Confissões de uma leitora 18/07/2020
Se em “O Projeto Rosie” a predominância fica a cargo dos sentimentos/emoções positivas, que nos inundam com encantamento, simpatia e carisma... Em “O Efeito Rosie”, o leitor pode se preparar para lidar com uma pitada extra de raiva e revolta, ocasionando uma comoção de sentimentos e desejos contraditórios, que nos deixa com a respiração suspensa e o coração cada vez menor diante do iminente desastre.
O título do livro cai como uma luva e resume bem a sequência de eventos que constrói essa trama doméstica, abordando as dificuldades e amadurecimento da relação a dois, e todo longo percurso que um casal, convencional ou não, precisa percorrer, se ajustando e reajustando a todo momento, até o campo da cumplicidade.
Mas não estamos falando de um casal qualquer.
E claro, Don e Rosie tem seus próprios dilemas com um quê a mais de problemática.
Desde que entrou na vida de Don, Rosie lhe ofertou com a imprevisibilidade, logo ele, todo sistemático, um homem adepto de protocolos, análises e planejamentos.
E agora há... o projeto bebê!
Don melhorou muito em suas competências sociais, mesmo que ainda sejam baixas para o padrão. Mas, então, aprendemos a não encaixá-lo ou rotulá-lo.
Don trabalha com o que tem e ponto.
E é muito bom vê-lo colhendo os frutos de seu trabalho. Claro, ele ainda consegue se meter em mais enrascadas que nos deixa apreensivos a todo momento.
Lydia, bem, prepare-se para o ranço.
Rosie é uma personagem interessante; eu havia dito na resenha do primeiro livro que estava confusão em relação aos meus sentimentos para com ela. E, bem, cheguei à conclusão de que não gosto dela absolutamente, mas sei que ela é necessária para Don, e que juntos, eles formam um casal perfeito um para o outro. Então, a aceito.
Don continua sendo o que ele é: um personagem ímpar!