visualizar e entender, tornando um tema cheio de desdobramentos complexos, como a tecnologia, muito mais próxima da nossa realidade. Talvez alguns possam sentir falta de mais informações, mais descrições, mas, sinceramente, o modelo enxuto e correto do autor foi proposital e muito bem articulado.

Temos poucos personagens sendo trabalhados, mas cada um deles é bem feito. Ainda tendo poucas informações sobre eles, é muito fácil visualizar a tenente Kara e a a Dra. Franklin, por exemplo. Com atenção aos detalhes fornecidos conseguimos criar um perfil para cada um dos personagens sem muita dificuldade. Poderiam ter sido melhor trabalhados em uma trama mais extensa, sim, mas não me incomodei com isso e não senti dificuldade em gostar (ou detestar) da maior parte. O mais curioso deles, entretanto, é o único personagem do qual não nos é dito quase nada, mas isso eu deixo para vocês descobrirem sozinhos.

A narrativa sofre com a estranheza causada pelo seu modelo e pela falta de empatia imediata com os personagens, mas assim que nos habituamos vemos a história ser contada de forma bastante ágil e com bastante tensão entre cada arquivo. O enredo em si, inclusive, sugere algumas reviravoltas muito boas, embora eu tenha sido realmente surpreendida em poucos momentos. Mas tudo é muito coerente e claramente prepara um grande terreno a ser explorado pelos dois volumes seguintes.

A temática essencialmente humana é presente ao longo da narrativa, sempre relacionando as maravilhas da ciência com a fome de poder e a corrupção do homem, enfatizando a questão bélica e armamentista, as políticas de guerra norte-americanas e as disputas internacionais. A crítica é muito bem explorada e ultrapassa a ficção, fazendo-se atual e muito real através da metáfora tecnológica.

Sylvain Neuvel mistura mitos antigos e modernos, tecnologia, robôs e a indiscutível natureza humana em um livro inteligente, objetivo, cheio de simbolismos e meias palavras forçando o leitor a pensar e a montar seu próprio quebra-cabeça. Sem perder tempo com descrições e detalhes que se provaram dispensáveis para uma boa história, Gigantes Adormecidos é uma aposta certa para uma ficção científica mais sóbria, e promete ser apenas o começo de uma trilogia que ainda tem muito a mostrar.

“– Sempre há uma escolha. Sempre houve uma escolha. Você deveria estar feliz por ter a possibilidade fazer essa escolha quando o que está em jogo é muito claro. Raramente é assim”.

site: http://www.ficcoeshumanas.com/fantasia--ficcao-cientifica/resenha-gigantes-adormecidos-arquivos-themis-vol-1-de-sylvain-neuvel
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Debora.Oliveira 24/07/2018

Que livro foi esse ...
Meu Deus, que final foi esse. To chocada e estremamente curiosa com o que vai acontecer agora .

No início foi meio "estranho" para mim a forma da qual foi feita o livro. Mas, acho q ressaltou o mistério que tem por trás dos ocorridos. Teria sido mais legal e melhor para entendimento se eles tivessem colocado as datas das entrevistas.
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