Vamos Comprar um Poeta

Vamos Comprar um Poeta Afonso Cruz




Resenhas - VAMOS COMPRAR UM POETA


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Robson68 25/08/2023

A necessidade de se ter um poeta
Quando se fala em poeta, ou mesmo em poesia, me vem à mente o meu amado poeta Cordelista Zé Saldanha. Pra mim, a maior expressão de poesia sertaneja. Lembro-me também do último livro de poemas que li e que tenho a sorte de ser amigo da autora: @palavraeafeto.

Procurei ler esse livro de Afonso Cruz porque achei o título encantador, e numa sociedade ficcional apresentada na história, ter um poeta em casa é permitir que a família se desamarre dos números, dos detalhes do capitalismo, das miudezas de uma vida completamente voltada para o consumismo.

Pode parecer estranho nas primeiras páginas, mas imediatamente nos conectamos com a protagonista e com a sua vontade e necessidade de comprar um poeta. Esse mesmo poeta quebra paradigmas.

E isso só demonstra uma coisa: poetas sempre quebraram paradigmas e sempre nos farão pensar sobre coisas que jamais imaginávamos. E por isso, é sempre importante nos alimentarmos da cultura. No fim das contas, esse livro é uma belíssima homenagem à arte.
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-Uli- 22/08/2023

Obrigada Por Esse Livro ?
Li esse livro como recomendação da minha irmã estudande de letras, sem nenhuma expectativa até porque não gosto de poemas (e o livro não tem poemas, apesar de ser pura poesia). O universo é incrível, o jeito que os personagens e falas são tão bem descritos e utilitaristas que você realmente imerge nesse mundo. O poeta traz toda uma nova visão e mala de significados que mexem muito contigo, pensando que tu tudo é tão utilitarista. É maravilhoso acompanhar o que o poeta vai fazendo com cada um dos personagens, como ele toca e atravessa o seu redor, é tudo lindo e eu amei. Demorei demais pra ler porque eu sou assim, mas se você lê rápido, é uma leitura super gostosa e envolvente, tudo muito claro, bem escrito, bem pensado e bem sentido. Indico essa leitura pra todo mundo, virou uma chavinha na minha cabeça.
Obrigada, Poeta.
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vallopess 21/08/2023

"Uma janela que tem vista para o mar"
Ainda não consigo acreditar que terminei essa obra e ficarei sem saber mais do poeta. Me deixou com um imenso gosto de quero mais.
Já sinto saudades de todos da trama. Fora todo esse meu choro destaco que é um ótimo livro pra quem quer algo rápido, gostoso e cheio de essência, de personalidade, enfim é incrível, recomendo dar uma chance !!!!
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stelmanu 17/08/2023

Lindo, sensível, emocionante, doce e ao mesmo tempo uma facada no peito. Como pode um livro tão curtinho trazer uma variedade tão grande de questionamentos?! Amei
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JoaoPedroRoriz 13/08/2023

Crítica ao livro "Vamos comprar um poeta", de Afonso Cruz.
Imagine uma sociedade preocupada com a estética dos números e dos padrões; consumista e absurdamente concreta, onde artistas são figuras exóticas mantidas pelas famílias como animais de estimação. Essa é a crítica social proposta pelo escritor português Afonso Cruz no livro "Vamos comprar um poeta", lançado no Brasil pela editora gaúcha Dublinense.

A obra narra o dia a dia de uma família tocada pela subjetividade e pela excentricidade das metáforas propostas por seu animalzinho doméstico, um poeta.

"Vamos comprar um poeta" denota a importância da arte e da subjetividade em um mundo regido por regras econômicas e sociais e atravessado por uma cultura contabilista e consumista Foi Lacan que, em 1968 em seu seminário 23 (O Sinthoma), refletiu que a sociedade mudara por conta do consumo: as pessoas naturalizam os sintomas e tamponam suas faltas com aquisição de supérfluos.

É nesse universo que Cruz apresenta a visão do terror: pessoas que possuem sensibilidade e que falam em uma língua-outra são apenas tolerados nesta cultura quase distópica. Subsistem como seres de menor qualidade, precisam ser alimentadas e devem em momentos de esplendor de seus dotes, entreter seus donos.

A crítica é cirúrgica em um mundo onde os artistas estão relegados à marginalidade econômica e social. São, para os donos do mundo, eternas crianças obrigadas a manter um picadeiro permanente para o gracejo daqueles que os alimentam; pessoas sem raízes, ou mesmo sacerdotes inúteis que constrangem familiares que lutam "de verdade" pela sobrevivência.

