Baseado em fatos reais

Baseado em fatos reais Delphine de Vigan




Resenhas - Baseado em fatos reais


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Sandrics 07/01/2019

"Eu sei qual é seu livro secreto. Sei desde o início. Entendi na primeira vez que vi você. Você o carrega. Nós carregamos isso em nós. Você e eu. Se não escrevê-lo, é ele que vai pegar você.".

Delphine é uma escritora francesa de sucesso, e após o lançamento de seu último livro, uma história pessoal e profunda que mexe com os alicerces de sua família, ela está exausta. Tão exausta que nesse meio tempo vai perdendo a capacidade de escrever, uma simples mensagem de texto, um e-mail lhe causam um pânico crescente. E é nesse meio tempo que ela conhece L.

L. é uma bela mulher, ghostwriter, moderna, que entende tudo apenas de olhar para você. L. sabe tudo sobre Delphine e logo elas têm uma amizade sólida em que uma precisa da outra, elas se necessitam.

Em meio a cartas ameaçadoras anônimas, a depressão de Delphine, surtos e a insistência de L. para que Delphine escreva seu próximo livro tão íntimo quanto o último, o leitor vai duvidar de sua própria sanidade, quem é L.? Como ela sabe tanto sobre Delphine? Essa história é real ou ficção? L. existe? Delphine? Quem é Delphine? Quem é L.?

Esse livro foi diferente de tudo que li até hoje, ele me deixou desconfortável, me fez criar teorias e depois abandona-las e depois voltar a acreditar que estava certa. E é complicado afirmar, mas até agora, muitos dias depois de finalizar essa leitura, eu ainda não sei. Não sei se estava certa ou errada e acho que nunca saberei.
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Gabi Ferrari 28/12/2018

Baseado em fatos reais
Particularmente não gostei, enrola muito a historia, não flui. O final é bom mas eu acabei fazendo uma teoria no início do livro que seria bem mais legal se fosse o final. Muitos capítulos só falando da L. em como ela é, bem enjoativo
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Amigas da Literatura 06/06/2018

Delphine é uma escritora cujo livro traz um relato cheio de experiências pessoais e familiares.
A primeira coisa que me chamou atenção foi a capa e o fato da protagonista ter o mesmo nome da escritora ,o que me levou em muitos momentos a pensar se a história era ficção ou realidade.
É um livro intrigante do início ao fim, com muitos acontecimentos e na maior parte da trama a sensação que se tem é que o território está sendo preparado para alguma coisa que eventualmente vai acontecer.
Achei o livro muito bom e em muitos momentos me senti dentro da cabeça de Delphine e não consegui desvendar o mistério até o fim da leitura .

site: https://www.instagram.com/p/BfYYa7bl5tK/?taken-by=amigasdaliteratura
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Silvana (@delivroemlivro) 23/04/2018

L. de Literatura
"(...) não importa o que a gente escreva, estamos sempre no terreno da ficção (...)."


O mais interessante é que se trata de um livro em camadas.

A camada mais superficial, a mais simples é a narrativa em si, o thriller psicológico. Arrastada, elíptica: volta sempre ao mesmo ponto e com progressão lenta: os encontros com L., o namorado que viaja, os filhos que vão para a faculdade, mais encontros com L., o namorado e os filhos que voltam... Idas ao supermercado, caminhadas no bairro: a entediante rotina! O lado positivo: vai dando pistas do que realmente trata esse livro.

Intercalada na narrativa, surge uma camada mais profunda, cujo papel é suscitar questões relevantes acerca da escrita e seus desdobramentos. Os ossos do ofício de ser um escritor, a exposição da vida pessoal, preservar a autenticidade ou escrever para atender modismos, demandas editoriais. Lidar com a repercussão de um livro, com a expectativa dos leitores. O temido bloqueio criativo. O que é real, o que é ficção, o quanto do escritor reside no livro, o quanto é pura invenção. E mais pistas são reveladas...

