Mileny.Brondani 27/01/2021
Um jogo macabro, mas nem tão macabro
Logo na capa há uma frase onde diz que o autor, R. L. Stine, é "considerado o Stephen King da literatura juvenil." Na minha opinião, até seria, se King escrevesse roteiros para a Sessão da Tarde.
O livro é mais parecido com um conto, que era pra ser sombrio, mas acaba soando como uma daquelas histórias que contamos, reunidos em círculo com uma lanterna, quando falta luz.
Temos a protagonista, Rachel, que tem uma queda pelo garoto da família Fear, Brendan. E tudo se intensifica quando, depois de terminar com seu namorado, Rachel é convidada pelo Fear para comparecer à sua festa de 18 anos, na ilha isolada da família, a Ilha do Medo.
Lá, ela passa por maus bocados quando, o que deveria ser um jogo de caça ao tesouro, se transforma em uma aparente chacina ao grupo de amigos reunidos na casa.
E o pior: sem sinal de celular, sem barco, sem saída.
Totalmente isolados.
A história é curtinha e fácil de entender, previsível até. Temos diálogos simples, repetidos e que sempre tem o nome de algum dos personagens. A narração tenta passar uma sensação de medo, mas acaba fazendo o leitor querer empurrar o personagem pela cena, só pra ver as coisas acontecerem mais rápido, pra sentir alguma emoção. Tudo é muito previsível, repetitivo e clichê.
No entanto, também é simples e, apesar de não acrescentar muita coisa, é uma experiência proveitosa, como um bom filme de sessão da tarde, logo antes do café.