A obra faz lembrar A Metamorfose de Kafka e o mito da caverna de Platão. Sua criticidade aponta as carência de subjetividade na educação e no dia a dia das famílas, assim como é observável a falta de elementos lúdicos nas brincadeiras e nas relações sociais.

As palavras, diria Lacan, já são condutores falhos do pensamento, pois limitam a alma e a individualidade. Eu completaria; quiçá se não há interesse por elas. O belo poeta de "Vamos comprar um poeta" rompe a dinâmica objetiva da língua para ajudar - qual um missionário - sua nova família a pensar o inefável através de novas expressões e de novas construções imagéticas, até transcender e receber como punição o degredo - sina daqueles que ousam (des)construir.

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João Pedro Roriz, 1982, é psicanalista, escritor e professor. Formado em Comunicação Social, História, Filosofia e Psicanálise. Pós graduado em Sexologia, Docência e Psicopedagogia. Mestre em Psicologia.


Texto publicado originalmente no site pessoal do autor. Todos os direitos deste texto estão reservados.

site: http://www.joaopedrororiz.com
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Fellipemota31 11/08/2023

E, antes de me deitar, repito a oração que aprendi com o poeta:
?Tenho milhas a percorrer antes de dormir? e ?Não abandonar os poetas no Parque?
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Carol 10/08/2023

Livro com uma premissa muito interessante e que te faz refletir. No início pode parecer que tem uma escrita muito diferente, por causa do português de Portugal, mas nada que algumas páginas depois não acostume. Vale muito a pena a leitura!
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Sumaya 06/08/2023

Gostei bastante dessa, uma leitura bem fácil e divertida e com bastante reflexão ao mesmo tempo. Um assunto que gosto muito.
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fev 04/08/2023

3,75

Vamos comprar um poeta é um livro bom, mas o apêndice faz com que ele se torne excelente. Aquele que não consegue ver a importância da arte em suas inúmeras formas está morto por dentro. Nem tudo precisa ter uma utilidade, às vezes, basta acalentar o coração e tirar-nos da mesmice. Vamos comprar um poeta é sobre isso: sobra a importância e a capacidade da arte de fazer com que nos transformemos. O quanto ela é essencial e fonte de vida.
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Natalia331 30/07/2023

Uma distopia portuguesa, com certeza
Eu peguei esse livro sem pensar muito, só pela curiosidade mesmo.

É engraçado como os livros de distopia (eu acho que esse pode ser caracterizado como uma) sempre apresentam uma linguagem diferente dos livros de fantasia e comédia romântica. Não sei se é impressão minha ou os livros que li.

A escrita me incomodou de início, mas depois de uns 5 minutos consegui adaptar e a entender melhor o que ele queria trazer para nós.

Este livro é esquisito e rápido. Um esquisito e rápido muito bom.

Vale a pena se você está procurando algum livro para se questionar sobre o materialismo, a inutilidade e sobre o valor das artes (poesia, escultura, pintura) em face da sociedade.

Acredito que toda distopia tenha a base no questionamento, mas este vale, porque sim. Rs.
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Glayciane.Bernardo 30/07/2023

Vamos comprar este livro?
É um ótimo livro, apesar de curto, com uma pitada de humor por alguns momentos. Esta é uma leitura que nos permite aprofundar e refletir sobre uma sociedade capitalista e utilitarista.
E o que impressiona que aos invés de animais de estimação as famílias possuem artistas e poetas, destacando o materialismo presente na sociedade.

A obra nos faz refletir sobre os valores e a forma da vida das novas gerações.
Recomendadíssimo!
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Priscila 28/07/2023

Me lembrou o livro Utopia, de certa forma. Quando vemos as coisas por uma ótica diferente, como a nossa vida muda. Que bom que voltei a ler poesia. A Poesia é vida.
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Gika 27/07/2023

Francamente?
Que livrão! Genial!
POUCAS páginas foram suficiente pra dizer MUITO.
Uma ambientação e caracterização esplêndidas, através de metáforas e pequenos poemas que se formam em um livro magnífico
Favoritado
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Wanessa Braga 24/07/2023

Vamos comprar um poeta
A premissa me pegou demais.
?em uma sociedade dominada pelo materialismo, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação?
Mergulhei em um universo racional, onde a eficiência, a produtividade, o lucro é super valorizado. Tudo é quantificável, medido e contabilizado. Toda e qualquer abstração, metáfora ou poesia é inútil, supérfluo, desprezado e marginalizado.
É bonito, inteligente e trás reflexões muito legais sobre arte, cultura, poesia e todo o seu poder transformador.
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