Conforme nos aproximamos do desfecho, um leitor atento já sabe o que esperar. Sem revelar muito, posso dizer que se trata de uma homenagem à Literatura, ao papel dos livros, da imprescindível ficção nossa de cada dia. E que o livro "Misery" de Stephen King, a grande referência do livro, é apenas uma das referências literárias contidas na trama. Há outras, ocultas, que vão revelar seu papel, sua identidade ao final.

E aí descobrimos que o "thriller psicológico" envolvendo personagens femininas (tão em alta atualmente) é apenas um disfarce, um subterfúgio, uma armadilha. Com essa artimanha, a corajosa autora faz uma arriscada crítica ao mercado editorial, aos escritores e suas idiossincrasias e, especialmente, aos leitores que consomem avidamente, em massa, esse tipo de publicação.

Quem comprou o livro esperando somente o thriller não vai gostar, vai perceber que foi enganado.

Quem aprecia Literatura vai gostar exatamente por isso: por ter sido enganado por L.

L. de Literatura.
Nanda 23/04/2018minha estante
Esse livro é tão bom, acabou entrando nos meus favoritos por ser tão distinto na forma como foi escrito! ;)


Silvana (@delivroemlivro) 24/04/2018minha estante
Nanda, obrigada pelo seu comentário! Pois é, eu não cheguei a tanto, não consegui me envolver emocionalmente com o livro, as personagens não me despertarem sentimentos significativos. Mas é realmente um livro muito interessante, audacioso! Estou curiosa para saber como ficou a adaptação para o cinema, se respeita a obra original ou não.


Nanda 24/04/2018minha estante
Mas eu não me envolvi emocionalmente com personagens pra ser sincera, mas a forma como ele foi escrito foi o que me cativou rs. Não sei se a adaptação conseguiu captar bem a mensagem do livro. A nota do filme não é alta segundo o Imdb.


Silvana (@delivroemlivro) 24/04/2018minha estante
Eu não afirmei que você se envolveu emocionalmente: disse que eu não me envolvi. O meu "a tanto" se refere à presença do livro entre os seus favoritos.


Nanda 25/04/2018minha estante
Entendi rs. Eu sou bem exigente pra colocar favoritos. Mas esse é bem peculiar e gostei do enredo mesmo uma parte dele sendo até clichê, a do fã/admirador que vira perigo para seu ídolo rs.


Nanda 25/04/2018minha estante
E o final dele é muito intrigante haha. Eu mesma tive que parar pra chegar numa conclusão ?


Helena.Carvalho 17/12/2018minha estante
Vim aqui nas resenhas pra dar uma "clareada" depois da leitura, porque ainda estava com algumas dúvidas, se tinha entendido certinho, se ia dar três ou quatro estrelas etc. e a sua resenha foi perfeita, agora posso dar as quatro estrelas hahaha




Alice 17/04/2018

Intrigante
Delphine é uma escritora famosa, mas depois do sucesso absoluto de seu último livro, que era baseado em sua vida, ela se vê perdida sem saber o que escrever agora.
Ela recebe varias cartas anônimas com varias ofensas de uma pessoa que se diz ser da família e que não gostou do que ela escreveu em seu livro, e isso a abala tanto que só faz com que seu bloqueio piore cada vez mais.
Um dia Delphine vai a uma festa e conhece L., uma mulher forte, inteligente, com uma personalidade incrível e que também é escritora.
Surge uma forte amizade entre as duas, com varias afinidades e coincidências, fazendo com que Delphine se agarre a isso desesperadamente com esperança de conseguir se ajudar a voltar a escrever.

Na verdade, na minha opinião Delphine deveria ter acompanhamento psicológico, porque desde o início fica claro os problemas mentais que ela tem, e a forma que ela deixa L. se apossar da vida dela é surreal. O livro é intrigante, às vezes cansativo, mas a estória é muito bem elaborada e te deixa preso pensando o tempo todo, tentando entender/descobrir se L. tem problemas mentais como a Delphine ou se é simplesmente fruto da imaginação dela, uma dupla personalidade para conseguir voltar a escrever.
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Pedro Azevedo | @arquivos_pe 08/02/2018

Baseado em Fatos Reais (?)
Escrito pela francesa Delphine de Vigan, Baseado em Fatos Reais conta a história da autora após ter escrito um livro extremamente pessoal e começar a receber ameaças pelo correio. Em meio a sua rotina e a dificuldade de lidar com as repercussões desse best-seller, Delphine conhece L., uma mulher que parece entender tudo que a escritora está passando, aconselhando-a da melhor forma e se preocupando com ela. A partir daí surge uma amizade forte entre as duas.

