Dias de abandono

Dias de abandono Elena Ferrante




Resenhas - Dias de Abandono


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adrievianna 22/12/2023

Intenso, incômodo.
Esse foi meu segundo contato com um livro da Elena Ferrante, e devo dizer que foi bem diferente do primeiro (Um Amor Incômodo). Gostei bastante dos dois, mas Dias de Abandono fez eu me sentir dilacerada, ansiosa e incomodada, por isso gostei mais dele.
A personagem principal conseguiu me fazer sentir tudo o que ela sentiu, por vezes abracei sua loucura, ao mesmo tempo que eu tentava me distanciar daquilo pra não sentir tanto também.
A Elena Ferrante tem uma escrita impecável e é muito fácil se identificar com o que ela diz. É muito fácil nos ver no que ta sendo escrito. Tive que parar o livro diversas vezes porque eu mesma não queria encarar essa história. É uma história que ja conhecemos muito bem, sobre tantas mulheres por aí, quiçá até sobre nós mesmas, e ver tudo escrito assim é um baque, um incômodo, mas também uma luz. Um sentimento de que, apesar de tudo, a vida continua, e isso é lindo.
Eu não tinha curtido muito o final, queria que ela tivesse tomado outro rumo, mas é como disse anteriormente: a vida continua. Continua na dor e continua no amor, seja o próprio ou aquele que damos.
No mais, sinto nojo do Mario e o odeio com todas as minhas forças.
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Nath 17/12/2023

Difícil
Não é uma leitura maçante, mas é uma leitura difícil. Retrata um tópico extremamente delicado na vida de uma pessoa, que é a separação abrupta de um cônjuge e como isso pode engatilhar diversos tipos e camadas de abandono. Por vezes, ler os relatos das diversas fases de luto de Olga foi como levar um soco no estômago, tamanho impacto causado pelas dores delas se refletindo em mim enquanto leitora, enquanto mulher, enquanto pessoa. Eu entendo o porquê de algumas coisas na estrutura, escrita e desenvolvimento não agradarem alguns leitores, mas para mim, sentiu que fluiu e consegui levar a leitura com o ritmo que a história pedia. Nunca li nada da Ferrante, então não sei se a escrita que ela emplacou nessa narrativa é uma marca registrada dela, mas me pareceu acertada para o tom da narrativa, tudo pareceu calculado para causar exatamente o impacto esperado, de sentir, em certos graus de similaridade e empatia, a dor da Olga. Odiei o Mário infinitamente. Não minto que por vezes odiei Olga, mesmo sabendo de suas justificativas e vulnerabilidades. Odiei até mesmo as crianças em alguns momentos. Só o cachorro escapou. Mas tudo isso, até esse sentimento gerado, acredito ser uma resposta coerente com o que foi apresentado. É um ótimo livro, mas tenho a sensação de que a Ferrante talvez tenha melhores.
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Pedro.Henrique 13/12/2023

Bom
É uma leitura que no início deixa a pessoa confusa, tem vários delírios da personagem, mais com o decorrer da trama, vamos olhando mais de perto; vemos o novo rumo em que a história começa de fato a ficar interessante. É uma leitura que não prende bem o leitor nas suas narrativas.
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Silvia Schiefler 13/12/2023

Angustiante é minha palavra pra esse texto de Elena Ferrante. "Dias de Abandono" é intenso de desperta um grande incômodo... Olga é abandonada pelo marido depois de 15 anos de casamento. Sem muitas explicações, ele simplesmente vai embora. Olga fica à mercê de si mesma, de sua quase loucura... Vive a montanha russa de sentimentos causados pelo abandono, pelo desamor, pela traição... Com muito esforço volta à vida e inicia seu processo de cura, retomando o controle sobre a mulher e a mãe que habitam seu ser. #40/2023
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millena77 13/12/2023

Youre losing me, taylor swift
Foi o meu primeiro contato com a escrita da elena ferrante (não vejo a hora de ler os proximos) e gostei bastante do livro
esse livro não vai ser pra todo mundo, é um livro sem plot e quase nada acontece nele, a gente passa baiscamente o livro todo na cabeça da olga e as vezes me dava mt raiva dela. no começo o livro tá bem interessante, no meio da uma esfriada e dps volta a ficar interessante. acho que raiva foi o sentimento que mais senti lendo esse livro, raiva de todos os personagens, todos sem exceção. o livro te deixa agoniada, aflita, pensativa e mt incomodada. basicamente não acontece coisas felizes durante a leitura. é um livro que eu gostei particularmente mesmo não tendo acontecido nada espetacular, tive dúvida na hora de dar a nota dele entre um 4 e 5 estrelas resolvi da 4.5 pra ser mais justo, pq além de ter sido uma leitura rápida e que eu curti e n da vontade de largar, não é algo prazeroso (e nem tinha que ser mesmo) mas é sofrido
não recomendo pra todo mundo mas se puder leia
12/dez/23

