Dias de abandono

Dias de abandono Elena Ferrante




Resenhas - Dias de Abandono


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Jamila 12/12/2022

O melhor da Elena Ferrante ?
Engana-se quem pensa que luto é só para a morte. O luto também tem que ser vivido sempre que perdemos algo de muito valor.
O término de um relacionamento é um exemplo.
Nesse livro Elena Ferrante faz a trajetória do luto de uma mulher abandonada pelo marido, depois de anos de casamento e dois filhos.
A escrita de Ferrante dispensa comentário e elogio, sou viciada.
.
Trecho ??

"Eu tinha me perdido nos seus minutos, nas suas horas, para que ele se concentrasse. Eu tinha cuidado da casa, da comida, dos filhos, eu tinha me ocupado de todas as chatices da sobrevivência do cotidiano, enquanto ele escalava teimosamente o declive da nossa origem sem privilégios. E agora, agora ele me largava carregando consigo todo aquele tempo, toda aquela energia, todos aqueles sacrifícios que eu fizera por ele, de uma hora para outra, para gozar os frutos com outra, uma estranha que não tinha mexido um dedo para pari-lo, nutri-lo e fazer com que ele se tornasse o que era".
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Carlos 13/12/2022

Elena é uma mãe napolitana divorciada?
O enredo é quase um monólogo da ira de uma mulher largada. As autoanálises, o caos doméstico e as fases de aceitação do luto matrimonial me fazem ter quase certeza de que elena passou por isso
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Luciana 08/09/2020

Um livro que merece ser lido!!!
Uma história banal, totalmente do cotidiano, mas contada de uma forma tão imersiva, que é impossível não querer ler, na verdade, é impossível parar de ler!!!
O livro lhe faz sentir pena e raiva da mulher narrada, e por fim, você quer saber qual
será o desfecho desta mulher tão dilacerada!
Vale muito a leitura!!!
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bhets 18/07/2022

Elena Ferrante é a melhor que nós temos!

A escritora escreve e detalha tão bem que é impossível parar de ler.
É aquele livro que te desloca pro mundo de acontecimentos e sentimentos.
Dias de abandono é fortíssimo, descreve com detalhes um surto!!


Te amo, Elena ??
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Ana 21/09/2022

História de tantas...
Cruel relato de uma separação sob o ponto de vista de uma mulher que viu seu mundo desabar de um momento para o outro, quando o marido sai de casa e a deixa sozinha com dois filhos crianças.

O mais triste e desesperador é reconhecer a situação, que de tão comum, torna-se inevitável pensarmos em pessoas do nosso convívio que passaram por isso e que, assim como a Olga no livro, também sofreram o pão que o diabo amassou.

Achei o livro ótimo, quase equiparável à excelente tetralogia napolitana. Leiam!
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Rafa 27/05/2021

Profundo e visceral. Destrincha a dor da ruptura de um relacionamento sem piedade ao leitor e sem pudor de mostrar as faces mais sombrias de uma mulher abandonada.
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mimperatriz 16/11/2022

Dias de abandono
Dias de abandono é dilacerante. Sofri com Olga, senti com Olga, chorei, amei e sorri com Olga em todos os dias de seu abandono.
O livro começa com Olga contando ao leitor que foi abandonada por seu marido, Mário, após 15 anos de casamento. Em um primeiro momento Olga não entende os motivos, já que a relação lhe parecia perfeita, mas aos poucos entendemos que as coisas não eram tão perfeitas assim.
Olga cai num poço de muita dor, angústia e questionamentos e vivemos alguns desses dias com ela, com seus filhos - Gianni e Ilaria - e seu cachorro, Otto o que é, como mencionei no início, dilacerante.
É um livro contado em primeira pessoa, por isso conhecemos exclusivamente o ponto de vista de Olga. A descrição de seu sofrimento, das relações sociais que tem como mãe, amiga e esposa são fascinantes! Ela demonstra a dificuldade em aceitar ou entender a perda do marido de uma forma visceral, de um jeito que Ferrante sabe apresentar muito bem ao seu leitor!
Olga é uma personagem muito bem construída, complexa (como as personagens de Ferrante) e forte apesar de tudo o que nos é relatado. O caminho que ela percorre após a separação é real, assim como a luta para sobreviver na esperança de ter a vida minimamente reconstruída e ter a consciência disso deixa a história ainda mais grandiosa.
O livro tem alguns pontos em comum com Laços, de Domenico Starnone, mas em Dias de abandono temos a história - e todos os sentimentos - da parte abandonada, enquanto em Laços temos a narrativa de Aldo, a parte que abandona e realmente é muito interessante ler os sentimentos do abandonado e do que abandona (obvio que é preciso levar em conta que são livros escritos por autores distintos, ainda que se dialoguem).
Ferrante sabe como entregar uma personagem real, viva, que causa um certo incômodo no leitor diante da veracidade de seus atos e de sua vida. Genial como sempre.
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@ciduart 28/05/2021