L. trabalha como ghost-writer e é viúva, essas são as únicas certezas que Delphine tem sobre a vida da amiga. Fora isso, L. parece que ela está sempre por perto e disponível sempre que a amiga precisa ou que algo de ruim acontece. Ela começa a ocupar um espaço cada vez maior e mais importante na vida de Delphine, que começa a desenvolver um quadro sério de depressão e um sério bloqueio criativo. L. quer que a amiga escreva outro livro autobiográfico, alegando que apenas esse tipo de literatura é importante e que é só o que as pessoas querem ler, ela começa a manifestar essa opinião de forma agressiva, mas Delphine, fragilizada considera como se L. fosse a única pessoa que a entende e cuida dela.

Fica bem claro desde o início do livro que a relação entre as duas é regida por um abuso psicológico, a figura de L. provoca curiosidade e medo na protagonista e suas memórias ainda que confusas são bem assertivas quanto ao perigo dessa relação.

Fiquei bem surpreso com a forma que o abuso é tratado no livro, a intimidade, o calor, e o convencimento. Uma coisa que é importante considerar é que: essa pode ser ou não uma história real, então se ela é ‘’previsível’’ ou não, esse não é o ponto, e sim a forma em que a situação é abordada, de forma proposital.

Ele também é um livro sobre escrita, sobre a forma que a escrita age sobre o autor e sobre o público, fala sobre verdade, ficção e a linha tênue que as separa.

Quando lemos um livro que a história está nos limites da realidade que conhecemos temos a pré-disposição de imaginar que tudo aquilo pode realmente ter acontecido. Essa relação entre a história e a vida real torna a narrativa atraente e mais rica a nossos olhos. Filmes, livros e série baseados em fatos reais geralmente são sucesso de público e crítica pois retratam histórias que podem ter acontecido com qualquer pessoa, coisas que nós podemos nos identificar.

Pra mim é bastante claro que mesmo dentro da ficção existe muito da realidade do autor, de sua visão, preceitos ou até mesmo de coisas que ele não gosta. Todo livro, seja ele baseado em fatos ou não contém uma verdade única.

Baseado em Fatos Reais foi a melhor leitura do ano até agora, e com certeza me marcou com sua delicadeza fria e sua profundidade.

site: https://www.conversaurbana.com/single-post/2018/02/07/Baseado-em-Fatos-Reais-Delphine-de-Vigan
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Camila Faria 25/07/2017

Delphine é uma escritora de sucesso, mas está esgotada depois de lançar seu último livro, cujo caráter ultra pessoal conquistou muitos leitores. Ela não consegue mais escrever, nem segurar uma caneta ou sentar-se na frente do computador. É nesse cenário de fragilidade que ela conhece L., uma ghost-writer confiante e carismática, que se torna a amiga perfeita, sempre disponível e solícita. Não demora muito para que L. comece a interferir nos aspectos mais íntimos de sua vida, com conseqüências perigosas. O livro brinca com a obsessão do mercado editorial (e do cinema) pelas narrativas baseadas em fatos reais. Durante toda a leitura uma pergunta paira no ar: o que é real e o que é ficção? O clima é sombrio e opressivo, com inspiração clara em Misery, do Stephen King (incluindo citações no início de alguns capítulos). A história também tem inspiração na trajetória da própria autora, que também se chama Delphine e, cujo livro anterior (Rien ne s’oppose à la nuit de 2011) possui um teor altamente autobiográfico. Um thriller psicológico perturbador, mas divertido (especialmente para quem conseguir identificar essas fronteiras entre o real e o ficcional). Polanski não perdeu tempo e já filmou a história.