{5/7}
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Milton 11/12/2023

Ironicamente não dá vontade de abandonar a leitura
O livro se passa quase todo em um ambiente só: o apartamento de olga, ou então a mente de olga. pra mim, esses dois possuem o mesmo significado, um reflete com perfeição o outro.

se por um lado temos uma fechadura que funciona quando bem entende, temos a protagonista que com todas as chaves na mão, não sabe o que fazer para sair de seu próprio lar caótico, não sabe o que fazer para sair, enfim, de sua mente caótica. ela tem a saída nas mãos (literalmente ou não), mas não sabe como fazer isso. é assim que se constrói o abandono que ferrante nos apresenta.

para além do apartamento (que é a própria olga), ela por si só é uma personagem que repuldiamos diversas vezes, não concordamos com suas atitudes, mas sua construção é tão sólidas que elena ferrante não abre margem para que nós leitores não entendamos a personagem. podemos não concordar com suas ações, mas nós a entendemos sim, e MUITO.

elena diz sem dizer, faz com que você sinta e você não sabe nem ao menos dizer o quê. pra mim, só bons artistas conseguem esse feito.
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Maíra 09/12/2023

Eu amo a Ferrante, amo sua narrativa. Mas foi difícil terminar esse livro. Apesar de não ser um livro grande, demorei mais de um mês para terminar. Precisei de tempo para digerir todo o sofrimento de Olga. Esse livro me despertou muitas reflexões sobre relacionamento, sobre dependência emocional, sobre dinâmicas familiares, inclusive com relação aos filhos. Vale a pena ler, é daqueles livros que ficam na cabeça.
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Jessica1047 07/12/2023

Primeira obra que leio da autora e so sei dizer que vou ler muitas outras! Que escrita fantastica..

Foi um misto de sentimentos vivenciar os dias de abandono de Olga. Muitas vezes fechei o livro para sair da angustia que sentia ao ler certas cenas.
Tive vontade de sacudi-la para ver se ela parava , e ao mesmo tempo queria abraçar-la e dizer que vai ficar tudo bem

Amei o final, achei justo mesmo não esperando por este desfecho. Tinha que ser assim.
jdelisiario 07/12/2023minha estante
É uma escrita potente demais né?! ?


Jessica1047 07/12/2023minha estante
Demais!! Quero ler mais livros dela!




Maitê 05/12/2023

Genial!
Li quase o livro todo com a vontade incessante de fechar o livro e nao terminar, mas to feliz que terminei. assim que acabou eu entendi o desejo da autora de transmitir o sentimento de mal-estar da protagonista através do detalhamento da insanidade dela (e conseguiu). é um livro de se ler uma única vez, mas valeu a pena!
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Bianca 03/12/2023

Ler Elena Ferrante é uma grande experiência incômoda
?Um relógio quebrado que agora, já que seu coração de metal continuava batendo, estragava o tempo de todas as coisas?
Olga nos coloca de frente do seu abismo de uma forma espetacular. Ela se perde, definha, se entrega ao dor e ao luto daquela relação que lhe é arrancada. Com uma linguagem forte, cheia de potência e ódio, Elena Ferrante nos apresenta a realidade desses personagens que sofrem, daquela família que se desalinha, das consequências do egoísmo do marido que foge. Livro denso, pesado, permeado pelo abandono e pelo desespero. Olga fica sem chão, sem reconhecimento, sem desejos, sem vontades, sem propósito para os seus dias, pois aquele homem que a deixou fez questão de minar quase todos os detalhes da sua existência, podando-a, diminuindo-a, abafando-a. Ver ela ressurgir, encontrar voz, encontrar sentido, reunir seus fios de consistência e esperança foi lindo, apesar de atormentador.
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stonem ai 22/11/2023

Talvez em outro momento?
Me recomendaram muito esse livro e eu lia não vendo a hora de acabar e querendo desistir. Eu esperava mais, pois gosto do tema, mas nesse perdi algo ou só não funcionou pra mim mesmo.
A narrativa de Olga é sufocante, penosa e as vezes irritante.
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Rita 21/11/2023

Considerações finais
É um dos meus primeiros contatos com uma literatura assim, achei um tanto quando maçante, mas expressa bem o sentimento do personagem.
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bruno 18/11/2023

She lost him, but she found herself and somehow that was everything
A Elena Ferrante se tornou uma das minhas autoras preferidas, sinto que tudo que eu ler dela terei uma boa experiência, mesmo se não gostar muito do livro.

