O olho mais azul

O olho mais azul Toni Morrison




Resenhas - O olho mais azul


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Tamara 11/03/2024

Dolorido
Por vezes senti vontade de vomitar... q dor senti durante detalhes de momentos que eu gostaria de imaginar que jamais poderiam acontecer na vida de uma menina...
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joaoggur 10/03/2024

Convite à misantropia.
O protagonista deste livro, em contraste as comuns sinopses, não pode ser resumido a um só indivíduo; contando tristes histórias de vida, Toni Morrison retrata os percalços de pessoas negras em um estados-unidos entreguerras.

Mesclando da linguagem oral até a cacofonia de vozes narrativas, os sofrimentos de um povo marginalizado é canalizado nas irmas Claudia e Frieda, na vizinha Pecola Breedlove e sua desajustada família, e em muitos outros personagens que, por vezes, tangenciam a narrativa inicialmente exposta.

A dificuldade da leitura é diversa, - primeiro, sem dúvida, pela gráfica violência exposta. Ha estupro, violência de todas as estirpes e tudo que pode nos dar ódio ao nosso semelhante. Segundo, e menos falado, é como a dissonância de vozes nos deixa inebriados, confusos no quem-é-quem; creio, particularmente, que esta cacofonia é o retrato dos gritos de luta racial, que muitas vezes se confundem em um certo hinário de dor. As narrações, por vezes concretas e por outras misteriosas, nos fazem refletir como ?qualquer? negro pode narrar a vida ?de outro qualquer?; a melanina, infelizmente, não é o único traço de semelhança. As cicatrizes são comuns.

A magia do livro mora na poética da prosa, - em como as passagens de tenebrosos momentos são desenvolvidas com uma delicada beleza, que nos toca e, mesmo não nos apaziguando, consegue fazer-nos sentir o comodismo e banalidade que a discriminação erroneamente recebe. A escritora é minuciosa nas palavras, cirúrgica nas analogias, criando poesias oriundas dos mais terríveis submundos, e, principalmente, conseguindo incutir tudo que lemos permanentemente em nosso cérebro.

Uma leitura pesadíssima, que infelizmente ainda permanece atual. Vale a leitura, - para os fortes. Você não quererá terminar; todo o suplício de Pecola (e tantos outros inomináveis) irá se transpor ao leitor. Abrir os olhos sempre é doloroso.
Nina 12/03/2024minha estante
Livros dolorosos são os mais necessários.




Krishna.Nunes 08/03/2024

Racismo, colorismo e abandono
"Ao igualar beleza física com virtude, ela despiu a mente, restringiu-a, e foi acumulando desprezo por si mesma."

Pecola é uma menina que não consegue encontrar seu lugar no mundo e sente a dor de não enxergar nenhuma esperança, nenhuma perspectiva. Uma pessoa feia, inapropriada, uma menina que não se encaixa nos padrões de beleza, que não se vê retratada no cinema e nas peças de publicidade. Uma menina que tem uma grande ambição na vida: ter olhos azuis. Ela associa os olhos azuis, que ela vê em toda parte, por exemplo nas bonecas que se dão de presente para as crianças e nos rótulos dos doces que ela compra com moedinhas de 1 centavo, como sinônimo de beleza, bondade e virtude. Tudo o que ela não possui.

"Toda noite, sem falta, ela rezava para ter olhos azuis."

Escrito de forma poética, mas que não deixa de ser indigesta e repugnante, esse texto representa um pedido de socorro. É uma obra profundamente comovente que chama a refletir sobre as consequências da busca por se adequar a padrões inalcançáveis.

Pecola nunca foi protegida por ninguém, nunca recebeu amor e cuidados das pessoas que deveriam ser responsáveis por ela. Na escola ela sofria um bullying violento de outras crianças. Não importava que eram também crianças negras - "O desprezo que sentiam pela própria negritude fez irromper o primeiro insulto." E em casa era exposta a violências, xingamentos, até que acaba sofrendo abuso sexual do próprio pai. A autora propositalmente humaniza todos os que fazem mal a Pecola para que o leitor não sinta ódio deles e encare toda aquela sujeira, miséria e crueldade da maneira mais normal possível. Tudo isso leva a menina ao um completo colapso mental.

A questão do colorismo retratada no livro ainda é muito forte e mal resolvida. A indústria cultural está sendo pressionada, seja por força de legislações ou outros movimentos sociais, a dar lugar a outras imagens, outras cores o outros modelos de corpos. As pessoas têm exigido que seus cabelos, seus olhos, suas cores e suas formas também tenham espaço no cinema, nas novelas e na publicidade. Mesmo assim, quando pessoas negras são representadas, são geralmente por pessoas de pele mais clara e traços mais embranquecidos.

No Brasil, ainda que os negros e afrodescendentes sejam maioria na população, não são maioria entre os representantes na política, nos cargos de liderança, nas propagandas nem nas salas de aulas das universidades. As situações retratadas por Toni Morrison nesse livro comovente estão longe de ser superadas.
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Kasimoes 07/03/2024

Racismo / Beleza
O padrão de beleza estabelecido pelos brancos atravessa os negros e principalmente as meninas crianças, que almejam traços inalcançáveis.
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Gustavo.Morsch 07/03/2024

Soco no estômago
Livro absolutamente fundamental. É o racismo tratado de forma pura e viceral. Não tem como ignorar Pecola
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Hannah.Guedes 06/03/2024

Livro lindo e sensível.
A falta de linearidade me incomodou um pouco, a mudança de personagens também quebrou o ritmo de leitura algumas vezes.