site: http://naomemandeflores.com/os-quatro-ultimos-livros-16/
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Paula 08/02/2017

Ficção /Realidade
"Baseado em fatos reais" (D'après une histoire vraie) é um romance da escritora francesa Delphine de Vigan em que se apresentam questões ligadas ao mercado editorial, como a preferência por obras autobiográficas ou ficcionais, Toda a narrativa é permeada por essa dicotomia. O fato de a narradora da história ser a própria Delphine De Vigan já nos instaura a sensação de que a autora estaria transcrevendo acontecimentos, mas isso não é uma certeza.

Após ter escrito um livro que expõe questões familiares e se torna um enorme sucesso de vendas, Delphine começa a receber cartas anônimas ameaçadoras e passa por uma crise de impotência e bloqueio criativo. Nesse período, Delphine conhece a ghost writer L., uma mulher elegante, sofisticada e confiante, justamente o que Delphine gostaria de ser.

O livro é dividido em três partes: Sedução, depressão e traição. Na primeira, temos a crise de Delphine e o começo de sua relação com L. Nessa parte, a narrativa é bastante arrastada, a insegurança de Delphine é um tanto angustiante e a leva a confiar em uma pessoa totalmente desconhecida. Na segunda parte, temos o conflito entre as duas. Delphine quer voltar a escrever ficção, nas L. insiste em dizer que os leitores não querem histórias inventadas, mas a verdade. O bloqueio criativo de Delphine e sua relação com L. afastam- na de suas outras amigas e seu namorado. A terceira parte é a mais movimentada do livro.

No início, achei que não fosse gostar tanto do livro porque, como eu já disse, parecia tratar-se apenas da história de uma personagem insegura, sem a menor auto - estima. Essa caracterização porém, torna o final da história mais verossímil.

Sobre tradução e revisão, me incomoda um pouco a redundância do título "fatos reais". Talvez "história real" fosse melhor. Também encontrei no textos alguns problemas de plural, como "carros cinza"em vez de "carros cinzas".

De modo geral, "Baseado em fatos reais" é um bom livro.
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Nana 17/01/2017

Realidade ou ficção?
Uma história diferente, interessante e com um toque de mistério. Bom para fazermos uma reflexão sobre o que é real e o que é ficção, seja nos livros que lemos ou no nosso dia a dia. Quantas coisas achamos que aconteceu conosco ou com os outros e é pura imaginação? Quanta ficção existe principalmente hoje em dia nas redes sociais e no mundo virtual? Um livro que nos faz parar e pensar. Muito bom!
Luana 17/01/2017minha estante
Nossa, de fazer a mão coçar de curiosidade!




Paula 26/12/2016

Embora o livro apresente uma narrativa morna em alguns momentos, o final é surpreendente. Não no sentido de descobrirmos o que acontece com L. mas de compreendermos a real dimensão que a literatura pode ter na vida dos seres humanos. Um romance com boas camadas transitando entre o ficcional e o debate teórico, Delphine de Vigan faz reflexões pertinentes sobre a autoficção, a autobiografia, o valor do real na nossa sociedade cuja intimidade está completamente devassada com essa sede incessante pela vida alheia. O livro em seus capítulos finais faz valer a pena os momentos mais lentos.
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Cíntia 11/12/2016

Inteligente e Pertubador
O livro começa enrolado, com narrações vazias que vai construindo a trama, mas de forma cansativa, até que você descobre que começam as desconfianças. Mas só deixa de ser um martirio ganhando aspectos que despertam a curiosidade quando a personagem principal descobre que alguma coisa está errada, nesse ponto a leitura fica realmente interessante.
Vale a pena ler por ser um livro construído de forma completamente diferente de tudo que já li.
Não mereceu as 5 estrelas pela enrolação do começo, apesar de ter algumas observações a cerca do mundo literário extremamente inteligentes. Para quem quer ler algo intrigante e diferente eu recomendo esse livro.
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