Nessa narrativa seguimos a Olga que após 15 anos com seu marido é surpreendida com o seu marido a abandonando naquele momento, dando início a deterioração de sua saúde mental e a busca de entender onde errou ao mesmo tempo tendo que assumir as responsabilidades de sua vida solteira.

Agonia é a palavra que define esse livro, por tudo que a Olga passou, principalmente ver a sua queda e como tudo pode piorar. Quanto mais vc lê mais compaixão vc sente e torce para que ela consiga se reencontrar.

Pelo Mario só sinto aversão e desprezo. Gostei do final, apesar de achar um pouco previsível, gostei que ela conseguiu se reencontrar e se reinventar. Vale muito a pena a leitura!!!
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Marla 17/11/2023

Impressionante como o sentimento de rejeição tem um poder tão grande sobre a gente. A personagem principal simplesmente entra num processo de distorção de imagem depois de ser largada pelo marido e trocada por outra mulher mais nova. Ainda bem que depois de um tempo ela recobrou sua energia e sua autoestima e conseguiu dar a volta por cima.
Confesso que esse não seria um livro que eu normalmente leria, só o fiz por conta do clube que estou participando. Mas até que foi uma experiência.
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Bia1644 14/11/2023

Uma mulher é uma mulher
Poucos livros retratam a realidade feminina como "Dias de abandono". No início pode parecer apenas a descrição da vida pacata de uma mulher com dois filhos, em um relacionamento de 15 anos com seu marido, marido esse que um dia acorda e decide que acabou. Pra ele o amanhã como um casal é inviável. A partir desse momento é esperado a descrição dos desafios de um divórcio, e no fim das contas é muito mais do que isso. Elena Ferrante consegue descrever com muita facilidade o sentimento de abandono, de ser trocada, de não existir mais para uma pessoa a qual você dedicou toda a sua vida.
Eu tinha posto de lado as minhas aspirações para acompanhar as suas. Quando podem as mulheres serem felizes? Quando podem as mulheres levarem uma vida harmoniosa, mesmo que movimentada?
De repente descobre-se que, talvez, você não soubesse nada sobre a pessoa com quem dormiu durante 15 longos anos e parece que tudo se sabe sobre você e eu detestava a ideia de que ele soubesse tudo de mim enquanto eu sabia pouco ou nada dele.
Quando a tormenta passa a se tornar uma realidade e os dias são tomados por questionamentos de o que deu errado e como resolver a situação, o monstrinho da psicose começa a crescer no inconsciente, azul e pequenino, começa a tomar conta de qualquer corpo. Ignora-se a mulher que fora formada durante anos, dando espaço para alguém irreconhecível, nem a si mesmo se conhece porque o rosto e a pele sobre a carne, o que são enfim, uma cobertura, um disfarce, um blush, que cobre as estranhezas do viver. Quando a fúria toma conta de um corpo, antes considerado frágil, é evidente que precisa ser liberada de alguma maneira, principalmente depois de tantos dias de tormento. Uma mulher pode facilmente matar alguém na rua, no meio da multidão, pode fazê-lo com mais facilidade do que um homem. É plausível que muito se fale sobre as mulheres abandonadas, é importante, no entanto, se lembrar de sua resiliência. Torna-se o oito de espadas, a vespa qe pica, a cobra escura, o animal invulnerável que atravessa o fogo sem se queimar. Tudo de ruim é desejado a Mário. Como ousa esquecer que tinha uma esposa, filhos? Alguma péssima doença tinha que lhe acometer, uma podridão por todo o corpo, o odor fétido da traição.
Em determinado momento, até mesmo os filhos de Olga passam a tratá-la como se todos os problemas do mundo fossem sua culpa. Olga estava doente, sua doença era a vida feminina que ficou fora de uso, até para seus próprios filhos. No fim do dia, a pobre coitada abandonada acorda, vai trabalhar, e retoma sua vida aos poucos, mesmo após os episódios traumáticos de sua história. Uma mulher é uma mulher.
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