Cris 02/01/2022Poucas páginas, muita profundidadeO que esperar de um livro infantil da Elena Ferrante, né? Primeiro, ele não parece tão infantil assim. É uma história bonita, mas profunda também e um pouco mórbida (mesmo tendo final feliz). As ilustrações são lindas, mas também contribuem pra essa ~morbidez~
Pra ser infantil, vai depender de quem for contar pra alguma criança, tem ter uma sensibilidade na hora de contar. Os adultos que pegam pra ler com certeza serão os mais sucetíveis a se emocionar.
Amo que a autora sempre traz a figura da boneca em todas as suas obras. Nessa aqui ela é a protagonista. Um brinquedo perdido na praia que vive tantas coisas.
A figura da boneca aparece na Tetralogia e tem um significado especial. Também está presente em A filha perdida.
Mas nesta história ela tem voz pra contar sua própria história. É como se ela representasse as bonecas dos outros livros e o que passaram longe de suas ?mães?.
Fiquei pensando sobre a boneca da Lenu perdida em A amiga genial, depois na boneca da Elena em ?a filha perdida?. Amo essas conexões! Apesar de não ser tão direta. Depende de quem lê também.
Gosto de começar o ano com histórias curtas assim