Repulsão
Foi um grande exercício de segurar as críticas e julgamentos a Olga, teve momentos que tive repulsa a certos comportamentos e pensamentos da personagem. No final, tive alívio. Foi meu primeiro da Ferrante, não sei se comecei bem porque para mim essa não foi uma das melhores leituras, contudo a forma de escrita me cativou.
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Letícia 13/12/2022

Dúbia angustia
Aflitivo, desesperador e ao mesmo tempo digno de um sentimento desesperado de ajudá-la.

A vontade, desde o momento em que Olga soube da traição, passa a ser: olhar, compreender e abraça-la como quem abraça um sentimento,uma vivência sofrida e busca ser colo para a dor de outra mulher.

Entretanto, o que Elena Ferrante faz é precisamente o oposto: a autora escancara os pensamentos perturbados, confusos e desencontrados de Olga. Por vezes, sua escrita traz um sentimento angustiante para o leitor. Através de frases curtas, concisas, sem nexo e muito pontuadas nos dá a sensação de aceleramento, de correria e nos causa ansiedade.

Esse paralelo entre aquilo que sentimos com a escrita e aquilo que é vivenciado na cabeça de Olga é perturbador.

Em sua cabeça, todos os cenários, as possibilidades e as cenas de Mário com a amante passam lentamente, como se apenas esses detalhes ilusórios fizessem sentido e fossem os dignos de destaque. Enquanto que, em sua vida, tudo acontece de forma não pensada, não premeditada e de certa forma anestesiada.

O passar por essa mescla de sentimentos, o sentir demasiado em comparação ao nada sentir; o demonstrar demasiado em comparação ao nada demonstrar; escondem dores e sentimentos que Olga não sabia sequer como verbalizar e como era necessário pedir ajuda, buscar amparo para digerir todos os acontecimentos e assim seguir. Pelo contrário, o amparo e a ajuda a essa mulher vieram de mais um momento de extrema dor e de vulnerabilidade.

Há momentos que Elena Ferrante nos dilacera, em outros que nos convida a refletir e por fim nos deixa com uma tentativa de digerir a forma potente que consegue imprimir nesse livro tantos nuances e tantos extremos.
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Luísa Toresan 30/05/2021

É incrível como a Elena Ferrante consegue nos transportar pra dentro da leitura e nos fazer sentir tantas coisas, desde empatia, desgosto, ódio, tristeza.

O livro é um constante trabalho de empatia, de se colocar no lugar de alguém que talvez você não tenha nada a ver, mas que ainda assim, você tenta não julgar as atitudes, porque você não sabe o que ela está sentindo ou passando.

A única coisa que me incomodou no livro, até comentado pela Mell do literature-se em uma live da metade do livro, foi como a protagonista [CUIDADO COM O SPOILER] xinga e tem tanto desgosto da Carla. Quando eu vi que o Mário tinha na verdade ficado com ela, imediatamente lembrei da Maggie de três mulheres, uma relação de aluna-professor, na qual a aluna é manipulada a todo instante.

O livro foi uma ótima leitura, a escrita da Ferrante é perfeita e muito fluida, recomendo muito.
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Ricardo 31/05/2021

Sobre os diversos abandonos que sofre a mulher
Primeiro contato com a autora. Em uma leitura conjunta do canal literatura-se no YouTube.
O que dizer? Creio que é uma leitura necessária.
O quanto o feminino é subjugado e fantasiado nas diversas sociedades humanas faz que obras como essa relembre que praticamente tudo que vivemos foi definido por cultura. O drama de Olga, a protagonista, poderia ocorrer em qualquer lugar que seguisse nosso modo ocidental de viver e até mesmo modelos de sociedades diferentes.
Você provavelmente não irá simpatizar com Olga totalmente, mas essa é a graça do livro (ou de quem ler), nem sempre isso é necessário para ter uma boa história. Raramente é necessário, eu diria.
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