Mas foi um livro lindo e difícil ao mesmo tempo.
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Ana 05/03/2024

O triste mundo de Pecola
"O Olho Mais Azul", de Toni Morrison, é uma obra que me tocou profundamente e provocou uma mistura de emoções, principalmente tristeza. A narrativa meticulosamente construída mergulha nas profundezas da alma humana, explorando temas como racismo, opressão e trauma. A jornada de Pecola, uma jovem negra que busca desesperadamente aceitação e amor em uma sociedade que a menospreza, é comovente e angustiante. Morrison habilmente desvela as camadas de dor e sofrimento que permeiam a vida de Pecola, fazendo com que o leitor compartilhe de sua dor e anseie por justiça e redenção. Ao final da leitura, fui deixada com um sentimento de melancolia profunda, mas também com uma admiração pela poderosa escrita de Morrison e sua capacidade de provocar uma reflexão tão intensa sobre as injustiças do mundo.
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DeCardoso 04/03/2024

Doloroso
Esse foi um daqueles livros que me causou ressaca literária. Fiquei dias pensativa e angustiada após o término da leitura.

A personagem Pecola, uma menina negra, tem o sonho de ter os olhos azuis e essa ideia fica martelando no livro. Pois, a estética de pessoas brancas são considerados o padrão de beleza.

As passagens de racismo, pobreza e violência me fizeram interromper a leitura por uma questão de não conseguir digerir alguns acontecimentos.

Foi um livro difícil no sentido de ser triste e pesado, mas é uma escrita fácil de ser interpretada. Na fase final, a história me arrancou um choro silencioso e doloroso.
A autora é incrível e a história é cruel e real.
Está entre uma das leituras mais marcantes que já li.
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Elineuza.Crescencio 02/03/2024

Beleza e cor
Leituras de Março 2024 – 2
Título: O Olho Mais Azul
Autoria: Toni Morrison
País: EUA
Tradução: Manoel Paulo Ferreira
Páginas: 224
Editora Companhia das Letras – SP -2019
Avaliação: 5/5
Início da Leitura: 01/03/2024 Término da leitura: 02/03/2024

Autora
Nasceu nos EUA, foi escritora, professora e editora.
Recebeu o Nobel de Literatura em 1993.

Sobre o livro
Primeiro livro da autora.
Dividido em quatro partes – estações do ano.
Conta a história de Pecola, menina negra, negligenciada pela família, sente-se feia e seu desejo é ter os olhos azuis, mais azuis e belos que os das meninas brancas para as quais trabalha.
Já aqui havia o estereótipo de o que é belo é o branco, o magro, o jovem, o rico, abastado.
Longe do branco tudo o mais era feio, deveria ser escondido, atirado ao lixo ou misturado a ele da forma como as pessoas brancas, os patrões atiravam ao chão ou espalhavam as coisas da casa para que os negros, serviçais, limpassem e cuidassem.
O livro todo é um tratado sobre a beleza vinculado a raça, a cor ao gênero.
Outro aspecto relevante no livro é a condição do trabalho, que embora não seja mais escravo, continua em condições análogas ao do período da escravidão.
Para quem tem problemas com gatilhos, cuidado.
A história é tocante. Arrebatadora.
Recomendo.


site: https://entremeadaselivros.blogspot.com/2024/03/2024-marco2-leitura-anual-34-o-olho.html
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Paola 02/03/2024

Que dolorido ler esse livro.

?Concentrei-me, então, em como algo tão grotesco quanto a demonização de uma raça inteira podia criar raizes dentro do membro mais delicado da sociedade: uma criança.?
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Juliana.LaCosta 02/03/2024

Não deu
Não consegui me conectar com a história. Imaginei que seria mais emocionante, mas a forma que a história foi contada não permitiu essa conexão. Imaginava e esperava mais.
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Stefanny Barreto 27/02/2024

MEUUUUU DEUS, que livro é esse?! ???
Um dos livros mais triste que já li. Mostra a desumanidade. Todo o desprezo com Pecola me faziam chorar. Leiam!!!! Mas já comecem preparados ???
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Deborarsl 25/02/2024

Livro maravilhoso que em muitos momentos precisei parar a leitura pois é muito dolorido. O livro conta a historia de uma menina negra, Pecola, na maior parte do tempo sendo narrada por outra menina negra , Claudia, sendo que a primeira foi convencida de sua "feiura" e sonha em ter olhos azuis por que acredita que assim será feliz. O olho mais azul fala sobre identidade, padrão de beleza, preconceito, discriminação e abuso." excluir | editar
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Mylena.Esteves 23/02/2024

Escrita maravilhosa...
Desde Amada eu simplesmente tenho vontade de ler tudo da Toni Morrinson e, mais uma vez, ela não decepcionou. É uma leitura incomoda, que mexe com a gente por dentro.

"Uma menina negra que desejava alçar-se para fora do fosso de sua negritude e ver o mundo com olhos azuis."

"Os mulato do norte também era diferente. Metido a besta. Não eram melhor do que os branco em maldade. Faziam a gente sentir que não valia nada, igualzinho, só que eu não esperava isso deles."

"Assim, quando voltou a si, a criança estava deitada no chão da cozinha sob um acolchoado pesado, tentando estabelecer relação entre a dor que sentia entre as pernas e o rosto da mãe assomando acima dela."
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