Lais.Soares 17/05/2023
Francamente, 3 pontos (reticências)
Fazer nadinhas. Gosto muito de encontrar tempo para fazer e pensar e sentir e me perder em nadinhas. Esse livro legitimou isso em mim, que na verdade já era legítimo mas não escrito e agora é.
A narrativa é curta, ocupa pouco espaço, aproximadamente 51 páginas, findam aos 74% de leitura no kindle, aproximadamente. Nela, a história de uma família é contada (em história e em números) por uma perspectiva poética que nega o utilitarismo e suas métricas. O papel do poeta é justamente esse, o de descompassar a lógica do sistema capitalista e patriarcal, tão influente na configuração dessa família.
De início, se perguntam, para quê ter um poeta? Não se sabe ao certo, francamente? fato é que escolhem ter. Até que todos da família são afetados pelos inutilismos desse poeta, que apesar de ocupar um espaço compacto na casa, consegue se alocar também no imaginário dos personagens.
Meus nadinhas serão, antes de mais nadas (rs), uma ode a esse poeta inutilista.